Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 26
Não da pra viver sem elas, não da pra conviver com elas


Notas iniciais do capítulo

Oi gents' demorei, to ligada... Desculpinha, vai ^^' To mega feliz ♥ Tenho novidades minhas: To namorando mds' pois é, eu. Eu que nunca na minha vida pensei que ia querer outra pessoa invadindo minha vida, mas fazer o que? Ele é engraçado kk'
Eu ia postar antes, mas o nyah tava de sacas comigo.
Capitulo ta ai... deixa vocês lerem logo né kk'
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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–Você é tão egoísta, Manson!

–Sou. –Revirei os olhos e me joguei na cama, enquanto Camila continuava a chiar o quão egoísta eu era por não querer sair, agradar ou usar alianças com ela.

Quem diabos faz esse tipo de coisa com quem não gosta? Quem diabos namora com quem não gosta? Eu estava bem bêbado e bem encurralado—tanto pelos nossos amigos quanto pela nossa família—quando aceitei seu pedido de namoro e, agora, empurrava nosso relacionamento com a barriga, torcendo pros próximos meses passarem o mais rápido possível.

–Por que não podemos ser um casal normal, meu amor?

Porque eu não gosto de você, chuchuzinho. Eu gosto da minha complicada, da minha marrenta, da minha perfeitinha.

–Somos um casal normal. –Pronunciei a palavra “casal” como pronunciaria o um palavrão.

–Eu só quero ir ao shopping! –Ela sorriu e se deitou ao meu lado. –Uma bolsa nova... só uma. Eu juro.

–Comprar, comprar, comprar... É só nisso que você pensa? Em gastar? –Revirei os olhos. –A sua progressiva anda queimando mais neurônios do que você queima teu próprio dinheiro.

–O dinheiro é meu, não é? Eu não te peço nada. Você não tem que pagar nada pra mim, ou tem?

–Tenho que gastar meu tempo olhando lojas em que eu nunca quis entrar. Por que você não pode se sentar e assistir um filme comigo sem reclamar? –Me levantei e apontei para a minha prateleira de filmes. –Tempo é mais importante que dinheiro.

–Então, que tal assim? –Ela se levantou e bateu palminhas, como uma criança que vai ganhar um brinquedo. –Vamos ao shopping, compramos minha bolsa e assistimos um filme no cinema...

–NÃO... não. –Tentei fingir que não tinha gritado. –Eu não quero ir ao shopping, ao cinema e nem comprar um bolsa nova... Podemos nos sentar e assistir um filme ou você vai e eu fico em paz.

Longos segundos se passaram antes que caísse a primeira gota de lagrima dos seus olhos. Observei ela fazer um caminho pela maça de seu rosto, passar por sua boca e pingar do queixo em sua camisa laranja decotada. Droga. Varias outras lagrimas desceram e eu continuei sem reação.

–Longe de mim você tem paz?

–Sim... Não! Não é isso... Acho que não é assim Mel... Camila! Não é assim Camila!

Soltou um grito.

–NÃO ME CHAMA DE MEL! –Berrou. Seu rosto ficou vermelho vivo.

–Calma, vai causar um segundo infarto no meu pai. Vai explodir a ulcera dele com seus berros.

–VOCÊ ME CHAMOU DE MEL, DE NOVO.

–Foi um acidente...

Saiu do meu quarto como um furacão. Parecia que ia matar o primeiro que encontrasse no caminho. Acho que ela esperava que eu fosse atrás dela, que eu pedisse desculpas ou que fingisse que não havia acontecido nada. Mas tinha acontecido, eu tinha errado, mas errado em um bom sentido. Eu estava livre do meu relacionamento forçado. Pelo menos foi isso que eu pensei até as dez horas da noite.

Três batidas na porta me fizeram desgrudar os olhos da TV.

–Mor? –Camila colocou sua cabeça loira pra dentro do quarto e depois trouxe o corpo junto.

Seus olhos estavam inchados, dando a entender que ela chorara a tarde toda. Ela podia ter posto uma maquiagem, ou um óculos, ou simplesmente ligado, mas ela fazia questão que eu olhasse para ela e visse o “estrago” que causara. Algo do tipo “Olha o quanto você me magoou? Chorei a tarde inteira. Me mande rosas amanha, com alianças e chocolate, traz um urso de pelúcia se não for pedir demais...”

–Entra, Camila.

–Vamos parar de brigar? É que eu te amo, não quero ficar assim...

–Para. Camila, acho melhor a gente conversar. –Me ajeitei e desliguei a TV. Dei três tapinhas na cama e ela se sentou ao meu lado. –Eu gosto da Mel. Isso não vai dar certo.

–Eu te amo, vamos superar isso juntos.

Você é um tipo de psicopata ou o que?

–Não Camila, não acho que vá da certo algum dia. –Suspirei e segurei sua mão mais próxima na minha. –Gosto de você Camila, mas já é a terceira vez que tentamos, se não deu certo na primeira e nem na segunda, por que na terceira? Por que daria certo quando eu já amo outra?

Ela tirou suas mãos das minhas.

Ama? –Ela disse a palavra como diria o nome da Mel.

–Amo. Amo muito.

Ama...– Repetiu. Não era mais uma pergunta. Deixei a palavra vagar pelo quarto e morrer no ar. –Mas... e eu? Eu te amo. Tenta, meu amor. Por mim. Por favor.

Aquela era nossa milionésima briga em meses de namoro, mas eu nunca havia deixado tão claro que era a Mel, que sempre fora a Mel e que sempre seria a Mel.

Suspirei, cansado.

–Tudo bem. –Segurei a mão que ela me estendeu. –Dois meses. Tenho mais dois meses aqui e, quando esses dois meses acabarem eu volto pra São Paulo... –E pra Mel.

Me deu um selinho.

–Eu vou voltar com você, meu amor.

Me subiu um arrepio na espinha.

–É o que?

–Eu vou voltar com você. Vamos ficar juntos, você vai ver. –Ela sorriu, deixando a mostra seus dentes e fez carinho na minha face. –Vai dar tudo certo.

Murmurei um “aham” e, logo em seguida, ela foi embora. Se despediu e disse que iria para a casa da mãe.

–Ô mãe?

–Só tem eu, pode ser? –Meu pai berrou de volta.

–Não.

–Qual é? –Ele veio andando pelo corredor como se não tivesse nada, meu pai tava bem pra caralho. –Não confia em mim? Vai pedir conselho, pode pedir.

–Você entende as mulheres? –Ele fez careta. – Ô MÃE!!!

–Que é, menino? Fica gritando ai feito uma gralha.

Amor de mãe e filho é uma benção.

Expliquei a ela e ao meu pai a situação. A Mel, a Camila... Tudo.

–Acho que você deve ficar com a Mel, porque a Camila é meio grudenta...- Nikki deu um tapa em Davi.

–Acho que você deve ficar com quem você quiser, querido. Escolha quem te faz mais bem. –Ela deu uma pausa e bagunçou meu cabelo. –Mas acho que você e Camila deveriam parar de brigar, sem querer me intrometer. Isso não é saudável... E manda um beijo pra Mel.

Saiu do quarto e me deixou com meu pai.

–OBRIGADO MÃE.- Gritei. Meu pai me encarou. –E... valeu pela intenção paizão.

–Posso não ser o melhor no senso de entender as mulheres, mas vai por mim, estou com sua mãe a quase vinte anos e, bom, to feliz pra caralho. Não consigo imaginar uma pessoa melhor pra passar o resto da minha vida do que com ela. Ela é o meu primeiro amor, a única garota por quem eu correria o mundo.

–Obrigado pai.

–Agora sim, ta melhor.

Ele saiu do meu quarto e eu fiquei sozinho.

Não consegui, em nenhum momento da noite, me imaginar casado com a Camila por mais de vinte minutos, imagina vinte anos. Mas conseguia perfeitamente me imaginar feliz pra caralho ao lado de Mel, me imaginar ao lado dela pro resto da minha vida. E a Mel, sem duvidas nenhumas, era o meu primeiro amor. A primeira e única garota por quem eu correria o mundo... ou por quem eu atravessaria o país só por saudades. Mas... e se ela não me quisesse mais? E se ela não me aceitasse mais por causa da Camila?

As mulheres são complicadas e nós nos complicamos ao nos relacionarmos com elas.


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Notas finais do capítulo

Tive uma ideia...
Vocês me mandam links de fotos: Como vocês imaginam que sejam os personagens? O Pi, a Mel, a Camila, o Luca, Math, Sam, John, Nikki, Davi... etc!
Pode ser uma foto do google, algum amigo, você mesmo se acha iden a descrição do personagem... vocês quem sabe. É só pra eu ver como são os personagens na percepção de vocês : )
Mandem o link da foto e me deixem felizona da vida pra eu escrever mais e mais rapido ♥ beijões



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