One: Anel. escrita por Avalon Kary


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

oooh vou logo falando. é tudo sem logica u.u Eu só escrevo maluquices hihihi.
E pra quem não sabe... com certeza você vai saber agora, porque não escrevi ali em cima é que essa one é baseada num sonho que tive essa noite!
— Tenham uma ótima leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/374563/chapter/1

A música faz qualquer um dançar, a batida entra pelo nosso ouvido chegando ao cérebro e por algum motivo desconhecido por minha parte sentimos vontade de dançar, de ir no ritmo da música.

Cath segurou meu cotovelo me tirando da grande multidão. Levou-me para uma sala não muito grande onde só tinha o nosso grupo da faculdade. A sala era linda com seus sofás vermelhos e grandes, com um tapete tão macio quanta as plumas e as luzes faziam com que o ambiente fosse um lugar vampiresco.

- Quase que derramou minha bebida. – reclamei quando paramos e ela se pôs ao lado de Nick.

- Você estava lá sozinha, tem que ficar com a gente. – Cath deu de ombros pegando uma bebida pra ela.

- Sara feche a porta, vamos fazer uma brincadeira muito interessante. – Greg sorriu pra mim e logo franzi a testa desconfiada. Mas fechei a porta e fui me sentar no único lugar disponível ao lado de Grissom. Ele me olhou como se fosse de outro mundo e sorriu de um jeito como se fossemos íntimos demais. Não consegui não sorrir pra ele de volta.

- A brincadeira é o seguinte. – Cath começava a falar puxando a atenção de todos para si – Verdade ou consequência. – ela deu uma risadinha maliciosa – Uma pessoa fará uma pergunta e se a pessoa falar alguma mentira será então punida com uma consequência.

- Que tipo de consequência? – quis saber Hodges que se encolheu ao fazer a pergunta.

- Qualquer tipo de consequência, tirando os que podem machucar a pessoa... Tudo é aceito. – Cath fez biquinho pensando em algo, mas logo deu de ombros. – enfim, vou rodar essa garrafa e esse lado – ela apontou para a boca da garrafa -, pergunta e desse – apontou para a bunda da garrafa – responde, okay? Todos de acordo?

Todos se olharam e pareciam todos de acordo, tirando Hodges é claro que tinha um olhar apavorado. Acho que ele nunca brincou disso.

- Então vamos começar. – Cath se curvou um pouco e girou a garrafa na mesinha, mas parou quando eu a interrompi.

- Não é melhor fazermos uma perguntar qualquer e se a pessoa errar a resposta fazer a consequência? – sorri para a loura a minha frente que gostou da ideia.

- É ótimo. – ela sorriu e se posicionou sem perguntar se alguém tinha algo contra, apenas se curvou colocando a garrafa na mesa, mas não girou, ficou parada com a testa franzida.

- Gira logo Cath! – Wendy falou animada. Mas Cath não girou, continuou parada como uma estatua, segurando a garrafa com força.

Fiquei observando-a e pude ver que Grissom também a observava. Ela não estava mais sorrindo. Estava seria e pensativa.

- Cath?! Você esta bem? – perguntei enfim com a voz calma, mas ela nem se mexeu – Cath?! – a chamei novamente, mas agora tive uma leve resposta. Ela levantou o olhar e se virou pra mim, o restante do pessoal se calou curiosos – Esta bem?

- Silencio. – ela disse, mas não sei se ela estava pedindo ou afirmando o silencio naquela sala.

- Todo mundo esta preocupado com você! – respondi então.

- Não! – ela mordeu os lábios e soltou a garrafa – Esta acontecendo algo! Está silêncio.

Então eu entendi do que ela estava falando, a música que estava alta não estava mais, o barulho da galera não se ouvia mais e um silêncio profundo pairava ali. Por quê?

- A musica não para nunca aqui. Bem, não durante a noite e... – Warrick franziu a testa – Nem a galera esta fazendo barulho.

- Será que aconteceu alg... – quando eu ia perguntar a porta da salinha foi aberta com força, assustando todos que estavam ali, Grissom segurou minha mão com muita força me assustando mais. Uma mulher e mais três homens entraram com armas na mão e gritando para que ficássemos parados.

- Pode ir. – ela disse para um dos homens – Você fica aqui na porta. – falou pro outro.

Ela entrou com pesadas fortes, ela parecia furiosa. Seu olhar era diabólico e ela não tinha medo de mostrar o rosto, ao contrario dos homens. A mulher que segurava uma enorme arma se pôs no meio da gente derrubando nossa mesa e algumas bebidas.

- Eu quero agora tudo de valor que vocês tem! AGORA! – ela gritou nos amedrontando, eu tremi com sua voz, mas a obedeci que nem os outros da sala que se mantinham de boca calada. Olhei para minha mão que havia vários anéis, mas um era especial e eu não podia perdê-lo, não mesmo. O anel importante que ficava no meu dedinho era especial, feito a ouro que um dia minha mãe me dera. Eu não poderia jamais entregar a um bandido que provavelmente o venderia a pouco custo.

Tirei o meu colar, minhas pulseiras, meus brincos, peguei na minha carteira todo dinheiro que tinha. Percebi que alguém chorava, olhei para ver quem era. Cath choramingava ao tirar seu casaco de couro enquanto a mulher apontava a arma pra cabeça dela. Senti uma vontade enorme de chorar, mas não o fiz. Olhei para o lado vendo Grissom tirando seu relógio de prata.

Olhei pro sofá que tinha um leve espaço dele para o chão, era ali que eu colocaria meu anel. Olhei pra mulher que ainda estava de costas para mim e aproveitei o momento tirando meu anel com facilidade. Joguei então rapidamente para debaixo do sofá. Depois eu o pegaria.

A mulher se virou pra mim, provavelmente ouvindo algum barulho. Ela vincou o rosto, parecia mais furiosa. Foi até mim pegando minhas coisas e colocando numa bolsa. Ela me olhou mais e apontou para a minha mão.

- Quero os anéis também. – senti o cano da arma encostar em meu braço e vi Grissom desesperado ao meu lado. Tirei todos os anéis em um segundo, mas quando fui entregar a mulher armada estava com raiva, muita raiva. – Cadê o anel?

- Todos estão aqui? – amostrei a minha mão com todos os anéis em cima. Uma lágrima desceu pela minha bochecha.

- Não brinque comigo garota. – ela me deu uma coronhada derrubando meus anéis e senti uma dor aguda no ombro – Esta faltando o anel que estava no seu dedinho ou você achou que eu não repararia?

Tossi e ouvi Cath prender um grito, olhei agora para a mulher, chorando.

- Não tenho nenhum anel! – menti olhando para Cath que assentiu ao olhar para debaixo do sofá. Ela sabia que tinha de pegar depois meu anel ali debaixo.

A mulher me ignorou e se virou de novo. Olhei ao meu redor vendo que a janelinha bem ali no canto estava fechada por conta do ar-condicionado. Levantei então e Grissom segurou meu pulso pedindo pra sentar. A mulher se virou.

- Você é muito ousada! – ela fez um bico e apontou a arma pra mim.

- Me deixa ir embora? Estou passando mal. – as lágrimas não paravam de cair e eu realmente não estava me sentindo bem. Um enjoo, uma tontura, uma vontade de correr dali.

- você vai ficar!

A ignorei e cambaleando passei por ela querendo sair do lugar fechado. Foi então que ouvi um barulho muito alto que me deixou surda por alguns segundos e no outro eu me encontrava caída no chão. Eu senti que ela iria fazer aquilo, mas meu corpo se movimentava sozinho, querendo sair dali.

Foi um tiro na cabeça. Eu sei, porque senti o projétil entrando perto da minha nuca. Ela entrou com uma ardência aguda, fazendo meu corpo paralisar. Eu ouvi também os gritos das pessoas ali dentro.

Esperei pela minha morte, mas não veio de imediato e nem a dor que eu pensei que sentiria, não chegou.  Olhei para o anel debaixo do sofá. É por isso que vou morrer? Por um anel?

Meu rosto pesou no mesmo instante e a ardência não parava, mas cadê a morte?

Tentei me mexer, mas não consegui. Senti um calor enorme no rosto e então ouvi algumas ordens e uma correria. Num piscar Grissom estava perto de mim acariciando meu rosto e chorando, sua mão estava suja de sangue. Reparei então que a quentura no meu rosto era meu próprio sangue. Que morte mais estranha.

- Sara. – Grissom chorava ao beijar meu rosto.

- chame uma ambulância. – Wendy gritou para alguém.

Tentei olhar pra Grissom, mas não consegui. Olhei então pro meu anel, ali sozinho e fechei os olhos sentindo a bala em minha cabeça.

A morte é que nem dormir. A dor passa e você sente um sono de outro mundo.

Eu não senti meu coração parar, mas senti a mão quente de Grissom na minha. Ele me amava e eu o deixei... Meu corpo o deixou, não por causa do anel, mas porque eu precisava de ar fresco. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não conseguia parar de pensar no tiro que tomei na cabeça em meu sonho e então escrevi um one pra compartilhar de uma forma meio que oculta meu sonho para ver se sai da minha cabeça a sensação de morte! (macabro, não?) kkkkk Espero que tenham gostado da one de maluco =)
— Até a próxima. Kissus.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One: Anel." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.