Taking The Wheel escrita por Julia Serra


Capítulo 2
The Night


Notas iniciais do capítulo

Bem, só postarei o capitulo dois se receber pelo menos um comentario. Boa leitura gente :D
—Jas



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P.O.V. Jennifer:

É minha culpa! Tudo isso que está acontecendo é minha culpa. Meu pai ter morrido é minha culpa. Eu e meu irmão estarmos sozinhos no mundo é minha culpa. O acidente foi minha culpa. Tudo é minha culpa.

Meu irmão soube se controlar, ele soube dizer não. Ele sempre adorou pilotar tanto quanto eu, mas ele sabia que era perigoso e por isso disse não. Já eu não pude resistir né? Tive que pedir para o papai me ensinar àquela maldita manobra. O pior é que meu irmão me avisou, ele avisou que o papai já era muito velho para aquilo, ele avisou para eu parar. Ele estava certo, como sempre. Mas o papai insistiu tanto, ele parecia tão feliz de poder me ensinar os seus dons no volante que eu não pude resistir...

Agente morava em uma casa no alto de uma colina. Na verdade era um condomínio de casas, mas como todas ficavam muito afastadas uma da outra tinha pouco movimento de carros e poucas curvas, o lugar perfeito para apostar uma corrida. O carro do papai derrapou em uma dessas poucas curvas.

Quando eu ouvi o barulho da explosão e toda aquela fumaça subindo para o céu entrei em desespero. Tentei correr colina a baixo mais um policial me pegou no colo e mandou eu me acalmar, me explicando o que havia acontecido com o meu pai e os bombeiros disseram que ele morreu asfixiado. Isso foi muito estranho, pois eu não me lembro de ter chamado nenhum policial ou bombeiro.

Eu não tive coragem de voltar para casa. Meu irmão, Richard, tinha ido passar o fim de semana na casa de uns amigos em Santa Monica. Eu peguei as chaves do meu conversível (http://2.bp.blogspot.com/_lcSuAYr9RWo/STMFI_0l7-I/AAAAAAAACg0/YWbkfmsEddQ/s400/carros+rapidos+03+ccx.jpg) e o liguei o mais rápido que pude, enfiando um óculos de sol na cara para tentar disfarçar as milhares lagrimas que saltavam da minha pupila.

Tudo o que eu queria era sair dali. Sair daquele bairro e se conseguisse sair daquela cidade também. Amanhã eu pensava no que faria em relação ao corpo e ao meu irmão... Mas agora não!

Segui por uma estrada que estava sem movimento nenhum. Eu não sabia para onde estava indo e a porcaria do meu GPS perdeu o sinal então eu estava perdida. A estrada era reta, com algumas ruas conectadas á ela. No fim dessa estrada eu pude ver algumas luzes piscando. Aquela luz no fim da estrada era tudo que iluminava o lugar, então decidi ir até ela.

O lugar estava muito silencioso até que eu ouvi um barulho de motor de carro turbinado se aproximado ao longe. Olhei pelo retrovisor e vi que tinha um carro vindo com toda a velocidade em minha direção. Pera ai, um não, dois! Dois carros seguiam em uma velocidade parecida em minha direção e o barulho do pneu raspando no péssimo asfalto da cidade ficava cada vez mais alto.

Admito que me assustei, mas pensei que eles iriam passar direto então nem dei muita bola.

De fato eles passaram correndo do meu lado e depois fizeram uma manobra brusca virando o carro totalmente em minha direção. Eu percebi que eles estavam tomando velocidade e indo a minha direção, então eu reagi.

Dei ré no meu carro o mais rápido que pude e girei o volante até o final pisando firme no acelerador. Eu estava desesperada pois os carros daqueles caras, carro turbinados que com certeza eles usavam para correr, estavam me alcançando. Também o meu é só um conversível prata obviamente não é pariu para aqueles dois monstros com rodas!

Antes que eu percebesse um deles atingiu a lateral traseira do meu carro fazendo com que ele desse um giro de 360°. Eu entrei em pânico e comecei a gritar para eles:

- O que vocês querem?

Peguei a chave e liguei o carro com o meu coração batendo tão forte que até doía o meu peito. Eu sentia que ia desmaiar mais precisava ser forte. Não poderia morrer! Não poderia deixar o Rick sozinho. Eu precisava lutar, por ele e pelo meu pai.

Pisei com toda a minha força no acelerador, visando chegar á aquele ponto de luz no final da estrada. Vi o velocímetro mudar de 80 km/h para 140 km/h em apenas 15 segundos.

Eu já suspirava de alivio acreditando que chegaria á tempo naquele ponto de luz que ficava cada vez mais perto, mesmo ainda estando bem distante. Quando de repente, um carro surgiu do nada na minha frente, mas eu reconheci que era um dos dois carros desses caras que estavam me perseguindo.

Eu fui obrigada a mudar totalmente o meu rumo, virando o meu carro que agora ia á toda velocidade em direção ao acostamento. Nem o acostamento foi capaz de segurar o meu carro.

Ele capotou uma vez e parou de ponta cabeça em um pasto que ficava do lado da estrada. Todas as janelas tinham sido estouradas e tinha vidro para todos os lados. Meu corpo inteiro doía e a minha testa ardia, mas ainda assim eu encontrei forças para me arrastar para fora do carro.

Enfiei as minhas mãos na grama molhada e respirei fundo. Eu ainda tinha outro problema. Os dois caras estavam vindo em minha direção, armados, e só então eu reparei na fisionomia deles.

Um deles era negro com o cabelo recém-cortado e aparentemente nenhum musculo. Já o outro moreno, tanto de pele quanto de cabelo, e tinha bíceps definidos.

 Tomei folego e fiquei de pé, já me preparando para correr quando algo chamou minha atenção.

Dois carros estavam correndo em direção á onde o acidente acontecerá e os dois bandidos pararam para olhar quem estava se aproximando. Eu aproveitei esse momento de distração deles e corri o mais rápido que pude, pois certamente os donos daqueles outros dois carros só poderiam ser comparsas desses bandidos.

Antes que eu pudesse ir muito longe fui tacada bruscamente no chão. O homem moreno estava em pé na minha frente apontando um revolver para a minha cabeça. Ele sorriu revelando dentes incrivelmente sujos e um dente dourado. Aquilo fez o meu estomago embrulhar e eu jurava que iria vomitar nos pés daquele nojento.

Nós estávamos longe da estrada então eu não conseguia saber o que estava acontecendo lá, mas eu estranhei a barulheira vinda daquela direção.

O nojento com dente dourado abriu a boca para dizer alguma coisa mas alguém bateu alguma coisa na cabeça do nojento, que caiu estendido em cima de mim.

Minha primeira reação foi me contorcer de nojo, enquanto eu empurrava aquele corpo gordo e pesado para longe de mim. Só então percebi que o cara que havia salvado a minha vida ainda estava parado com os braços cruzado na minha frente. Ele era grande, extremamente forte e careca. Do tipo que da medo.

Ele descruzou os braços para me oferecer uma mão para me ajudar a me levantar, mas eu ainda não confiava naquele cara então me levantei sozinha.

- Ingrata!

Eu o ouvi sussurrar para si mesmo conforme eu passava do seu lado indo em direção ao meu carro destruído.

Meu salto ficou atolado na lama daquele morro fazendo com que eu me desequilibrasse e quase caísse... Se não fossem por braços fortes que me seguraram antes que eu alcançasse o solo.

Me soltei dos seus braços mas ainda estava perto o bastante dele e por isso eu sussurrei.

- Obrigada. – Imaginei que ele deveria estar pensando que eu estava o agradecendo por ele ter me segurado, então conclui. – Por ter salvado a minha vida.

Dito isso eu tirei o meu sapato e fui andando descalça até a rua.

Só então eu percebi que um homem lindo estava encostado no capo do seu carro azul. Ele era loiro com o cabelo mais curto dos lados e mais cumprido em cima, tinha olhos azuis tão perfeitos quanto o oceano, músculos bem definidos e não tão exagerados quanto os do rapaz careca.

- Brian! – Eu ouvi uma voz de atrás de mim gritando, a mesma voz que me chamou de ingrata. – A Cinderela aí vai precisar de uma carona.

Só então eu me toquei que estava só com um sapato. Me abaixei para tirar o outro quando me senti totalmente tonta e cabalei para trás.

Mas uma vez, braços fortes me seguraram, mas dessa vez o rapaz que me segurava tinha um olhar de preocupada no rosto.

- Você está bem? – Brian perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Eu estou bem. – Isso saiu um pouco mais rude do que eu esperava, então eu me corrigi. – Estou um pouco tonta, só isso.

Brian ainda segurava os meus braços até que uma das suas mãos o soltou e os seus dedos limparam um pouco de sangue que estava escorrendo da minha testa.

- Hm, Dom. – Brian gritou me soltando e andando em direção ao amigo que estava arrumando alguma coisa no seu carro. – Ela precisa de um médico.

Minha cabeça estava latejando de tanta dor e então eu me lembrei de tudo que havia acontecido nesta noite. Meu pai havia morrido e meu irmão não sabia, eu quase fui assassinada e sofri um acidente de carro onde incrivelmente fui salva por dois desconhecidos sendo que um deles era lindo.

Eu comecei a enxergar os rapazes multiplicados por quatro e tudo a minha volta ficou embasado e girando, depois eu desmaiei. 


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