Rose E Scorpius - Revenge escrita por Miss Potterhead


Capítulo 27
Tudo está bem


Notas iniciais do capítulo

Estou em depressão, juro que fiquei com lagrimas nos olhos ao escrever. Não queria que Revenge acabasse, afinal foram dois anos da minha vida.
Nunca fiquei tão triste a acabar uma historia como nesta. Foi por isso demorei 2 meses a escrever o ultimo capitulo, porque nao conseguia acabar. Não queria acabar :c
Mas tudo tem um fim e apesar do capitulo estar muito longe de estar perfeito, eu emocionei-me e espero que tambem se emocionem e gostem ;)



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Querido diário,


Talvez começar com "querido diário" não seja a melhor maneira, afinal, faz-me parecer uma garotinha de 13 anos, mas eu realmente não sei como começar.


A primeira coisa que preciso de dizer é que não me julguem, afinal, todos cometemos erros e nunca é tarde para concertá-los. É isso que estou tentando fazer.


O meu nome é Rose Weasley. Eu costumava ser uma garota nerd, calma, divertida e simpática, mas as coisas mudaram. Havia um grupo de 3 sonserinos que passavam o tempo todo me humilhando e zoando, eu tentava fugir deles, mas eles estavam sempre lá me fazendo sentir a pessoa mais desprezível do mundo. Talvez não entendam a dor porque passei porque nunca passaram pelo mesmo. Mas eles me faziam sentir como se não eu valesse nada e havia momentos que eu realmente achava que eles tinham razão.


Mas então, as coisas se complicaram quando me apaixonei por Scorpius Malfoy. Eu não queria, como era óbvio, mas havia qualquer coisa nele que me atraia, não importava o que eu fizesse, não conseguia me afastar dele.


E então veio o baile de inverno. Eu estava tão feliz e apaixonada, que não conseguia ver que a minha vida estava prestes a desabar.


Depois de Evanna Bulstrode, a garota que eu mais odeio á face da Terra, ter-me torturado psicologicamente e até fisicamente, eu sabia que era hora de mudar. Eu estava tão cheia de ódio e desejo de vingança dos sonserinos, eu só queria que eles sofressem como eu sofri.


E eu consegui, por uns tempos, mas então quando percebi que estava a tornar-me um monstro, ja era tarde demais. Só percebi tudo isso depois de ter tentado matar o garoto que eu amava. E como é óbvio, ele não me perdoou pelo que fiz.


Eu fiquei muito arrependida e perdida, sem saber quem eu era. Mas agora finalmente estou-me encontrando e descobrindo quem sou.


Depois disso tudo, acabei admitindo para a diretora Mcgonagall tudo o que fiz. Até lhe entreguei o meu caderno onde contava todas as coisas horríveis que tinha feito. Ela queria-me expulsar de Hogwarts, como é óbvio, mas, pela primeira vez na vida, Merlin esteve do meu lado e os meus pais conseguiram convencê-la a me deixar continuar na escola, afinal, eu sempre fora uma ótima aluna, dedicada, estudiosa e nunca me metera em problemas, até aquele momento.


Depois desse pequeno milagre, os meus pais e Minerva, decidiram que eu tinha de consultar um psicólogo trouxa. Quer dizer, é normal uma adolescente de 16 anos ter dúvidas e incertezas sobre quem é, mas não é normal essa garota se tornar uma vadia vingativa e quase assassina.


O meu psicólogo é um cara trouxa bem legal, ele me deixa ficar horas contando sobre o quanto sofria, sobre o meu ódio pelos sonserinos, sobre os meus sentimentos por Scorpius. (É claro que tive de fazer algumas "alterações" na história, afinal não podia lhe dizer que eu atirara o garoto da vassoura abaixo durante um jogo de Quidditch. Disse-lhe apenas que o tinha atropelado, com um carro trouxa, não um Ford Anglia voador como aquele que o meu avô tinha).


E bem, depois de contar tudo ao psicólogo, mais do que contei a qualquer outra pessoa, ele aconselhou-me a escrever neste diário quando eu sentisse necessidade. É claro que eu achei a ideia idiota e deixei o caderno jogado no fundo do meu armário.


Mas hoje senti vontade de escrever. É dia 1 de Setembro e vou voltar para Hogwarts para o meu último ano e estou MUITO nervosa.


Este verão, apesar de tudo, foi tão bom e agora encarar novamente os meus colegas não vai ser fácil. Todos sabem o que fiz, afinal, Hogwarts é Hogwarts e fofocas se espalham num abrir e fechar de olhos. Eu sei que eles vão ficar apontado o dedo, sussurrando e falando de mim quando eu passar nos corredores.


Eu só queria puder ficar de férias para sempre, ficar em casa dos Potters conversando com Lily sobre tudo e nada (Lily foi a primeira pessoa a me perdoar depois que todos descobriram a verdade), assistindo filmes trouxas n'A Toca com os meus primos e o meu avô Arthur (que ama mais que tudo a TV trouxa que a minha mãe lhe ofereceu, mas demorou uma eternidade a saber usar o controle remoto).


Era tão mais fácil ficar assistindo filmes, jogando verdade ou desafio, rindo, chorando e comendo pipoca.


Estas foram, provavelmente, as melhores férias que já tive, é claro que tudo começou aos poucos, primeiro Lily me perdoou, e depois, pouco a pouco, os meus primos perceberam que eu tinha mudado e que todas as burrices que tinha feito, eram passado.


E então houve o casamento de James e Megan, que foi a única vez que vi Scorpius Malfoy durante as férias.


(...)


A mansão Malfoy estava toda decorada em tons de branco, dourado e prata. Astoria Malfoy tinha se esforçado muito para deixar tudo muito elegante e bonito, afinal, era o casamento da sua filha.


Estava uma linda tarde de inícios de Agosto, o clima era quente, mas não demasiado, havia cadeiras brancas cuidadosamente colocadas em linha, junto a uma pequena fonte de água. Haviam vasos de flores por todo o lado, flores brancas, rosas e roxas. E havia uma tenda branca onde se realizaria o casamento.


Todo o ambiente tinha uma certa harmonia, como se tudo tivesse sido planejado com o maximo cuidado para estar perfeito. Mas mesmo assim, havia bastante simplicidade, algo não muito normal vindo dos Malfoys.


Rose chegou à mansão acompanhada do seu irmão e os seus pais. A ruiva usava um vestido rosa claro tomara que caia e que lhe chegava até ao joelho. Era bem simples, mas era bonito. Usava também um sapato de salto branco, os seus cabelos presos num rabo de cavalo e tinha colocado uma maquilhagem simples, em tons de rosa.


A garota ficou olhando o jardim, procurando por Lily, mas acabou por encontrar outra pessoa. Scorpius estava junto da fonte de água conversando com uma garota alta, morena e linda. A ruiva não conseguiu deixar de sentir ciúmes, afinal, por mais que tivessem passado algum tempo sem se verem, Scorpius dissera que precisavam se encontrar e se perdoar a si mesmos para puderem ficar juntos e o que ele fizera? Já estava se enrolando com uma vagabunda qualquer!


Mas Rose sabia que isso não era verdade, Scorpius estava apenas conversando com a garota, eles nem pareciam tão intímos. Rose apenas estava com ciúmes porque a garota era muito linda e também porque ela não gostava de ver Scorpius com nenhuma garota.


— Rose!! - ouviu chamarem pelo seu nome e virou-se encontrando Lily. - Estás muito bonita - elogiu a prima e depois abraçou-a.


— Tu também, Lily - respondeu a Weasley. Lily usava um vestido verde claro.


— Obrigada, Rose - respondeu a garota que logo reparou em Hugo e foi ter com ele.


— Eu estou a ver que vou ter de segurar vela, né? - perguntou Rose num tom desanimado.


— Claro que não - respondeu Lily olhando para Hugo e deu um beijo na bochecha do namorado - Vamos ter com os meus irmãos? O James está super nervoso, até parece que vai vomitar - a ruiva soltou uma gargalhada.


— Ele está com medo de quê? Que a Megan fuja e o deixe sozinho no altar? - disse Rose na brincadeira enquanto andava entre as pessoas dirigindo-se até Albus e James. Enquanto andava, reparou que estavam ali muitos colegas seus de Hogwarts e que eles olhavam-na e falavam sobre ela. Era normal, depois do que descobriram que ela tinha feito. Mas ainda era complicado para a garota se habituar àquilo.


— Acho que é isso - respondeu Lily e voltou a rir.


Rose esboçou um sorriso fraco e reparou em John e Louis conversando animados num canto mais afastado. Eles tentavam ser discretos, pois os pais de John ainda não sabiam do namoro, mas a ruiva podia ver nas suas expressões, o quanto estavam felizes e apaixonados.


Quando Lily, Rose e Hugo chegaram junto a Albus e James logo começaram a conversar e tentar acalmar o Potter mais velho. Rose olhava em volta de vez em quando procurando por Scorpius. Ele só a olhou uma vez, mas rapidamente desviou o olhar. A ruiva sentiu uma dor no peito. Será que ele nunca a iria perdoar?


(...)


O casamento decorreu normalmente, houve muitos sorrisos, lágrimas e gargalhadas. Rose achava que aquele era provavelmente o casamento mais bonito que já tinha visto. Havia qualquer coisa de especial no ar, como uma esperança de que duas pessoas completamente opostas, de familias e casas rivais, no fim de contas, pudessem realmente ficar juntas.


E ver James e Megan, junto e felizes, apesar das famílias não se darem bem (Draco Malfoy prometera que não viria ao casamento mas acabara por aparecer) era o que dava a Rose esperanças que talvez num futuro longo ou próximo, ela e Scorpius também pudessem ficar juntos.


(...)


Depois disso, nunca mais vi Scorpius. Mas também não o procurei. Eu tinha de fazer o que ele me pediu, encontrar-me e perdoar-me. E aos poucos, acho que consegui.


Mas agora vou voltar para Hogwarts para o meu último ano e tenho medo. Afinal, depois de tudo o que fiz, sei que as pessoas vão me criticar e não vão acreditar que eu mudei. Mas é verdade, eu mudei.


É claro que não sou mais aquela garota inocente e ingénua. Todas as coisas que fiz deixaram uma marca em mim. Sou diferente, mas ainda há muito das duas Roses em mim.


Mas agora não tenho tempo para isso. O que tenho de fazer é respirar fundo e procurar as forças que preciso para encarar todo o mundo e mostrar-lhes que mudei.


Por agora, preciso acabar de arrumar as minhas coisas dentro do meu malão.
Vemo-nos por ai, diário. Voltarei a escrever quando precisar.


(...)


— Nós vamos perder o trem! - afirmou Rose pela terceira vez desde que tinham saído de casa - E a culpa é do Hugo.


— Eu precisava do meu livro de Herbologia - recrutou o irmão chateado.


— Se precisavas tanto dele, não o devias ter esquecido em casa e fazer-nos voltar para ir buscá-lo - resmungou a grifinória.


— Crianças, parem de discutir - disse Hermione olhando para o banco de trás do carro onde estavam Rose e Hugo.


— A culpa é da Rose, deve estar de tpm - resmungou Hugo levando um tapa no ombro por parte da irmã. - Hey, isto é violência doméstica.


— Eu não estou de tpm - disse Rose chateada e cruzou os braços sobre o peito - Tu é que só não esqueces a cabeça porque está pregada ao pescoço - a ruiva afirmou - Pirralho!


— Chata! - respondeu Hugo.


— Chato! - disse a grifinória e depois abraçou o irmão mais novo enquanto bagunçava o cabelo dele.


(...)


Quando chegaram à estação de King's Cross, o trem com destino a Hogwarts já se encontrava lotado de alunos, mas mesmo assim ainda haviam muitos alunos na plataforma à espera para embarcar.


Rose ficou andando entre os alunos, ouvindo pessoas a sussurrar e a olhar para ela. Tentou ignorar e fingir não ouvir o que dizem. Mas era difícil, porque sabia que eles tinham razão em olhá-la daquela maneira.


Quando viu ao longe Lily, correu até à prima e abraçou-a com força.


— Que saudades! - disse animada enquanto continuava abraçada à melhor amiga.


— Vocês estiveram juntas ontem - afirmou Hugo que chegara junto às duas garotas.


— O trem está quase a partir, estava a pensar que vocês não vinham - disse Lily stressada e sorriu ao ver o namorado.


— A culpa é do teu namorado - disse Rose rindo e apontou para Hugo.


— É tudo culpa minha, já sei, já sei - resmungou Hugo mas logo se calou quando Lily o beijou.


— Tive saudades tuas - afirmou a Potter com a testa encostada à dele e voltou a beijá-lo.


Rose sorriu ao ver o irmão e a prima tão apaixonados. Adorava vê-los juntos, embora não gostasse muito de segurar vela.


— Eu vou entrando, até já - disse e foi-se despedir dos seus pais e depois entrou no trem.


Enquanto andava pelo corredor, via as pessoas nos compartimentos a olhando enquanto ela passava. Também ouvia sussurros e comentários maldosos, mas sabia que tinha de ser forte e aguentar aquilo tudo.


Foi no meio disso tudo, que Rose acabou ouvindo uma conversa entre duas garotas da Slytherin.


— Soubeste o que aconteceu à Evanna? - perguntou uma garota morena à sua amiga.


— Não, eu so sei é que ela não vai voltar para Hogwarts este ano - respondeu a amiga. - Sabes o que aconteceu?


— Os pais dela descobriram que ela fez um aborto. - afirmou a morena.


— Sério? Eles devem ter ficado furiosos. É por isso que não a deixaram voltar a Hogwarts? - perguntou a outra garota.


— O pai dela até a queria expulsar de casa, mas a mãe não deixou. Parece que a Evanna foi obrigada a ir estudar para um colégio interno na Suiça para garotas. E pior, é um colégio só de trouxas.


— Que horror! Eu preferia morrer a viver entre trouxas. Imagina estudar com eles...


Mas Rose não ouviu o resto da conversa porque uma garota passou por ela e deu-lhe um empurrão.


— Oh vadiazinha, sai do caminho - disse uma garota da Slytherin que Rose conhecia por ser malvada e tratar todos mal.


— O corredor não é só teu - respondeu Rose e continuou a andar deixando a garota para trás.


Voltou a pensar na conversa que tinha ouvido. Tinha um pouco de pena de Evanna, afinal quando entregara o seu caderno à diretora Mcgonagall, não pretendia que todos descobrissem sobre o aborto que Evanna tinha feito. Mas agora já era tarde demais. Rose só esperava que Evanna conseguisse se tornar uma pessoa melhor estudando e vivendo entre trouxas. Rose tinha mudado, quem sabe se Evanna também não o conseguiria?


Continuou procurando uma cabine vazia onde pudesse estar sozinha até que passou por uma cabine onde viu Louis e John conversando e sorriu.


Um dia já odiara John, mas agora quando pensava nisso, parecia que tinha acontecido à tanto tempo atrás e a uma pessoa diferente.


O garoto tinha mudado tanto e tão rapidamente. Parecia uma pessoa completamente diferente. Ele estava tão feliz com Louis e o moreno até tinha contado aos pais que era gay e que namorava com Louis. Os pais não tinham reagido nada bem, principalmente Blaise que o expulsara de casa afirmando que John não era mais seu filho.


O sonserino ficou vivendo no chalé das conchas por três dias com Louis, Fleur e Bill, mas então a mãe de John conseguiu convencer o pai a deixá-lo voltar para casa e embora Blaise não estivesse contente com a orientação sexual do filho, aos poucos as coisas foram voltando ao normal.


Louis viu Rose a olhá-los e fez sinal para ela entrar e ficar na cabine com eles. A ruiva negou e afastou-se.


Queria ficar sozinha naquele momento, só queria se sentar junto à janela da cabine enquanto lia o exemplar de "Hogwarts, uma historia" que a mãe lhe dera no seu primeiro dia de aulas.


Acabou encontrando uma cabine vazia, entrou e sentou-se junto à janela a ler.


Ainda mal terminara de ler a primeira página quando ouviu uma batida na porta e virou-se. Esperava ver toda a gente, talvez Lily, ou Hugo ou outro primo qualquer. Mas não, quem estava ali, era nada mais nada menos que Scorpius Malfoy.


— Posso entrar? - perguntou o loiro com um sorriso nos lábios enquanto olhava a grifinória.


Rose perdeu-se um pouco olhando para o garoto, ele continuava igual, sempre lindo, com os cabelos loiros um pouco bagunçados, os seus lindos olhos cinzas e um sorriso nos lábios. Mas havia algo de diferente, o sorriso dele estava diferente. Não era presunçoso, parecia... sincero.


— Sim, claro - respondeu a garota com um sorriso fraco e fechou o livro que estava a ler.


Enquanto entrava e se sentava em frente a Rose, o sonserino não pode deixar de notar que ela estava realmente diferente. Já o tinha notado no casamento de Megan e James, mas agora podia vê-lo claramente.


Não era só fisicamente, embora isso também mudasse. Os cabelos ruivos dela estavam soltos, mas não tão bem cuidados como antes, havia pouca ou quase nenhuma maquiagem no rosto dela e as roupas delas eram simples, uma calça jean escura, uma blusa azul clara e um tenis da mesma cor.


Ela estava simples, mas linda. No entanto, não era só a sua aparência que tinha mudado. Havia um brilho diferente nos olhos dela e o seu sorriso era verdadeiro. Aquela era a Rose por quem Scorpius tinha-se apaixonado.


Rose reparou que o loiro a olhava intensamente e acabou corando. Tudo aquilo estava a dar-lhe uma sensação de deja vú e deu por si a relembrar a primeira vez que o vira:

Era o seu primeiro dia de aulas em Hogwarts, Rose estava numa cabine com os seus primos. A garota estava sentada junto à janela tentando ler "Hogwarts, uma historia", o livro que a mãe lhe dera antes de embarcar no trem, mas estava a ser uma tarefa difícil pois James e Albus estavam a fazer uma grande bagunça e falando muito alto sobre Hogwarts e principalmente sobre Quidditch.


Depois de um tempo, Rose ficou irritada por não se conseguir concentrar na leitura e levantou-se.


— Eu vou procurar uma cabine vazia - afirmou, saindo do compartimento e andando pelo corredor.


Quando encontrou um compartimento vazio, a ruiva entrou e sentou-se junto da janela a ler. Tinham-se passado apenas uns 10 minutos quando ouviu alguém bater a porta.


— Oi - disse um garoto de cabelos loiros e olhos cinzas. - Posso entrar? Todos os outros compartimentos estão cheios - afirmou o garoto olhando para a Weasley com um sorriso.


— Sim, claro - respondeu a ruiva depois de um tempo, baixando o rosto e corando um pouco por ter estado a olhar para ele.


Scorpius entrou e sentou-se em frente da ruiva. Ficou a olhá-lo por uns segundos mas depois também desviou o rosto.


— Eu sou o Scorpius - disse depois de alguns segundos e estendeu a mão.


— Sou a Rose, prazer - disse a garota e apertou a mão dele.


— Tens um lindo nome - afirmou Scorpius fazendo a garota corar mais um pouco - Combina contigo.


— Obrigada - sussurrou Rose envergonhada. As suas bochechas estavam tão vermelhas, quase da cor dos seus cabelos.


Rose e Scorpius ficaram conversando durante a viagem toda de trem. E quando chegaram a Hogwarts, o garoto foi a correr ter com a sua irmã mais velha, Megan e contou que tinha conhecido uma garota e achava que gostava dela.


Mas então quando Rose e Scorpius foram escolhidos para casas diferentes, o garoto percebeu que ela era uma Weasley e que não poderia ser amigo dela. Mesmo assim, gostava de ficar a olhá-la no corredor quando ela passava (discretamente para ninguém notar). Embora não tivessem voltado a se falar, Scorpius tinha uma quedinha pela ruiva.


E então eles cresceram. Rose passou a ser mais reservada e estudiosa enquanto Scorpius tornou-se popular e amigo de John e Evanna. Os amigos dele tinham uma maneira de pensar diferente e acabaram por influenciá-lo e em pouco tempo, os sentimentos que tinha pela ruiva, passaram a ser apenas ódio e desprezo.


(...)


— Então, hum, como foram as tuas férias? - perguntou Scorpius fazendo a ruiva "acordar" das suas lembranças do passado.


— Foram boas - respondeu a ruiva um pouco nervosa. - Tive muito tempo para pensar no que me disseste.


— É, eu percebi - disse o garoto olhando-a por uns segundos - Estás diferente.


— Espero que isso seja uma coisa boa - Rose sorriu fraco também o olhando.


— Sim, é - respondeu Scorpius também um pouco nervoso. Aquela situação era até um pouco constrangedora.


— Então, hum, como ficamos? - perguntou a grifinória curiosa. Era fácil falar dos seus sentimentos quando estivera prestes a perdê-lo, mas numa situação daquelas que tinham-se passado vários meses, era complicado saber se ele ainda queria o mesmo que ela. - Eu estou muito arrependida do que fiz, Scorpius, me desculpa. - desculpou-se


— Acho que deviamos ser amigos - afirmou Scorpius depois de um tempo. - Levar as coisas devagar e ver no que vai dar - explicou. Não era aquilo que ele queria, queria beijá-la e dizer que ainda a amava, mas daquela vez, queria que tudo desse certo. E talvez fosse melhor serem amigos. Afinal, eles nunca realmente tinham sido amigos.


— Amigos? - perguntou a Rose com a desilusão estampada no seu rosto - Não sei... mas tentar não custa, né? - estava em dúvida sobre aquilo da amizade, mas não custava nada tentar, talvez Scorpius conseguisse ser um bom amigo - Então, ainda não me falaste sobre as tuas férias.


Enquanto conversavam sobre as suas férias e os seus planos para o último ano em Hogwarts, Rose e Scorpius perceberam que, apesar de tudo o que tinham passado, ainda conseguiam ter uma conversa civilizada. Talvez aquele lance da amizade realmente resultasse.


(...)


As semanas vão se passando e Scorpius e Rose começaram a se aproximar. Primeiro começaram por falar e discutir sobre trabalhos da escola, mas logo Scorpius começou a ficar à espera da ruiva depois das suas aulas e acompanhá-la até ao salão comunal da Gryffindor enquanto falavam sobre diversos assuntos.


(...)


— O feitiço "Meteolojinx Recanto" serve para conjurar uma chuva atmosférica - afirmou a ruiva enquanto procurava o feitiço no seu livro.


— Não, é para interromper a chuva - afirmou o loiro, corrigindo-a.


— É para conjurar! - declarou a Weasley sabendo que estava certa. Odiava ser contrariada.


— Rose, eu estou-te a dizer, é para interromper - disse o sonserino, também ele certo do que estava a dizer.


— Não, eu é que tenho razão e vou-te provar! Deixa-me só encontrar o feitiço - disse Rose enquanto procurava o feitiço nas páginas do seu livro de Feitiços. Não gostava de ser contrariada, principalmente quando tinha a certeza do que estava a dizer. - Afinal... o feitiço serve tanto para conjurar como para interromper - disse a garota depois de encontrar o feitiço.


— Acho que ambos tinhamos razão - o loiro soltou uma risada - É um empate.


A ruiva também riu e afirmou positivamente com a cabeça.


(...)


— Já é tarde, Rose, deviamos ir dormir - disse o loiro bocejando. Já passava da uma da manhã.


— Eu tenho de acabar este trabalho de Transfiguração, mas tu podes ir, se quiseres - disse a garota escrevendo atentamente.


— Rose, esse trabalho é so para entregar daqui a duas semanas. - afirmou Scorpius.


— Eu sei, mas não quero acumular trabalhos. Então é melhor terminá-lo agora - disse a ruiva.


O sonserino acabou por sorrir e concordar com a cabeça. Depois de alguns minutos, Rose finalmente acabou o trabalho, bocejou e espreguiçou-se.


— Tenho muito sono - admitiu e deitou a cabeça em cima da mesa.


— Anda, eu acompanho-te até ao salão comunal da Gryffindor. - o garoto levantou-se e pegou nos livros dela.


Rose levantou-se também com os olhos quase fechados. Estava a morrer de sono e de cansaço.


— Hey, Rose! Não adormeças em pé - o garoto disse na brincadeira e vendo que isso provavelmente iria acontecer, pegou na garota ao colo.


— Eu consigo andar - resmungou a ruiva mas acabou por fechar os olhos segundos depois e deitou a cabeça no peito dele.


— Sim, sim, eu vi - disse Scorpius num tom divertido e saiu da biblioteca com a ruiva ao colo.


(...)


Rose e Scorpius ao longo do tempo, aproximavam-se cada vez mais. Eram praticamente melhores amigos, contavam tudo um ao outro e estavam sempre juntos. Nunca voltaram a falar sobre os seus sentimentos, embora eles estivessem sempre lá escondidos. Mas a verdade é que ambos estavam a adorar aquela amizade e não queriam estragá-la.


(...)


— Uma garota convidou-me para sair - contou o loiro enquanto ele e Rose passeavam pelos jardins de Hogwarts.


— Hum... quem? - perguntou a ruiva com um ar chateado, mas tentando esconder os seus ciumes.


— A Lauren, é uma lufana do 6ºano. - disse o garoto. Era verdade que essa garota realmente o convidara para sair, mas Scorpius não pensara em aceitar. Mas agora queria saber o que Rose achava daquilo, talvez assim percebesse que ela ainda gostava dele.


— Ela é mais nova que tu - disse Rose rapidamente, tentando mostrar que aquilo era um problema.


— E dai? É só um ano de diferença - respondeu o garoto olhando para ela tentando perceber se ela estava com ciúmes.


— Então aceita - declarou a ruiva e saiu irritada. Não queria ver Scorpius com nenhuma garota, isso destruia-a, mas ao mesmo tempo sabia que estava a ser egoísta, porque eles eram apenas amigos e ele tinha o direito de sair com quem quisesse.


— Espera ai! - o loiro correu atrás dela e agarrou-lhe no braço - Estás com ciumes? - perguntou com um sorriso divertido.


— Não! - a grifinória respondeu rápido demais - Quer dizer, tu és meu amigo, só não quero que comeces a namorar e te esqueças de mim - inventou a primeira desculpa que lhe passou pela cabeça.


— Isso não vai acontecer - o sonserino colocou os braços em volta dela e abraçou-a.


Rose sentia-se tão bem nos braços dele que até desejava ficar ali para sempre. Todos os seus sentimentos pelo sonserino, só se intensificavam mais quando estava junto dele. Rose amava-o cada vez mais. Antigamente costumava dizer que o amava e odiava ao mesmo tempo. Não havia mais ódio, nem raiva. Agora, havia apenas amor.


— Nunca ninguém te vai substituir - sussurrou o garoto no ouvido dela - Tu és insubstituível.


Rose levantou o rosto e olhou para ele e Scorpius também estava a olhá-la. E naqueles segundos ambos souberam que sentiam o mesmo e que nada tinha mudado.


(...)


Querido diário,


É véspera de natal!!! Eu adoro o natal, é a época do ano em que as pessoas andam mais felizes, são mais bondosas e claro também por causa dos presentes. Afinal, quem não gosta de receber presentes?


Adoro enfeitar a casa toda e o pinheiro, é muito divertido e eu amo fazê-lo com os meus pais e o Hugo, principalmente porque eu e o Hugo acabamos sempre a "brigar", o que significa que fazemos uma bagunça e atiramos enfeites em cima um do outro.


O que eu também adoro no natal, é a neve. Amo fazer bonecos de neve e guerras de bolas de neve com os meus primos. (Infelizmente Albus e James sempre ganham, sabe-se lá porquê).


Mas o melhor de tudo, é passar a ceia de Natal n'A Toca com toda a família Weasley. E este Natal vai ser ainda mais especial porque o Scorpius vai passá-lo comigo.


Estou tão feliz e nervosa ao mesmo tempo e não faço ideia do que vestir. Não quero usar apenas uma camiseta, jeans e tênis, mas também não quero "exagerar".


Depois de bagunçar o meu closet, acabei por escolher um vestido azul claro que ficava um pouco acima do joelho, um sapato preto de salto não muito alto (eu passei a odiar saltos altos depois de usá-los por tanto tempo) e vesti um casaco azul escuro por cima porque estava um pouco de frio.


Agora tenho de ir, porque os meus pais e o Hugo já devem estar à minha esperança. Beijos. Voltarei a escrever em breve, eu espero.

(...)


Logo que a ruiva acabou de escrever, guardou o diário no fundo do seu armário e desceu as escadas encontrando o seu irmão e os seus pais já prontos à sua espera.


— Finalmente! - resmungou Hugo - Porque mulheres sempre demoram uma eternidade a se vestir?


— Só demorei meia hora - recrutou a ruiva se dirigindo até à lareira.


— Querido, nós precisamos de mais tempo para nos arranjarmos - disse Hermione e olhou para o filho. - Hugo, você ja não usou essa camiseta três vezes essa semana? - perguntou Hermione desconfiada.


— Quatro, na verdade - corrigiu Rose.


— Qual é o problema? Eu adoro essa camiseta - respondeu o Weasley mais novo. - Nem está fedendo - disse o garoto cheirando a camiseta.


— Sinceramente, eu não sei como a Lily se apaixonou por você - a ruiva soltou uma gargalhada e pegou um pouco de pó de flu e jogou na lareira.


Fechou os olhos e segundos depois estava na lareira d'A Toca. Limpou as cinzas do seu vestido e percorreu a sala com o olhar vendo uma cabeleira ruiva e outra loira conversando bem alto.


— Domi!! Vic!!! - gritou o nome das primas e correu até elas.


— Rose!! - as garotas gritaram histericamente, ao mesmo tempo, e se abraçaram as três.


— Que saudades, mon petit Rose - disse Victoire no seu sotaque francês.


— Eu não sou assim tão pequena - resmungou a ruiva. A verdade é que Rose não era muito baixa, mas Dominique e Victoire tinham ambas quase 1.80, o que fazia com que Rose e especialmente Lily parecessem muito baixas.


— Não, claro que não - disse Dominique ironicamente e tanto ela como Victoire riram.


Um pouco depois, Lily juntou-se a elas e depois Roxanne e as garotas começaram a conversar sobre variados assuntos.


(...)


Umas horas depois, A Toca estava lotada de Weasleys. Mas para Rose, aquilo é que era o Natal. A familia toda reunida, conversando e entregando presentes, cantando canções de Natal e como já era habitual, James, Albus e Fred II sempre faziam alguma brincadeira.


A avó Molly, como já era habitual, já tinha oferecido um suéter a cada neto com as suas iniciais. Rose acabara por vestir o seu por cima do vestido. Ficava um pouco estranho, mas ela não se importava. Aquele suéter trazia-lhe boas recordações.


A ruiva estava-se a divertir muito, mas sempre sentia que faltava algo. Afinal, Scorpius ainda não tinha chegado.


Uns minutos depois ouviram-se leves batidas na porta. Rose conteve a sua felicidade e deixou ser o seu avô Arthur a abrir a porta.


— Megan, querida, entre - disse Arthur cumprimentando a Malfoy com um abraço apertado.


Megan não estava habituada a toda aquela simpatia e acabou por ficar um pouco atrapalhada, mas sorriu.


James, logo que viu a sua esposa, foi até ela e beijou-a. Megan e James estavam casados e muito felizes e até já viviam juntos. Mas a garota decidira passar um pouco da véspera de Natal em casa dos Malfoys e depois tanto ela como Scorpius passariam o resto da noite n'A Toca.


Scorpius entrou um pouco depois da irmã e cumprimentou o avô Weasley com um aperto de mão. Rose ficou esperando ele vir até ela, mas, em vez disso, o loiro dirigiu-se até a sua avó Molly.


— Isto é um presente da minha mãe - disse o loiro mostrando um embrulho - É uma torta de maçã, foi a minha mãe que fez.


— Oh, muito obrigada, meu querido. - agradeceu a senhora Weasley pegando na torta e levando para a mesa das sobremesas.


Rose continuava a olhar para o Malfoy com um sorriso fraco. Depois disso, Scorpius foi cumprimentar os pais de Rose, Ron ainda lhe lançou um ar um pouco bravo, mas Hermione ficou encantada com o sonserino.


Só depois disso, o loiro dirigiu-se até à ruiva.


— Feliz Natal - disse Scorpius e deu um beijo na bochecha dela, fazendo a ruiva corar.


— Feliz Natal, Scorpius. - disse Rose olhando-o, mas voltou a corar e baixou o rosto.


— Eu tenho um presente para ti - o garoto agarrou na mão dela e Rose levantou o rosto ficando a olhá-lo surpresa.


— Tens? - os olhos da ruiva brilhavam de felicidade. - Eu também tenho uma coisa para ti.


— Vem comigo lá fora - disse o garoto e colocou o braço em volta da cintura dela e puxou-a lá para fora.


Quando chegaram à rua, notaram que estava a nevar. Haviam pequenos flocos de neve a cair sobre a grama verde. Estava bastante frio, mas Rose adorava aquela visão.


Os dois começaram a andar em silêncio, o garoto continuava com o braço em volta da cintura dela, o que deixava Rose com calafrios (e não eram por causa do frio). Quando encontraram um banquinho, sentaram-se.


— Então, que presente é esse? É que está um pouco de frio aqui fora e ainda vamos congelar - disse a garota e soltou uma pequena gargalhada.


— Calma, deixa-me só aproveitar este momento - disse o sonserino olhando para a ruiva, mas Rose estava entretida a olhar para os flocos de neve cairem.


Os dois acabaram rindo quando um floco de neve caiu no rosto da garota e ela fez uma careta.


— O que? Não rias! Estava gelado. - disse Rose e deu um tapa no ombro dele.


— Hey, se me vais bater, já não te dou presente nenhum - afirmou num tom divertido.


— Desculpa - Rose fez beicinho - Eu quero ver o presente, mostra logo.


— Ok, ok - o loiro tirou uma pequena caixinha de veludo do bolso e abriu-a mostrando uma pulseira linda. - Gostas? - perguntou receoso.


— É linda - a garota olhava para a pulseira de boca aberta, era prateada e tinha umas pedras preciosas azuis escuras. - Mas parece muito cara... Não devias ter gasto tanto dinheiro.


— Oh, não te preocupes com isso - disse Scorpius e pegou na pulseira e colocou no pulso da garota - Agora tens isto para te lembrares de mim.


— Eu nunca me esqueceria de ti - afirmou Rose olhando-o e depois corou e voltou a olhar para a pulseira e lembrou-se de algo.


Aquela pulseira... era muito parecida ao colar que tinha recebido no ano passado, do seu admirador secreto. MS, era assim que vinha assinado o bilhete. Malfoy Scorpius, ou melhor, Scorpius Malfoy.


— Eras tu o meu admirador secreto? - perguntou a ruiva sem conseguir acreditar no que acabara de descobrir.


— Sim, era eu. Sempre fui eu - disse ele e aproximou-se mais dela. - Naquela altura, eu queria-te oferecer algo, mas sabia que não ias aceitar porque estavas demasiado machucada comigo. E bom, as rosas... não sei bem porque as enviei, acho que porque tinha ciumes de te ver com o Montgomery - admitiu o garoto.


— Bom, tu e a Evanna é que literalmente empurram o garoto para cima de mim para depois me humilharem - disse Rose, mas o seu tom não era zangado, aquilo era passado e ja não a machucava tanto falar disso.


— Desculpa, eu sei que fui um grande imbecil no passado, eu não suportava ver-te com ele, mas ao mesmo tempo, queria-me convencer que te odiava por seres uma sabe-tudo irritante e fiz muitas coisas que me arrependo. - admitiu o garoto sentindo os seus olhos a ficarem úmidos, nao se importava de chorar a frente de Rose, isso não o fazia menos homem, só mostrava que era humano e cometia erros - Me desculpa, eu sei que somos amigos agora, mas eu preciso de saber que já esqueceste completamente o passado e que me perdoas.


— Scorpius... - a garota interrompeu-o sentindo também lágrimas nos olhos - Eu nunca poderia esquecer o passado, porque isso significava esquecer tudo o que passamos juntos. Tu me machucaste muito, é verdade, mas eu também te machuquei quando me tornei uma garota vingantiva e idiota. Mas apesar de todos os nossos erros, eu nunca puderei esquecer todos os nossos beijos, todas as vezes que fizemos amor e ... - Rose já chorava com as lembranças e o loiro sorriu e limpou-lhe as lágrimas.


— Eu tinha um discurso pronto e decorado e agora estás tu a falar e quem devia estar a discursar era eu - afirmou Scorpius fazendo a ruiva rir.


— Tu não precisas de nenhum discurso - disse sincera - Só preciso de saber que ainda me amas.


— Se ainda te amo? - perguntou o garoto incrédulo - É possível deixar de te amar? Eu acho que gosto de ti desde que te vi no trem, no nosso primeiro ano, mas quando descobri que eras uma Weasley tentei esconder esses sentimentos. Mas então quando nos beijamos pela primeira vez, esses sentimentos voltaram, mais fortes que nunca. E todos aquelas discussões, todos os beijos, todas as vezes que fizemos amor e até todas as vezes que nos machucamos, ainda me fizeram te amar mais. - o loiro passou a mão pelo rosto dela e Rose fechou os olhos aproveitando aquela sensação - Rose, eu amo-te. Eu sei que achas que somos muito diferentes e em alguns aspetos somos, mas noutros, somos iguais. Nós machucamos as pessoas, cometemos erros, somos imperfeitos. Mas o que importa é que percebemos que estávamos errados.


Rose poderia continuar a ouvir Scorpius falar o resto do dia, mas já não aguentava mais. Acabou por se aproximar dele, colocou as mãos no seu rosto e beijou-o.


À meses que ambos sonhavam com aquilo, à meses que desejam voltar a sentir os seus lábios juntos num beijo intenso e apaixonado que demonstrava todo o amor e saudade que sentiam.


Rose e Scorpius, por mais imperfeitos que fossem, por mais erros que cometessem, aquele amor tinha-os mudado. E não só o amor, também a amizade que depois tinha surgido.


Quando terminaram o beijo, ficaram com as testas encostadas e com os olhos fechados por alguns segundos. Ambos queriam aproveitar aquela sensação, com medo que pudesse acabar.


— Eu também te amo, Scorpius. Amo-te tanto. - afirmou Rose com um sorriso e abriu os olhos vendo que ele também sorria.


— Otimo, porque agora não te vou largar nunca mais - disse o loiro e abraçou-a com força fazendo a ruiva começar a rir e tentar soltar-se.


Enquanto Rose tentava se soltar e Scorpius a agarrava com mais força, acabaram caindo na grama que agora estava toda branca, por causa da neve.


— O meu vestido está coberto de neve - resmungou a garota e começou a dar leves tapas no rosto do garoto. - Eu vou-me vingar, sabias?


— Ai é? - perguntou Scorpius e passou a mão pelo rosto dela, fazendo um carinho - Vais-me tentar matar novamente e fazer eu cair da vassoura? - não havia mágoa nas palavras dele, era apenas um brincadeira.


— Não - respondeu Rose com um sorriso divertido - Estava a pensar em algo diferente - disse e começou a fazer cócegas no garoto enquanto ele ria e fazia cócegas nela também.


As suas gargalhadas eram altas e contagiantes. Os dois estavam apaixonados e felizes e a partir daquele momento iam lutar pelo seu amor e nunca desistir.


(...)


Querido diário,


São duas da manhã e estou cheia de sono, mas não consegui dormir sem escrever sobre o que aconteceu. Eu e o Scorpius estamos juntos! Eu estou tãoooo feliz! Este foi o melhor presente de natal que podia ter recebido. (Embora a pulseira que ele me deu tenha sido um presente igualmente bom. Já agora, eu ofereci-lhe uma mini vassoura para ele colocar no seu quarto e se lembrar de mim).


Não sei como as coisas vão ser a partir daqui, o futuro é incerto. Mas o que sei é que estamos juntos e sinto que desta vez vai resultar.


Talvez fiquemos juntos só um ano, ou talvez até que a morte nos separe. Quem sabe?


Mas agora estou demasiado feliz para pensar no que pode correr mal. Só prometo que vou lutar por este amor, não irei desistir.


Este diário ajudou-me nos momentos que mais precisei de desabafar, mas agora acho que já não preciso dele. Finalmente sei quem sou, sei o que quero, tenho os meus amigos, a minha família e tenho o Scorpius.


Talvez volte a escrever, talvez não. O que interessa é que cresci, mudei e aprendi com tudo o que me aconteceu. Pela primeira vez na vida estou total e completamente feliz.


E por agora, tudo está bem.


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Notas finais do capítulo

Eu quando escrevi o final, atirei-me para sempre da cama, abracei a minha gata e entrei em depressão. Sério, este final mexeu muito comigo. Fiquei muito triste por ter acabado, mas estou satisfeita comigo mesma por ter terminado esta fic :)
Obrigada por me terem aturado durante estes dois anos, mesmo eu demorando seculos a postar. Voces sao leitores incriveis e eu amo ler os vossos comentarios.
Ja tenho uma nova fic de Scorose, espero que possam ler:
https://fanfiction.com.br/historia/674565/Ele_e_Ela/

Beijos



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