A Busca Pelo Irmão - Livro Um escrita por Dreams


Capítulo 20
Capitulo 20° - Ser um semideus, e ainda sim acordar cedo.




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20° Capitulo

Ser um semideus, e ainda sim acordar cedo.

Danilo L.

Acordei cedo com altas conversas vindas de fora do chalé, me levantei com dificuldade e cuidado, mas não consegui evitar o encontro da minha cabeça com a cama.

–Ai! - Grunhi.

–Que foi? – Mayra apareceu de cima do beliche, seus cabelos negros caídos e os olhos azuis agitados.

–Bati a cabeça. – Sorri.

Ela sorriu e estendeu as duas mãos, uma forma de dizer, “Ei, poderia me ajudar a descer, e que minha perna está toda ferrada, sabe”.

–Não e legal acordar as... Que horas são?

Mayra olhou ao relógio que estava ao lado do beliche em um tipo de escrivaninha.

–São 7 da manhã maninho.

–Sete. – Gritei.

Ela sorriu.

Sai do beliche e ajudei Mayra, ela seguiu para o banheiro, enquanto eu fui até a porta do chalé. A manhã estava agradável como sempre, os campistas corriam de um lado para o outro, o cheiro dos campos de morangos eram maravilhosos, o lago reluzia ao brilho do sol, a esquerda do chalé estava o local no qual mais gostava de ficar, a “Arvore dos Pensamentos”, ao olhar para ela sorri, lembrando - me da minha chegada ao acampamento, tinha passado por tudo aquilo, e agora estava lá, quase inteiro, parado na porta do chalé, com uma camiseta do acampamento e uma bermuda verde. Se não estivesse no acampamento, poderia dizer que estava me preparando para um jogo.

Mayra saiu do banheiro enxugando o rosto, um brilho cobriu seus olhos, ela sorriu como sempre, e me indicou o banheiro.

–Já está livre caro irmão.

Sorri e segui para o banheiro, tínhamos uma queima à mortalha daqui a algum tempo.

Queima da Mortalha.

Mislayne W.

Todos os campistas se encontraram no salão central do acampamento, onde as lutas importantes ocorriam do tipo, troca de chefes de chalés, ou algo do tipo.

Fomos colocados por chalés, fazendo um tipo de roda. Os menores chalés eram de Hades e Poseidon, que eram só Davi e Erlan na verdade, no centro estavam Chester, Brown e Thiago, e alguns inspetores, Erlan foi convidado, mas preferiu ficar ao lado de Davi.

Danilo chegou com uma cara péssima, seu cabelo estava todo bagunçado, sua camiseta estava toda torta, com metade para dentro da calça, me perguntei o que teria acontecido.

Seu olhar se direcionou para mim, ele começou a vir em minha direção, mas Mayra o impediu dizendo que o lugar deles era em outra direção. Ele logo fechou a cara e seguiu cabisbaixo, quando se sentou, olhou para mim e sorriu para mim, seus olhos azuis ficaram lindos contra a luz do sol.

–Agora que estão todos aqui. – Falou Chester. – Podemos começar a queima a mortalha. Infelizmente, tivemos perda na ultima missão feita por alguns semideuses.

Todos voltaram os olhares para Bruno e alguns para Davi. Aquilo me mostrou que a maioria já sabia realmente o que tinha acontecido, Bruno se encolheu, e foi acolhido por umas irmãs, filhas de Hermes.

–Essa e a vida de um semideus, temos perdas, mas temos ganhas, não queria dizer isso, mas foi para o bem do nosso inspetor, Thiago, ele voltou com vida, infelizmente tivemos perdas. – Chester apontou para Erlan. – E tivemos outra ganha, Erlan, nosso antigo inspetor, filho de Poseidon, voltou com vida, seja bem vindo de volta. – Sorriu Erlan. - Essa vida, de altos e baixos, e a consequência de sermos semideuses. Mas não e algo de não nós orgulharmos, alguns são lembrados por éons, por seus feitos. Fernando era um garoto espontâneo, que fazia os amigos rirem, ele deve ser lembrado por isso. Anna era uma garota extrovertida, que mostrava para o que veio, com o jeito dela, tratava muito bem seus amigos. Não devemos ficar tristes, devemos fazer da morte deles, algo para motivarmos... Por que algo grande está por vir meus jovens. - Chester estava com um semblante serio. - Temos que nos preparar, nós preparar para o pior. Mas nada de rostos tristes. Por que ainda somos uma família, e um membro voltou. - Chester apontou para Erlan.

–Muito obrigado. – Sussurrou Erlan, mas li em seus lábios que aquela era a sua resposta.

–Vamos fazer essa pequena homenagem a nossos bravos guerreiros Bruno Beggin e Anna Golden.

Na mortalha estavam duas bandeiras, uma laranja com um caduceu envolvido por duas cobras, símbolo de Hermes, e uma rosa com uma pomba muito linda, a bandeira parecia mais com uma túnica, enrolada na mortalha.

Acima da mortalha, havia uma tiara e uma foto de Anna abraçada com alguns amigos, incluindo Danilo e a mim. Bruno tinha como lembrança um cinto, onde amarrava varias ferramentas.

–Sigam para os Campos dos Elíseos*. – Chester pegou uma tocha, e ateou fogo.

Neste momento não contive as lagrimas, vi o fogo queimando tudo aquilo.

Silencio dominou todo o local, Bruno já não estava no local. Campistas aos poucos foram se retirando, restando só os da missão.

Ninguém se levantava, nem falava, Chester tentou falar algo, mas percebeu que não era o momento, e se retirou com Sr. Brown e Thiago.

Danilo se levantou, e veio em minha direção, os outros o seguiram.

–Você está bem. – Falou ele para mim.

Limpei as lagrimas dos olhos.

–Vou ficar.

–Eh. – Se espreguiçou Victor. – Estamos aqui, e agora?

–Temos a decisão de ficar no acampamento ou ir para casa. – Disse Erlan. – Eu aconselho a todos ficarem. – Sorriu.

–Vamos pensar. – Falei.

Erlan riu.

–Vocês têm até sexta para decidir, o que dá há vocês um dia basicamente.

–Como assim só um dia? – Falou Victor perplexo.

Erlan gargalhou.

–Espero que façam a decisão certa.

–Também espero. – Disse Danilo.

Victor e Mayra seguiram para o refeitório, basicamente Victor já estava com fome, e tinha acabado de tomar o café da manhã, o cara já tinha comido três pães, quanto mais cabia nele? Erlan e Davi foram conversar, novamente, escutei algo de treinar como fazer uma bomba d’água para fazer um tipo de brincadeira com os filhos de Hermes, Erlan não tinha um passado tão alegre com eles.

Fiquei sozinha com Danilo, ele fintou o chão, e pegou um pedaço da bandeira que não tinha se queimado por completo, seus olhos azuis vibrantes, se tornaram mais escuros, como se o céus estivesse ficando negro.

Ele se levantou, e levou as mãos para o alto.

–Ah! Que sol bom, obrigado Apolo! – Ele levou o polegar para o alto.

Ele me fazia rir sempre.

–Que foi? Só agradecendo. Vamos? – Ele estendeu a mão.

–Para onde?

–Estava pensando em ir ao anfiteatro, está rolando uma musica legal lá, mas também tem o refeitório, confesso que estou com fome, não comi nada até agora, contudo...

–Vamos para o refeitório, eu sei que está com fome. – Sorri.

–Você realmente me entende.

Desmaio novamente.

Davi Ismael N.

Erlan tinha grande habilidade no domínio da água, me explicou que muita gente somente acha que e pensar no que quer que a água te obedeça, sim, e basicamente isso, mas envolve outras coisas que não prestei muita atenção, estava mais com sono do que animo naquela hora.

–Ei! – Erlan lançou um pouco de água em meu rosto.

–Ahn? O que?

–Você está prestando atenção?

–Não muito. – Me sentei na areia fofa que ficava na margem do lago.

–Você está pensando em outra coisa não está?

–Tipo isso, mais ou menos. –Levei minha mão ao rosto.

–Me deixa adivinhar, Poseidon?

Levei um susto neste momento.

–Como se sabe? – Falei surpreso.

–Isso já ocorreu comigo. – Erlan passava os dedos entre os cabelos, e ajeitava os óculos.

–E como foi?

–Normal, eu acho, só conversou comigo... – Erlan ficou em silencio, a frase meio que ficou incompleta no ar.

–E o que mais?

Erlan não me respondeu, seu olhar estava fixo na areia.

Levantei-me e fui ao seu encontro.

–Ei, Erlan!

Estava a alguns centímetros dele, levei a mão ao seu ombro, em um instante súbito ele me socou na boca do estomago, fiquei sem ar, então me pegou e jogou para longe.

Minha visão ficou turva, meu estomago parecia que ia explodir, fui recuperando o folego aos poucos. Pela minha visão embaçada, vi Erlan andando calmamente em direção ao pavilhão, suas pegadas deixavam uma marca negra no chão.

–Ei. – Falei com dificuldade. – Irmão.

Ele lançou um olhar furioso, seus olhos estavam dourados, e veias negras estavam em seu pescoço.

–Seu irmão não está mais aqui. – Ele sorriu, então lançou um tipo de fogo até os estábulos, ouve uma pequena explosão, as madeiras queimavam, os cavalos relinchavam, nossa sorte que o estabulo que foi atingido não estava sendo ocupado por nada.

Ele se virou novamente em direção ao pavilhão.

Senti uma dor alucinante tomando todo meu corpo, minha visão foi se apagando, juntamente com toda a minha consciência.

Ataque ao Acampamento.

Danilo L.

–Desafio aceito. – Falou Victor.

–Você não irá conseguir. – Riu Mayra.

–O desafio e esse. – Falei com um ar desafiador.

–Pode deixar, eu consigo. – Conseguia ver as chamas nos olhos de Victor.

Em seguida Victor pegou dez coxinhas nas mãos, e tinha que comer no menor tempo possível, que era de 20 segundos estabelecidos por mim. Mas algo o deteve.

“Boow”... Ouve uma explosão vinda do campo de batalha, as pessoas ficaram agitadas, as paredes do refeitório tremeram.

–Ei! - Gritou Victor.

Outra explosão, mas essa foi ao nosso lado, me lancei à frente de Mislayne, ato repetido por Victor que protegeu Mayra, os escombros voaram areia e terra e atingiram minhas costas. Bati contra o chão do refeitório, me levantei com cuidado, o zumbido da explosão ainda estava em meu ouvido, campista começaram correr, quando recuperei a consciência, avistei uma Harpia passando pelo refeitório atacando um garoto.

–Que coisa e aquela? – Apontou Victor.

–Uma Harpia. – Falou Mayra.

–Eu sei o que e uma Harpia, mas o que ela está fazendo aqui?

–Fique aqui Mayra, já voltamos. – Falei.

Mayra assentiu.

Girei minha chave, e lá estava minha espada, Victor me acompanhava com suas laminas, enquanto Mislayne tinha ficado com Mayra caso ela precisa-se de algo. Ainda me perguntava como a Harpia estava no acampamento, quando fui atingido por uma Furia, que fez um tipo de combo com um Ciclope, que me jogou para longe.

–Danilo! – Gritou Victor que estava sozinho contra os monstros.

Aterrissei em meio à floresta, minhas costas se encontraram contra o chão, me contorci por causa da dor. Minha visão estava embaçada, estava tonto, levei o olhar para fora da floresta, vários campistas corriam, outros estavam equipados por armaduras e lanças lutando contra Ciclopes e um grupo de Harpias. Perguntava-me como todos aqueles monstros tinham invadido o acampamento.

Uma explosão soou a minha esquerda, perto do anfiteatro, que me fez despertar, meus músculos se agitaram, suspirei ofegante, me recostei em uma arvore, e coloquei a mão no bolso, a chave estava lá como sempre, girei-a e a espada surgiu, tomei folego e corri em direção à explosão, ao sair da floresta, algo me deteve.

–Ei! Aonde vai? – Falou Erlan, mas sua voz não era a mesma, seus olhos estavam dourados.

–Erlan! O Acampamento. – Minha parou, chamas surgiram de suas mãos, seu sorriso era maligno, ele lançou outra explosão, agora atingindo em cheio o anfiteatro.

Levei as mãos aos olhos, em seguida me prostrei em modo de batalha.

–Quem e você? Cadê o Erlan.

Ele sorriu.

–O Erlan não está mais aqui, e agora destruirei o acampamento.

Fim do Capitulo

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Mayra Bellini.

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Rordan: Percy Jackson e os Olimpianos.


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