Em Los Angeles...

Emfim, o último dia do ano. Como passou tão rápido!? Bom, eu não tinha noção do tempo quando eu fi cava com Riley. Era como se entrássemos no cassino Lótus e ficássemos por lá... quer dizer, eu.

Desta vez, a casa - pela graça de Deus.-  não está cheia. A maioria do pessoal, ficou lá em Cornualha mesmo. Decidimos ficar aqui em L.A mesmo. Mamãe e Bea estavam preparando o jantar, enquanto meu pai assistia TV junto a Riley. Eu fiquei sentada na mesa na poltrona enquanto os "meninos" gritavam para a tela. Liguei meu notebook, e apoiei-o em minhas pernas, para mexê-lo. Não sabia o que fazer exatamente com ele, já que eu usava ele para fazer mais trabalhos. Eu não sou muito chegada a redes sociais. A única que eu utilizo frequentemente, é o Twitter. Eu não fico batendo papo com as garotas pelo tal do facebook. Eu tenho carro, sei onde elas moram e me recepcionam muito bem! Pra que eu deveria usar aquele tal, então? Acho desnecessário. Por fim, desliguei-o sem saber o que fazer. Um toque de celular começa a soar. Era o de Riley. 

-Jack? - ele desgrudou o telefone do ouvido, olhou a tela do aparelho e voltou com ele ao mesmo lugar. - Está falando de onde? Esse não é seu número!

Ele ficou em silêncio, e foi arregalando os olhos aos poucos. Eu estava ficando preocupada.

-Tá! - continuou. - tudo bem, eu já estou indo. - desligou o celular e andava de um lado para o outro, afobado, sem saber o que fazer.

-O que houve, Ri? - perguntei. Ele continuava a fazer os mesmos movimentos. 

-RILEY! - gritei. Ele deu um pulo com a expressão assustada.

-Jackson foi preso. - ele falou parando e fitando-me.

-Agora? - papai falou.

-Sim... acho que sim. Ele me ligou da delegacia. Falou que minha mãe está em casa desesperada e meu pai furioso. Os dois estão sem condições de ir libera-lo e só resta eu.

-Estão vamos! - falei pegando as chaves.

-Aonde pensa que vai, mocinha? - papai se levantou.

-Ir na delegacia com Riley!

-Ah, não vai mesmo! - caminhou até mim.

-Claro que vou! Olhe o estado do garoto! - papai olhou para Riley que não parava de andar de um lado para o outro. - Acha que vou deixar ele ir até a delegacia desse jeito? Vão pensar que ele é louco.

Papai ficou pensando por alguns segundos e depois se rendeu.

-Tudo bem, mas vá logo! Leve eles direto para casa ouviu? Quando chegar na casa dos Lawrence, me ligue! 

-Tudo bem pai! Até mais! 

Segurei na mão de Riley, coloquei-o no banco de passageiro e tentei conversar com ele, mas Riley estava muito confuso.

-Querido, fale! - sacudi levemente seu braço. - Qual delegacia ele está?

Ele demorou alguns minutos e depois revelou o lugar. Não sei porque ele estava assim! Era só chegar na delegacia e retirá-lo de lá... Certo? Chegamos e levei Riley para dentro dali segurando-o pela mão. Parecia uma criança. O estado dele, parecia de um débil mental. Eu tinha que acabar com aquilo.

-Ei, psiu! - bati palamas em frente ao seu rosto e  ele direcionou seu olhar para mim. - Relaxe! Não vai acontecer nada! 

Beijei-o rapidamente, e deu para perceber que ele estava muito tenso.

-E-eu vou ficar bem! - ele falou. Me senti mais relaxada, ao ouvir sua voz. Ele chacolhou a cabeça e parecia ter voltado ao estado normal dele. - Eu estou bem.

Nos dirigimos até o balcão e um policial nos recepcionou.

-Boa tarde, em que posso ajudá-los.

-Boa tarde. - Riley falou antes de mim. - Viemos... Queríamos - consertou. - saber o porque que o Sr. Jackson Smith Lawrence foi detido.

-Bem, o Sr. Lawrence foi pegou portando drogas. Ele alega não ser usuário, mas ainda não fizemos nenhum exame para sabermos se é verdade ou não. 

Jack? Jack usando drogas? Mas... ÃH?

-Ah, não! De novo não! - Riley falou com fúria na voz. 

-Como assim, "de novo não"? - perguntou o policial, o qual tinha como identificação o nome "Hernandez". - Ele já foi pego usando drogas ou algo do tipo?

-Sim senhor... Ele foi pego portando drogas, mas não passou de um mal entendido. Um colega de trabalho dele pediu para que ele segurasse um saquinho para ele e saiu correndo. O coitado ficou igual um tonto na porta do trabalho e a polícia encaminhou-o para a delegacia.

-Ah, sim...

***

Bom, no final das contas, Jack foi liberado. Paguei a fiança dele. Tudo não passou de um mal entendido novamente. Alguém colocara maconha na mochila dele e deu no que deu. Levei os dois para casa e tranquilizei os pais dos garotos, também aflitos. Ao cair da noite, comemoramos a virada do ano. Eu, Ri, mamãe e papai, Bernadette, Peter e Jackson. Todos nós juntos.

Fiquei relembrando todos os meus momentos juntos com Riley naquele ano. Quando nos conhecemos na aula de Artes, de quando ele veio fazer o trabalho aqui em casa, do quadro que ele tinha feito, do nosso primeiro "encontro", da nossa primeira vez, de como ficamos preocupados ao lembrar de que não nos protegemos, o ataque de ciúmes de Riley, quando descobrimos que estava grávida... de quando nos amamos várias e várias vezes, de quando brigamos e voltamos a nos falar, das provocações de todos os tipos e maneiras possíveis. E nunca nos esqueceremos das pessoas mais importantes que estão na nossa vida e os que estão por vir. O futuro tão bem planejado... bem, não ão perfeitamente planejado mas... Afinal, todas as melhores coisas que eu já fiz, já vivi, já presenciei foi com ele. Foi com Riley. Como meu amor. Com o meu homem.

-You're my real love. - cochichei para o meu eterno e perfeito Riley Anthony Lawrence.

**** FIM ****