A cozinha inteira estava uma bagunça generalizada, tudo por um simples bolo, biscoitos, entre outros doces que tentei preparar. Impaciente remexi meus cabelo azul escuro voltando a folhear o livro de receitas empoeirado tentando mais  uma vez acertar o ponto correto da massa, o fechei com força quando lembrei o por que estava fazendo algo tão bobo.

Tudo começou dias atrás por causa daquele bastardo.

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Saia sempre pela manhã bem cedo para ir à escola até por pertencer a uma digamos... Anormal, talvez por ser a pouco tempo uma escola mista( anteriormente era só de garotos). Tratando-se da Escola Industrial Metropolitana Yato, tudo era de se esperar, por isso precavia-me chegando mais rápido que aqueles delinqüentes bobocas.

Arrumei a maleta colocando-a sobre meu ombro, ao abri a porta respirei fundo para acalmar meus nervos, estava pronta para vê-lo. E lá estava ele, me aguardado sentado no muro de frente a casa com o seu sorriso abobalhado de propaganda de creme dental acenando feliz.

Desceu a meu encontro, Yato Kamui o líder de todos aqueles brutais. Não se engane com sua aparência adorável, se trata de um monstro em lutas ouvi estórias que ele havia se apossado de sua turma em sem primeiro dia. Desde que fui transferia para aquela turma ele resolveu me importunar.

–Né Mizuki-chan, próxima semana é meu aniversário.  O que você dará de presente para seu maravilhoso namorado? – mais uma vez com a idéia de que estávamos namorando– Você está me ouvindo? Eu quero um bolo e muito doces.

–Primeiramente, nós não somos namorados, segundo, por que  você está me seguindo toda vez que vou para a escola ou volto? Você é algum stalker?! – esbravejei,  revendo hoje acho que o deixei um tanto chocado para que abrisse seus orbes azuis e começasse a me fitar.

Voltou a seu sorriso normal depois de uns instantes enquanto eu ainda rangia os dentes, sem dar a mínima este pegou meu braço e saiu me arrastando. Chegando a frente da escola ele finalmente me soltou partindo com as mãos nos bolsos, dupla personalidade irritante , porém ele possa ter se magoado com a forma que falei.

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–Ah! Quem se importa com aquele bastardo idiota!– reclamei jogando as folhas de receita para o ar e enterrando minha cabeça na bancada, voltando a minha atenção a batidas na porta.

Tentei arrumar minha aparência esdrúxula no momento e corri para  atender,  abrindo a porta deparo-me com uma senhoria ruiva de olhos azuis, parte  do seu cabelo estava preso em bao baos e vestia o uniforme da Escola Gintama. Sem mais delongas curvou-s e ajeitando um óculos estranho e colocando-o no rosto, entrou na casa virando-se para eu.

–Você é a namorada do oniichan? – inquiriu ajustando o óculos,  notei que ela me lembrava muito alguém– Ei! Responda.

–Desculpe-me? – continuei confusa.

–Vou perguntar novamente, você é a namorada do Kamui-niichan? – colocou as mãos na cintura suspirando impaciente, sua cabeça girou em direção da cozinha levantando sua sobrancelha curiosa sorrido levemente de canto– Nada mal, perdoe-me por lhe incomodar eu só queria confirma algo. Mizuki é o seu nome, certo? Kamui-niichan vive me falando sobre você.

Minha bochecha ficou ruborizada com a declaração da mocinha que sorriu novamente até sair da casa saltitando, acho que foi um alivio para ela me ver e perceber que seu irmão mais velho está sendo “bem tratado”. Após vê-la dobrar o canto voltei a minhas tentativas de fazer aquele maldito bolo e companhia.

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No dia seguinte já era o aniversário do bastardo, o estranho é que ele não estava e esperando para fazermos o caminho juntos.  Arrumei a sacola com toda a comida cuidadosamente para não amassar, terminado o processo caminhei solitária... Ele fazia falta.

As aulas passavam e nem um sinal dele, já preocupada e ansiosa aguardava a batida para o recreio. Quando tocou fui tentar falar com um de seus comparsas, o líder da velha guarda Abuto.

–Ele esta isolado no telhado desde que chegou, tentei falar com ele e a cabeça oca me disse que não quer falar com ninguém hoje. Você sabe o que aconteceu Mizuki-san?

–Acho que sei mais ou menos o que houve, obrigada por me dizer.  Até mais– corri para o corredor principal, onde na direita estava a escada de dava para o telhado.

Soei frio em quanto subi lembrei que ele não queria ver ninguém, isso significava dizer que o magoei naquele dia, mas tomei coragem o suficiente para empurrar a porta entreaberta. O vento soprou forte quando entrei, lá estava ele sentado admirando o céu.

–Por que está aqui? – perguntou olhando pelo ombro ameaçadoramente.

–Vim entregar algo a você– respondi indo a sua direção um pouco apreensiva e sentei a seu lado, e ficamos calados por um bom tempo já estava um tanto desconfortável.

–Eu realmente não significo nada a você Mizuki? – de repente ele tocou no assunto ficando cabisbaixo, aquele maldito sabia ser uma gracinha quando queria.

Aproximei a sacola de guloseimas para perto ficando a frente de Kamui levantado com cautela o embrulho em formato de paralelepípedo, primeiramente o vi com seus olhos  azuis totalmente abertos em sinal de surpresa fechando-os com  um sorriso estonteante. Abriu o embrulho revelando o bolo com chantilly em cima e um Feliz aniversário escrito em açúcar de confeiteiro.

–Feliz aniversário, para meu namorado Kamui-kun– acrescentei pousando meus lábios no dele abraçando-o, eu estava feliz que voltamos ao normal...  E que finalmente pude dizer meus reais sentimentos a ele.

Quando nos separamos sorri afável e este retribui o abraço, seus olhos brilharam com as guloseimas que fiz faminto como sempre se pós a comê-los. Podemos conversar mais e contei sobre o incidente com a irmã dele,  bem que tentou conter a risada, porém foi falho.

–Então ela fez isso... Que irmãzinha preocupada– voltou a olhar-me tocando em minha bochecha com delicadeza– Agora é minha vez de agradecer o presente, eu te amo Mizuki-chan.

Puxou-me para ele e ficamos abraçados vendo até que o sol começasse a se por, e rimos ao perceber com isso que já se passaram horas  que estavam ali juntos... Estávamos perdendo aula, foi a primeira e única vez que fiz isso.

Tempos felizes...