Fix You. escrita por Calis, Lysse


Capítulo 4
III – Por que aquilo lhe era familiar?




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“Só uma vez eu queria está errada...”.

Vermelhos.

Era tonalidade exata dos cabelos dela enquanto voltava para sua casa, Naruto apenas coçou a barba por fazer, mas que diabos? Enquanto a garota de cabelos ruivos vinha em sua mente, e os olhos...

Negou-se em pensar naquilo, mal a conhecia, bufou com isso.

Por que aquela garota estava em sua mente, os olhos verdes como grama presos em si, curiosos e familiares demais, nunca vira verde tão vivido como o dela, mesmo Sakura que tinha os olhos verdes como a grama, mas não eram iguais, nem um pouco...

Eram vividos, mas opacos.

Sem vida alguma, faltava algo naqueles olhos que ele não pode identificar, mas algo mais, sombrio, como se algo negro estivesse envolvendo aquela garota numa escuridão agonizante, e estava sufocando ela, de todas as formas, estava.

Reconhecia aquilo, dor e sofrimento, parecia fazer parte daqueles olhos.

“Kurama, eu senti alguma coisa vindo dela...”.

A raposa apenas fechara os olhos, não eram verdes para ele, eram vermelhos como o sangue, aquele tom que ele havia visto apenas uma vez na sua vida – os olhos que ansiava ver depois de séculos de aprisionamento – o loiro apenas sentia uma familiaridade vinda daquela menina de cabelos vermelhos.

“Algo sombrio...”.

Ele estava certo.

A raposa se remexeu inquieta com isso.

Havia algo de errado com ela, ele via algo escuro e sombrio daquela menina que lutava para sair com toda a sua ira e fúria, que um dia ele mesmo desejou – Kurama apenas viu aquele flash, uma antiga lembrança vinda do seu interior – um sorriso, doce, enquanto a garotinha o olhava curioso.

“Kura-chan está quieto hoje”.

Ele se lembrava de como havia sido, a raposa agitou-se com isso, enquanto apenas respirou fundo e voltou a baixar os olhos com isso, não havia mais nada, ela estava morta.

x

Era o tom exato dos cabelos dele que estava gravado em sua mente como brasa – e não podia acontecer – mas lembrou-se dos cabelos dele, aquela tonalidade era linda e chamava atenção, ela não conseguia esquecer aquele homem nem mesmo quando dormia, um sorriso brincava em seus lábios, sentiu água fria descer por seus cabeços cor de fogo, enquanto lavava a pele pálida, sentia seu corpo sair do topo habitual.

Ardência diminuía, enquanto a dor nos braços e nas pernas diminuíam, os olhos verdes se estreitaram ao mesmo tempo em que lavou o corpo com cuidado, água fria diminuía a dor. Não se sentia bem, pensou nele novamente.

Naquele segundo lembrou-se dele, daqueles olhos azuis, por que era tão familiar? Por aquela sensação de conhecer aquela tonalidade? Bufou com isso, só podia ser algum sonho, mas ela tinha quase certeza que tinha visto antes aqueles olhos cor do mar, os cabelos loiros...

Apenas mergulhou, água fria apenas fez seu corpo se arrepiar, olhando para ali, enquanto apenas sentiu água estabilizar e dar um pouco de sensatez a sua mente, mas por quê? Por que diabos sentiu aquilo com ele?

Era estúpido, muito estúpido pensar naquilo.

Apenas sentiu seu corpo, doer um pouco enquanto apenas deixou seu corpo relaxar na água, e apenas ficou inquieta, os olhos verdes se fecharam enquanto ouviu passos do lado de fora.

Pequena?

Ela virou-se, o homem observava o corpo nu coberto pela fumaça, ao mesmo tempo em que sorriu, não travesso, os lábios eram repuxados nos cantos.

–E errado ver uma mulher nua, Tetsu...

–Nunca foi errada da minha parte... – sorriu ao observar as curvas finas dela – Está ardendo o ferimento...

Ela apenas arqueou as sobrancelhas, enquanto sentiu a ardência da água aplacar a sua dor – ao mesmo tempo em que ignorou – ele poderia ser considerado um pervertido se esse não fosse o habito do clã.

–Não por hora... – explicou enquanto sentiu a água – Isso não deve se tornar um hábito, primo... Ver mulheres nuas e sinal de ser pervertido...

Ele apenas riu enquanto a deixou ela sozinha, a garota apenas passou as mãos pelas gotículas de água que restava em seu rosto, enquanto a mesma olhou-se no espelho, os olhos verdes fixos...

Por que fios loiros eram tão familiares para mim? Os olhos verdes se estreitaram, enquanto a expressão estava suave, ao mesmo tempo em que tocou no espelho.

Quem e você, Naruto?

x

Árvores.

Havia muitas dela ao redor – mas um campo aberto ao lado – Tetsuya apenas observava com grande agrado aquilo, perfeito, enquanto havia um pequeno riacho e perto da cidade, onde começava as casas do cível, ao mesmo tempo que muitas pessoas olhavam as duas figuras ali. Um rio, enquanto ele olhava com seriedade e muito satisfeito.

O que achou daqui?

A voz soou animada, enquanto virou-se para o homem – Naruto sorria, enquanto o mesmo olhou o local – era apropriado, ao mesmo tempo que o rapaz sorriu para ele, animado.

E perfeito, pelo menos acho que é... – riu animado – Meu clã ficara bem instalado...

O loiro apenas olhou as arvores, enquanto o mesmo observava o azulado olhar o nada por um tempo – e depois olhou área que estava sendo dada para o Clã Sasaki, havia uma boa área por ali, além de ele ver o local, e suspirou, sentindo o ar puro vindo das arvores – o homem apenas olhou com animação.

–Espero que seu líder goste... – coçou a barba por fazer o loiro – Não entendo por que só agora que ele decidiu se unir a nós...

–Nem eu – deu de ombros o azulado – Mas Aoi-sama saber o que faz, minha mãe acha que e o certo, mas deixemos esse assunto de lado, preciso começar a construir aqui...

Ele viu os olhos Tetsuya fixo, enquanto o mesmo riu.

–Raisu e Yuri terão que ajudar...

–Posso ajudar...

–Não, Naruto-san, e coisa de família... – explicou o homem sério – Temos algumas tradições a manter, e estranho eu sei, mas e uma regra que criamos...

O loiro nada disse, apenas percebeu quando o rapaz abaixou e tocou na terra, animado com a terra, ele e uma boa pessoa, enquanto sorriu ao mesmo tempo em que olhou para o nada, onde estão os outros dois? Fora designado para mostrar aquele local para o Sasaki azulado, mas esperava ver a ruiva de novo, apenas frustrou-se quando apenas Tetsuya veio, deixando Yuri e Raisu no lugar onde estavam hospedados como convidados da Hokage.

x

Doía.

Enquanto Raisu apenas sentiu-se tonta ao mesmo tempo em que tentava ignorar aquela dor continuar – e ali estava novamente a sensação que queria por tudo para fora – resmungou, se não soubesse que e virgem diria que estava gravida, suspirou, a contragosto enquanto apenas levantou a cabeça.

Estava quente, enquanto a mesma olhava o céu acima de si.

O segredo é tratar as pessoas como elas tratam você, enquanto apenas viu as pessoas olhando para si e se afastando quando era menor, chorando, apenas bufou com isso. E lindo, sorriu para si mesma, enquanto contou as nuvens – sentisse melhor com o passar do tempo – mas ouviu passos baixos.

Ei, o que faz aqui? Raisu?

Suspirou, maldito, faça silencio.

–Observando o céu, Yuri...

Viu o outro coçar a cabeça, estava ali, calmo e sério, enquanto a mesma o ignorou, queria ao menos paz e sentiu sua marca arder um pouco, mas controlou-se como esperando.

–Quando eles chegaram? – indagou curiosa.

–Dentro de dois dias... – retrucou o outro – Mama disse para comer bastante, quando ela chegar, iremos apertar o selo...

Selo, enquanto apenas baixou os olhos com isso – quantas vezes esse ano? Era a segunda vez que acontecia, ao menos três vezes ao ano desde seus cinco anos que tinha que apertar o selo que tinha em seu pescoço – suspirou ao pensar que era doloroso o processo.

–Eu sei disso... – replicou mal-humorada – Estarei preparada.

Fechou os olhos, quando aquele pesadelo vai acabar?

Tentou não pensar muito, os olhos verdes se fecharam, enquanto a dor aumentou, suspirou.

“Estou com medo do futuro”.

x

E uma longa noite.

Ele acordou cedo, enquanto apenas viu os primeiros raios de sol em Konoha, mas sentiu o corpo quente ao seu lado, ele a segurou contra o corpo, sentiu a familiaridade daquele corpo.

Era pequena, miúda comparada a ele – os olhos negros olhavam o teto, sem nada para olhar além da mulher em seus braços, e o quarto era abafado, feminino com muitos livros espalhados por ele e roupas de sua companhia e dele próprio espalhadas pelos cantos, algumas jogadas pelo chão, outras na cadeira que ocupava o canto do quarto – enquanto o rapaz apenas ouviu o som dos passos no andar debaixo, ignorou.

A mulher em seus braços tinha marcas em muitos lugares sensíveis, ele sorriu, enquanto apenas acariciou aqueles cabelos, quanto tempo estou com ela? Era um recorde, desde que conhecera a mulher estranhamente peculiar...

Odiavam-se socialmente, mas amavam-se como amantes que eram nas sombras, mas viu ela acorda, moveu-se, os cabelos bagunçados e bocejou, o corpo desnudo a sua frente era a tentação.

–Bom dia, pequena.

Bom dia, idiota.

Apenas viu ela move-se, enquanto um papel chamou a sua atenção e leu atentamente.

Você é o meu porto seguro. Porque eu sei que vai estar aqui por mim. Sempre me espera. Sempre me acalma. Não leva tudo o que eu digo a sério e me perdoa se eu erro. Você está aqui, até quando eu não mereço ou não espero. Eu não sei exatamente o porquê você sempre volta, mas eu gostei de todas as vezes que você voltou. Acho que o “pra sempre” é o tempo ideal pra curtirmos nosso amor. Eu sou tão feliz em dizer como a vida é maravilhosa, já que você está comigo. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Porque eu te juro, de todas as coisas do mundo, eu só queria olhar pra você. Eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você. Mas eu amo você. Só queria terminar dizendo isso. Eu amo você. De verdade.

Era romântico.

Ele quase rasgou o papel, enquanto estava apenas de cueca – olhando a companhia que se movia preguiçosamente – corpo miúdo, e branco como a neve, os cabelos caindo por cima dos ombros, ela e minha.

Enquanto os olhos negros observavam com certa petulância, ao mesmo tempo em que viu a mulher vestindo-se – a pele branca, exposta, enquanto os olhos se ergueram com confusão, ela apenas moveu as sobrancelhas – havia marcas arroxeadas por seu pescoço, enquanto ela cobriu com a roupa larga e escura.

–Você está sendo novamente cortejada? Não gosto disso.

A voz soou ciumenta, os olhos se divertiam ao mesmo tempo em que o olhou certa surpresa, e revirou os olhos – ao mesmo tempo em que o homem a segurou pelo braço, segurou com força – um meio sorriso nos lábios da sua companhia surgiu.

–Quem disse que tem que gostar?

Havia pretensão, e os olhos azuis fixos nos escuros como a noite.

–Não brinque com isso, pequena.

Ela desvencilhou dele, apenas riu dele, ao mesmo tempo em que tocou no rosto dele com carinho – as mãos suaves, pequenas enquanto ele viu os cabelos castanho-avermelhados sendo enroladas em seus dedos, as mãos eram rudes em contato com a pele branca – enquanto ele a segurou com possessão.

–Não seja tolo, querido, e apenas uma carta... – umedeceu os lábios – Por favor, não seja ciumento, afinal, nem temos nada, e eu recusei.

Ignorou aquela frase sem sentindo.

Ele apenas tomou os lábios com luxuria, enquanto os beijos eram famintos e pecaminosos – ao mesmo tempo em que ela foi prensada na parede, a roupa que ela usava foi retirada apenas restando as roupas de baixo – os gemidos escaparam dos seus lábios, enquanto os lábios se tornaram vermelhos enquanto ele a segurou com força, respiração entrecortada para ambos, os olhos azuis e negros se encontraram, ela apenas segurou com força os cabelos negros com força, possessão.

–Por que e assim? Você mesmo-.. – calou com a boca.

Enquanto o beijo foi intenso, cheios de duvidas e desejos ocultos, as mãos firmes ao redor dela – ela segurou com firmeza os cabelos dele – a respiração alterada, os níveis de luxuria subiram em graus absurdos naquele quarto.

Nós temos algo... – resmungou mal-humorado – Não e algo racional, mas temos algo importante, eu sei disso.

Ela apenas riu, enquanto o beijou, o beijo calmo, mas ainda desejoso.

–Você e muito ciumento, e não creio que vá me livrar de você tão cedo... – brincou, enquanto apenas viu o sorriso trocista dele, ao mesmo tempo em que foi jogada sobre a cama – Não devia ser assim, idiota.

Ele apenas beijou o corpo pequeno, enquanto a mulher retorceu-se e os gemidos saiam de sua boca, e os olhos escurecidos pelo desejo olhavam com certa apreensão e ansiedade pelo o que ocorreria a seguir.

–Só cuido do que e meu...

Ele retrucou enquanto a mesma o beijou, afoita.

–E meu.

Sussurrou contra a boca dele.

–E só minha.

Continuar.


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoas.
Como estão? Demorei, eu sei, mas cá estou.
Espero que gostem.

Beijos, e espero comentários.



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