Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 18
Obrigado


Notas iniciais do capítulo

Bom... minhas desculpas por ter demorado. Estou mega desanimada :/
Postei só porque ja estava pronto... Leiam os créditos finais pf



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Mel

-Não sei como o coitado do Pietro te agüenta. Esse tem um lugar reservado e garantido no paraíso. –Sam tacou uma almofada em mim e eu mostrei a língua pra ela.

 Peguei a almofada do chão e me sentei ao seu lado no sofá. A abracei.

-Chega de demonstrações de carinho, por favor. Estou ficando com diabetes de tanta doçura da sua parte. –Ela revirou os olhos.

-Juro que se o Pietro não chegar em dez minutos eu corto meus pulsos... –Nos encaramos. –Desculpa.

 Sorri.

-Relaxa.- Revirei os olhos e a apertei ainda mais. –Aposto que eles vão demorar. Vamos dar uma volta, ruivinha?

-Você ta melosa...

-To carente. –Respondi, me afastei um pouco. –Faz tempo que a gente não sai junto.

-Mas hoje eu não quero.

-Ok, a gente pode fazer um programa diferente então...

-Sossega ok? –Fez um movimento com as mãos.

 Bufei e cruzei os braços, afundei no sofá e encarei a tv desligada a minha frente.

-Você é tão chata.

-Ok, chega. Vamos dar uma volta.

 Comemorei. Já que ambas estávamos com biquíni por baixo do shorts e da camiseta decidimos ir a praia. Caminhamos por algum tempo na beira do mar, até sermos paradas por 3 caras.

-E então, vocês são turistas, certo? –O mais branquelo falou. A barba por fazer deixava ele com a face mais masculina, não entendi exatamente o por que.

-Sim. –Respondi, automaticamente.

-Nós sabíamos, jamais deixaríamos passar essas belezas sem falarmos...

-Há, cala a boca. –Revirei os olhos.

-Para de encher o saco. -Sam deu a volta pelos garotos e me esperou.

-Qual é ruivinha? –Ri do comentário do tatuadão.

-Tchau. –Fiz a volta e acompanhei Sam.

-Gostei do tatuado. Mas ele me chamou de ruivinha. –Mostrou a língua.

-Gostei dele também. E aquela fênix?- Mordi os lábios e abaixei o óculos de sol para os olhos, por causa da claridade.

 Ouvi a musica ciúme do Ultraje a Rigor tocando e encarei Sam, era o toque dela pro John.

 As ruivas são as mais ciumentas. Não que a cor do cabelo interferisse, quando o assunto é ciúme as mulheres dominam... As mulheres e o Pietro.

-To te vendo...- Ela falou e acenou.

 Tirei os óculos e olhei na direção de Pietro.

-Oi Mel. –Ele sorriu. Continuei seria.

 John deu um beijinho na Sam e a envolveu em um abraço estilo chiclete e Math sorriu para nos.

-O que estão fazendo aqui?

-A praia é publica. –Math me informou.

-To ligada, mas eu e a Sam estávamos fazendo um programa de garotas... –Olhei para Pietro. –Garotas que não tem um pênis, isso não inclui nem você nem o Math. –Suspirei.

   Pietro me levou pra tomar sorvete enquanto Sam e John namoravam e o Math dava em cima de uma morenona de dar inveja, que, por um milagre, estava dando bola.

-Deu chilique  porque queria ficar com a Sam?

-Samantha é minha melhor amiga desde sempre, faz tempo que ela ta de melação com o John. Me fudi.

-Olha a boca.

-Não da, o nariz ta na frente. –Olhei pra ele, ficando vesga, mostrando que não dava para olhar para a própria boca.

 Fiz ele rir.

-Sarcástica –Me mostrou a língua.

Continuei tomando meu sorvete enquanto observava mais pessoas entrando no quiosque, que não estava nem muito cheio nem muito vazio.

-John ofereceu ciúme do Ultraje pra Sam.

-Eu sei, eu tava lá. –Ele estava mesmo. Quanto tempo fazia desde o dia chuvoso do guarda chuva? Nem eu sabia. Meses... –Quer que eu te ofereça uma musica?

-Não acho necessário, é que eu...

-Que mulher ruim, jogou minhas coisas fora, disse que em sua cama eu não deito mais não. A casa é minha, você que vá embora. Já pra saia da sua mãe e deixa o meu colchão.  Ela é pró na arte de pentelhar e aziar, é campeã do mundo. A raiva era é tanta que eu nem reparei que a lua diminuía. –Ele olhava para mim, de pé e cantava um pouco alto, fazendo as pessoas prestarem atenção e formarem uma roda a nossa volta. Ele encenava também, apontava para mim e se referia ao publico revirando os olhos e sorrindo as vezes. –A doida, ta me beijando a horas, disse que se for sem eu não quer viver mais não. Me diz Deus, o que é que eu faço agora? Se me olhando desse jeito ela me tem na mão.

-Pietro...- Murmurei quando ele segurou minha mão pra que eu ficasse de pé junto com ele, no exato momento em que ele disse “me tem na mão”.

-Meu filho agüenta, quem mandou você gostar dessa mulher de fases? Complicada e perfeitinha, você me apareceu.- Olhava diretamente para os meus olhos, senti meu rosto corar um pouco.- Era tudo o que eu queria. Estrela da sorte. Quando a noite ela surgia, meu bem você cresceu. Meu namoro é na folia. Mulher de fases. –A ultima parte foi bem baixinha. Quase um sussurro. E o “fases” foi abafado pelo som das palmas e assovios que recebemos.

 Depois do episodio Raimundo do srº Pietro voltamos para o nosso apartamento no hotel e nos sentamos na varanda. Pi me envolvia em um abraço quente e confortável. Fiz uma careta.

 -Odeio admitir, mas você foi... fofo –Bem mais que fofo, aquilo foi perfeito. Se a própria perfeição tivesse nome, seria: Pietro.

 Acho que eu nunca diria isso em voz alta pra ele.

-Obrigado. –Beijou o topo da minha cabeça, que era onde seus lábios alcançavam.

 Suspirei.

-Chega de declarações publicas? –Perguntei, sorrindo e me certificando.

-Nunca. Jamais. –Me soltou delicadamente do abraço e se levantou. Se pendurou na grade da varanda e gritou- EU ESTOU ABRAÇADO COM A GAROTA MAIS LINDA E MAIS SARCASTICA DA FACE DA TERRA, E NENHUM MARMANJO VAI BEIJÁ-LA A NÃO SER EU!

-Chega!. –Gargalhei, o puxei para baixo e ele voltou a nossa posição inicial.

-E eu estou, perdidamente e logicamente apaixonado por ela. Era obvio que isso iria acontecer.

 Um frio percorreu minha espinha me fazendo fazer ao invés de borboletas espinhos no estomago. Não sei ao certo qual deveria ser minha reação aquilo. Provavelmente eu deveria chutá-lo e mandar que ele calasse a boca... mas contrariando a tudo eu o beijei. O beijei do jeito mais carinhoso que eu já dera na vida. Apesar de negar com todas as forças que existiam no meu ser, eu sabia que lá no fundo, bem lá no fundo—quase achando petróleo—eu era perdidamente apaixonada por aquele loirinho dos olhos verdes sinceros.

-Obrigado.

-Eu não esperava por isso. –Sussurrou contra meus lábios.

-Nem eu. –Continuei a beijá-lo.

-Por que “obrigado”?

-Obrigado por tudo.

Obrigado por tudo. Repeti mentalmente. Obrigado por ter me ajudado naquela noite, e em todas as outras noites que você me salvou. Mal podia contar o tanto de vezes que Pietro me salvara de mim mesma. Nem eu sabia o quão perigosa eu era pra mim. Obrigado por ter aturado minhas brigas e criancices. Obrigado por não me matar quando eu fui sarcástica ou irônica. Por jogar vídeo game comigo, por se preocupar, por cuidar, por abrigar, por manter, por admirar, por se declarar, por elogiar... obrigado por cada bem que você, sem saber, fez pra mim. Sem querer. Obrigado por domar a fera, por segurar a garotinha indefesa... obrigado por gostar de mim e por se apaixonar por mim, pelo que eu sou, pelo que ninguém mais se apaixonou. Obrigado por ser você, Pietro, o cara que me ofereceu um guarda chuvas, um café da manha, uma conversa, uma parceria pro vídeo game, um parceiro de festa, mas sobretudo obrigado por me oferecer o seu coração.  

-No que esta pensando? –Franziu a sobrancelha e beijou minha testa.

-Nada. –Eu disse nada querendo dizer tudo


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Notas finais do capítulo

Minha desculpas a todas as leitoras, principalmente a Ines (Juro que já comecei a escrever a sua historia) mas acho que nunca estive tão desanimada, desmotivada e pessimista na minha vida. Talvez isso dure um pouco mais do que eu gostaria, desculpa gente ♥



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