Capítulo Um

-Volte de onde veio e deixe-nos em paz!– esbravejou Zeus de seu trono. Os deuses estavam inquietos, mas permaneciam em silêncio, observando tudo que estava acontecendo. Uma “visão” de Gaia em sua forma (como Leo Valdez a vira, dormindo) ameaçando tudo e tecnicamente, todos. Seu rosto estava coberto por terra, seu olhos continuavam fechados, mas sua voz estava mais forte do que antes, ela estava se reerguendo novamente, mais rápido do que nunca.

-Zeus, ah Zeus! Sempre tão tolo – ela esboçou uma pequena gargalhada. O deus estava tenso, tentava manter-se calmo diante dos outros, mas era difícil. Suas mãos tremiam e seus olhos chamuscavam, pela primeira vez Zeus sentiu medo. O exercito de Gaia era maior do que ele poderia imaginar, e crescia a todo minuto.

Apesar de todos tentarem manter suas feições calmas, era muitas informações e preparos de uma vez. Dionísio tentava manter sua expressão de tédio, mas era cada vez mais difícil. As palavras de Gaia surtiam um efeito pecável.

-Gaia, ordeno que saia! – Zeus levantou-se seguido de todos os outros. Poseidon buscou o tridente se aprontando frente a frente com a imagem de Gaia. A imagem tremeluziu e Gaia desapareceu, deixando um pouco de Terra no piso da Sala dos Olimpianos.

-Ela vai voltar – disse Hera, deusa dos deuses, sentando-se em seu trono.

-Eu sabia que isso aconteceria, deveríamos ter preparado mais reforços – disse Zeus batendo com o punho no braço do trono.

-Não vai adiantar abusar da fúria agora, pai- disse Atena calma, olhando para o vestido.

-Precisamos de uma guerra para colocar tudo em ordem! – disse Ares chocando punho com punho.

-Não vamos nos precipitar! Homens... – disse Ártemis revirando os olhos.

-Devemos agir com cautela se queremos que tudo ocorra perfeitamente – Atena disse encarando Zeus.

-Precisamos de um plano de guerra rápido- Poseidon disse.

- Organizaremos isso o mais rápido possível – disse Atena novamente.

-Nunca vi tantos gigantes na minha vida vindo de um só lugar- disse Apolo.

-Não ouse dizer isso Apolo – retrucou Dionísio em tom brincalhão- suas palavras as vezes se tornam macumba.

-Agora não seria uma boa hora para brincadeiras deus do vinho – disse Afrodite, por mais imprevisível que fosse, não estava verificando como estavam as unhas vermelhas e belas, ou mexendo no cabelo loiro, estava realmente concentrada.

- Precisamos agir – Héstia disse, apesar de ser uma coisa óbvia, os deuses concordaram entre si.

-Em pouco tempo todos voltarão do Tártaro – Hades disse olhando Atena que encolheu-se na cadeira do trono. Algo a incomodara em seu tom de voz. Algo além de um sarcasmo típico de Hades, algo mais real.

- Algo a declarar Zeus? – disse Poseidon impaciente virando o rosto para observar Zeus, que mantinha o olhar em um ponto fixo.

-Sim – ele disse e se levantou – Amanhã começaremos nossos planos – ele disse observando todos na sala.

-E qual serão? – disse Hefesto.

-Atena e Ares trabalharão em um ótimo esquema de batalha, um esquema que nunca tenham preparado. Ártemis e Apolo, busquem saber mais sobre os titãs que estão voltando. Hefesto, verifique se todas as armaduras estão devidamente perfeitas para... para a guerra que vem vindo. Poseidon – virou-se para o irmão cautelosamente com um olhar debochado – prepare seu exército!

Poseidon levantou-se devidamente irritado – Não vou arriscar meu exercito nesta guerra idiota!

-É para o bem de todos – Atena interveio antes que Zeus começasse a terceira Guerra Mundial.

Poseidon sentou-se ainda incomodado com a idéia, mas as palavras de Atena foram claras e o convenceram.

-Amanhã começaremos isso – Zeus disse andando em direção ao corredor que ligava a seu quarto. Todos em silêncio fizeram o mesmo, retirando-se calmamente.

(...)

Atena deitou em sua cama ainda atordoada. Aquilo que Hades dissera a impedira de pensar em muitas outras coisas. Ela se sentia insegura e com medo, mesmo não querendo admitir, queria fugir. Imaginou como tudo ficaria se ela fugisse... com Ares planejando as guerra teria sangue para todos os lados. Com pensamentos súbitos e, na linguagem dos mortais (e de Poseidon) idiotas, adormeceu.

-Seu pai não poderá lhe salvar agora Deusa da Sabedoria! – disse uma voz que Atena não conseguia reconhecer.

-Deixe o Olimpo em paz! – era sua própria voz, e então, o lugar de onde estava apareceu. Era um grande porão, podemos dizer, era feito de pedra e o cheiro fazia seu nariz coçar. Não havia janelas e somente uma grande porta de madeira ao canto. O local era iluminado por tochas e ela estava presa junto da parede.

-Não deixarei voa tampouco o Olimpo! – respondeu a voz com um gargalhada explosiva logo após.

-Não... – mas a voz se dissipara. Ela sabia que era tarde, não seria possível fazer nada. Ela teria de ficar, para proteger aqueles que amava. E ele.

Atena acordou assustada com o sonho que teve. Olhou ao seu redor e suspirou aliviada ao ver que se encontrava ainda em seu quarto. A cortinha bege tinha um rasgo, e o vidro estava quebrado, o carpete molhado e sujo de grama, o resto completamente normal. Atena assustou-se ao ver o espelho quebrado e o chão cheio de cacos de vidro. Não lembrava-se de ter feito tudo isso, mas esperava ser apenas uma ilusão.

-Atena? – disse uma voz masculina e preocupada abrindo a porta.

-Sim... o que foi Apolo? – disse ela se sentando na cama ao ver o Deus colocar a cabeça para dentro do quarto.

-Problemas! – ele disse.

-Que tipo de proble...

-Muitos! Levante-se, rápido! – disse a puxando. Ainda de camisola, que parava acima do joelho Atena seguiu Apolo. Por dentro seu coração palpitava depressa, mas sempre sua expressão era calma. Apolo murmurava poesias que deixavam qualquer um maluco, ele não sabia se ria ou se chorava em outras palavras, estava tão confuso quanto Atena, parecia que se perdia por entre as paredes do Olimpo.

-Apolo – Atena o parou.

-O que? – ele disse com os olhos arregalados de frente para ela.

-O que está acontecendo? – ela disse calmamente.

-Fomos invadidos ontem a noite!

-Ontem? – Atena perguntou confusa.

-Sim!

-Mas como não foram ouvidos os invasores?

-Isso é o que nos preocupa, vamos! – ele disse voltando a puxá-la. Correram mais rápido, como se isso depende-se da vida deles.

Chegaram a sala de jantar em que se encontravam Zeus, Poseidon, Hades e as deusas sendo puxada por deuses. Parece que Atena não era única que não entendia nada, observando as expressões de seus irmãos.

-Não podemos deixar isso acontecer Hera! Eu não irei permitir! – disse a voz de Héstia no momento em que  a grande porta foi aberta e todos a olharem confusas.

Hera estava branca, o que com certeza, indicava que o problema seria maior do que o imaginado.

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n\\a: Olá pessoas! Então gostaram? Eu não sie se ficou legal, só sei que irei me empenhar muito nesta fic!

Obrigada xx