Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 2
Café da manhã


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo não ficou tão grande, a Mel e o Pi ainda estão se conhecendo e isso vai dando o rumo pra historia deles ^^'



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                    Pietro Manson:  

  É lógico que fui dormir pensando em Melanie. Em como ela ficava linda com aquela covinha de um lado só, como seus olhos transmitiam toda a sinceridade do mundo, na sua pele pálida e molhada, sua boca que tremia de frio enquanto falava, seu corpo belo e a camisa molhada deixando a mostra o sutiã preto. Melanie era definitivamente linda.

 Acordei pensando nela também, com uma vontade imensa de saber se ela ficou bem a noite, se não avia pegado um resfriado ou coisa parecida. Me surpreendi ao perceber que estava me preocupando com uma estranha, me surpreendi mais ainda ao perceber que eu ainda lembrava como era exatamente o cheiro dela, e que eu sentia falta e que queria aquele cheiro perto de mim de novo. Controlei minha vontade de saber como ela estava até as 14h, exatamente o horário em que eu sai da minha garagem com o meu Fiesta sedan preto e dirigi por poucos minutos até sua casa.

 Assim que estacionei bem em frente sua casa, pensei em desistir e ir embora, mas mais uma vez a curiosidade de saber como ela estava bateu mais forte. Toquei a campainha.

-Quem é?- Falou a voz no interfone.

-Melanie? Sou eu, Pietro. Da noite passada. –Só então me ocorreu que talvez ela nem se lembrasse mais da noite passada. Onde estava a porra da minha sanidade mental?

 O interfone desligou. Bem feito, idiota. Ela esta fugindo de você porque acha que você a esta perseguindo e...

-Oi, Pietro. –Ouvi sua já familiar voz rouca, sexy e infantil.

 Ela vestia uma calça jeans escura, totalmente colada marcando suas pernas grossas e sua cintura fina, uma camiseta branca transparente, que mostrava parte da sua barriga, com os dizeres “I hate you”.

 Ela abriu o portão e olhou para mim, um pouco interrogativa.

-Vim ver se esta bem, depois de ontem, se não ficou gripada.

-Por que você se importa? –Ela arqueou as sobrancelhas.

-Eu não sei. –Falei um pouco envergonhado. –Mas... então. Que tal tomarmos um café.

 Ela parou ainda de sobrancelhas erguidas e me encarou com um olhar macabro.

-Vou pegar minha carteira. –Ela se virou.

-Hey, eu pago.

 Ela olhou para trás virando muito pouco o corpo, me dando um olhar mais macabro que o ultimo.

-Eu. Vou. Pegar. Minha. Carteira. –Disse pausadamente, como se estivesse se segurando para não voar no meu pescoço.

 Murmurei um “ok” assustado e a vi se afastar.

 No carro ela mexeu em todos os meus CDs que estava no porta luvas, quase surtando quando via alguma banda que gostava.

-Quantos anos tem?

-18, e você, senhor eu-sou-do-seculo-passado-por-isso-falo-desse-jeito?

 Rimos juntos.

-19. E eu não sou do século passado.

 Paramos em uma cafeteria qualquer. Entramos e nos sentamos na mesa mais afastada, numa mesa para dois. O silencio pairou por alguns segundos enquanto pedíamos o café, que logo chegou soltando uma fumaça cheirosa e convidativa.

-Quais suas intenções comigo? –Ela perguntou, me fazendo queimar a boca no café. Cruzou os braços sobre a mesa e me olhou com um meio sorriso sem mostrar os dentes, ainda assim deixando a mostra sua covinha.

-Ham...Ai. Acho que...hum. podíamos ser amigos. –Falei, tentando superar o baque da pergunta.

-Ta bom. –Dessa vez ela sorriu de verdade.

-Vamos falar sobre o que, amiga? –Enfatizei a palavra “amiga”.

-Uau. Isso soou muito gay. –Ela olhou em volta e depois olhou para o seu café. –Eu odeio café.

-Então porque pediu?

-Eu não sei. –Deu de ombros.

 Uma garçonete perguntou se queríamos comer algo e Melanie negou, sendo assim acompanhei e não fiz mais nenhum pedido.

-Mora com o seu pai? –Perguntei, antes de dar outra golada no meu café.

-Sozinha. Meu pai é um idiota e minha mãe morreu a 2 anos.

-Sinto muito. –Parece que sempre que encontro pessoas que perderam os pais ou que tem pais difíceis de lidar sinto saudades dos meus, Nikki e Davi eram sem duvidas os melhores pais do mundo.

-É, é uma droga. –Ela olhou para o chão e depois voltou seus olhos para mim, me hipnotizando novamente. –Mas eu gosto de morar sozinha, posso fazer o que eu quiser na minha casa.

 Calma Pietro, calma coração, calma corpo... isso não foi uma indireta.

 Terminei meu café e paguei a conta, insistindo muito pra pagar o café dela, que eu bebi.

-Melanie...Posso te chamar de Mel? –Meu estomago se revirou com a possibilidade de um “não”.

 Pensou enquanto observava seus próprios pés.

-Pode, pode me chamar de Mel, Pi.

 Sorri para ela. Tínhamos apelidos, grande avanço. Sabe, seria bom ter uma amiga, já que eu só tinha garotos como amigos. Seria bom ter uma mente feminina atuando ao meu favor e não contra mim.

 Depois de deixar a Mel em casa fui para a casa de Gregori jogar vídeo game.

-Uma garota? –Perguntou, após ouvir a historia inteira, sem detalhes.

-É.

-Sua amiga?

-É. –Respondi de novo, sem me desconcentrar do jogo. Ele pausou.

- amiga?

 Assenti e tentei apertar o X do seu controle, mas ele foi mais rápido o escondendo atrás das costas.

-Para de criancice. –Rosnei. Eu estava envergonhado com o rumo que a conversa tomava.

-Para de viadagem.

-Nossa Greg... quanta fé em mim.

-Não é nada disso idiota. –Voltamos as nossas poses e ele finalmente fez com que o jogo voltasse, fazendo reaparecer o campo e os jogadores na tela gigante da sua TV. –“Pietro o pegador”...

-Que porra, Greg... Não é nada disso. –Suspirei. –Me sinto uma mulherzinha falando sobre isso com você, mas ela parece especial, sabe?

-Você se sente porque você é... Que isso Pietro, não esperava isso de você.

-Isso o que?

-Você... Sendo gay.

 Dei um tapa em seu controle, fazendo ele cair no chão, me dando tempo o suficiente de marcar um gol.

 O assunto “Melanie” acabou ai, e o resto da tarde apenas jogamos e depois pedimos uma pizza. 


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Notas finais do capítulo

Obrigado =)



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