Alternative Universe escrita por Anny Taisho


Capítulo 3
Falando de ciúmes e crise no casamento


Notas iniciais do capítulo

Notas iniciais:

Olá meus amores, depois de algum tempo, um bem longo porque estive com preguiça ter findar esse cap... Enfim, voltei com mais uma one dessa série UA. Gostaria de esclarecer que apesar de as ones atenderem a uma ordem cronológica, elas não se passam uma em seguida da outra. Ou seja, pode haver uma diferença de meses entre os acontecimentos. De qualquer maneira, espero que gostem.

Boa Leitura!



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Falando de ciúmes e crise no casamento

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Laxus Dreyar estava irritado dentro de seu Land Rover a caminho de casa. Tinha acabado de sair da casa do avô e aquele velho tinha o dom de deixá-lo cuspindo fogo. Mas que porra de mundo era aquele onde um neto grato por tudo o que o avô fez vai visita-lo e o velho o manda embora dizendo que tinha que largar de ser besta, trabalhar menos e cuidar melhor da esposa???

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Okay, okay que após uma fase de extrema calmaria seu casamento estava passando por uma fase turbulenta, mas com certeza já tinham vividos momentos muitos piores naqueles dez anos de relacionamento.  Era saudável até. Tudo bem que desde que a Fairy Tail Inc. entrou numa fase de expansão o que por si só sobrecarregou seu departamento, sem dizer que sobrecarregou o de Jellal que entrou em parafuso, sem dizer que sobrecarregou o RH... O departamento de Erza, assim sendo, a ruiva já normalmente louca, estava ensandecida, sem dizer que estava grávida, o que a deixava mais descompensada. Concluindo, como se não bastasse seus próprios problemas, Erza enlouquecia duplamente o marido, que enlouquecia duplamente o melhor amigo!

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Começou a trabalhar doze horas por dia, parou de ter tempo para praticar seus esportes, parou de ter vida social, andava brutalmente irritado e a cereja do bolo veio com a nova colaboradora do departamento Jenny com quem Cana cismou e estava tendo uma crise de ciúmes. A esposa não era ciumenta do tipo maluca feito Juvia, a mulher de Gray, que ligava e vigiava o marido como se ele a qualquer momento fosse entrar num avião e sumir pelo mundo. O que Laxus pensaria seriamente em fazer se tivesse uma mulher tão louca.

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Só que juntar isso com toda a horda de problemas que andava passando levou a brigas titânicas! Entrou na rua do prédio e coincidentemente a esposa também estava chegando do restaurante onde trabalhava, deu passagem para ela e entrou na garagem em seguida. Antes de sair do carro desabotoou mais dois botões da camisa branca que usava e os punhos, pegou o casaco no banco e agradeceu mentalmente pelo fato de Erza e Jellal tinham ido em seu próprio carro já que eles iam ao médico. Precisava de um pouco de paz.

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Desceu, viu Cana tirando os sapatos e resmungando alguma coisa sobre dor nos pés. Apressou o passo e se colocou ao lado dela, ela o olhou cumprimentou, mas não deu muito assunto. Estavam na fase do silêncio, após as muitas brigas. Era o momento de esfriar a cabeça.

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O telefone dela tocou quando entraram no elevador.

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- Oh sério, Erza? Nossa... Não, entendo... Depois você vai me contar tudo! Meu dia? Meu dia foi horrendo... Sério, não tô brincando... Minha cabeça dói, o restaurante estava uma loucura, teve uns quatro clientes chatos que ficaram discutindo minhas escolhas e teve um retardado que fechou meu carro agorinha quando estava na rua de casa! Pare de rir, sua maníaca por bolo...

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Laxus franziu o cenho, como assim ‘um idiota que a fechou?’ ela não notou que era ele e que não estava fechando e sim dando passagem? Fechou os olhos e contou até dez, não iria brigar por conta disso. Viu trocarem mais algumas palavras antes de desligar e o elevador abriu no andar deles.

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Saíram juntos e Laxus abriu a porta por sua chave estar mais a mão.

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Entraram em casa e enquanto ele foi para o quarto em busca do banheiro, ela foi para cozinha. Pegou uma bolsa térmica onde colocou gelo e tomou quatro comprimidos para dor que se danasse as recomendações médicas sobre seu fígado não ter mais o desempenho que já teve.

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Seguiu para o quarto e foi tirando a roupa. Enrolou-se numa toalha e entrou no banheiro onde Laxus tomava banho e seguiu para a banheira abrindo a torneira com água bem quente enquanto segurava a bolsa de gelo na cabeça. Banheira cheia, jogou sabão lá dentro até fazer espuma e entrou ficando só com a cabeça para fora e a bolsa de gelo.

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Fechou os olhos e ficou relaxando. Ouviu quando o banho do marido acabou, abriu um olho e o viu saindo do banheiro.

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Quando abriu os olhos na manhã seguinte viu Laxus caminhando pelo quarto com roupas de malhação, pelo jeito ele já tinha ido e estava na frente do espelho se olhando. Ergueu o corpo, sentindo-se zonza por causa dos remédios da noite anterior. Que era aquele? Hum... Olhou para o lado e descobriu ser sábado e já era quase meio dia.

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Pelo reflexo, o marido viu que ela tinha acordado e se virou.

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- Bom dia, criança... Pensei que não ia acordar mais.

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- Hum... Eu acho que exagerei ontem no remédio... Já terminou sua contemplação?

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- Hum? Ah... Eu só estava reparando, ganhei doze quilos nesses dois meses!

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- Mas é óbvio, você tem uma rotina ativa de esportes pesada, se alimenta e toma suplementação e de uma hora para outra fica sedentário... Queria o que, garotão?

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- Hmpf! – resmungou o loiro –

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Não era nenhum tipo de metrossexual, na verdade, esse caras que se preocupavam demais com o que vestir, como cortar o cabelo, e cheio de frescuras o irritava. Mas gostava de malhar desde a adolescência e por isso sempre teve um porte atlético. Nesses dois meses de correria tinha perdido muita massa magra e definição, apesar de que devido ao seu tamanho doze quilos não tenham feito tanta diferença assim.

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Estava dolorido, ficaria assim por mais umas duas semanas até se reacostumar aos exercícios, só que com certeza essa dor era melhor do que a dor do sedentarismo. Andava travado! Ficar sem se mexer com certeza foi um agravante para o mau-humor.

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Cana deitou de novo e pegou o celular para acessar a internet enquanto o marido foi tomar um banho rápido. Não demorou muito para o loiro sair e deitar ao lado dela que não lhe deu sequer um olhar.

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- Tsk...

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Pegou o celular dele e o colocou no criado mudo do seu lado vendo a expressão irritada da esposa.

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- Devolve meu celular, estava lendo uns e-mails.

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- Larga isso, vamos arrumar alguma coisa para almoçar!

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- Eu não fico tomando seu celular da sua mão! Respeito é bom e eu gosto, Dreyar!

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- Sem drama, Cana... Vamos logo, levanta dessa cama, por Deus, como consegue? Vou te levar para academia comigo!

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- Seu chato! Argh... – disse cobrindo a cabeça e dando as costas para o loiro –

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- Vamos logo!!!

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Laxus levantou, arrancou as cobertas e recebeu um olhar furioso, não ligou muito e a puxou pelos braços e foi quase a carregando para fora do quarto. A morena vestia um short de pijama preto de bolinhas e uma regata branca larga e estava resmungando.

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Apertou-a estralando as costelas  e ela soltou meia dúzia de impropérios que arrancou uma risada do Dreyar.

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***

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Laxus estava sentado no quarto vago do apartamento que atualmente era usado como escritório, terminou de falar com Jenny ao telefone a respeito de um projeto que o departamento estava trabalhando. Não queria ter trabalhado num sábado, mas era urgente. Ficou algum tempo fitando a tela do computador e seu pensamento foi longe até ser despertado pelo som de saltos ecoando pelo apartamento.

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Cana iria sair? Indagou-se mentalmente e continuou sentado ouvindo ela falar com alguém no telefone ao longe. Por fim levantou e saiu até a porta do quarto e a viu pela porta aberta de seu quarto com uma saia até a altura dos joelhos, preta e rodada, um colant preto com um decote farto, sandálias de dança e os cabelos presos... Ela não costumava prender os fios.

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Ela saiu do quarto desligando o telefone e com uma carteira de mão, ela o olhou e não parou enquanto falava.

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- Estou saindo, hoje é dia do baile do pessoal da academia de dança... Boa sorte fazendo seja lá o que estava fazendo.

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Mentalmente a morena reprimiu “E não esqueça de mandar aquela vadia loira ir plantar fava no asfalto para ver se cresce”. Mas não chegou a dar mais dois passos, o marido estendeu a mão e a segurou pelo pulso.

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- Oe, espera... Que coisa é essa?

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Ela parou e foi solta parando para falar.

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- Eu voltei a fazer aulas de dança, lembra? Coisa da terapeuta, ela disse que é bom eu me socializar com gente fora do trabalho e que não seja você.

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- Hum, lembro... – na verdade lembrava vagamente, ela voltou a fazer durante seu período maluco de trabalho -  Me dá quinze minutos, eu troco de roupa e vamos juntos?

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Ela ergueu uma sobrancelha.

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- Não, você não lembrava. Você dançando? Deus, quem é esse homem? E pensei que fosse trabalhar o resto da noite, quem sabe o resto do final de semana.

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- Não curto dançar, mas a gente pelo menos passa um tempo juntos fora de casa... E não, não vou trabalhar mais no final de semana!

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- Laxus, é um baile da academia, todo mundo dança com todo mundo...

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- Eu não vou bater em ninguém, nem assustar nenhum homem que mantenha a compostura, prometo.

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- Anda logo, não quero chegar atrasada!

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***

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O salão onde as aulas eram dadas foi colocado a luza baixa, tinha uma banda que tocava todos os ritmos, havia uma mesa com algumas bebidas e petiscos, mesas para os mais tímidos ou acompanhantes que não dançavam. Cana foi recepcionada muito bem e várias pessoas pararam para cumprimenta-la, aparentemente era muito popular, o que não era estranho, Laxus sempre soube que a esposa interagia muito fácil, pelo menos superficialmente.

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Pegou um ponche sem álcool, porque estava dirigindo e sentou-se, poucos segundos depois viu a mulher rodopiando pela pista de dança em um ritmo que não conhecia com uma figura qualquer. O clima era muito hospitaleiro e realmente as pessoas que estavam ali tinham por objetivo maior dançar, então realmente tudo parecia muito respeitoso. Obviamente que surgindo uma oportunidade entre um rodopio e outro nenhum interessado perderia a chance de flerte, mas nada preocupante.

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Viu a mulher dispensar alguns parceiros e dançar com outros, e realmente não gostou muito da cara dos dispensados, aqueles com certeza não estavam ali pelo prazer de dançar. Foi chamado para bailar umas duas vezes, mas recusou, não estava ali para aquilo. Depois de uma hora dançando tudo o que tocava, a morena veio com um copo na mão e sentou-se ao seu lado. Ela parecia muito menos tensa e até mesmo mais feliz. Outras pessoas pararam para falar e realmente como ela era popular, começou a ficar um pouco encucado.

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- Então, vai passar a noite toda sentado aqui? Tem gente aqui nova, nem todos fazem aulas ainda...

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- Estou bem aqui, não se preocupe comigo... – pegou a mão dela e acariciou o anular onde jazia a aliança há cinco anos – Você deu um show, não sabia que alguém podia ficar tão bom em pouco tempo.

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- Aulas de dança eram a atividade extra menos chata do internato, mas eu parei quando fui para Rehab pela primeira vez.

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- Hum... De qualquer jeito você está ótima.

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- Obrigada, mas então, o que o seu avô falou? Não me contou da visita ao velho...

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- O Jiji é maluco, me botou para correr dez minutos depois que cheguei, segundo ele eu sou um pirralho idiota.

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Cana gargalhou, realmente imaginava Makarov fazendo uma dessa, mas não por falta de lucidez. O avô do marido podia já ter uma idade bastante avançada, mas era mais lúcido do que ela e Laxus juntos, se brincasse. O Dreyar fez uma careta e puxou a mulher pela mão, segurou-lhe o rosto e beijou seus lábios com batom. Ela pareceu surpresa, o que por si só não era algo que lhe agradava, afinal não queria a mulher achando uma atitude estranha o fato de se beijarem.

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A morena ficou sem reação durante alguns segundos o encarando após o fim do beijo.

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- O velho me mandou cuidar melhor de você e depois de ver sua popularidade por aqui começo a concordar com ele.

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- Idiota, eu não me daria o trabalho de arrumar um amante, enfiaria um pé em você e seria feliz sem peso de consciência.

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- Sinto muito, Mrs. Dreyar, mas a coisa aqui é até que a morte os separe.

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Sorriu soberbo.

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- Não nos casamos no religioso, caso não se lembre, baby. – deu uma piscadela –

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- Mas a teoria do casamento continua a mesma.

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- A gente discute isso no tribunal mais cedo ou mais tarde, vou dançar, fica bonitinho em!

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Realmente não gostava dessas citações a divórcio, tinha pedido a atual esposa em casamento somente após muito pensar e quando teve certeza de que era isso o que desejava para a vida. Não conheceu a mãe e o pai era um vigarista internacional, foi criado pelo avô que tinha sessenta anos de relacionamento com Polyusca, atualmente não eram oficialmente casados, mas permaneciam juntos. O velho Makarov o ensinou a importância da família para um homem e Laxus decidiu muito cedo na vida que só se casaria quando tivesse certeza que era até o fim. Esperava realmente viver tanto quanto o avô, estar tão lúcido e ter a mulher que escolheu para a vida ao lado.

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Sorriu de lado ao ver a esposa bailando, ela simplesmente deslizava sobre o piso liso, todos queriam dançar com ela. A cada música estava com um par diferente. Notou apenas dois idiotas com segundas intenções aparentes, mas ela tratou logo de dispensá-los. Foram mais duas horas e meia em que ela parava esporadicamente e vinha tomar algo e lhe dar alguma atenção.

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Por fim, o baile começava a entrar em bancarrota e havia mais dois para lá, dois para cá do que gente efetivamente dançando. Ergueu-se de sua cadeira e pela primeira vez entrou na pista e foi até a mulher que conversava com um cara do cabelo laranja, colocou a mão grande sobre o ombro do homem que quase correu ao notar sua presença. Teve vontade de rir da reação do pobre idiota.

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- Será que eu posso dançar com a senhorita?

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A morena ergueu uma sobrancelha depois que seu parceiro saiu em disparada para a maior distância possível.

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- Pensei que fosse ficar esquentando cadeira a noite toda.

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- Agora já está todo mundo só na capa da gaita, ninguém vai notar minha total inaptidão.

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Pousou uma das mãos sobre as costas da mulher e com a outra segurou sua mão pequena, ela pousou a cabeça contra o peito, a música tocada era mais lenta e os passos foram fáceis... Apesar de ter duas pernas esquerdas, o loiro conseguiu dançar duas músicas sem pisar no pé da esposa ou dar qualquer vexame.

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- Lax...

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- Hum.

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- Foi legal você vir, mesmo passando a noite toda sentado... Deve ter sido um saco.

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- Sem problemas, gostei de te ver tão bem e tranquila...

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- O suficiente para fazer aulas também? – brincou sorrindo contra o peito dele –

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A risada masculina fez seu tórax vibrar.

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- Eu acho que não, me recuso ao vexame público, mas aceito aulas particulares de tango que sejam ministradas no perímetro dos nossos lençóis roxos.

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- Você entra numa onda workholic e quer compensação?

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- Não, eu entrei numa onda workholic e quero compensar minha esposa.

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- Me parece muito mais interesse próprio.

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- Muito me ofende essa imagem deturpada que faz de mim...

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- Você não presta, Laxus! – Cana riu – Vamos para casa, esses sapatos estão me matando. E sem segundas intenções, vai precisar de mais latim para me convencer.

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Cana saiu andando puxando-o pela mão e o marido a puxou para trás abraçando-a pela cintura chamando atenção de algumas outras pessoas, mas não ligaram. As coisas entre os dois nunca seriam calmas, se o ficassem por tempo indeterminado, algo estava errado.

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Eram feitos de tempestade, mas ao final sempre haveria bonança... Pelo menos esperava-se isso, só que a turbulência podia afundar o barco ou mesmo levar um dos tripulantes.

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Owari

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Notas finais do capítulo

Hummmmm, foi impressão minha ou deixei em aberto o clima da próxima one??? Muhahahahha Sim, sim, sim... E ela já está em 60%. Ás vezes eu sumo mesmo meus amores, mas eu raramente estou parada, tenho um monte de projetos semi-prontos que serão postados em breve. Espero que gostem e me falem o que acharam? Nem tudo são rosas neah?

Kisskiss



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