Love and Darkness escrita por Bonequinha Diva


Capítulo 1
Capítulo 1 - O início:


Notas iniciais do capítulo

oi, 1 capítulo.Espero que gostem!



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Love and Darkness
Capítulo 1 – O início:
Em um dia ensolarado, Emily, uma jovem de 16 anos, resolveu que iria ao seu local favorito: o bosque.
Apesar de toda a vila, seus pais e seu único amigo acharem o bosque mal-assombrado, Emily discordava veemente.
Para ela era um local pouco iluminado ao qual podia-se refletir sem perturbações sobre a vida. Aos 6 anos, Emily fora ao bosque sozinha e de lá retornara com outra fama: a garota esquisita. Embora ela não soubesse o motivo das pessoas se afastarem dela ao vê-la caminhando na rua e o porque de outras crianças saírem correndo quando pedia inocentemente se podia brincar também, semanalmente Emily continuava com suas idas ao bosque.
A garota arranjara um amigo no local que havia imposto uma condição desde que se conheceram: ela jamais poderia vê-lo. Todas as terças-feiras a tarde Emily ia ao bosque conversar com seu amigo. Mas, excepcionalmente hoje, ela se decidiu por quebrar a única regra imposta por ele. Ela caminhou mata a dentro, passou pela frágil ponte de madeira que havia sobre o riacho, e esticou um pano para sentar-se, já que havia neve e sujeira próximo ao grande e velho carvalho. Esperou ser chamada por sua inebriante e aveludada voz.
_És a garota curiosa? – O jovem havia nomeado Emily assim pois dissera em certa ocasião que seu senso de curiosidade muitas vezes era impertinente.
Emily sorriu habituada ao ouvir seu apelido.
_Sim, és o menino misterioso?
_Sim, tem novidades sobre a vila, jovem dama?
_Não. Só trago comigo mais uma pergunta para envolver sua mente.
_Faça-a.
_Por que toda a vila me acha esquisita? Não me lembro de ter feito nada de errado a ninguém, nem de demonstrar maus hábitos em público. – O jovem gargalhou. Emily se sentiu ridícula.
_Desculpe, não vejo motivo para caçoar de mim. Fui tola?
_Não, me perdoe se feri seus sentimentos, nobre moça. São só suas peripécias que atiçam meu infame humor.
_Peripécias?
_Sim, está mais do que explícito que toda a vila considera você diferente pois vem aqui. Sem medo, trazendo consigo sua ingenuidade e beleza. – Emily ruborizou. Ele a achava bonita? Ela observou o Sol que brilhava por entre os galhos do velho carvalho. Resolveu pedir antes que o pouco de bravura que restava em si se esvaísse.
_Deixe-me vê-lo pelo menos uma vez.
_Temo não ser possível, Emily, pois a única condição que impus a você foi a de nunca ver minha face.
_Não é justo! Sabe que não vou feri-lo.
_Já chegou a hora. Tem que sair daqui imediatamente. Até a próxima semana – Disse ele rudemente.
_Eu nunca lhe pedi isso, e nunca sequer descumpri uma promessa minha. Ninguém sabe da nossa amizade. Por favor, deixe-me vê-lo, é o único que me trata com franqueza.
_Emily, saia! – Ele ordenou alterado.
_Não! – Negou ela com lágrimas. O Sol já havia sumido. E agora, tudo que restava era um céu cinzento e o vento que carregava as folhas caídas das árvores.
_Tenho medo de fazer mal a você. Eu não...eu não me perdoaria se algo acontecesse. Eu lhe suplico, saia imediatamente do bosque. Corra e não olhe para trás!
_Eu lhe imploro para que me deixe ficar.
_Não sabe as conseqüências de suas palavras.
_Sei. Me deixe vê-lo. Me deixe tocá-lo.
Um céu negro e uma densa neblina reinavam sobre a floresta. Do outro lado do carvalho apareceu um corpo escondido numa manta preta. Mãos bronzeadas e com cicatrizes soltaram o capuz. Emily emitiu um som entalado na garganta.
_Galen? – Era indiscutivelmente seu amigo, mas por que ao invés de encontrar olhos verdes, encontrou vermelhos?
_Minha sede por sangue é insaciável. Graças a uma bruxa, sou assim, humano de dia e monstro a noite. E a pior parte é saber que jamais estarei livre dessa maldição.
_Os...corpos dos...dos trabalhadores, foi você?
_Não tenho controle sobre a minha sede de sangue, Emily. Sou o monstro mais vil da Terra.
_Eu não...eu não te acho um monstro, Galen. Precisava...precisava apenas se alimentar. Me diga como se quebra o feitiço.
_Uma gota de sangue daquela que o ama e então terás o que mais clama.
_Não é impossível, Galen. Eu te amo, é apenas o tempo de eu achar algo para me cortar e...
A voz de Emily sumiu. Mesmo que alguém o amasse, o jovem não conseguiria se saciar com apenas uma gota de sangue.
_Vá embora. Amanhã sairei da cidade e jamais há de me ver de novo.
_Você consegue, Galen. Sei que consegue porque também me ama. Dá pra ver nos seus olhos.
_Tudo bem. Mas não pode ser hoje, ou morrerei, tem de ser na primeira Lua cheia do mês.
_Teremos que esperar 15 dias. – Falou ela triste. – Apenas me prometa de que não vai embora da cidade. Amanhã virei aqui para te ver de novo.
_Eu prometo.
A menina saiu correndo da floresta. Mal conseguiu dormir de tanta ansiedade, logo que a manhã chegou ela se arrumou e foi ao encontro de Galen.
_Galen? Galen? – Chamou a garota indo até o carvalho. Ela foi do outro lado. Não havia nada. Retornou onde sempre ficava e avistou no chão uma rosa vermelha e um envelope amarelado. Estava escrito ‘’Para Emily’’ com uma caligrafia impecável. A garota estava com lágrimas nos olhos. Abriu a carta com a mão trêmula.
‘’Querida Emily, não pense que não sofri mentindo a você. Mas precisava saber que você ficaria em segurança. Me perdoe por ferir seus sentimentos, mas teve que ser assim.
Eu te amo tanto Emily. Quando estiver lendo isso, espero estar longe. Eu só quero o seu bem. Quero que encontre uma pessoa maravilhosa para amar e que seja feliz com ela. Espero que tenha lindos filhos e que jamais deixe a maldade do mundo entrar em seu coração. Com amor, Galen ou o monstro do bosque das trevas.’’
A garota se levantou e sorriu ainda com resquícios de lágrimas nas bochechas.
_Eu nunca vou esquecer você, Galen. Nunca.



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Notas finais do capítulo

R-E-V-I-E-W-S????



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