Alternative Universe escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, aqui estou eu com uma coisa completamente nova para mim, uma fic em UA. Estava minha pessoa na sexta feira divagando junto com o frio e de repente me veio essa ideia como um raio, depois de algumas horas de contemplação comecei a escrever... Não sei classificar isso aqui, sério... mas deixo claro NÃO É UMA FIC CANA E BACCHUS. Todo mundo que conversa comigo sabe que eu sou Laxana e não viro a casaca!!! Meu forte é o universo mágico, por isso não sei se acertei a mão no mundo real!!

Dedico a Re-chan, afinal ela é minha Diva do UA e também porque eu meio que usei umas ideias dela para ajudar a montar esse universo paralelo. BEIJO RE!!

Boa Leitura... Se alguém ler!



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Alternative Universe

Uma mulher com sérios problemas.

Um amigo ébrio.

Um marido bombado.

E a confusão está formada!

Capítulo Único

Cana Alberona, ou melhor, Dreyar estava sentada atrás do bar Quatro Cerberos com uma garrafa de conhaque barato na mão vendo as ondas baterem no quebra mar quase num flash back de alguns anos atrás. Ao seu lado estava Bacchus, seu ex-namorado e melhor amigo(apesar do marido não exatamente gostar disso) com outra garrafa de bebida na mão.

Já fazia alguns anos que não era mais a adolescente bêbada e problemática que foi mandada para a rehab três vezes pelo pai que nunca estava presente. Hoje em dia era uma Sommelier de renome, casada há cinco anos com Laxus Dreyar (o engenheiro elétrico mais foda da maior empresa de Fiore), com um apartamento em uma das áreas mais nobres da cidade (sendo este fruto de seu trabalho e do marido, não de qualquer dinheiro vindo de suas famílias), era vizinha do casal mais fofo e ao mesmo tempo louco que já se teve notícia(sendo que Jellal e Erza eram muito amigos do casal) e mesmo assim não conseguia ser feliz.

O vestido preto elegante que usou para ir trabalhar antes agora já estava todo amarrotado, a maquiagem borrada e os cabelos bagunçados em ondas selvagens e o cheiro de bebida rescendendo pelo corpo. Não pessoas, Cana não tinha traído o marido com o homem ao seu lado, seu estado deplorável vinhas das muitas horas de karaokê, sinuca e bebida que tinha passado ali naquele bar que foi muito presente em sua juventude.

Não que fosse uma mulher velha, tinha acabado de completar 35 anos e muito facilmente lhe dariam menos. Um corpo muito bonito, cabelos longos sedosos, olhos violetas inquietantes que ainda muito intrigavam os homens que a conheciam.

O som de uma bandinha de rock bizarra zunia no ouvido da dupla e o som do mar furioso embalava a embriagues. O céu estava limpo, mas provavelmente haveria tempestade quando a noite acabasse.

- Sabe, nee... A gente se conhece desde os tempos em que você ainda não precisava de sutiã... E sabe o que eu notei de lá para cá...

Deu um gole em sua bebida e olhou para o amigo.

- Nem imagino, Bacchus, me surpreenda.

Ele deu uma de suas risadas bizarras.

- Você é a criatura que mais tem vocação para ser infeliz que existe nesse país!! Oh kami, é sério que você tá tomando um porre porque sua tentativa de jogar seu marido em cima da ex-noiva dele deu errado? Cara, como assim está frustrada porque nenhum dois se deu conta do que estava fazendo e ela resolveu casar com o cara fresco do cabelo verde???

Outro gole na garrafa.

- Bacchus... Você não entende! Os dois eram ótimos juntos! O casal vinte! Tenho certeza de que seriam uma família tipo a dos comerciais de margarina se o Laxus não tivesse me conhecido indo visitar o avô dele naquela última clinica que o velhote me internou!

O atual dono do bar em questão riu e lembrou de como perdeu sua musa para o engenheiro bombado. No dia do aniversário de 25 anos dela, os dois e mais um grupo de pessoas que não vem ao caso, deram uma festa de arromba, regada a muita bebida, loucuras e até mesmo algumas drogas.

Cana e ele tinham um histórico negro, se conheceram no colégio interno no final da infância. A mãe dela morreu e o pai a colocou lá porque simplesmente não conseguiu lidar com a semelhança entre mãe e filha, não era falta de amor, estava mais para falta de maturidade, Gildarts parecia um homem que não queria crescer. Já ele foi colocado lá pelos pais porque era uma tradição de família, não ligou muito para isso, na verdade poucas coisas o incomodavam nessa vida.

Entretanto para a pequena Cana isso foi como uma facada e a garotinha foi crescendo e se tornou o tipo de garota que atraia problemas e caia para homens problemáticos. Gostou dela lá e ficaram amigos, no inicio da adolescência aquelas tentações começaram a aparecer e sua tendência ao submundo juntamente com a dela em se meter em confusão fez o par perfeito.

Resultado: Aos quinze anos foram internados pela primeira vez.

Foi um ano de rehab e as pessoas acharam que foi um deslize da puberdade, mas pouco tempo depois estavam no meio das festas, confusões e bagunças do ensino médio. Em algum ponto começaram uma relação aberta e aos vinte anos foram internos de novo. Mas desta vez Gildarts tirou a filha do país, segundo ele, Bacchus era uma má influencia, o que  não deixava de ser verdade. Ela tinha uma queda para o mundo perigoso e ele não ajudava a parar, ao contrário, empurrava mais fundo.

Foram quatro anos sem ter noticias dela até que reencontrou sua deusa etílica na faculdade de enologia. A rainha da popularidade e promiscuidade. Foi como o colidir de duas supernovas! Foi ano mais tórrido de sua vida e ao final dele se envolveram num acidente de carro que matou quatro pessoas do grupo e então novamente foram internados.

Só que dessa vez alguma coisa mudou.

Ambos viram que não podiam mais continuar com isso, era auto-destrutivo. O pai dela lhe deu uma grande surra quando deixou o hospital e tentou ir visita-la. Cana estava destroçada e sem rumo, passou tanto tempo chafurdada num mundo de ressentimento e revolta pela ausência do pai que nunca teve objetivos e depois que aquelas quatro pessoas morreram... Aparentemente ela abriu os olhos para o quão frágil e preciosa era a vida.

Não podiam mais ficar juntos.

Por mais que amasse aquela mulher, aquela menininha tímida que conheceu na infância, não podia mais estar com ela. Era nocivo e ela não conseguia lidar com isso, sempre acabava machucada. E a última coisa que desejava era perdê-la ou vê-la se machucar. Decidiu então que ficaria ao seu lado e ajudaria a encontrar um cara legal, que cuidasse dela.

Não precisou de muito tempo.

Ainda na clinica de rehab ela conheceu um velho muito simpático e sábio que foi internado para descansar após o quatro infarto fulminante no auge dos 90 anos. Ele chamava-se Makarov Dreyar, o avó do atual marido dela. Ela e ele (quando conseguia visita-la após ludibriar o velho Clive) ficaram amigos do velho que esbanjava força de vida e lhes deu até muitas lições de moral.

E foi então que um dia o cara loiro bombado apareceu para visitar o velho e ela se apaixonou. Depois desse dia nunca mais teve chance no lugar do coração dela. Mas era melhor assim, Laxus era o tipo de homem que não a julgaria pelo passado e manteria linha sem descaracterizá-la.

Os dois viveram uma relação turbulenta de idas e vindas até chegarem ao altar, não que depois do casamento tenham deixados de ser tempestuosos, até porque Cana não conseguia ter uma vida tranquila. Tinha sempre aquele ranço do passado e aquela auto-estima minada que a fazia achar que não era boa ou que coisas boas não acontecem com ela e que a qualquer momento seria deixada.

Casou-se olhando um apartamento para morar caso viesse a se divorciar.

E entre muitas crises e loucuras ela encasquetou após entrar em uma fase de monotonia do casamento que Laxus tinha que voltar para a ex-noiva Mirajane Strauss, muito logo Justine. Foram longas semanas, quase quatro meses de loucura. Armou os planos mais bizarros para que o marido e a ex-noiva voltassem, só que nenhum deu certo, na verdade, Bacchus às vezes tinha a impressão de que sequer notaram, porque não rolava mais nada entre ambos.

Sinceramente, eram um casal de ex estranhos.

Não havia alfinetadas, nem intriguinhas, nem picuinha... Terminaram em muito bons termos e mantiveram uma relação social aceitável devido ao fato de terem um grupo de amigos em comum. E agora, quando a albina anunciou que se casaria com Fried, secretário/acessor/baba-ovo/conselheiro/administrador de Laxus de sexualidade questionável, Cana entrou em depressão e ligou para ele. Fazia já um tempo que não ligava, para chorar as pitangas porque seus planos foram por água abaixo.

- Sério, nee... Você tá triste porque seu marido é fiel!

- Você não entende, Bacchus, o Laxus e a Mira TEM que ficar juntos! Tipo, eu nunca entendi o que ele viu em mim para casar comigo! Tanto eu vi isso, quanto ele notou que ultimamente não rola mais interação nenhuma entre nós! Somos o mais perfeito casal de estranhos!

O moreno riu.

Oh céus, por que era tão tentador incitá-la a continuar a crer nessa besteira e deixar o marido?? Sorriu bebadamente segurando-a pelo queixo fazendo-a encanrá-lo.

- Nee... Isso chama-se rotina, é comum no casamento. Vão ter fases que vão ser monótonas que vai ser de matar, mas isso vocês resolvem com viagens ou sexo pelos quatro cantos do apartamento! Pare de procurar infelicidade! O mister academia realmente gosta de você, ou melhor, ele te ama...

- Essa coisa toda de amor não existe! É balela!

- E o que sente por ele é o que? – questionou fazendo-a gaguejar e corar sem ser pela bebida –

- Ele não tem porque me amar! Caras como ele, não ficam com mulheres como eu!

- Tanto ficam que olha o tamanho da coleira, digo, aliança que ele colocou na sua mão esquerda! O cara parece meio que um cão de guarda vigiando o osso! É possessivo, mas é o jeito dele de gostar e te manter na linha!

Acariciou a bochecha dela com o polegar.

Em horas como essa entendia o motivo de nunca tê-la puxado para fora do buraco, fora do submundo, nunca dariam certo. Somente afundada na bebida e na depressão que Cana poderia estar com um homem como ele, um boêmio por natureza. A zona era seu lugar.

- Para falar a verdade, muito me estranha, Golden retriever-san, ainda não ter ligado para questionar!

- Tsk... ele já ligou duas vezes... Na verdade... – ela tirou o celular do decote – Falando no diabo!

Bacchus empurrou o celular na direção dela.

- Atenda, sabe que na terceira vez que não atende ele começa a ficar raivoso!

- Mas eu falo o que pra ele?

- Bem, diga que o trabalho no restaurante aumentou, invente uma visita a uma nova vinícola fornecedora e diga que vai estar em casa daqui uma hora.

- Eu não posso aparecer em casa assim...

Realmente o estado dela era deplorável, sem dizer que temia uma crise hepática, por isso tomou a garrafa da mão direita.

- Use meu banheiro, tome uma ducha, refaça a maquiagem, ajeite o vestido, depois eu te ponho num taxi para casa.

O celular parou de tocar e no segundo seguinte voltou a se esgoelar.

- Ande, atenda, agorinha ele vai começar a espumar!

Cana apertou o telefone e Bacchus ouviu o rosnado do loiro do outro lado da linha.

***

Cana chegou a porta do prédio onde vivia exatamente uma hora e quinze após falar com o marido, na verdade, estranhou o fato dele ainda não ter ligado. Afinal, ela disse uma hora. Puxou o vestido para baixo e fez um esforço colossal para andar pé ante pé em cima de seu Louboutin sem dar de cara no chão.

Passou pela portaria e foi cumprimentada pelo porteiro, quando esperava pelo elevador, oh sim... Embriagada do jeito que estava não esperavam que usasse as escadas, não é mesmo? Ouviu seu telefone tocar, era Laxus.

- Hum... Oi, já estou subindo, me dá dois minutinhos...

Entrou no elevador e se escorou em uma das paredes de vidro sentindo aquela caixinha blindada ir subindo até o décimo nono andar. Foi um percurso rápido, graças a Kami, porque não estava com vontade de vomitar. Quando saiu, tropeçando nos próprios pés, diga-se de passagem, deu de cara com um homem loiro de quase dois metros de altura com uma camisa branca social aberta, calças também sociais, descalço, escorado no batente da porta do apartamento.

- Opa...

Laxus sabia que a esposa estava embriagada, como também sabia com quem ela havia se embriagado. Apesar de não gostar de Bacchus, entretanto, sabia que ele não era uma ameaça a fidelidade da esposa: um, porque confiava piamente na fidelidade dela, e dois, porque tinham tido uma conversa muitos anos atrás onde ele lhe contou seus motivos para abrir mão dela, apesar de bêbado e devasso, era um homem sincero. Mas isso não queria dizer que gostava dele ou que gostava de saber que ela passou um tempo com ele.

Não podia muito criticar porque mantinha um bom relacionamento com a ex-noiva, mas bem... Tinha o direito de ter ciúmes. Cana parecia sem jeito ao vê-lo, provavelmente o chão estava na diagonal para ela, atravessou o hall em dois passou e sem dizer nada a pegou no colo.

Ela soluçou e corou antes de recostar a cabeça contra seu peito.

- Tomara que não terminemos a madrugada no hospital, sabe que não pode beber desse jeito! Socialmente, Cana!! Não lembra do que o médico vem dizendo desde a clínica de rehab há dez anos.

- Estava deprimida... – ela sabia que ele sabia que ela não esteve trabalhando –

- E eu posso saber o por quê?

- Porque eu não consigo ser feliz... Minha mente perturbada não deixa!

A colocou na cama e ela jogou os sapatos para fora.

- Faz dez anos que eu venho tentando te convencer, será que daqui a dez você acredita?

Laxus beijou a esposa que o puxou para mais perto.

Owari...


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Notas finais do capítulo

Pois eh, nem sempre na vida a gente acerta, mas tentar não é pecado neah??? Eu não gosto muito de sair da minha zona de conforto, só que às vezes é bom para aprendermos algo tipo: NUNCA MAIS ESCREVA EM UA!!! Muhahahhahahhahahha

Que tal me contarem o que acharam?

Tipo se não me falarem eu vou ficar triste buabuabuabua.... kkkkkkk

Kisskiss, Anny Taisho



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