Zombie Attack escrita por Like a Boss


Capítulo 9
I - Vai uma aulinha?


Notas iniciais do capítulo

Lara realmente me surpreende cada vez mais.



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— Quem se importa com um garoto, eu que não vou procura-lo, temos que pensar em nós mesmos e que agora temos armas podemos enfrentar vários desses monstros. (Lara)

— Tudo bem, eu só pensei que precisava te contar. (Eu)

Lara colocou as armas pra dentro do carro no banco de trás, então ouvimos algo. Um som bem baixo, mas que conseguimos reconhecer como um miado felino.

— Olha quem voltou, aquele gato que havia fugido retornou. (Eu)

— E trouxe companhia! (Lara)

Começaram a vir mortos de tudo quanto é lado, juntando e se aglomerando no portão.

— Estávamos quase saindo, mas agora vamos ter que pensar melhor. (Eu)

— Entra no carro e vamos embora logo atropelando todos eles. (Eu)

— Mas e ele? - Apontando para o gato. - Vamos deixa-lo pra morrer? (Lara)

— É que eu nunca me dei muito bem com gatos. (Eu)

— Vamos só tira-lo daqui e deixar ele em algum lugar mais seguro, para ter alguma chance de sobreviver. (Lara)

— Eu não sei. (Eu)

— Por favor... Vai... Deixa? (Lara)

— Ok, pega ele e entra no carro. (Eu)

— Obrigada! Eu sempre quis ter um gatinho de estimação. (Lara)

— Nós só vamos tirá-lo daqui, não vamos ficar com ele pra sempre, então não se anime tanto. (Eu)

Agora só precisaríamos descobrir como sair dali e se havia alguma gasolina no carro. Acho que agora temos um novo membro no time e que só perderíamos tempo cuidando dele além de cuidar de nós mesmos, mas de uma coisa valeria apena, aquele lindo sorriso de Lara onde apareciam covinhas em suas lindas bochechas e um brilho em seus olhos que eram como uma estrela brilhante no céu no fundo daqueles lindos olhos castanhos, com seus cabelos negros ao vento novamente...

— Metade do tanque está cheio. (Lara)

— Hm? (Eu)

— Já podemos ir, todos estamos prontos e tem gasolina no carro. (Lara)

— Ah tá, me desculpe, eu estava perdido em meus pensamentos. (Eu)

Preciso parar de pensar nela tanto assim, pois se acabar falando algo e descobrirem ela pode virar a minha fraqueza em algum momento mais pra frente.

— Mas como passaremos por eles -apontando para os sete mortos que estavam rangendo os dentes e esticando as mãos para tentar nos alcançar- sem sermos percebidos por outros. (Eu)

— Atropelando da maneira que você havia dito, ou acho que se tivéssemos armas seria bem mais fácil de passar por eles, opa, nós temos armas! (Lara)

— Muito engraçadinha, se tentarmos matar todos pode ser que avisemos todo o bairro que tem carne fresca aqui então atropelar seria a melhor opção. (Eu)

— Vamos mata-los sem fazer quase nenhum som. (Lara)

— No que você está pensando? (Eu)

— Você vai ver, acho que deve funcionar. (Lara)

Lara entrou correndo na casa me deixando junto com o gato a sua espera. Ele parecia idêntico a um gato famoso de algum filme que eu não me lembrava do nome, pelo laranja e gorducho, mas na vida real ele conseguiu correr de vários “deles” e retornar a essa casa sem ser preguiçoso como no filme, qual era mesmo o nome?

Não demorou muito e ela apareceu na porta com alguns travesseiros, chegou do lado do carro e me deu alguns.

— Acho que agora eu entendi. Você vai usa-los como um silenciador, para não fazer barulho. (Eu)

— Exatamente, você entendeu. (Lara)

Como ela era inteligente, assim poderíamos facilmente derruba-los sem chamar muito a atenção de outros. O problema era que a quantidade deles estava aumentando e se continuasse assim eles poderiam acabar derrubando esse portão então teríamos de sair com o carro atropelando eles e chamando atenção dos demais podendo acabar presos no meio de uma multidão gigante dessas coisas. Aproximei-me enquanto observava os gestos de Lara, ela encostou uma almofada entre duas barras de ferro que formavam a grade do portão, posicionou uma pistola atrás e se certificou que atingiria pelo menos um deles. Não me parecia um bom plano depois que ela começou, pois enquanto ela fazia aquilo outros deles batiam na almofada e tentavam arranha-la, mas nenhum deles chegou a encosta-la e como não havia alternativa acabei por tentar fazer a mesma coisa, só precisava aprender a atirar, lá embaixo agi por impulso e eu poderia continuar assim ou saber o que eu estava fazendo. Continuei observando-a, notando como cada tiro que ela dava atingia uma ou duas vezes na cabeça, pensando comigo o quanto eu era sortudo em tê-la encontrado no começo, ela é linda, sabe atirar, sabe como arrombar portas, é linda, não é minha inimiga, é linda, inteligente, espera um pouco eu já disse que ela é linda?

— Vai deixar o trabalho todo para uma dama fazer? (Lara)

— Eu.. É... Não sei atirar... (Eu)

— Não sabe atirar e fez aquele estrago lá embaixo, imagina se soubesse. (Lara)

— É bem simples, você certifica se tem balas na arma puxa o gatilho e atira atingindo a cabeça desses desgraçados, fim. (Lara)

Então abriu um largo sorriso e depois de alguns segundos daquela maneira ficou com uma expressão séria e começou:

— Existem dois tipos de armas de fogo individual, o revolver e a pistola, o revolver não possui trava, pra dispara-lo basta somente empunhá-lo e pressionar para trás aos poucos o gatilho que se encontra abaixo dele, pois se puxa-lo de uma vez pode acabar errando o tiro. No caso das pistolas como as nossas, precisa desarmar primeiro o cão, que fica na parte traseira da arma, e logo depois pressionar para trás aos poucos o gatilho também para não acabar errando. (Lara)

— A bala não iria se desviar se o travesseiro estivesse na frente? (Eu)

— Na verdade não, pois um travesseiro é feito noventa e cinco por cento de penas e/ou algodão, ou outro material fofo. A maioria desses materiais criam diversos bolsões de ar que não deixam o travesseiro ser totalmente preenchido, ocorre que os gases que são despejados pelo disparo provavelmente ficariam abafados com o material do travesseiro, mas não teria cem por cento de eficiência. (Lara)

— Bem, continuando... Rifle é a designação usada para armas de fogo portátil, de cano longo que seria maior que quarenta e oito centímetros. Podem ser de repetição, semiautomáticos ou totalmente automáticos.  Os rifles tem uma coronha, quer seja fixa ou dobrável, para que seja apoiada contra o ombro quando disparado. (Lara)

— Os fuzis podem ser classificados quanto à sua ação: Single Shot (a arma precisa ser alimentada diretamente na câmara após cada disparo), De Repetição (a arma é recarregada por ação do atirador num mecanismo da arma, independente do curso do gatilho), Semiautomática (é recarregada automaticamente aproveitando a expansão dos gases após o disparo), Rajada (dispara de três a cinco tiros, dependendo do modelo, a cada ação do gatilho), Automática (é recarregada automaticamente aproveitando a expansão dos gases e realiza disparos consecutivos com uma única ação do gatilho). (Lara)

— E eles podem ser classificados de acordo com sua aplicação tática: Fuzil de precisão, dotado de mira telescópica, é geralmente mais longo. Tem aplicação bélica, policial ou para caça. É usado principalmente para tiros de longas distâncias em alvos certos; Fuzil de assalto, é o principal tipo de arma longa utilizada em combates militares ou policiais. É dotado geralmente de um registro que altera sua ação para automática ou para semiautomática. Alguns modelos mais modernos têm a opção de dois ou três tiros em sequência. Em geral os fuzis para o uso policial têm menor comprimento e a coronha pode ser rebatível ou retrátil. Como a AK-47,FAL, ParaFAL, M4A1 e M16 são alguns exemplos. (Lara)

— E finalmente as espingardas entre elas a Semiautomática distinguem-se por, ao se acionar o gatilho uma só vez, dispara também uma só vez, colocando na câmara uma nova munição que só será disparada se o gatilho for premido outra vez. Portanto são armas que só disparam um tiro de cada vez, recarregando-se automaticamente a cada disparo, mas que não têm a capacidade para disparar rajadas. A segunda é a espingarda automática, ou espingarda de assalto caracteriza-se por ter um mecanismo "seletor de fogo" que lhe permite disparar, não só em modo automático, mas também em modo semiautomático. O primeiro modo seria só utilizado em situações de emergência, num combate a curta distância, já que tem a desvantagem de desperdiçar um maior número de munições e de reduzir a precisão do tiro. (Lara)

— Eu só queria aprender se havia algum truque para atirar direito e matar alguns deles sem gastar muita munição, não precisava ter me dado uma aula inteira. (Eu)

— Ainda tem armas como a metralhadora... (Lara)

— Não será necessário no momento, pois não temos nenhuma, mas quando tiver eu sentarei e irei escutar cada palavra que você disser. (Eu)

— Tudo bem, então agora que você entendeu vamos ver se na prática você consegue. (Lara)

— Claro, mas agora não temos como fazer isso. (Eu)

— Por quê? (Lara)

— O portão está começando a ceder e o barulho deles está chamando mais, não conseguiremos acabar com todos nem se gastássemos todas as munições. (Eu)

— O que faremos então? (Lara)

— Lembra-se do primeiro plano? (Eu)

— Atropela-los? (Lara)

— Exatamente, vamos para o carro e sair de vez desse lugar. (Eu)

— Tudo bem, então você dirige e eu fico na janela atirando. (Lara)

Entramos no carro, ela colocou o gato gorducho dela no banco de trás e pegou um rifle, pisei fundo no acelerador e saímos destruindo o portão e atropelando todos eles, muitos vieram pelos lados e enquanto Lara atirava neles eu manobrava o carro para sair daquele local o mais rápido possível, após deixar meia dúzia deles para trás e mais alguns no chão estávamos novamente na estrada à procura de um local realmente seguro para nos proteger e para sobreviver.

Eu estava cada vez mais admirado com Lara, ela sabia fazer de tudo e ainda me deu uma aula sobre armas agora a pouco, será que ela era alguma terrorista experiente procurada?


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