Ren e eu estávamos vivendo um ótimo momento. Sempre nos falávamos, mas ele ainda não tinha me pedido em namoro, com certeza estava fazendo o possível para ir tudo devagar, como eu havia pedido.

Íamos a vários lugares, shoppings, parques, e restaurantes, e nesses momentos juntos ele sempre me ensinava alguma coisa nova sobre a cultura indiana. Agíamos como apaixonados. Víamos-nos todos os dias e eu estava começando a perceber o quanto ele fazia bem pra mim. Eu não ficava mais deprimida, porque agora eu tinha um motivo pra sorrir.

Meu relacionamento com minha mãe, graças a Ren, também havia melhorado, ele me ajudava quanto a isso, me incentivava a dar uma chance pra ela e eu estava tentando. Antes nossas ligações duravam no máximo 2 minutos, agora variavam entre 10 e 15. Eu falava sobre o meu quase namoro, e ela ouvia e respondia com entusiasmo e alegria por eu estar feliz.

Meu pai ficava curioso todas as vezes que eu saia de casa para ver Ren, ele queria conhecê-lo e eu sempre prometia que em breve isso iria acontecer. Ele parecia preocupado, porém contente por eu estar conseguindo ‘levar’ minha vida tão bem.

No trabalho, Sr. Kadam estava me tratando como uma sobrinha, demonstrava um imenso carinho por mim, e não via o momento de Ren e eu assumirmos o namoro. Na Índia não é bem aceito pelos pais relacionamento entre casais com culturas diferentes, mas ele disse que os pais de Ren teriam me aceitado e que também teriam gostado de mim, assim como ele já estava gostando.

*

Passou-se um mês que estávamos saindo e nada dele me pedir em namoro. Já não nos víamos com tanta freqüência, porém quando nos encontrávamos continuava sendo perfeito e romântico como se fosse à primeira vez.

Marcamos de nos encontrar em uma pizzaria, DONATELLA, aqui perto de casa. A alguns dias atrás eu havia comprado um vestido lindo,de renda bege com um cinto preto,e decidi ir com ele. Eu estava disposta a ir mais arrumada do que nos outros encontros, pois eu estava sentindo que neste dia seria especial.

Cheguei ao local e Ren não tinha chegado ainda. Esperei por 30 minutos e ele não chegou. Uma hora e nada. Mandei mensagens e tentei ligar várias vezes, mas ele não me respondia. Eu estava muito preocupada e ao mesmo tempo muito brava. Se tivesse acontecido alguma coisa ele teria avisado. “Será que ele não queria me ver?” pensei.

Levantei da mesa onde eu estava e fui para casa. Meu pai já estava dormindo então não tinha o risco dele perguntar o porquê de eu estar com a maior cara de defunto. Meus olhos encheram de lágrima e chorei no meu quarto até pegar no sono.