Capítulo 38


Momentos Antes

 O badalar dos sinos presos às torres de vigilância, avisavam a aproximação inimiga.
Mikoto estava parada na sacada principal do palácio, observava tudo com muita aflição, das torres caíram os guardas atingidos por flechas, em seguida o forte estrondo dos portões do império sendo quebrados.
Voltou para dentro do palácio, encontrando Hanna desesperada.

_Teremos que fugir, em alguns minutos chegarão até aqui. – Disse Mikoto.

_Eu sei, mas para onde iremos? Devem ter cercado todo o império. – Disse Hanna que olhava através da janela o começo da destruição.

_As passagens subterrâneas!

_Claro, eu tinha me esquecido delas, vamos.

As duas andaram apressadamente em direção ao escritório de Madara, assim que entraram começaram a vasculhar todo o local, afobadas em tentar achar alguma passagem.

Hanna puxou o tapete que ficava em frente a lareira desativada, vendo os pisos opacos de madeiras, um lhe chamou a atenção por ser maior que os outros.

_Mikoto, me ajude aqui.

Logo conseguiram retirar o piso oco, que escondia uma alavanca enferrujada. Com grande esforço puxaram a alavanca, fazendo com que meio ao pó que saia da lareira surgisse um túnel escuro seguido por uma escadaria.

_Graças a Deus! – Exclamou Mikoto.

_Estaremos a salvo, vou chamar o pessoal.

A rosada saiu apressada, seu coração parecia ter ido parar na garganta dando lhe um nó, na verdade corria pelos corredores até encontrar uma grande aglomeração no salão. Servos, mulheres e crianças que conseguiram chegar até o palácio.

_Venham comigo, iremos sair daqui. – Disse Hanna.

Logo todos a seguiam até o escritório, organizadamente primeiro entraram as mulheres e crianças, depois os servos e por fim parte da família real.

Ken e Kane estavam com Kurenai, já que a mãe teria que coordenar toda aquela fuga. Hanna entraria por ultimo, iria fechar a passagem, porem antes de entrar no túnel, Mebuki a chamou.

_Meu filho está preso, o matarão ou será esquecido naquele calabouço, se tem coração o liberte, peço isso como uma mãe. – Disse a mais velha, surpreendendo a rosada que tinha se esquecido desse fato.


_Nosso tempo esta acabando. – Disse Mikoto.

_Eu sei, mas, não posso deixa-lo naquele lugar é muita crueldade. – Respondeu Hanna nervosa com tudo o que estava acontecendo.

_Hanna essa não é a hora para ter um coração mole. – Disse Mikoto ficando impaciente e preocupada.

_Tenho que liberta-lo, eu irei voltar.


Hanna saiu correndo, sabendo que seu tempo estava acabando, atravessou o palácio até entrar no calabouço. Ouviu um forte estrondo que denunciava que o palácio havia sido invadido, pegou uma chave pendurada na parede, e foi até a cela.


_Mas oque esta fazendo? – Perguntou Obito surgindo do fundo da cela.

_Não é obvio, estou te libertando. – Disse Hanna, girando a chave na fechadura.

_Por que? – Indagou Obito novamente.

_Estamos sofrendo um ataque, o tempo esta acabando. – Disse a rosada terminando de abrir a cela.

Obito saiu da cela, com um pouco de receio, tomou o resto de coragem que lhe restava, passou na frente de Hanna. A puxou pelo braço, jogando-a dentro da cela.

_Não pensou que eu realmente estava arrependido não é? – Perguntou Obito sarcasticamente.

... ... ...


Sakura cavalgava atrás do pai, que havia adentrado o império em meio as chamas, o cenário de um digno pesadelo estava ai seu redor.
Sentiu o ar faltar em seus pulmões ao ver o palácio em ruinas.

_Não.. – Sussurrou enquanto lagrimas rolavam em seu rosto.

Fugaku e Sasuke pararam ao seu lado observando a cena.

Viam alguns corpos queimados entre os entulhos, em meio a fumaça, uma visão que parecia uma tortura sem fim.

Era tarde demais?


Continua...