Vampire escrita por Emma Patterson


Capítulo 14
Capítulo 14 – Mudança de caminho


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que faz muito tempo que não posto e vocês já devem estar cansadas das minhas desculpas, mas agora estou de férias e vou recuperar o tempo perdido. Agora a Fanfic esta bem mais adiantada e posso postar toda semana. Boa leitura ;P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/373992/chapter/14

Capítulo 14 – Mudança de caminho


Eileen


Já fazia duas semanas que havíamos saído daquela minúscula cidade em Atlanta. E foi um completo alívio! Aguentar aqueles humanos presos na década de... Fazia tanto tempo que nem me recordava exatamente, mas aquelas pessoas continuavam imundas e ignorantes.


Enfim, não encontramos nenhuma novidade sobre os híbridos nem na biblioteca velha ou nos mausoléus das famílias antigas. Viajamos a toa para aquele lugar, mas tivemos o ponto positivo de apagar nossos rastros. Claro, tendo a ajuda de Fred, os Volturi não me achariam por séculos.


_ Sabe, faz tempo que não tomo sorvete... – comentou Annie saltitando pela floresta que rodeava a cidade de Portugal. Seus cabelos longos e dourados ondulando suaves.


Ela estava tranquila esses dias apesar do péssimo avanço das buscas. Talvez o fato de não se esconder em túneis subterrâneos lhe aliviava, Annie nasceu para ser nômade. Aventura era seu sobrenome.


_ Achei que não comia comida humana. – falei curiosa. Fred andava atrás de nós, distante e calado, mas em constante alerta, é claro.


Annie se virou sorrindo e me encarando. Ainda não tinha me acostumado com a cor dos seus olhos. Eram anormais para os híbridos, isso era fato.


_ Bem, não é sempre e nem tudo. Não saía para a cidade por muito tempo e nem me disfarçava, então sangue sempre foi meu prato principal. – rolou os olhos, como eu, ela descrevia saciar a sede com sangue algo totalmente natural. – Mas sempre que tinha vontade comia alguma comida que parecesse apetitosa. Ainda tenho uma parte humana para sustentar. – explicou entediada. – Se eu fosse totalmente vampira seria muito mais fácil.


_ Não diga isso. – repreendeu Fred.


Virei-me encarando-o confusa.


_ Fred já conversamos sobre isso e você sabe que não vou mudar o minha opinião. Ser híbrida me faz fraca e indefesa. Ter que dormir para ficar forte novamente... Me sinto uma bateria viciada.


Os dois se encaravam, esperado mais algum argumento para discutir. Senti-me deslocada e acanhada, algo que esqueci há séculos.


_Ahn... Acho que podíamos deixar essa discussão para depois. Vamos? – falei desconfortável.


_ Não. – falou Annie feroz para mim e depois fuzilou Fred continuando a falar - Estou cansada disso! Por que você sempre discorda de mim sobre isso?


Algo em Fred quebrou, porque sua expressão mudou, cansada, desistindo de uma batalha interna.


_ Porque ser vampiro é uma maldição, você sente dor constantemente, você mata pessoas para se saciar, você não passa de uma máquina. Híbridos tem salvação e eu não, nenhum vampiro tem, Annie.


Parecia que ele iria chorar. Senti seu escudo de repulsa afastar-me deles e sem me controlar eu recuava. Annie se mantinha de pé, como se ela estivesse rodeada pelo escudo, sendo protegida.


Sabia que Fred queria se proteger e impedir que eu visse sua fragilidade, mas não precisava daquilo tudo. Senti uma vontade animalesca me invadir e me incentivar a lançar raios em Fred, mas isso era uma impulsividade de recém-criado e eu não era uma. Prendi a respiração e continuei a encarar Fred, mesmo com a vontade de vomitar, minha visão começando a turvar.
Esse vampiro era poderoso e fazia um vampiro se sentir fraco como um humano.


_ PARA! – gritei serrando os olhos com força.


Minha cabeça estava girando, meu estômago seco se revirava. Cai no chão tombando com uma árvore que não tive noção de sua existência. Fred era mais forte do que os gêmeos Volturi, do que Bella Cullen e Renata.


Tudo começou a ficar escuro, eu queria usar meus poderes, mas isso não ajudaria, porém ele estava me machucando e se descontrolando. Não tive escolhas.


Senti meus olhos formigarem, mudando de cor. O ar ficando estático e denso, os pelos na minha nuca se eriçarem.


_ Chega. – sussurrei roca.


Raios me cercavam e então joguei uma descarga em Fred o paralisando e tirando o efeito do seu dom, Annie correu para socorrê-lo. Continuei com meu poder ativo, pronto para controlar o garoto. Eles agiam como recém-criados e deviam ser treinados para ter alto cotrole.


_ A partir de agora pensarão racionalmente e controlarão suas emoções, caso contrário perderão o controle como agora. – minha voz era completamente severa e dura. Encarei Annie que me olhava se sentindo culpada, com raiva e com medo. – E você aprenda a usar seus poderes e controlar seu cão de guarda, não sou sua treinadora de cães. E sim, percebi que tem um dom desde que o usou inconscientemente na biblioteca nos EUA. Controle-se. – rosnei e sai seguindo o nosso destino.

– Se quer controlar as pessoas, aprenda como se faz. - Rosnei enquanto andava.


Não ia esperá-los, daria a privacidade que eles podiam ter pedido sem aquilo tudo. Também podiam ir embora, porém eles não iam, tinha certeza disso.


****


Eu andava na linha de frente sozinha. O casal começou a me seguir uma hora depois, mas sempre mantendo uma grande distância. Aproveitei isso para pensar em algo que me incomodava há meses só que nunca dei abertura para pensar sobre.


Minha última missão nos Volturi caçando e massacrando aqueles recém-criados e descobrindo sua líder, uma vampira nomeada B.


Além de ser uma imortal que estava armando contra os Volturi o que mais me incomodava era a forma como as buscas pararam depois que Aro viu quem era pela mente de Jessie. Sempre íamos para uma caçada ardente logo em seguida, acabando com os “traidores”, porém dessa vez tudo foi deixado de lado e ninguém se importou. Seja lá quem é essa vampira, Aro a conhece e matá-la agora não é necessário. Talvez...


_ Ele não faria isso. – falei comigo mesma surpresa com a conclusão que havia obtido.


Há não ser que essa vampira fosso uma das imortais que trabalham para Aro e estão vagando pelo mundo recrutando vampiros habilidosos para ele! Parei abruptamente.


_ Jessie... – o bando e a situação eram um teste para ver qual recém-criado poderia ir para Volterra. Cada um não estaria lá se não fosse potencialmente habilidosos.


E todos eram, mas suas emoções irracionais de recém-transformados os destruiu, mas a garota não, ela era sóbria. Jessie realmente era forte, na verdade, desde de Bella percebi que vampiros que são controlados quando recém-criados são ainda mais fortes e habilidosos, mas eu não contei isso para ninguém então Aro podia muito bem ter seguido essa mesma linha de raciocínio e graças aos Cullen ou até antes ter presenciado tais situações parecidas.


Aro estava um passo a frente de todos.


Outra coisa que podia estar acontecendo era que Aro podia estar fingindo com essa B. alguns bandos descontrolados para fingir fragilidade e agir por baixo dos panos...


Virei-me fazendo meu cabelo formar um leque no ar e corri até Annie e Fred, os dois parando em surpresa.


_ O que...? – começou Annie.


_ Vamos para a Amazônia, procurar um híbrido. – só agora vi o quanto fui burra. Fiquei com medo de fazer o óbvio, mas no momento o óbvio era minha única chance de respostas.


Aro estava um passo à frente sobre as habilidades vampíricas, então já podia estar agindo com os híbridos. Precisava achar Nahuel e explicar tudo e fazê-lo convencer suas irmãs a virem juntas e então nos escondermos ou achar um jeito de acabar com essa perseguição por poder.


_ Eu devia ter feito isso antes, mas achei arriscado, mas agora não podemos nos preocupar em ser arriscado vê-lo, ele é o único que conheço que pode nos ajudar. – passei a mão pelo cabelo nervosa.


Jessie... Eu tinha que tirá-la de lá, meus... Amigos. Aqueles vampiros, a pequena Melaine e seu parceiro gigante, Logan... Bufei. Eu os tiraria de lá, mas por enquanto mantê-los lá e não dar sinais era o que os manteriam a salvo.


Annie e Fred não discutiram e me seguiram, estavam surpresos de mais com minhas reações e ações. Corremos para Oeste.


****


Já fazia três semanas que chegamos ao Brasil.


Sempre andávamos pelas cidades pequenas e florestas tropicais ao norte seguindo para Amazônia onde Nahuel disse viver com a tia.


Desde que chegamos só sentimos o rastro de dois vampiros. E ainda por cima bem fracos, pouco mais de duas semanas, eram nômades.


Eu seguia na frente, pouco convensava com meu dois companheiros desde a briga que tivemos. Annie só conversou longamente para saber mais sobre Nahuel, contei o pouco que sabia dele que ele mesmo contou na batalha em Olympia. Depois disso foram poucas palavras trocadas. Quanto aos Fred, bem... Agora nem nos olhavamos na cara. Não fez muita diferença.


Quando chegamos aos centro da floresta senti um rastro forte de vampiro. Haviam passado por lá a dois dias e seguiam para o norte. O segui ignorando Annie e seu parceiro.


Depois de trinta minutos seguindo o rastro senti uma presença. Um vampiro respirando audivelmente e parado a alguns metros de nós escondido entre as densas árvores tropicais e humidas.


_ Quem é você? - perguntei.


Fred era uma estátua e Annie estava atrás dele escondida, tanto por vontade própria quanto por vontade dele.


_ Eu que pergunto... O que uma Volturi faz aqui? Não esqueço um rosto quando sei que seu dono é um perigo para mim. - era uma vampira e ela sabia de onde eu vinha e a unica vez que me expus o suficiente para se lembrarem de mim foi na clareira em Olympia.


Congelei, disfarcei rapidamente.


_ Bem, eu deveria me lembrar do seu cheiro... Não esqueço vampiros tão rápido, ainda mais em um momento tão importante da história vampirica. - sorri com escarnio, em sinal de defenciva.


A vampira se revelou em uma super velocidade que era normal para mim. Annie se assustou. Fred a segurando mais firme. Um erro para eles e vantagem para o inimigo.


Uma vampira de estatura média e pela azeitonada que um dia foi parda quando humana, cabelos longos e negros e olhos vermelhos brilhantes e desconfiados com roupas de peles de animal e colares e pulseiras artesanais e indigenas surgiu a metros de mim.


Era a tia de Nahuel, nunca me esqueceria do rosto, apesar de não ter sentido seu cheiro o suficiente para guardar para sempre em minha memória eterna. Huilen.


_ O que quer aqui? Veio atrás de Nahuel? - rosnou.


Na campina, me lembrava bem, ela contou a sua história e da irmã, mãe de Nahuel com grande recentimento e ir até lá se expor foi desconfortavel e era palpavel que ela não queria se expor e correr perigo, não novamente e por causa de Nahuel. Ela o criou, mas ainda o culpava pela sua irmã. Senti raiva, mas me controlei.


_ Sim, mas por uma boa causa. Ele precisa de ajuda e vim precavê-lo do mal que o cerca e a espécie dele. - falei pausadamente.


_ Que mal? O pai dele e seus parceiros? Sejá lá o que pretendem, chegaram tarde. Nahuel não mora mais comigo. Ele foi embora para buscar as irmãos dele, principalmente a mais nova. Mas isso faz um ano. Nunca mais tive notícias dele. - ela contou completamente impassível. Sem qualquer emoção.


_ Não se preocupa? Ele é seu sobrinho. - acusei por ele.


_ E ele matou minha irmã e me condenou. - cuspiu, olhos em chamas. - Odeio ser o que sou, tive minha vida tirada de mim e vivo eternamente protegendo minha tribo, só isso me satisfas nessa vida fria. E ainda tenho que matar meus semelhantes porque nem consigo suportar gosto de animais.


_ Então por que cuidou dele todos esses anos? - questionei.


Annie não respirava, encarava a parente do seu irmão de espécie incrédula e apavorada. Se colocando no lugar de Nahuel, eu suponho.


_ Por que minha irmã pediu. Eu cuidei dele e agora ele é grande e aquela reunião a anos atrás me fez ver que não preciso mais continuar com isso, cumpri minha parte como irmã. - respondeu seca.


A encarei com desdém.


_ Sua parte como irmã? Ele é sua família, apesar do pai monstruoso que ele tem! Não é culpa dele sua irmã ter morrido. Ele só era uma criança diferente. E se odeia tanto sua vida imortal, por que não se entrega aos Volturi? Por que não procura um clâ e os tisse para te destruir e te livrar já que o mundo dessa forma é horrível? Pare de se lamentar e culpar alguém quando o único monstro assassino é Joham! - gritei o final.


Ela me encarava estática. Então avançou selvagem. Desviei com facilidade, mas então ela seguiu em frente para cima de Annie, outra híbrida e pelo visto, um monstro para ela.


_ Não. - rosnei a alcancei puxando-a pela nuca enquanto frende colocava Annie completamente atrás dele e usava seu dom. Huilen caiu enjoada.


_ Parem... - sussurrou debilitada.


_ Eu deveria matá-la, mas isso seria um presente para você. Tomara que seja vampira para sempre e que ninguém te destrua. Seu rancor vai ser seu inferno eterno. Sua maldição. - falei como nos séculos antigos. _ Para onde Nahuel foi? Para onde ele disse que iria? Porque ele sabe onde esta suas irmãs pela forma que você contou.


Fred continuava a atacar a vampira com seu dom.


_Aaaahr. - rosnou irritada. Não sabia para onde atacar já que não conseguia me ver mais. Eu estava sendo protegida como Annie por Fred. - Para o Canadá, na capital. - Olhava em volta tentando me achar, mas ficando cada vez mais incapacitada. - Pode ir embora... Mas saiba que vou te achar um dia sua piranha estupida... E vou arrancar membro por membro seu e de todo híbrido que eu achar! Você matam humanas indefezas e vampiros condenam humanos! O fato de ser uma de vocês é uma maldição, mas a usarei contra vocês. Demônios! - gritou em plenos pulmões enquanto eu e meus parceiros seguiamos para o Norte voltando para os EUA e depois Canadá.


Huilen não nos seguiu, não se arriscaria sabendo que não ganharia. Mas como era imortal e vivera bastante, ela sabia ter paciência e esperaria o quanto fosse possível para acabar comigo, com híbridos e qualquer vampiro. Ela era insana, mas não burra.


Meu pêsmes para sua mãe que era bondosa e confiou na irmã como em Johan, era inocente e injênua de mais, e também para Nahuel por ter um tia como esta. Mas era um preço a se pagar quando se é consebido por humanos. Humanos temem o que é mais forte que ele ou desconhecido por eles e incontrolavel.


Viver nas sombras não era só uma forma de nos protegermos, era uma forma de vivermos em paz. Eles ainda eram numerosos de mais...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Prontos para o capítulo 15? Aguardem... :P ;D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vampire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.