Zombie Attack escrita por Like a Boss


Capítulo 30
II - Pesquisas


Notas iniciais do capítulo

Eu não tinha a intenção... Só queria salvar a todos...



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— Hoje é dia trinta e um de Janeiro, são dezessete horas e cinquenta e cinco minutos. O avanço nas pesquisas anda bem, estamos com o projeto “12.54.09” sob supervisão avançada, os testes iniciais demonstraram que as células não se comportam como queremos e elas não tem habilidade alguma de seguir ordens. (Cientista)

— Precisamos continuar com as pesquisas, tudo esta correndo bem, mas o governo precisa de respostas. Eles disseram que os investimentos vão ser encerrados caso não possamos demonstrar que isso pode funcionar. (Cientista)

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— Hoje é dia oito de Fevereiro, são aproximadamente três horas da manhã. Não durmo a dois dias direto, mas acredito que descobrimos uma forma de avanço. (Cientista)

— O foco agora está totalmente em manter a inteligência artificial ativa, para que ela possa se replicar e assim permanecer com sua capacidade total em ambas as partes. Precisamos saber se nada será perdido e que realmente possamos fazer o que Albert nos ordenou. (Cientista)

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— Hoje é dia primeiro de Junho, são exatamente quatorze horas e dez minutos. Os resultados foram satisfatórios, Albert disse que confia totalmente que nosso trabalho pode ser realizado. Ele realmente parece acreditar no trabalho de minha vida, por esse tipo de gente existir é que eu acredito na humanidade ainda, nós podemos conseguir. (Cientista)

— A inteligência artificial está respondendo muito bem, porem algumas informações são perdidas no processo. Acredito que possamos diminuir a quantidade de dados que pedimos para ela armazenar, com isso pode ser que funcione da forma que planejamos, cruze os dedos. (Cientista)

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— Hoje é... Não importa... Albert está com umas ideias e parece que está convencendo todos os outros. Ele acredita que nós podemos aumentar a taxa de sucesso, para que não funcione apenas da forma que queremos, mas ele também quer algo mais, pra ele nada é suficiente. (Cientista)

— Ouvi umas conversas estranhas, parece que ele quer mudar algumas partes na programação da inteligência artificial. Eu não entendo bem, mas parece que ele quer dar as ordens e não quer deixar ninguém mais no comando delas. (Cientista)

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— Hoje... Ele continua fazendo as coisas do jeito que ele quer, parece que a noticia veio à publico, pode ter sido ele ou outra pessoa, mas as informações de que temos células que combatem todas as doenças agora é conhecida. As células respondem a ele e somente a ele, mais ninguém, isso pode ser um erro, mas parece que ele está confiante sobre alguma coisa. (Cientista)

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— As empresas começaram a investir em nosso projeto, eu não entendo o que anda acontecendo ultimamente, estou começando a ser deixado de fora de todos os compromissos importantes e tudo sobre a pesquisa, nós estávamos conseguindo, as células estavam começando a funcionar e já estávamos testando com certo sucesso em animais de pequeno porte, a maioria estava começando a ficar imune a doenças, não importando o quanto estávamos “tentando” infecta-los. Não acho ético esse tipo de coisa, mesmo eles sendo animais não deveriam ser testados dessa forma. (Cientista)

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— Tive uma conversa séria com Albert, ele anda me evitando e ignorando meus conselhos. Além é claro de vir a publico comentar sobre nossos avanços. O governo não está satisfeito com isso, afinal estamos começando a fugir do acordo inicial. (Cientista)

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— Albert estava agressivo, disse querer resultados, mas eu não entendo o que mais ele quer, as células estão funcionando, a inteligência artificial realmente consegue combater os vírus e as doenças, mas ele quer iniciar os testes em humanos, a todo custo, ele não é a mesma pessoa a qual eu conheci, admirei e entreguei a pesquisa de minha vida. (Cientista)

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— O governo autorizou, mas o que diabos anda acontecendo... Eles realmente autorizaram testes em humanos... Isso nem é o pior de tudo, os humanos são prisioneiros que estavam no corredor da morte. Uma pequena parcela do que ele espera conseguir com essa “cura” é oferecido a família desses prisioneiros, com a esperança também de serem libertos caso as pesquisas e testes sejam conclusivos e tenham sucesso. (Cientista)

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— Albert veio a publico novamente, ele parece estar adorando isso, toda a gloria e atenção que ele anda ganhando ultimamente, tudo graças a mim... Eu não entendo, os testes iniciaram e ele veio comentar na televisão, o que ele planeja com isso eu não sei, mas agora o publico sabe sobre os testes em humanos, principalmente sobre os prisioneiros, não sei como vão reagir. (Cientista)

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— As células primarias são um sucesso, os testes andam bem, nossas “cobaias” estão mais saudáveis do que nunca, Albert parece um pouco menos severo, acredito que ele estava tão apreensivo com isso quanto nós, mas não queria demonstrar. Diversas cobaias encontram-se recuperando de doenças que tiveram, enquanto outras estão a ser “testadas” e expostas a novas doenças em um ambiente controlado. (Cientista)

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— Infelizmente nem todo experimento tem garantia total de sucesso, tivemos nossas primeiras baixas ontem à noite, os corpos não estavam preparados para as células e acabaram as rejeitando completamente. Todos da equipe estão muito abalados com isso, mas Albert não nos deixa pra baixo, tenta nos encorajar e continua a realizar os testes. (Cientista)

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— Tudo anda correndo bem, o número de baixas vem diminuindo, acredito que possamos torna-lo ínfimo a ponto de não haver mais nenhum morto. (Cientista)

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— Acabei por descobrir sem querer ao escutar uma de suas conversas. Albert falava no telefone com alguém do governo, ele estava elevando sua voz e a conversa estava tomando um rumo estranho, ele chegou a comentar verificando ao seu redor para certificar que não havia ninguém o escutando, mas eu tive a sorte de me esconder. Ele comentou que andava modificando levemente as células, ele iria descartar as cobaias iniciais, não haveria nenhuma célula primaria, ele garantiria que não haveria mais erros. (Cientista)

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— Albert começou a se comportar de maneira suspeita e estranha, ele anda pedindo para que nós o deixemos a sós com as cobaias. Agora algo me ocorre, as cobaias mortas em algum momento sempre tiveram um momento a sós com ele antes de virem a falecer. Não... Acho que é só coincidência, ele não faria nada do tipo. (Cientista)

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— Revisei relatórios e dados dos pacientes, sim eu não posso mais chama-los de cobaias, ou estaria me comparando a ele. Supostamente as vitimas mortas foram levadas e passaram por um experimento diferente, mas não há relatos de pra onde e nem como, e as câmeras vieram a apresentar falhas regularmente então não temos como garantir. (Cientista)

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— Albert anda mais estressado que nunca, ele agora trabalha sem parar, mas estou começando a realmente desconfiar dele, tanto que não o deixo mais a sós com os pacientes, temo pela segurança deles e por possíveis atitudes de Albert. (Cientista)

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— Vinte e dois de Dezembro, são cinco e meia da manhã e Albert está nos laboratórios ainda. Parece que vamos iniciar a venda de carregamentos com as células, e ele permanece apreensivo, nós não tivemos mais baixas e o governo quer o mais rápido possível essas células nas ruas. As empresas farmacêuticas e demais laboratórios não estão nada felizes com isso, afinal segundo eles vai custar o emprego de milhões. Acredito que seja o preço mais baixo possível para que a humanidade não precise passar por mais dor e sofrimento. (Cientista)

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— Eu... Eu não acredito no que ouvi... Não sei nem como comentar, Albert anda saindo muito e falando no telefone escondido. Uma dessas ele chegou a comentar que as células primarias foram modificadas conforme o combinado, mas que elas não se comportavam como ele queria. Que ele precisava de mais tempo. (Cientista)

— Ele não vendeu as primarias... Todas as células fornecidas foram modificadas por ele, em uma pesquisa a parte que ele anda desenvolvendo, pedi a um amigo meu conhecedor da área de informática para que me ajudasse a coletar algumas evidencias, e descobri que ele está testando as mesmas na população. (Cientista)

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— Realmente aconteceram coisas que não eram previstas, diversas pessoas transplantadas acabaram por contrair raiva, perder sua memória e ficarem agressivas a pontos de machucar outros. Albert foi à televisão e mentiu mais uma vez, garantiu que não tinha nada a ver com isso, mas eu já sabia que não era verdade. (Cientista)

— Vou tentar o contato de alguém no governo que saiba algo sobre isso, eu preciso informa-los para que parem de vender essas células modificadas, afinal não era o que deveriam ser, nossas pesquisas eram exatas, elas funcionavam, mas essa nova versão... Ele as modificou de alguma forma e eu não sei se foi uma boa ideia. (Cientista)

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— Falei com algumas pessoas, mas elas não acreditaram, disseram que Albert garantia que tudo aquilo não passava de um mal entendido e que não poderia piorar. (Cientista)

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— As pessoas estão começando a ficar cada vez mais esquisitas, as noticias na televisão vão sendo perturbadoras, pessoas estão até mesmo cometendo canibalismo com seus familiares, mas o que está acontecendo? (Cientista)

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— O governo decidiu que deveríamos ser fechados por tempo indeterminado, diversos documentos e anotações feitas por nós foram levados, foi até mesmo anunciado na televisão sobre isso... Os tempos estão loucos, eu não sei aonde isso tudo pode parar. (Cientista)

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— Era de manhã quando recebi a ligação, não tive muito tempo para entender, mas agentes do governo chegaram até a minha residência e pediram que eu os acompanhasse. Eu sabia do que se tratava, as células haviam fugido do controle, estava um caos nos hospitais, e a policia estava começando a entrar em quarentena, fechando pontes, aeroportos, e todas as demais formas de transporte eram barrados entre cidades. (Cientista)

— Fui devidamente informado... Albert trabalhava em uma pesquisa secreta para o governo. E como eu era o cérebro inicial de toda a operação e as ideias originalmente foram minhas, eu devia ajuda-los. (Cientista)

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— Eu ainda não acredito... Albert estava testando algo mais... Ele almejava uma coisa maior... As células primarias funcionaram e ele sabia disso, todos sabíamos, precisava de algumas modificações, mas ainda assim estavam funcionando. Ele... Ele pesquisava a imortalidade... Sei como isso soa ridículo... Até eu ainda não acredito... Mas era uma pesquisa ultra secreta do governo, afinal com o sucesso das células elas poderiam curar e proteger de todos os efeitos negativos internos. (Cientista)

— Eles... Desenvolveram uma teoria a partir de minha pesquisa... Até onde elas poderiam ir... As células seriam comandadas por nós e com isso poderiam substituir todas as demais em nosso corpo. E como elas poderiam se replicar infinitamente, não teríamos problemas com o envelhecimento... Não teríamos problemas com nada mais... Só que nada estava indo de acordo com o planejado e em uma tentativa inconsequente Albert injetou nele mesmo as células quais ele andava modificando com o tempo. (Cientista)

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— Hoje é apenas mais um dia comum... As pessoas assustadas com o que anda espalhando pela cidade. Todas as notícias informam para que não saiam de casa e de forma alguma entre em contato com aqueles que tiveram as células implantadas... Eu não sei se deveria dizer, mas eu avisei... Tive que passar no laboratório, mesmo que digam que estamos fechados é claro que o governo deixou claro que apenas era uma desculpa ao público. Eles querem uma cura, eles desejam que eu arrume-os, que eu faça Albert voltar ao normal. (Cientista)

— Afinal... Ele era impulsivo antes, mas agora eu não o reconheço, tiveram que disponibilizar três guardas armados e o prenderam com algemas e correntes no laboratório. Ele está muito agressivo, quando eu tento realizar perguntas ele não só ignora, mas também grunhe, ele se remexe nas algemas e faz força para vir de encontro a mim, mesmo que seja inútil. (Cientista)

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— A imortalidade... Deuses... O que você estava pensando Albert? Você é só um humano um pouco mais do que comum, tentando dar uma de Deus... Eu farei de tudo para que você seja trazido de volta, mas não sei se posso conseguir... (Cientista)

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— Essa manhã tudo explodiu em nossa cara... Não era o que esperávamos, mas eu sabia que uma hora ou outra aconteceria, as contensões não adiantaram, as pessoas começaram a morrer aos montes e de alguma forma os mortos estavam voltando a vida... Você conseguiu Albert... Mas acredito que não era essa forma que você gostaria de voltar... Os soldados estavam desesperados, mas receberam ordens especificas de nos tirar da cidade, havia algo planejado... Parece-me que eles sabiam que não conseguiríamos, e mesmo assim ainda continuam exigindo que consertemos a porra toda... Desculpe meu linguajar... (Cientista)

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— O navio é agradável, e me parece que eles têm mais alguns deles a disposição, cada navio com uma tarefa especifica... Claro que o governo quer tudo controlado, e claro que eles querem manter o controle sobre tudo, então não me admira tudo isso. (Cientista)

— Mais tarde vou conhecer o general, ele parece comandar o navio todo, junto de sua “co-capitã”, a tenente Vitória... E claro o planejador militar mais famoso... Augu... Stos? Acho que era isso... Eles disseram para que eu confie neles, já que eles podem cuidar de tudo, eu só preciso focar em minha pesquisa, em concluir... Mas eu não sei se tenho chance de salva-los... (Cientista)

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— Albert foi dado como morto algumas horas atrás... Mas como aquelas coisas em terra firme... Parece que ele voltou à vida... Seu corpo começou a se putrefazer... Acho que o cheiro é o pior... Vou ter que pedir para que o retirem daqui... (Cientista)

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— O navio parece estar funcionando perfeitamente, algumas pessoas foram designadas como “grupos de caça”, enquanto outras tiveram tarefas mais especificas... Vou ter que começar a receber as pessoas que chegarem, elas vêm de tudo quanto é lugar e cidade... E eu preciso ter certeza de que elas não estão infectadas. (Cientista)

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— Hoje o general começou a transmitir uma mensagem, em alto e bom som, quase não escuto meus próprios pensamentos, mas me parece ser uma medida para chamar atenção de barcos, helicópteros e demais veículos que passem por perto. (Cientista)

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— A pesquisa não anda bem, eu não entendo o que Albert tentou fazer, minhas células funcionavam perfeitamente, mas ele as modificou de forma que nem eu mesmo entendesse... (Cientista)

— Além disso, é claro que mais uma leva de sobreviventes está chegando... Cada vez de mais longe, e eu sempre preciso verifica-las. Não sei se terei esperanças em uma possível cura... (Cientista)

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— O governo começou a agir, estão disponibilizando helicópteros para lidar com isso de outra forma, o surto anda crescendo e eles disseram que eu preciso me apressar. Mas já estão com helicópteros preparados para bombardear cidades e pontos de hordas desses canibais que caminham... (Cientista)

— Além é claro de estarmos nos afastando... Não sei bem o porquê e nem o pra que, mas o navio anda em movimento a alguns dias, disseram que vão tentar ficar em movimento até um continente próximo, para ficar perto de áreas com mais pessoas a serem resgatadas... (Cientista)

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— Acho que entendo o que estão fazendo... Mas não posso deixar isso aqui gravado... Então é algo que vai ficar apenas pra mim... Além é claro de eles estarem trazendo pacientes implantados que são cuidados em um andar especifico sem acesso direto, eu não sei se devo continuar com isso... Afinal não tivemos nenhuma mínima chance de sucesso... Acredito que vou ter que dizer a eles a verdade... Sem as células primarias eu não tenho como fazer isso, e Albert de alguma forma realmente se livrou de todas as “cobaias”... Digo de todos os pacientes que obtiveram sucesso... (Cientista)

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— Bem... É isso... Vou informar a eles que não temos chance de sucesso e que devemos deixar pra lá... Afinal não há forma alguma de que isso possa dar certo... Quando o navio parar eu vou receber os sobreviventes de hoje e depois irei informar ao general... (Cientista)

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— Temos sobreviventes, avisem aos cientistas para fazerem imediatamente o exame. (Clark)

— Mas, as células não se transmitem pelo ar? Todos nós já devemos estar infectados. Pra que o exame? (Sobrevivente)

— Me desculpe é ordem do general, examinar todos que entram para não haver problema. (Clark)

— E não sabemos do que você esta falando, as células se modificaram mais uma vez, elas matam no mesmo instante em que entram em contato e só podem ser transmitidas pelo sangue ou saliva desses demônios. (Cientista)


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