Carrie Longbottom escrita por RealidadeBabaca


Capítulo 4
Uma noite com Potter


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas estudo de tarde e fica ruim de escrever quando chego em casa. Para compensar, postarei hoje e amanhã mais um.



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Carrie's POV

 Como ele não consegue saber a minha personalidade? Ele é o Chapéu Seletor. Senti minha garganta dar um nó novamente, tirei o chapéu da minha cabeça quando vi a senhora Mcgonagall vindo em minha direção.

-Longbottom, venha comigo! - Segui sem protestar.

Senti a maior vergonha da minha vida, todos me olhavam boquiabertos. Eu devo ser a pessoa mais estranha do mundo.

-Senhora Mcgonagall, o que eu tenho? É algum tipo de doença? - Perguntei quando já havíamos saído do salão.

-Não, eu ainda não sei o que você tem Longbottom, mas iremos descobrir e talvez o problema nem seja com você, provavelmente não, o chapéu já está velho, nós até achamos que ele não duraria tanto tempo quanto durou.

-Algo me diz que o problema não é com o chapéu senhora Mcgonagall.

-Deixe de pensar besteira Longbottom.

-Senhora Mcgonagall, mas para que casa eu vou afinal?

-Nada mais justo que Grifinória, seu pai era de lá, sua mãe também e sua irmã também. Não que isso seja justo, te mandar para lá sem ser escolhida, mas será provisório, até descobrirmos o problema do chapéu.

-Tudo bem. Já posso entrar e ir até minha mesa?

-Por favor - Ela disse apontado para que eu entrasse.

Abri a porta e vi todos me olhando novamente. Senti minhas bochechas queimarem, caminhei até a mesa da Grifinória e sentei ao lado de Alvo.

-Carrie, o que aconteceu?

-Não sabemos.

-Vão descobrir logo?

-Não sei, a Mcgonagall não me deu um tempo exato.

-Outra pirralha marrentinha? Meu querido Merlin, já não bastava uma? - Um outro menino que se encontrava ao lado de Lucy disse como se suplicasse aos céus.

-Também gostei de ti. - Disse sorrindo irônica.

-Esse é James, meu irmão. - Alvo disse sem paciência.

-Boa sorte. - Eu disse apertando a mão de alvo.

-Por quê?

-Vai precisar para aguentar esse seu irmão.

- Já aguentei onze anos, mais sete não farão diferença. - Ouvimos um barulho e olhamos em direção.

-Alunos, sejam bem-vindos a Hogwarts. Aos novos alunos, sinta-se a vontade para fazer de Hogwarts sua casa. - Mcgonagall disse e logo acrescentou - Que sirvam o banquete.

Tinha comida de tudo quanto era tipo, por um segundo pensei até em ter visto sushi.

Depois da janta teve a sobremesa e depois nos mandaram para nossos devidos salões comunais.

-Grifinória, sigam-me.

Caminhei logo atrás do que eu acredito que seja o monitor-chefe, até que sinto uma coisa nos meus pés, tarde de mais, cai com tudo no chão.

-Olha por onde anda Longbottom. - James, tu me paga. Levantei mesmo com todos os risinhos na minha volta e continuei andando.

-Seu irmão é um idiota Potter.

-Eu sei Carrie.

Chegamos ao sétimo andar e ficamos parados em frente à um quadro de uma mulher gorda que bebia algo aparentemente alcoólico, parecia ser vinho, se encontrava ladeada de trasgos.

-Chifre de Unicórnio. - O monitor disse e o quadro se abriu como uma porta, revelando um corredor que no fim se encontrava o tão famoso salão comunal da torre oeste, sétimo andar corredor da mulher gorda pertencente à Grifinória. Talvez não tão famoso assim, mas nas histórias que meu pai me contava, era famoso, para mim pelo menos.

Fomos direcionados aos quartos onde se encontravam as malas, não as minhas, pois eu ainda não tinha nada.

-Meninas a escada a direita leva aos quartos de vocês, meninos a escada da esquerda leva vocês aos seus devidos aposentos, meninos não podem entrar nos quartos das meninas, caso tentem, a escada se transformara em um escorregador provocando uma queda dolorosa. Meninas vocês tem acesso livre aos quartos dos meninos.

-Mas porque elas podem e a gente não? - perguntou Alvo.

- Os fundadores de Hogwarts acreditavam que meninos não são confiáveis, o que eu acredito ser verdade não é senhor Potter?! - O monitor disse como se Alvo não fosse confiável.

-Eu que o diga! - Disse James.

-Você mesmo James, espero que o episódio do ano passado não se repita. - Esta explicado porque ele desconfia de Alvo.

-Agora subam amanhã as aulas começam cedo. Estou de olho em vocês Potters. - Disse e saiu do salão comunal.

Subi até na escada da direita e fui em direção a porta com a escrita " 1º ano" , entrei e o quarto era lindo, rústico, perfeito na minha opinião. Caminhei até a  única cama que não tinha uma mala em cima.

- Até quando ficarei sem minhas coisas? - murmurei sentando na cama. Como eu vou dormir? Como vou tomar banho amanhã? Espero que minha mãe traga minhas coisas.

Todas as meninas já dormiam, até mesmo Lucy, que não quis me emprestar nem mesmo um pijama e nada de eu conseguir adormecer.

Desci as escadas chegando ao salão comunal encontrei a última pessoa que eu gostaria de encontrar nessa hora ou em qualquer hora.

- Me deixa adivinhar, Lucy? - Eu devo ter feito a maior cara de nojo do mundo, pois ele logo percebeu que eu não era Lucy.

 - Já vi que não, o que te trás aqui a essa hora Longbottom? 

- Só me diz uma coisa, você vem sempre aqui a essa hora Potter? - Perguntei com desprezo.

-Venho sim, por quê? 

-Bom saber, agora já sei quando não vir aqui. - Disse subindo as escadas novamente, porém eu não sei como ele chegou tão rápido do sofá até onde eu estava e segurou meu braço.

- Para que tanta grosseria Longbottom? - perguntou irônico

- Para que tanta curiosidade Potter? - respondi no mesmo tom.

- Tudo bem se quiser ser grosseira Carrie, você não faz diferença, estou indo, tenho mais o que fazer. Boa noite. - Então agora eu sou Carrie? Garoto idiota.

-Pode me dizer como pretende passar pela mulher gorda?

- Então agora está interessada em mim? - Disse sorrindo.

- Não, nu-nunca. - Droga, tenho certeza que corei. - Só quero saber como vai passar pela mulher gorda! - Disse um pouco alterada. - E também, como fara para passar pelo aborto?

- Você não precisa saber, a não ser que queira fazer alguma coisa errada, mas isso não está na sua ficha, não é mesmo Longbottom? 

-Você não me conhece Potter. 

-Não conheço, mas seu sobrenome te denúncia, Longbottom. - Disse e soltou uma risadinha.

- Não fale como se minha família fosse um bando de fracos, fujões, meu pai comandou a revolução nesse castelo na época de Voldemort e agora é professor de herbologia, meus avós eram aurores e membros da ordem, junto com os seus avós.

-Tudo bem Longbottom, mas você continua me cheirando a santidade, a não ser que me prove do contrário. - Me encarou desafiador.

-Eu não tenho que te provar nada. 

- E pra você mesma, não tem que provar nada?  - Fiquei em silêncio.

- Estou indo, boa noite pirralha. - Me deu as costas e saiu com um lençol e um pedaço de papel em mãos. Vi ele saindo do salão e não me contive, tive que segui-lo, eu não sabia o porquê me arriscar tanto, mas a minha curiosidade é muito maior que a minha razão.

Vi James sair pelo quadro, fui atrás e para a minha surpresa, a Mulher Gorda dormia, vi James descer as escadas até o sexto andar. Esse garoto me cheira a confusão, e o cheiro parece aumentar a cada passo que ele dá. 

Andei atrás dele até que vi pronunciar alguma coisa e sair luz da sua varinha, vi as pessoas dos quadros começarem a insulta-lo e ele não deu e mínima, continuou fazendo o que fazia, até que parou de andar e me escondi atrás do pilar que tinha ali. Ele simplesmente pigarreou e continuou andando, até que ele parou e se cobriu com aquele lençol que ele carregava, e para a minha surpresa, ele sumiu.

- Mas que diabos é....- Nem terminei de pensar e a porta se abriu e depois se fechou, caminhei calmamente e entrei também, ouvi alguém.

- O que você está vendo? - Era... Era o aborto, eu estava ferrada, totalmente ferrada, ele estava na sala, de costas para mim, congelei, não sabia o que fazer.  Achei que ele falava comigo, mas não, era com um gato nojento que me olhava. 

Quando Filch ia se virar, senti alguém me abraçar e uma coisa leve cair sobre a minha cabeça.

- O que vo... - James tapou minha boca e colocou o dedo indicador em cima dos lábios olhando na direção de filch. 

Filch estava virado, com seus olhos vermelhos vidrados em nós, parecia até que nos via, mas isso era impossível, não é?

- Quem está ai? - Ele não nos via, mas nos sentia? Impossível, ele é um aborto, um simples aborto.

James ainda com os braços sobre meus ombros e com a mão na minha boca me forçava a ir andando para mais perto da porta. Afinal o que íamos fazer? Estávamos ferrados, ele sabia que havia alguém ali.

James foi me puxando até a porta e abriu a porta e fechou novamente, mas o que?

- AAA você me paga. - Filch disse e saiu correndo, passou por nós e saiu da sala. James me soltou, abriu a porta e saímos em direção ao sétimo andar.

-Você ficou maluca? Garota enxerida sabe o que aconteceria com a gente se o Filch nos visse? - Ele disse brabo olhando nos meus olhos.

- Você quem entrou naquela sala! 

-Entrei para te dar uma lição. 

-Lição? Como assim? - disse ofegante por estarmos andando muito rápido.

-Não sabe o significado de lição? 

-Claro que sei, mas porque me dar uma lição?

-Ninguém manda você ser intrometida e me seguir.

-Como sabia? 

-Te vi no Mapa do Maroto. 

-Mapa do Maroto? 

-É - Ele disse tirando um pergaminho velho do bolso do casaco quando paramos em frente ao quadro da Mulher Gorda.

-Olhe. - Ele olhou para o pergaminho e disse. - Eu juro solenemente não fazer nada de bom. - Começaram a surgir palavras no pergaminho dizendo:

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas,

fornecedores de recursos para bruxos malfeitores,
têm a honra de apresentar

 O Mapa do Maroto"

- Aqui mostra todas as pessoas do castelo, e todos os lugares do castelo, te vi atrás de mim bem aqui. - Ele disse apontando para o corredor em frente a sala do zelador, onde ele parou e colocou a capa. Corei fortemente.

- Porque não deixou ele me pegar então? Só eu estava visível.

-Porque se ele te pegasse a Grifinória já iria perder pontos no primeiro dia. - Fiquei calada, não sabia o que dizer.

- Como vamos entrar? Ela está dormindo e se acordar vai nos dar um sermão e talvez até chamar Mcgonagall. 

-Não vai não, já fiz isso milhares de vezes. Faço isso desde meu primeiro ano aqui. Ela me da um sermão, mas não chama ninguém.

-Como a acordamos? 

-Só chamar. - Ele disse tirando a capa de cima de nós.

-Como eu chamo? – Ele revirou os olhos.

- Senhora! - Ele disse falando alto e dando leves tapas no quadro.

-Quem está fora da cama a essa hora? - Ela disse se espreguiçando de olhos fechados. - James, todo ano é a mesma coisa, adora me acordar no meio da noite, você não tem jeito garoto, é igual ao seu pai, e eu achando que meu pesadelo teria acabado quando seu pai saiu da escola. Agora digam a senha. - Ela disse quando abriu os olhos sem paciência e tenho certeza que se ela pudesse sair daquele quadro, ela daria um soco em James.

- Chifre de Unicórnio. - Eu disse e ela abriu passagem resmungando.

-Mal feito, feito! - Vi James falando e todas as palavras que estavam escritas no mapa, sumirem.

- O que faziam fora da cama a essa hora ? - Lucy surgiu em nossa frente.

-Nada que seja da sua conta. - James respondeu.

-Creio que isso seja do interesse do monitor-chefe, vou chama-lo para resolver seus problemas - Disse Lucy subindo as escadas da esquerda.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Muito cansativo? Espero que gostem, eu demoro bastante para escrever os capítulos, mas é para ter qualidade, como dizem por ai " a pressa é inimiga da perfeição".