Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 9
Capítulo 9 - O tal do amor


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar. Estou estudando descontroladamente! KKKKKKKK Enfim, comentem!



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Dessa vez, foi Cath que tomou a iniciativa para o beijo e tudo se resolveu. Como não teria aula no turno da tarde, resolveram passar em uma locadora para alugar alguns filmes. Ao chegar na casa de Derick, ele pediu a uma das empregadas que cozinhasse algo porque tanto ele quanto Cath estavam mortos de fome. Assim que a comida ficou pronta, trataram logo de almoçar. O dia estava frio e o garoto pegou um edredom para que se cobrissem. Abraçados e entre beijos assistiram a um filme de Fantasia, gênero preferido de ambos. Após o término do filme, lancharam e debateram sobre todos os acontecimentos, tal como duas crianças, implicaram e fizeram cócegas um no outro, até que, por estarem cansados, dormiram abraçados no sofá.
Por volta das 20 horas, a porta da sala se abre e a família toda de Derick entra pelo cômodo. O garoto abriu os olhos assustado ao ver todos ali, seus pais e seus irmãos. Peter se regozijava com a cena, parecia estar tremendamente orgulhoso da mais nova conquista do irmão e com certeza fazia suposições sobre o que havia acontecido naquela casa antes dele chegar.

Bárbara estava dormindo no colo do pai, que parecia também estar orgulhoso, afinal, seu filho mais velho havia conquistado uma garota linda, isso não era pouca coisa. Para um pai rígido e másculo como Ralf, aquela cena o encheu de felicidade, como poucas vezes havia se sentido em relação ao filho.
Lilian era a única que parecia não estar gostando daquela situação, por mais que na maioria das vezes tentasse amenizar as atitudes do filho, aquilo era imperdoável, sua casa não era nenhum motel.
Derick pôs o dedo indicador na frente dos lábios e pediu que todos ficassem em silêncio para que Cath não acordasse. Sussurrando disse que iria explicar o que estava acontecendo ali. Ralf sabia que seu filho já havia dormido com muitas mulheres, e vibrava de emoção e orgulho, afinal, qual é o pai que não sente orgulho de um filho que aos 17 anos já havia dormido com mais mulheres do que muitos homens conseguiram durante a vida toda? Lilian era uma mulher discreta demais para criar um escândalo e se conteve.
O garoto se levantou do sofá, com cuidado para não acordar Cath, e pediu para que todos fossem para a varanda a fim de que ele pudesse se explicar. Ralf colocou Bárbara deitada no outro sofá e a família toda se dirigiu imediatamente para lá e, antes que Derick pudesse se defender, Peter tomou a frente:
– Você é muito foda! Quando eu crescer quero ser igual a você, mano! Cath vivia te dando toco, mas você conseguiu!!!
– Filhão! – Ralf bateu nas costas de Derick.
– Não é nada disso que vocês estão pensando, ok? Dá para vocês dois pararem?
– Filho, você sabe a gravidade do que você fez? A minha casa não é motel pra você ficar trazendo as suas conquistas, isso foi um desrespeito, você não teve um pingo de consideração com a sua família! – Disse Lilian inconformada. – Não minta para mim porque eu não sou idiota!
– Eu não transei com ela, tá bom!? – Ele disse com um tom de certeza na voz, o que decepcionou seu pai e seu irmão, que ficaram sem reação. – Eu não sou sequelado ao ponto de transar na sala da minha casa, na frente das empregadas. O que vocês estão pensando? - Respirou fundo. – A gente veio pra cá depois da aula, comemos, vimos um filme, conversamos e depois pegamos no sono, foi só isso!
– Só isso mesmo? – Lilian parecia desconfiada.
– Eu juro mãe... A Cath não é uma garota qualquer, ela é responsável, inteligente e madura demais... Não fica pensando besteira...

– Tudo bem, eu confio em você. – A mãe respondeu já com as feições mais tranqüilas.
O garoto foi para a sala e deitou de novo ao lado de Cath, tentando fazer o mínimo de barulho e nenhum movimento brusco. Conseguiu deitar ao lado dela e a menina parecia dormir como uma pedra, Derick estava com muita pena de acordá-la, o que no fundo foi uma atitude egoísta. Sim, foi por egoísmo que ele não a acordou. Aquela visão da garota dormindo em seus braços era tão agradável para ele que teve pena de si mesmo. Se ele a acordasse seria privado de passar mais alguns instantes admirando aquela cena que o levava a uma felicidade inexplicável.
Cada membro de sua família foi para seu respectivo quarto e o garoto ficou ali por mais uma hora e meia. Não queria dormir de forma alguma, nem perder nenhuma respiração de Cath. Quando a garota acordou a primeira coisa que viu foi o sorriso de Derick e olhar terno que ele a lançava, não podendo resistir, sorriu de volta para ele.
A calma que Catherine estava sentindo durou apenas mais uns segundos, pois logo percebeu que já estava muito tarde visto que a porta da varanda estava aberta e a noite parecia invadir a sala. Levantou-se correndo dos braços do garoto e imediatamente corou:
– Que horas são!? – Parecia muito nervosa e envergonhada.
– Ei, calma! – Ele a beijou na intenção de acalmá-la. Cath pareceu suspirar e voltou a sorrir:
– Mas é serio, Derick...Que horas são? – Ela falou de um jeito doce, nem parecia a mesma garota, cheia de atitude e certeza na voz. Derick olhou em seu celular para ver a hora.
– 21:30...Mas calma... – Catherine sentou rapidamente no sofá colocando o tênis e se arrumando para ir para casa.

De repente, a mãe de Derick veio entrando no corredor com Bárbara no colo. Catherine levantou rapidamente, estava morrendo de vergonha.
– Oi Cath! – Lilian, percebendo o nervosismo da garota, tentou ser simpática. – Muito prazer, Lilian, ou a mãe do Derick. – A mulher estendeu a mão.
Catherine apertou a mão de Lilian e corou.
– Oi, me desculpe por ainda estar aqui, eu sei que está tarde, mas eu acabei pegando no sono.
– Tudo bem, não tem problema não! – A mulher sorriu com ternura.
– Obrigada por compreender, mas eu já estou indo. Minha mãe vai ficar preocupada... – Lilian assentiu com a cabeça e completou:

– O Derick pode te levar depois em casa, não é filho? Mas primeiro, você poderia ficar e jantar com a gente.
– É claro que levarei. – Ele pegou em uma das mãos de Catherine. – Janta com a gente, Cath? – Derick parecia pedir com os olhos também.
– Fico. – A garota sorriu tímida. – Mas preciso avisar à minha mãe. – Todos os três pareciam concordar.
Cath pegou seu celular e ligou para a mãe avisando o que havia acontecido e que Derick a levaria para casa após jantarem. Helena concordou e apenas orientou a filha para que não chegasse muito tarde. Enquanto isso, Lilian chamou os outros membros da família, exceto Bárbara, que já estava dormindo, e todos logo foram para a sala, cumprimentaram a garota e se sentaram à mesa.
– Essa então é a famosa Cath? Muito prazer, eu sou o Ralf. – O pai tentou parecer simpático, para deixar a garota à vontade.
– Sim, sou eu! – Eles se cumprimentaram. Peter apenas sorriu para a garota e acenou.
No jantar surgiram muitas perguntas, sobre onde ela estudava, se fazia o mesmo curso que Derick, em que período estava, onde morava e etc. A garota foi se soltando, pois a família lhe passou confiança e amabilidade. Conversaram sobre diversos assuntos enquanto jantavam e bebiam um bom vinho francês. Como uma possível consequência do efeito do vinho, Ralf acabou por fazer uma pergunta, de certa forma indelicada:
– Vocês dois estão namorando, não é mesmo? Devemos viajar no final de semana, você poderia ir conosco, já que está entrando para a família.
O garoto, que já estava nervoso, ficou mais ainda ao perceber que Cath ficara encabulada com tal pergunta. Apesar disso, como de costume, a garota logo disfarçou a vergonha e respondeu com naturalidade:
– Nós somos amigos.
O pai ficou sem graça e se desculpou pela indelicadeza, porém não pôde deixar de notar que o semblante do filho havia mudado, não gostara da resposta de Catherine e isso estava claro.
Mais ou menos uns dez minutos se passaram e a garota decidiu que já estava tarde demais, era hora de ir pra casa. Apenas aguardou o taxi chegar, despediu-se de todos e Derick a acompanhou para deixá-la em casa. Enquanto andavam pela mansão, nem uma palavra.
Estava claro que Cath gostava de jogar com aquela situação, apesar de não ser atirada como as outras garotas que cercavam Derick, gostava de provocá-lo. Assim que saíram da casa e andavam pelo jardim, ela resolveu iniciar.
– Não vai me dizer nada? Ficou mudinho? – Ela disse sorrindo enquanto passava um batom nos lábios e mexia nos longos cabelos.
– Não, amiga. – Derick estava sendo extremamente infantil, não a pedira em namoro, estavam saindo há muito pouco tempo, se conheceram recentemente, mas parecia que nada disso importava. Não importava o tempo e as convenções, não importava que Derick fosse experiente com mulheres, com Catherine agira igual a um pré-adolescente que acabara de receber o primeiro beijo e já achava que estava namorando, sem nem mesmo a garota ser sido informada sobre isso.
– Oi!? Que isso Derick? – Cath não estava entendendo nada.
Ao perceber o papel ridículo que estava fazendo, pôs as mãos na cabeça e respirou fundo.
– Foi mal... – Tentou disfarçar.
– Tudo bem, só espera um minuto. – O garoto a olhava sem entender muito bem o que estava acontecendo.
Catherine retirou um pequeno espelho de dentro da bolsa e começou a se arrumar, como se uma menina bonita como aquela ainda precisasse de alguma coisa para estar linda. Fazia caras e bocas, Derick prestava atenção em tudo, hipnotizado.
Quando terminou seu ritual e decidiram continuar andando para entrar no taxi, Cath reparou que Derick a olhava fixamente.
– Que foi hein?
Derick franziu o cenho, parecia estar chocado com alguma coisa.
– Que foi? – Ela perguntou com uma voz doce.
– Eu não aguento... – Ele a puxou para perto de si e a beijou intensamente. Cath parecia derreter nos braços de Derick. Beijaram-se algumas vezes, esqueceram-se do tempo, até que ouviram o taxi buzinar.
Foram em direção ao carro e se desculparam com o motorista. No caminho, os olhares se cruzavam e os sorrisos eram constantes. Derick deixou Catherine em casa e voltou para casa. Além do dinheiro da corrida, ofereceu ao motorista uma boa gorjeta, visto que o homem havia esperado bastante tempo até o casal entrar no carro.
Entrando em casa, não podia conter seu sorriso, seus pais estavam na sala de estar assistindo televisão. Ao olharem a expressão no rosto do filho, perceberam que uma revolução estava para acontecer, algo de muito poderoso crescia incontrolavelmente no peito de Derick, talvez fosse o tal do amor.


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Notas finais do capítulo

COMEEEEEEEEEEENTEM o que acharam!