Os Problemas De Amar escrita por Julia Castro


Capítulo 61
Clove sabe dar um ótimo soco


Notas iniciais do capítulo

Olá gatchenhas !!!
Estou voltando a postar,lindjaaa,no minimo 1 cap por semana,se não tiver prova kk
Quero bastante reviews,já q eu deveria estar estudando biologia,mas escrevi o cap pra vcs suas diwasss :33
Bjus,Ju !!!



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Narração:Clove

Sábado

Nosso sábado havia passado muito rápido.Eu e Glimmer passamos assistindo filmes,comendo e conversando.Acabamos falando de cada pessoa de nossa sala e nos divertindo com algumas memórias mesmo que não tenhamos vivido elas juntos.

A noite Glimmer pediu uma pizza grande e eu senti que voltaria do feriado com uns 100 kgs a mais.

–Vish...você viu que começou a chover?-perguntou Glimmer olhando pela janela.

–Nem notei...ah,não seria legal jogarmos um jogo?-perguntei.

–É uma ideia boa,mas qual?-perguntou Glimmer fechando a cortina.

–Verdade ou desafio.-Sugeri.

–Ah,claro vamos jogar só nós duas.Nem imagino como será empolgante.-disse ela rindo.

Logo percebi o tamanho da bobagem que eu tinha falado.

–Não ria...-pedi envergonhada,mas Glimmer continuava rindo alto.

De repente ouvimos um barulho vindo do lado de fora.Meu coração começou a bater forte.Será que alguém estava invadindo a casa?Se isso acontecer não temos uma chance de nos defender...

Glimmer correu para a janela abrindo-a devagar.E algo totalmente inesperado aconteceu.Ela soltou uma gargalhada.

Comecei a ouvir um violão do tocando e a voz de alguém,bem baixa,por causa do barulho da chuva.

Corri para a janela,não acreditando naquela cena.

I Will always Love youuuuu...–sim,essa era a música que Cato Ludwig estava cantando em meu quintal,na chuva.

Abri a janela rapidamente enquanto Glimmer se matava de tanto rir.

–O que você está fazendo ai?-gritei.

–É uma serenata de amor para a minha baixinha favorita.-gritou ele.

Revirei os olhos.

–Está chovendo,vai embora!-gritei torcendo para nem um vizinho ver o que estava acontecendo.

–Não importa!O meu amor é tão grande por você que eu seria capaz de enfrentar o dilúvio que Nóe mandou!

–Nóe?Nóe livrou as pessoas e os animais do dilúvio com a sua arca!Foi Deus que mandou o dilúvio!

–Ah,é mesmo?Bem,você entendeu!

–Mas mesmo assim não vou aceitar sua serenata.Esqueceu que você preferiu defender a Annie do que eu?Que tipo de amor é esse?-gritei.

A chuva ia ficando ainda mais forte.

–Me perdoa!Eu juro que se pudesse mudar aquilo eu faria.Eu te amo,por que você não consegue acreditar nisso?

–Por que você não tenta provar isso?

Cato me encarou parado.A chuva escorria pelo seu cabelo louro que já não era mais um topete.Ele me olhou com tristeza como se estivesse tentando pensar,mas não conseguisse.

Glimmer veio até a janela e me empurrou,fazendo-me cair no chão.

–Ei!-gritei para Glimmer.

–Cato,você vai pegar uma pneumonia,entra logo aqui.-disse ela.

–Não!O que você está fazendo,Glimmer?-perguntei em choque.

–Ele vai ficar doente.-disse ela piscando.

–Ahh!Eu não quero ele aqui!-sussurrei.

–Tarde de mais,baby.-disse ela.

Glimmer correu para a porta abrindo-a.Cato já estava lá parado,todo encharcado.

–Espera ai fora que eu vou pegar uma toalha.-disse Glimmer parecendo a dona de casa.

Cato olhou para mim,logo desviando o olhar para o chão.

Glimmer trouxe duas toalhas brancas para ele.

–Obrigado.-disse ele.

–Clove,você não tem alguma roupa para emprestar para o Cato?Se não ele vai ficar com as roupas molhadas...-disse ela.

O que?Por que a Glimmer estava agindo desse jeito?Eu não queria o Cato dentro da minha casa e também não estava nem ai se ele pegasse um resfriado.Será que a Glimmer pensa que eu ainda gosto dele,mas não quero admitir?

–Não tem problema,Glimm...-disse ele tirando a camisa e deixando a mostra seu abdômen sarado,esculpido provavelmente pelos deuses.Ai Meu Deus Clove para de ter esses pensamentos,você não gosta dele...Jesus que coisa mais linda...

Desviei o olhar rapidamente para a caixa de pizza vazia.

–E a sua calça está encharcada também,será que não seria melhor se você...-antes que Glimmer pudesse terminar sua frase eu saltei até eles.

–Não precisa!Quer dizer...ah...sabe...as roupas de baixo po-podem ficar molhadas,o que não pode é só as de cima,entende?É...ele...não precisa tirar nada.-digo super nervosa.Olhei para Glimmer e ela segurava uma gargalhada.

Eu queria morrer naquele momento.

Cato soltou uma risadinha.

–Não se preocupa,Clove,eu não pretendo fazer nada inapropriado com você...hoje.Sabe,seria estranho com a Glimmer aqui.-disse ele com aquele seu jeitinho extremamente tarado.

–Olha,mas se vocês quiserem eu posso ir lá comprar uma pizza.-disse ela.

–NÃO!Você já pediu por telefone,lembra?-perguntei segurando a mão de Glimmer.

–Aé...-disse ela soltando uma risadinha.

–Que bom,porque eu to morrendo de fome.-disse ele.-Onde é o banheiro?

–É ali,virando a direita.-apontei.

Cato seguiu até o local,fechando a porta.

Puxei Glimmer rapidamente.

–Você é doida?-sussurrei.

–Meu Deus,ele é uma loucura,né?

–Sua vadia tarada!

–Qual é o problema?Você não gosta dele mesmo...

–É mas você gosta do Gale.

–Eu amo o Gale,mas o Cato pode ser só diversão.

Ela soltou um sorrisinho do qual eu não gostei nem um pouco.

Cato abriu a porta.

–E então...quanto tempo essa pizza demora?-perguntou ele.

Respirei fundo tentando não ficar irritada.Cato estava pensando em ficar para a janta,que ótimo.Se minha mãe descobre que estou sozinha com um garoto ela me mata!

–Não sei,mas podíamos jogar verdade ou desafio.Agora temos mais de duas pessoas,não é Clove?-disse Glimmer maliciosamente.

–Ah,mas é chato...vamos olhar televisão.-digo.

–Nananinanão!Você quer jogar Cato?-perguntou Glimmer.

–Eu quero.-disse ele.

–Ótimo!Vem Clove...-chamou Glimmer.

Sentei-me no chão bem longe de Cato.Ele ficou de frente para mim,seu abdômen na minha frente.Respirei fundo olhando para Glimmer.

Ela estava pegando uma garrafa pet vazia para podermos jogar.Logo se sentou no meio de nós.

–Ok,vou girar.-disse ela.

A garrafa deu algumas voltas até que parou com a tampa de frente para Cato e a bundinha de frente para Glimmer.Dei graças a Deus por não ter caído em mim.

–Verdade ou desafio?-perguntou Glimmer.

–Verdade.-disse Cato.

–Humm...a pessoa que você ama está nessa sala?-perguntou Glimmer.

Olhei para ela com tanto ódio que eu juro que se Glimmer tivesse olhado dentro de meus olhos teria virado pedra.

–Sim.-disse ele olhando para mim.

Desviei o olhar para o vaso de flores de minha mãe.

–Ok,Cato vire a garrafa.-disse ela.

Cato virou e eu cruzei os dedos.

Adivinha onde a garrafa parou?

–Verdade ou desafio?-perguntou Cato.

Engoli em seco.

O que eu devia escolher?Se falasse verdade com certeza a perguntar dele não seria nada boa.

–Desafio.-digo sem pensar.

Foi quando Cato sorriu maliciosamente para mim que então eu percebi que havia feito a maior burrada.

–Eu te desafio a me beijar.-disse ele.

Idiota!Idiota!Idiota!Burra!Burra!Burra!Estúpida!Estúpida!Estúpida!Tonta!Tonta!Tonta!

Existe uma criatura mais tosca do que eu?Como não pensei que ele você me desafiar a algo perverso como isso?É obvio que ele ia fazer isso,estamos falando de Cato Ludwig!

–Eu não vou fazer isso!-digo levantando-me do chão rapidamente.

–Você tem que fazer!-disse ele levantando-se também.

A campainha tocou.Isso só podia ser obra de Deus!Obrigada senhor!

Corri para a porta.

–Entrega de pizza.-disse o entregador.

Eu juro que senti vontade de beijar o cara em agradecimento.

–Obrigada,obrigada!-digo sorrindo.-Você é demais,sério.

–Ok...-disse ele desconfiado.

Entreguei o dinheiro e peguei a pizza,logo fechando a porta.

–Vamos comer!Cato,você não estava morrendo de fome?-perguntei soltando uma risadinha sem graça.

–Passou a fome.-disse ele indo até mim.

–O que você está fazendo?-pergunto.

Cato me prensou contra a parede,tão perto de meus lábios que tive que olhar para o chão.

–Faça.Você que escolheu desafio.-disse ele.

Cato foi chegando mais perto de mim.Tão perto que eu podia sentir sua respiração.

Bem,eu fiz o que tinha que ser feito.Dei um soco na cara dele.

–Aiiii!-grito ele indo para trás.

–Clove!-gritou Glimmer apavorada.

–Você é doida garota.-disse ele enquanto seu nariz sangrava.

–Se manda daqui ou eu vou dar uma voadora na sua barriga!-gritei.

–Maluca!-gritou ele enquanto abria a porta e saia correndo.

Fechei rapidamente antes que ele pensasse em entrar novamente.Olhei para Glimmer que estava com os olhos arregalados.

–Sabe,isso é uma das coisas que eu aprendi com meu pai.-digo sentando-me e abrindo a caixa da pizza.-Vem,vamos comer.

–Por que você bateu nele?-perguntou Glimmer apavorada.

–Glimm,eu não gosto dele,tente entender isso.-digo.

–Nadinha?-perguntou ela.

–Nadinha.-afirmei.

–Eu achei...-disse ela sentando-se na mesa.

–Também,nem deve ser verdade que ele gosta de mim,né?Pode ser uma das suas brincadeiras sem graça...-digo.

Um silêncio se formou entre nós.

–Belo soco.-disse ela.

–Obrigada.-digo.

Nós duas caminhos na gargalhada.Juro que não sei quanto tempo fiquei rindo.Talvez dois minutos ou mais...o que eu posso dizer é que provavelmente nunca mais vou me esquecer daquele momento.


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