O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 4
Once upon a time we fell apart


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, fiquei realmente sem tempo...
Esse capítulo irá servir para entender melhor a passagem de Harry pelo Japão, então espero que gostem (:



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Após se reencontrarem no casamento, Harry e Ginny começaram a se conhecer melhor.  Nas últimas semanas eles só conversavam por mensagens e via Skype, pois Harry teve que voltar ao Japão. Seu antigo chefe se aposentou e a pessoa que ficou no seu lugar precisava de treinamento. E Harry era a pessoa certa, afinal passou anos trabalhando lá e sabia das dificuldades que poderiam surgir.

-Obrigado pelos conselhos, senhor Potter. O rapaz agradeceu. –Desculpe faze-lo vir de Londres até aqui.

-Não foi nada. Eu não era muito mais velho que você quando vim para cá. Harry sorriu ao lembrar-se do começo difícil que teve. –Amanhã eu volto para lhe dizer um pouco mais sobre os novos investidores.

Harry ainda tinha o apartamento em Tóquio e achou melhor ficar dormindo no apartamento do que em um hotel, esse lugar um dia já chamou de sua casa. O apartamento estava do mesmo jeito que recordava ter deixado suas roupas impecavelmente guardas no seu guarda-roupa juntamente com as de Cho. “Será que ela continuava vindo ali?” Harry pensou ao ver que grande parte das coisas dela ainda estavam do mesmo jeito que ficavam quando moravam juntos. Estava cansado demais para pensar nisso, apenas tomou um banho e foi se deitar. Não no quarto que costumava dormir, nos últimos dias todas as vezes que fechava os olhos vinha à imagem de Cho e o outro homem na cama. Arrumou com travesseiros e cobertores uma cama no sofá e deitou assistindo televisão, esperando o sono chegar.

No meio da noite Harry começou a sonhar com Ginny. Sonhava que estavam naquele mesmo quartinho do casamento de Hermione onde ficaram pela última vez. O sonho parecia tão real, podia sentir Ginny o beijando.

-Não! Harry acordou e realmente estava beijando alguém, esse alguém só não era Ginny como sonhava e sim Cho.

-Puxa! Você nunca me beijou deste jeito. Cho disse recuperando o folego.

-O que faz aqui? Ele perguntou mudando de assunto e ficando o mais longe possível dela.

-Nós moramos aqui. Ela respondeu naturalmente. –Senti a sua falta. Que bom que voltou.

-Eu apenas voltei por alguns dias, mas já vou embora.

-Onde você estava? Eu o procurei por todos os lugares. No seu trabalho apenas me diziam que você não trabalhava mais lá e não saibam para onde você tinha ido.

-Eu voltei para casa. Harry achou melhor dizer, pois de qualquer modo ela iria descobrir.

-Suspeitava que você houvesse retornado para Londres. Poderia ter avisado...

-Avisado? Harry deixou escapar uma gargalhada. –Claro, após eu ver você e outro homem na nossa cama, você queria que eu avisasse para onde estava indo?

-Harry, não seja hipócrita. Cho pediu tentando se justificar. –Eu sei que errei, mas desde aquele acontecimento você ficou distante e parecia não se importar mais com o nosso relacionamento!

-O que aconteceu anos atrás não tem nada haver. Ele não gostava quando Cho tocava nesse assunto. –Eu apenas cansei de tudo isso, da vida que tinha aqui...

-E de mim. Ela disse o que ele não teve coragem para dizer. –Aquele acontecimento nos fez querer coisas diferentes, nós só não tivemos a coragem de falar.

-Tem razão. Harry passou as mãos pelos cabelos nervosamente, chegou o momento de finalmente encerrar este assunto. –Só não esqueça que seria meu filho também!

-Harry, você realmente queria aquele bebê? Cho finalmente fez a pergunta que guardara nos últimos anos. –Seja sincero, pelo menos uma vez.

-Eu sempre fui sincero com você. No começo eu fiquei assustado, confesso. Mas o tempo foi passando e fui me acostumando com a ideia... Ele parou de falar ao lembrar-se do acidente. –E quando aconteceu o acidente e nos o perdemos, eu preferi pensar que não era a hora certa para começarmos uma família...

-Se não foi daquela vez, não terá outra. Ela o interrompeu magoada. –Não é mesmo? Porque aquilo nos afetou de jeitos diferentes. Você preferiu se fechar e focar no trabalho como se nada tivesse acontecido. Eu quis que nós ficássemos mais unidos e em algum tempo tentar novamente ter uma família.

-Eu não estava pronto para ter uma família e nem sei se algum dia estarei pronto. Tínhamos apenas vinte e quatro anos, namorávamos há apenas alguns meses. Eu ainda me adaptava a nova cidade e queria seguir o plano inicial da minha vinda para Tóquio que era apenas trabalhar.

-Nós não deveríamos ter uma família. Cho não escondia mais o choro, falar sobre a perda do bebê ainda era muito difícil para ela. –Talvez o destino tenha coisas melhores para nós.

Eles ficaram em silencio por um tempo, muitas coisas foram ditas e reveladas, precisavam absorver e assimilar tudo o que confessaram um ao outro.

-Talvez seja melhor assim. Harry começou a falar. –Nós tivemos bons momentos juntos, mas talvez devemos seguir nossas vidas...

-Cada um para um lado. Cho completou. –Eu espero que você volte a ser aquele homem que conheci, alegre, engraçado e até romântico.

-Obrigado. Ele agradeceu sem jeito. –Desejo tudo de bom para você também. E que encontre alguém que possa te amar do jeito que você merece.

Cho foi embora e Harry ficou aliviado por tê-la encontrado e conversado, finalmente sentiu que colocou um ponto final no relacionamento e na sua passagem pelo Japão, poderia dizer que realmente iria começar uma nova vida em Londres.

Os dias passaram e Harry já estava há uma semana no Japão. Tentou ensinar o melhor possível ao jovem, assim não teria que voltar tão cedo. O jovem lembrava muito ele quando chegou a Tóquio, tinha vários sonhos e esperanças e também aprendia rapidamente tudo que lhe era ensinado. Harry sentiu-se orgulhoso por poder passar seus conhecimentos e experiências há alguém. Harry e Cho não voltaram a se falar ou se encontrar. Antes de voltar, ele pegou mais algumas coisas e pertences que ainda estavam no apartamento e os levaria para casa.

No último dia de Harry na cidade, o jovem em forma de agradecimento o convidou para almoçar.

-Devo dizer que o senhor tem uma carreira invejável. O rapaz comentou. –Todos na empresa querem chegar aonde o senhor chegou, o mais novo diretor financeiro que a empresa já teve.

-É, mas não foi fácil... Acabei sacrificando muitas coisas para chegar onde estou e não tenho convicção se fiz certo ou não.

-Nós nunca sabemos e isso é bom, assim podemos deixar com que coisas brilhantes acontecem na nossa vida! O jovem disse de forma motivadora.

-Você está certo, mas deixe-me lhe dar um conselho. Ele pediu ao jovem. –Nunca coloque a sua felicidade a cima de tudo.

-Certo. Ele respondeu sem entender. –O senhor fez isso?

-De certo modo sim. Tenho trinta anos um relacionamento de cinco anos que acabou e eu nem lembro porque deixei começar, só voltei para Londres porque fui promovido e não porque queria ficar perto da minha família e voltei a morar com a minha mãe no mesmo quarto que dormia quando tinha doze anos.

-E se o senhor passou por tudo isso para saber no futuro aproveitar melhor a vida? Eu prefiro acreditar que nada é por acaso e que tudo tem um motivo. A vida é boa conosco quando somos otimistas... Deveria tentar fazer isso mais vezes. Comece a tentar e verá o que irá acontecer!

-Certo. Harry sorriu e desejou ter um pouco desse otimismo que o rapaz demonstrava.

O jovem acompanhou Harry até a estação de metro para que ele seguisse para o aeroporto. Enquanto esperava o voo, percebeu que não havia comprado nenhuma lembrança para sua mãe e aos amigos. Sentiu-se tolo ao pensar nisso, mas achou que eles iriam gostar e se queria ser um novo Harry deveria começar demonstrando que realmente se importa com as pessoas que o amam e que se lembrou delas durante a viagem. Passou em uma loja no aeroporto e comprou para sua mãe, Olivia e Hermione, o famoso gato da sorte japonês. Seu voo havia sido anunciado e saia da loja quando uma linda boneca japonesa com um kimono lilás chamou a sua atenção e instantaneamente pensou em Ginny, era a mesma cor do vestido que ela usara no casamento, voltou rapidamente e no impulso comprou a boneca.

Após mais de vinte horas entre voos e conexões em aeroportos, finalmente estava de volta a Londres. Assim que desceu do avião e pegou sua bagagem e mandou uma mensagem a Ginny, queria revê-la.

-Acabei de pisar em Londres, podemos nos ver?

Alguns segundos depois Ginny respondeu.

-Olá sumido! Acho que não, estou aqui na casa da Hermione. Ron viajou e eu vim ajuda-la com a mudança.

-Vou passar no mercado e comprar cervejas... Será que te convenci?

-Minha melhor amiga ou beber com você?

-Acho que te convenci... Em quarenta minutos na sua casa, pode ser?

Ginny demorou alguns minutos para responder e Harry achou que ela havia desistido.

-Humm... Pode ser, mas não irei beber. Tenho que decorar um salão amanhã para um casamento e não posso estar de ressaca!

-Não quero atrapalhar, podemos deixar para outro dia. Harry respondeu rapidamente, seus programas com Ginny se resumiam a ficar na casa dela bebendo e falando besteiras.

-Estou indo para casa! Leve as cervejas! Ginny respondeu.

Hermione ficou apenas observando a troca de mensagens e esperou para dizer a sua opinião sobre isso.

-Você vai contar a ele essa noite?

-Não sei... Ginny estava indecisa. –Eu não esperava que ele voltasse hoje, achei que teria um tempo para me preparar e encontrar um modo de dizer.

-Não tem um modo de dizer, você apenas deve dizer e logo! Hermione aconselhou. –Qualquer coisa que precisar me ligue.

-Certo. Ginny pegou suas coisas e se despediu da amiga. –Obrigada pela ajuda e me deseje sorte!

-Vai dar tudo certo! Tenho certeza que vocês irão se acertar a essa novidade. Hermione viu a amiga ir embora apressadamente e desejou sorte a ela e a Harry.

Ginny se preparava para revelar o que descobrira há poucas horas e que com certeza mudaria a vida de ambos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários! Fico feliz em saber que estão gostando! Agora que a história irá começar (: Até o próximo!



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