Os Problemas De Amar escrita por Julia Castro
Notas iniciais do capítulo
Oi meninas!
Feliz dia do Escritor!
Aproveitem a fic!
Bjus,Ju !!!
*_________________________________________*
Narração:Glimmer
Quinta
Acordo-me de ótimo humor.O clube parecia ter dado certo,embora nem todas as meninas tivessem se confessado.Talvez hoje todas decidissem falar e isso me deixava mais feliz ainda.
Levantei da cama e corri para o guarda roupa.Hoje eu não ia vestir-me igual uma mendiga,hoje eu ia estar perfeita e nem Annie Cresta ou os chutes de Gale iam me fazer chorar.Ele ainda não era meu,mas algum dia ele seria.
Depois de colocar um vestido perfeito e uns sapatos de saltos,eu estava linda.
Desci as escadas em direção a cozinha.Dei bom dia a meus pais e aos empregados,todos me olharam surpresos embora eu não tenha entendido.
–O que foi?-Perguntei.
Não obtive resposta.
–Finalmente você se arrumou direito.-Disse minha mãe.
–Pois é...-Digo servindo-me de mingau.
Uma empregada veio correndo para ajudar-me.
–Não precisa Delly.-Digo.
Logo coloco em meu prato.
–Glimmer,os empregados servem para nos servirem.-Disse mamãe.
–Eu sei,mãe,é só que é uma tarefa bem fácil de se fazer.-Digo.
Minha mãe me olhou com um olhar terrível,senti meu sangue gelar.
***
Eu também pensava em fazer uma mudança em meu armário,até porque se eu quisesse mudar minha vida tinha que mudar tudo.Comecei então a tal limpeza.
Pude ver Gale com o canto de meu olho.Ele estava em seu armário,que era perto do meu,conversando com Madge Undersee.
–Sabe a gente podia pegar um cineminha na sexta.-Disse Madge.
–Eu bem que queria,mas tenho que estudar.-Disse Gale.
Ufa...
–Eu acho que você estuda demais.-Disse Madge chegando mais perto dele.-Quem sabe você não descansa?
Ela colocou suas mãos,horrorosas,em seu ombro.
–Você tem razão Madge.-Disse Gale sorrindo.-Então,nos vemos sexta.
Oque?Não!Não!Eu tenho que fazer alguma coisa!Não posso deixar eles se gostarem!
O sinal batera na mesma hora.
Peguei minhas coisas e guardei outras,a limpeza pesada ia ter que esperar.Corri para a sala e acabei batendo em alguém.
–Oh,desculpe-me.-Digo olhando para cima.
Gale.Ele olhava-me sério e com muito ódio.Por que ele sempre me olhava com essa expressão?Eu queria dizer algo,mas minha voz falhou.
–Qual é o seu problema?-Perguntou ele com o olhar rígido.
–Me...me...me...des-desculpa.-Digo com um nó preso na garganta.
Ele passou correndo por mim,com o punho cerrado.Senti um aperto,mas havia me prometido que não ia chorar por ele.
Entrei na sala e sentei-me ao lado de Johanna.
–Oi.-Digo.
Johanna não responde,apenas olha-me com um olhar bem mal humorado.
–Vai no clube hoje?-Pergunto.
–Vou.-Diz ela.
–Então gosta de alguém.-Digo.
–Não te interessa.-Diz Johanna.
–Sabe,é melhor você contar.Assim podemos te ajudar.-Digo.
–Eu ainda não confio em você,vadia.-Diz Johanna.-Você já me fez muito mal e eu não admito que piore tudo.
–Você pode confiar em mim Johanna,eu não sou mais antiga Glimmer.Embora você não acredite eu mudei.-Digo.
–Vamos ver...-Diz ela olhando para o quadro negro.
O professor Cinna havia chegado.Ele já estava entregando algumas folhas e tintas.Bem nesse momento Gale entrou na sala e sentou-se ao lado de Magde.Ela deu um sorrisinho de canto de lábio.
–O trabalho será o seguinte:vocês desenham o que quiserem e depois eu vou interpretar o desenho.-Disse Cinna.-Podem começaram.
Comecei o desenho.Decide fazer uma casa e um balanço.Estava sem criatividade alguma para a coisa.
Algumas pessoas já estavam entregando seu desenho e o professor interpretando.
Vi Clove levando o seu.O desenho dela ela era dois velhinhos sentados em frente a uma casa de mãos dadas.
–Eu interpreto:Clove velha e seu namorado imaginário que ela nunca teve.-Disse Cato.
–Pode até ser Cato,mas deixa eu ver o seu.-Disse Clove pegando o desenho da mão dele.
–Nem desenho você fez,a folha está em branca.-Disse Clove.-Talvez porque você não tenha o que interpretar.Está na cara:Você é um riquinho,mimado,que só pega vagabunda e acha que está tudo bem.
–Ciúmes por que eu não pego você?-Perguntou Cato.
–Eu não sou vagabunda.-Disse Clove.
Cato se calou.Não havia mais o que dizer,ele havia perdido a batalha.
–Vejo que no seu desenho você gostaria de ter alguém para sempre ao seu lado,que pudesse cuidar de você.-Disse Cinna.-Mas também vejo que essa pessoa não existe.
Clove respirou fundo e pude ver Cato olhando para ela,mas não parecia algo debochado,parecia outra coisa.
Ela pegou seu desenho de volta e caminhou para sua mesa.Cato puxou seu braço fazendo com que ela voltasse.
–Podia ter me desenhado melhor.-Disse Cato rindo.
–Não é você no desenho,palhaço.É o meu amor.-Disse Clove suspirando.
Ela saiu andando e ele seguiu ela.
–Quem é?-Perguntei ele.
–Por que quer saber?-Perguntou ela.
Ela se sentou em sua cadeira e o ignorou.Cato ficou meio sem o que dizer e voltou para seu lugar;
Os dois pareciam que estavam saindo faíscas deles,era uma química tão grande que eu juro ter visto uma faísca.Nunca havia percebido,mas ele combinam e muito.
Terminei meu desenho.Andei até a mesa do professor e o entreguei.
–Posso ver que está apaixonada e quer fazer uma vida com essa pessoa.-Disse Cinna.
–Como o senhor adivinhou?-Perguntei.
Ele deu algumas risadinhas e entregou-me meu desenho.
***
Finalmente o sinaram batera para o fim das aulas,eu já não aguentava mais.
Corri para nosso clube e as garotas já estavam lá.Menos Clove e Johanna,mas alguns minutos depois elas chegaram.
–Olá,meninas!Quem vai se confessar hoje?-Perguntei.
Clove se levantou de sua cadeira e veio em minha direção.Sentei-me em uma cadeira e deixei ela falar.
–Eu gosto de um garoto desde que o conheci.Decide me declarar a ele a um tempo atrás,com 15 anos,mas ele me deu um belo chute.E eu sou tão imbecil que ainda gosto dele e sofro com isso.Eu quero pedir a ajuda de vocês embora eu não seja uma patricinha que me preocupe com essas coisas de amor.É só que eu amo muito ele e não tento demonstrar,mas eu o amo.-Disse Clove.
–Quem,Clove?-Perguntei.
–Eu não posso dizer.-Diz ela.
–Mas a gente não vai poder te ajudar.-Digo.
–Vão sim!Olha,eu já contei a situação,agora me ajudem.-Diz Clove.
–Precisamos saber quem é.-Digo.
–Ai que merda!É o Cato!Cato Ludwig.-Diz Clove.
Ela se atirou no chão e tapou o rosto com a palma das mãos.
–Pelo amor de Deus,não contem.-Disse ela.
Caminhei até Clove e acariciei seus cabelos.
–Não vamos.-Digo.
Ela levantou o rosto e olhou para mim surpresa.
Ok,eu estava em choque.Mas uma parte de mim já sabia a resposta quando vi os dois na aula de artes.Só que eu não podia mostrar surpresa,se não ela ia desconfiar de mim,ou algo do tipo.
–Quem quer mais se confessar?-Perguntei.-Falta a Cara de Raposa...
Olho para ela.
–Desculpe,mas qual é o seu nome?-Perguntei.
–É Finch.-Diz ela.
–Falta a Finch e a Johanna se confessarem.-Digo.
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