Aquele final de férias na casa dos Weasley foram, para Harry, a compensação total pelo tempo perdido nos Dursley. Ele jogara Quadribol, desgnomizara o jardim, praticara duelos às escondidas. Por fim, haviam sido totalmente felizes.

O sonho que teve na casa dos tios, fora completamente esquecido no momento em que o primeiro dia começara n’A Toca. Simplesmente aquele dia primeiro de setembro chegara rápido demais. Todos estavam reunidos na estação King’s Cross, esperando a barra limpar para poderem ultrapassar o portal entre as plataformas 9 e 10 e tomar o Expresso Hogwarts.

Nada poderia ser melhor naquele momento do que o regresso à escola. Até o momento que Harry atravessou. A primeira visão que teve, foi de um Draco Malfoy emburrado olhando-o feio.

– Potter. – Ele riu. – Espero que esteja feliz o bastante, sabe. Pode ser seu ultimo ano aqui.

– Como vai seu pai, Malfoy? Quer fazer uma aposta de quanto tempo ele passa fora de Azkaban agora que voltou a ativa? – Ele retrucou.

– Olha como fala do meu Pai. – Malfoy cuspiu as palavras.

– O que foi Draquinho? – Harry Desdenhou. – Medinho de o papai levar um beijo de um dementador?

– Ora seu... – A Varinha ficou em punho.

– Eu acho que não, Sr. Malfoy. – Era um homem na faixa de 30 anos. – Quer ganhar uma detenção antes mesmo de embarcar, Draco? Abaixe sua varinha, Potter. – O homem olhou diretamente a cicatriz por alguns segundos. – Kleber Taylor Tyreese, as suas ordens. Professor de Defesa contra as Artes das Trevas.

– Harry, o que... – O Sr. Weasley se materializara atrás do garoto. – Olá Tyreese. – cumprimentou cordialmente.

– Arthur. – Tyreese devolveu com um aceno de cabeça. – Vamos, Malfoy. – Falou conduzindo Draco para longe.

– Escute Harry. – O Sr. Weasley baixou a voz. – Tyreese é um auror muito qualificado. Sua especialidade é a Magia Presencial. Ele abomina as Artes das Trevas, mas conhece mais delas do que qualquer bruxo decente conheceria. Cuidado com ele. Dumbledore não confia nele, não sei por que o contratou. Não saia da linha. Bom ano letivo.

Então era assim? Não saia da linha e Bom ano letivo? Não houve tempo para contestar, o Expresso apitou alertando que iria dar partida e ele teve que correr pra embarcar. Procurou rapidamente e entrou em uma cabine vazia. La digeriu tudo. Logo Rony e Hermione vieram se juntar a ele e ele tratou de relatar tudo o que o Sr. Weasley falara.

– Então o tal Tyreese é o novo professor de Defesa? – Perguntou Rony. – E papai quer que você tome cuidado com ele?

– Algo assim. – Harry respondeu.

– Bom, Harry, se ele tratou o Malfoy pelo primeiro nome, já vale a desconfiança. E Dumbledore não confia nele. – Hermione alarmou. – Talvez tenha outro motivo pra ele ter sido contratado. Bom, vamos seguir o conselho do seu Pai então, Rony. Ter cautela com o Professor Tyreese.

Depois de algumas horas o Expresso diminuiu de velocidade e todos saltaram. Seguiram em direção a Hogwarts em suas carruagens puxadas por Testrálios. A Seleção se iniciava quando o garoto voltou sua atenção para um formigamento que lhe percorria a testa.

– Quando eu chamar seus nomes. Deem um passo a frente, avancem para cá. Porei o Chapéu Seletor em suas cabeças e ele irá anunciar a sua casa, prossiga para ela e espere lá. Amigdala, Penélope.

– LUFA-LUFA.

– Basílio, Ferdinand.

– CORVINAL.

– Bulcof, Wendell.

– LUFA-LUFA.

Prosseguiu-se a seleção normalmente até chegar a um garoto pequeno, pálido. Seu olhar parecia familiar. Seus cabelos negros escorridos na cabeça, muito lisos. Mesmo na palidez uma beleza sobrenatural. Harry viu Dumbledore arregalar um pouco os olhos. Ele mesmo desviou os olhos para o garoto.

– Robert, Thomas.

O garoto se adiantou. O formigamento na testa de Harry se tornou doloroso, sua Cicatriz ardeu. Bolhas negras lhe surgiam de todos os lados, o Salão Principal começou a amarelar, parecia que uma redoma de vidro o separava dele.

– Difícil, já vi uma mente muito parecida. – Era a voz do chapéu seletor. – Ambicioso corajoso. Diria até ser outro Potter. Ou, se me arrisco dizer. Outro Riddle. – Harry gritou, no momento em que outro grito ecoava pelo salão.

– GRIFINÓRIA.