Os Problemas De Amar escrita por Julia Castro


Capítulo 26
Glimmer mudou de vez!


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas!
Feliz dia do Escritor!
Aproveitem a fic!
Bjus,Ju !!!

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Narração:Glimmer

Quinta

Acordo-me de ótimo humor.O clube parecia ter dado certo,embora nem todas as meninas tivessem se confessado.Talvez hoje todas decidissem falar e isso me deixava mais feliz ainda.

Levantei da cama e corri para o guarda roupa.Hoje eu não ia vestir-me igual uma mendiga,hoje eu ia estar perfeita e nem Annie Cresta ou os chutes de Gale iam me fazer chorar.Ele ainda não era meu,mas algum dia ele seria.

Depois de colocar um vestido perfeito e uns sapatos de saltos,eu estava linda.

Desci as escadas em direção a cozinha.Dei bom dia a meus pais e aos empregados,todos me olharam surpresos embora eu não tenha entendido.

–O que foi?-Perguntei.

Não obtive resposta.

–Finalmente você se arrumou direito.-Disse minha mãe.

–Pois é...-Digo servindo-me de mingau.

Uma empregada veio correndo para ajudar-me.

–Não precisa Delly.-Digo.

Logo coloco em meu prato.

–Glimmer,os empregados servem para nos servirem.-Disse mamãe.

–Eu sei,mãe,é só que é uma tarefa bem fácil de se fazer.-Digo.

Minha mãe me olhou com um olhar terrível,senti meu sangue gelar.

***

Eu também pensava em fazer uma mudança em meu armário,até porque se eu quisesse mudar minha vida tinha que mudar tudo.Comecei então a tal limpeza.

Pude ver Gale com o canto de meu olho.Ele estava em seu armário,que era perto do meu,conversando com Madge Undersee.

–Sabe a gente podia pegar um cineminha na sexta.-Disse Madge.

–Eu bem que queria,mas tenho que estudar.-Disse Gale.

Ufa...

–Eu acho que você estuda demais.-Disse Madge chegando mais perto dele.-Quem sabe você não descansa?

Ela colocou suas mãos,horrorosas,em seu ombro.

–Você tem razão Madge.-Disse Gale sorrindo.-Então,nos vemos sexta.

Oque?Não!Não!Eu tenho que fazer alguma coisa!Não posso deixar eles se gostarem!

O sinal batera na mesma hora.

Peguei minhas coisas e guardei outras,a limpeza pesada ia ter que esperar.Corri para a sala e acabei batendo em alguém.

–Oh,desculpe-me.-Digo olhando para cima.

Gale.Ele olhava-me sério e com muito ódio.Por que ele sempre me olhava com essa expressão?Eu queria dizer algo,mas minha voz falhou.

–Qual é o seu problema?-Perguntou ele com o olhar rígido.

–Me...me...me...des-desculpa.-Digo com um nó preso na garganta.

Ele passou correndo por mim,com o punho cerrado.Senti um aperto,mas havia me prometido que não ia chorar por ele.

Entrei na sala e sentei-me ao lado de Johanna.

–Oi.-Digo.

Johanna não responde,apenas olha-me com um olhar bem mal humorado.

–Vai no clube hoje?-Pergunto.

–Vou.-Diz ela.

–Então gosta de alguém.-Digo.

–Não te interessa.-Diz Johanna.

–Sabe,é melhor você contar.Assim podemos te ajudar.-Digo.

–Eu ainda não confio em você,vadia.-Diz Johanna.-Você já me fez muito mal e eu não admito que piore tudo.

–Você pode confiar em mim Johanna,eu não sou mais antiga Glimmer.Embora você não acredite eu mudei.-Digo.

–Vamos ver...-Diz ela olhando para o quadro negro.

O professor Cinna havia chegado.Ele já estava entregando algumas folhas e tintas.Bem nesse momento Gale entrou na sala e sentou-se ao lado de Magde.Ela deu um sorrisinho de canto de lábio.

–O trabalho será o seguinte:vocês desenham o que quiserem e depois eu vou interpretar o desenho.-Disse Cinna.-Podem começaram.

Comecei o desenho.Decide fazer uma casa e um balanço.Estava sem criatividade alguma para a coisa.

Algumas pessoas já estavam entregando seu desenho e o professor interpretando.

Vi Clove levando o seu.O desenho dela ela era dois velhinhos sentados em frente a uma casa de mãos dadas.

–Eu interpreto:Clove velha e seu namorado imaginário que ela nunca teve.-Disse Cato.

–Pode até ser Cato,mas deixa eu ver o seu.-Disse Clove pegando o desenho da mão dele.

–Nem desenho você fez,a folha está em branca.-Disse Clove.-Talvez porque você não tenha o que interpretar.Está na cara:Você é um riquinho,mimado,que só pega vagabunda e acha que está tudo bem.

–Ciúmes por que eu não pego você?-Perguntou Cato.

–Eu não sou vagabunda.-Disse Clove.

Cato se calou.Não havia mais o que dizer,ele havia perdido a batalha.

–Vejo que no seu desenho você gostaria de ter alguém para sempre ao seu lado,que pudesse cuidar de você.-Disse Cinna.-Mas também vejo que essa pessoa não existe.

Clove respirou fundo e pude ver Cato olhando para ela,mas não parecia algo debochado,parecia outra coisa.

Ela pegou seu desenho de volta e caminhou para sua mesa.Cato puxou seu braço fazendo com que ela voltasse.

–Podia ter me desenhado melhor.-Disse Cato rindo.

–Não é você no desenho,palhaço.É o meu amor.-Disse Clove suspirando.

Ela saiu andando e ele seguiu ela.

–Quem é?-Perguntei ele.

–Por que quer saber?-Perguntou ela.

Ela se sentou em sua cadeira e o ignorou.Cato ficou meio sem o que dizer e voltou para seu lugar;

Os dois pareciam que estavam saindo faíscas deles,era uma química tão grande que eu juro ter visto uma faísca.Nunca havia percebido,mas ele combinam e muito.

Terminei meu desenho.Andei até a mesa do professor e o entreguei.

–Posso ver que está apaixonada e quer fazer uma vida com essa pessoa.-Disse Cinna.

–Como o senhor adivinhou?-Perguntei.

Ele deu algumas risadinhas e entregou-me meu desenho.

***

Finalmente o sinaram batera para o fim das aulas,eu já não aguentava mais.

Corri para nosso clube e as garotas já estavam lá.Menos Clove e Johanna,mas alguns minutos depois elas chegaram.

–Olá,meninas!Quem vai se confessar hoje?-Perguntei.

Clove se levantou de sua cadeira e veio em minha direção.Sentei-me em uma cadeira e deixei ela falar.

–Eu gosto de um garoto desde que o conheci.Decide me declarar a ele a um tempo atrás,com 15 anos,mas ele me deu um belo chute.E eu sou tão imbecil que ainda gosto dele e sofro com isso.Eu quero pedir a ajuda de vocês embora eu não seja uma patricinha que me preocupe com essas coisas de amor.É só que eu amo muito ele e não tento demonstrar,mas eu o amo.-Disse Clove.

–Quem,Clove?-Perguntei.

–Eu não posso dizer.-Diz ela.

–Mas a gente não vai poder te ajudar.-Digo.

–Vão sim!Olha,eu já contei a situação,agora me ajudem.-Diz Clove.

–Precisamos saber quem é.-Digo.

–Ai que merda!É o Cato!Cato Ludwig.-Diz Clove.

Ela se atirou no chão e tapou o rosto com a palma das mãos.

–Pelo amor de Deus,não contem.-Disse ela.

Caminhei até Clove e acariciei seus cabelos.

–Não vamos.-Digo.

Ela levantou o rosto e olhou para mim surpresa.

Ok,eu estava em choque.Mas uma parte de mim já sabia a resposta quando vi os dois na aula de artes.Só que eu não podia mostrar surpresa,se não ela ia desconfiar de mim,ou algo do tipo.

–Quem quer mais se confessar?-Perguntei.-Falta a Cara de Raposa...

Olho para ela.

–Desculpe,mas qual é o seu nome?-Perguntei.

–É Finch.-Diz ela.

–Falta a Finch e a Johanna se confessarem.-Digo.




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