— Como assim mãe? – grito.

— Meu amor a gente só vai se mudar não é o fim do mundo – argumenta ela.

— Pode não ser o fim do mundo pra você mais pra min é sim! – Penso nas minhas amigas, principalmente em Samantha, minha melhor amiga, mas mudar de escola nem é a pior parte, é me mudar tipo total de casa e tudo, vamos daqui da minha amada Nova Iorque para Los Angeles, onde não conheço nada nem ninguém.

— Calma manhinha – diz Damon — Não adianta gritar nem fazer birra, a gente vai de qualquer jeito.

— Você diz isso por que não tem vida social, e sua namorada te largou.

— Sua...

— Agora já chega! – grita meu pai com uma voz seria – Vocês dois calem a boca, e sim vocês vão, agora vão para os seus quartos fazer as malas, ou melhor, ao invés de nós todos nos mudarmos para Los Angeles, vão apenas vocês dois para um internato lá.

— O QUE!? – gritamos juntos e indignados.

— Isso mesmo que vocês ouviram, nós vamos levar vocês amanhã bem cedo e é bom estarem prontos – ordena ele com uma voz autoritária e sai da sala.

— Mãe? – pergunto, procurando por ajuda.

— Não posso fazer nada meu amor – diz ela – E agora é melhor vocês obedecerem o sei pai.

Maravilha, então, quer dizer que agora, não vou mais me mudar com meus pais e sim com meu irmão par um internado? Ótimo, foi do ruim ao inimaginável em instantes.

— Tudo bem - digo por fim já vencida. Então dou um beijo na bochecha de minha mãe e outra na de Damon, e vou para meu quarto arrumar a bendita mala.

Começo a arrumar a mala, ainda sem acreditar no que está acontecendo, ele só pode estar brincando não é? Internato? Pior que está não fica, fica? Melhor eu calar a minha boca e continuar arrumando essa droga, termino de arrumar a mala e tomo um banho e depois literalmente me jogo na cama. Estou prestes a dormir quando me lembro de uma coisa, então pego o celular e ligo para Samy. Chama algumas vezes e então ela atende.

— Oi, louca.

— Amiga estou simplesmente pirando!

— O que foi que aconteceu?

— Meu pai, que enlouqueceu de vez. Ele quer me mandar pra um internato! Ele quer não, ele VAI!

— O que!?

— Isso mesmo, vou amanhã.

— E desde quando ele decidiu isso?

— Que eu saiba, só hoje.

— Mais assim não vai dar nem pra te fazer uma super festa de despedida – diz ela com voz, manhosa. E ri.

— Fazer o que – digo já conformada.

— Mais amiga vendo pelo lado bom, será que lá tem muitos gatinhos?

— Sua sem vergonha – digo e ela ri.

— O que eu posso fazer se eu estou DESESPERADA por um namorado – diz ela dando ênfase no “desesperada” – Mais amiga tenho que desligar.

— Por que?

— Mami, reclamado da conta.

— Certo.

— Mais, me mantenha informada ouviu?

— Sempre – disse rindo e então desliguei ao mesmo tempo em que ela.

Então depois de desligar o celular, só me ajeitei na cama e apaguei, acordei com o despertador marcando 05:30 da manhã, já que nosso vôo está marcado para as 07:00 (o por que de ser tão cedo, não faço idéia deve ser coisa do meu pai), me levanto meio sonolenta por que o mais cedo que eu acordei nessas férias foi 09:30, e ainda sim com ajuda da Samy que resolveu vir me acordar, vê se pode? Dou risada sozinha lembrando de nossas loucuras, mais saio dos meus devaneios, quando a água do chuveiro que está fervendo começa a queimar minha pele, então abro um pouco o chuveiro e começo a tomar, realmente o meu banho.

Termino o meu banho e me visto com um look bem básico e fofo uma blusinha rosa clara com corujinhas e uma calça jeans escura e uma sapatilha dourada com glitter. Faço uma maquiagem simples, no final das contas aprovo minha produção e então pego minhas duas malas brancas com rodinhas e minha bolsa de mão e então começo a sair do quarto e ao mesmo tempo me despedir dele (sim eu sou muito dramática), arrasto as malas até a porta, dou uma ultima olhada no meu quarto e saio.

Encontro Damon no corredor no corredor com sua mala e uma mochila nas costas, nos cumprimentamos com um “Bom dia” e seguimos em silêncio até, a sala que fica no primeiro andar.

— Finalmente – diz meu pai já impaciente – Vamos nos atrasar.

— Calma pai, já estamos indo – diz Damon.

Então entramos no carro, onde nenhuma palavra foi dita, ou por não querer ou simplesmente por não estar nem ai, Damon pos um fone de ouvido e encostou a cabeça no vidro do carro ignorando a todos, eu por minha vez peguei um livro qualquer da minha coleção. E então vamos até o aeroporto e quando chego lá posso ver a loucura que já está isso por que tipo, ainda só são 06:20 da manhã, então meu pai compra as duas passagens. Espere ai, duas? Mas nós não vamos todos?

— Achei que vocês fossem conosco – digo.

— E nós íamos mais apareceu um compromisso de ultima hora e não vai dar, me desculpe filha – pede ele.

— Tudo bem então – digo já conformada, por que nos últimos anos ele nuca cumpre os nossos programas mesmo – Então tchau pai – digo o abraçando – Tchau mãe vou sentir saudade – digo e também a abraço.

— Tchau meu amor, vou ficar com muita, muita saudade – diz ela quase chorando. Damon também se despede deles com um abraço em cada um.

— Cuide bem da sua irmã filho – diz meu pai à Damon enquanto íamos para o portão de embarque.

— Com certeza – diz ele colocando a mão livre em meu ombro e me guiando para dentro do portão.

Nosso vôo foi tranquilo e rápido, a não ser por um bebê chorando a metade do vôo, uma mulher fazendo escândalo por causa de uns amendoins, e um menininho irritante chutando a minha poltrona, ignorando isso foi tudo bem e antes das 10:30 já estávamos em um táxi a caminho da escola, ou melhor dizendo “minha mais nova casa”.