Tora saiu pelo portão pisando duro. Tentava controlar as lágrimas, e bateu com tudo em uma pessoa.

-D-Desculpe – ela murmurou.

-Tora-san? – a pessoa disse o nome da garota, chamando a atenção dela. Ela olhou para cima – O que houve?

-Midorima-san... Não foi nada. Desculpe, tenho que ir agora, estou com pressa – e correu pela rua, deixando as lágrimas escaparem.

Ainda no portão da escola, Akashi parou ao ver Midorima. O ruivo parecia bem cansado, leves olheiras sombreavam seus olhos.

-Aconteceu alguma coisa? Nanodayo – Midorima perguntou depois dos dois se cumprimentarem.

-A gente brigou de novo. – o ruivo suspirou, então voltou os olhos para o outro – O que veio fazer aqui? E Miki, está bem?

-Ela está ótima. Eu vim porque queria discutir algumas coisas nanodayo.

Akashi olhou através de Midorima, vendo Tora lá na frente sentada em um banco.

-Não posso falar agora. Amanhã falamos. – e saiu andando.

Tora olhava para o céu enquanto secava o rosto. A morena realmente amava Seijuro, mas desde que começaram a namorar não paravam de brigar. Tora não suportava o jeito controlador do ruivo, então eles brigavam constantemente por causa disso. Ela continuou olhando para cima enquanto Akashi sentava ao seu lado no banco e suspirava. Ficaram um tempo em silêncio. A garota abriu a boca para falar, mas o garoto falou primeiro.

-Desculpe. De novo. Eu...

-E-Eu estou cansada das suas merdas. – a garota abaixou a cabeça e olhou para o ruivo – É sempre assim: você fica bravo comigo porque eu não faço o que você quer, e aí você grita comigo e eu grito com você, você é estúpido comigo e eu saio chorando. É sempre assim.

-Eu sei, desculpe.

Tora balançou a cabeça, sorrindo com os olhos molhados.

-E-Eu não sei se q-quero mais te namorar... – aquilo doeu no peito dos dois – Eu não aguento mais, sério.

-... – o ruivo mal conseguia falar – Tem certeza?

-Sim. Acho melhor a gente terminar de vez.

-Eu... – Seijuro não sabia o que dizer, os olhos de Tora pareciam determinados – Se é o que você quer, Tora...

-Sei que você está cansado também.

-Eu realmente não gosto de brigar – ele desviou os olhos – Mas não acho que precisamos de uma medida tão extrema. Tora...

-Akashi... – os olhos do rapaz estavam tristes – É melhor assim...

-Tá, não vou te obrigar a nada.

-Eu vou para casa, tenho prova de Física e não sei nada. – a garota levantou do banco – Então...

-Posso pelo menos te levar em casa?

-Tá, tudo bem.

Os dois foram em completo silêncio até a casa da garota. Akashi se sentia péssimo, Tora queria deitar e chorar. O ruivo começou a falar somente na porta da casa da morena.

-Eu gosto muito de você, muito mesmo. Pensei que... Sei lá, eu... Eu só... – ele não conseguia dizer nada. Como explicar que ele achava que Tora era a garota com quem ele passaria o resto da vida? Não havia palavras para isso.

-O que foi?

-Hm... – o peito do ruivo se comprimiu ao ver os olhos marejados de Tora. Ele não queria magoá-la mais ainda – Nada, deixa pra lá.

-Ok, tchau então. – a garota abriu a porta de casa e entrou.

-Eu te amo, tá? – Akashi disse para a porta.

Tora, encostada na porta, derramou várias lágrimas. Seijuro nunca havia dito que a amava, somente que gostava muito dela, apesar da garota já ter falado algumas vezes.

Akashi continuou parado por mais um tempo. Acabou desistindo e virou-se para ir embora. Ele se sentia um idiota; a primeira garota que ele realmente gostou de verdade era incrível, e ele a deixou ir. Tudo por causa de sua personalidade idiota e controladora. Passar um tempo com Tora o fez perceber o quão péssima sua personalidade era.

A garota abriu a porta e correu na direção do garoto. O ruivo virou bem na hora de pegar a garota em seus braços. Naquele momento, Seijuro percebeu o quanto odiava ver Tora chorar, e decidiu que nunca mais faria ou deixaria alguém fazer a garota derramar lágrimas.

-Desculpe... Eu me precipitei. Eu te amo, não quero terminar contigo.

Akashi pegou o queixo de Tora e beijou a boca dela. A garota pegou a gola da camisa do garoto e o arrastou para dentro de casa. Pressionou-o contra a parede e juntou as bocas de novo. As mãos do garoto escorregaram pelas costas da garota e apertaram a cintura dela. Línguas rolavam e lábios se amassavam, mãos agarravam cabelos e roupas, Akashi rolou para o lado e encostou a garota na parede, puxando as coxas de Tora contra si, sentindo o cabelo ser puxado com força. As mãos do ruivo entraram pela saia da morena, tocando as pernas dela. Tirou a boca da dela e atacou o pescoço.

-Tira a roupa – ele suspirou, chupando a pele dela.

-Q-Que? – a garota parou ao ouvir aquilo.

-Tira a roupa. – ele repetiu, mordendo o ombro da morena.

-A-Akashi...

-Tora, uma única vez faça o que eu estou mandando e tira a roupa.

E Tora, por vontade própria, fez o que foi mandado.