“Entre o amor e ódio, eu escolho o ódio”.

–Ora que voltou! O filho pródigo!

O rapaz apenas o ignorou a piada do outro, sentindo a assim o seu ferimento aberto – enquanto apenas traçou a rota – havia pessoas espalhadas pelo local, muitas dela rindo e bebendo, aquilo o irritava ao jogar retirar a sua arma das costas.

Ele sentiu a dor aumentar nas pernas, mas ignorou, enquanto apenas mancou.

–Vladimir, não encha o saco...

–Já de mau humor? – coçou a barba por fazer – Sua irmã e bem mais educada, filho, ela bem menos arisca, mas muito mais orgulhosa...

–Está tirando com a minha cara é? – sorriu irônico.

O rapaz apenas olhou sério – enquanto suspirou – um meio sorriso saiu dos seus lábios, os cabelos eram num tom intenso de ruivo e os olhos fixos, verdes, enquanto apenas lançou um olhar sobre isso.

–Não seja tolo, filho... – retrucou o mais velho.

Vladimir apenas olhou os intensos olhos verdes, sem vida por sinal, enquanto apenas observou a marca de um lobo nas costas dele, o corpo coberto por uma capa negra de viagem.

–Não, só não isso... – diz num tom seco – Onde está o papá do clã?

Outro apenas observou o tom indolente dele.

–Voltou a falar direito é? – troçou o outro.

O ruivo apenas olhou enquanto o olho se tornou escuro.

–Vladimir? – irritou-se com isso – Falar logo, eu preciso falar com ele...

Vladimir apenas passou as mãos pelos fios brancos – os olhos azuis fixos neles, pareciam tensos – passou as mãos por ali, sorriu levemente.

–Sempre apressado homem, ele está com os anciões do clã, provavelmente indo contra todos os conceitos de nosso clã... – respondeu num tom sério – Sua irmã está na cabana dela, parece preocupada com algo...

–Ela vai com eles? – indagou sério – Ela irá ou não, Vladimir?

–Sempre com pressa, não seja tão sério, Daiki... – sorriu curto – Fique calmo.

–Responda velhote... – rosnou – Estou sem tempo, não entende isso.

Vladimir apenas suspirou.

–Sim, ela é uma rastreadora, assim como muitos de nós... – sorriu de canto o homem – Ela deve está escrevendo de novo, sua irmã e mesmo um pouco...

–Um pouco? – ele cruzou os braços.

Esperando o que o mais velho diria sobre a sua irmã mais nova.

–Peculiar, ela e diferente das outras... – ele apenas olhou sério – Desde aquele dia, na verdade, ela mudou não é?

Ele ficou em silencio com isso, enquanto apenas andou.

–Não... – sussurrou para si mesmo – Ela não apenas mudou apenas se tornou forte...

Chuva começou a cair ao entrar ali – a garota estava dormindo em sua cama, os cabelos longos agora desarrumados – o rapaz apenas viu a carta lacrada no chão ao lado dela, ele apenas viu o homem ali, olhando-a.

–O que faz aqui?

–Você voltou e isso e bom... – sorriu de canto para o mesmo – Hmm... Ela acabar de dormi.

O ruivo apenas lançou um olhar sobre ele.

–Não devia está aqui... – soltou um suspiro – O que faz aqui?

Os olhos estavam em si.

–Ela e minha família também... – a frase soou – Por isso, não me impeça de vê-la...

–Claro, claro, deixar um idiota como você com ela... – sarcasmo tingiu a sua voz de jeito estranho – Não venha com essa, Shirou, eu realmente não gosto de você...

–Eu digo o mesmo, velho amigo... – sorriu irônico.

–Are, are... O que queres aqui? Shirou? – indagar sério.

–Falar sobre isso... – apenas abaixou-se desenhando – Estava ardendo quando eu cheguei o que diabos é isso, Daiki?

O rapaz apenas suspirou.

–O passado dela...

x

Querida mama,

Como está mama?

Eu estou bem hoje, pelo menos hoje. Hoje e um dia quente, muito quente, amanhã será diferente...

Frio, chuvoso e com certeza triste.

Um dia de chuva, muita chuva para lavar os meus pecados. Hoje foi um dia tenso para muitas pessoas, novamente estamos saindo dos lugares, fugindo dos demônios que somos nós mesmo, e estranho por sinal, mas e a vida, já eu a acho insuportável temos que viver assim...

Deixe-me perguntar uma coisa: O que é pior? Não conseguir tudo o que você sempre sonhou ou conseguir, e descobrir que não é o bastante?

Papà está sendo meticuloso com algumas coisas, ele diz que a velha amiga dele irá ajuda-lo de alguma forma, será?

Depois de tudo, eu sou meio desacreditada com isso.

Yuri está animado, aquele maldito, eu disse uma vez a ele...

Pessoas não são bonecos. Não pode simplesmente brincar com elas, e depois colocá-las de volta na caixa, mas ele gostar de manipular, assim como todos nos, eu estou preocupada com isso, mas isso faz parte do que somos...

Manipular, e jogar como jogadores como somos, devo dizer que isso e meio irônico. Hoje estou menos irritada, talvez o fato de estamos um passo de viver em família, num lugar nossa, não acha maravilhoso?

Mas será que seremos aceitos? Será, mama? Eu tenho tanto medo, pelo meu passado que me condenar a ser um dos piores monstros que existe...

Mas como sempre, meu demônio pessoal e contra, talvez o fato de nós dois for diferentes, mas e parte de mim, mama, não entendo, mas ele e parte de mim. Mas logo, teremos o nosso lar, sinto que algo diferente vai acontecer. Nosso clã está se unido. Como estou com ele?

Insuportável, ele está cada dia mais forte, mas luto pela nossa promessa, mama. Estranho, já que Mizuki, Aya e Yumi se odeiam, mas já encontramos um lugar pra ficar, mama, será a nossa nova vida lá, uma velha promessa, mama, eu irei cumpri-la ao lado do nii-san, Daiki está animado, mas ainda assim...

Sendo um belo de idiota, mas ainda assim um protetor como a senhora pediu, o papà está distante de nós, o clã mais unido ainda. É difícil quando você sente falta das pessoas.

Mas sabe se sente falta delas, quer dizer que foi sortudo. Quer dizer que teve alguém especial na sua vida, alguém que vale a pena sentir falta. A cada dia que você espera, é outro dia que você nunca vai poder recuperar. Ás vezes as pessoas fazem jogo duro, porque precisam saber se os sentimentos da outra pessoa são reais.

Um mundo cruel. Acho que se chama efeito dominó. Sabe um movimento que gera o outro e antes que você perceba eles desmoronam. Indo com o vento, um vento que mudar, ou não, e sem qualquer tipo de coisa que possa mudar ok, eu estou exagerando, simples: Eu estou cansada, mas também...

Estou com medo, por quê? Sinto que algo estranho está prestes acontecer, maluquice.

Não desde que o nosso clã viajar por ai, mama, estamos indo de vila em vila atrás de lugar nosso, somos mais viajantes do que outra coisa mama, sinto que estou sozinha nesse mundo.

Todos nós temos segredos mantidos do resto do mundo. Amizades que fingimos ter... Relacionamentos que escondemos... Mas o pior de tudo é o amor que não demonstramos. Os mais perigosos segredos que uma pessoa pode encobrir são os que escondemos de nós mesmos.

Tetsuya, ele se tornou mais insuportável depois de tudo, estamos fugindo de tudo, dos nossos demônios, dos nossos medos.

Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo, mas aqueles que se recusam a esquecer do passado estão condenados a revivê-lo, estou indo mama, temos que encontrar a nossa Kage nova, nossa família logo estará junta novamente, como dever ser, estou tão animada com isso, mas ainda me sinto vazia e oca...

As maiorias das pessoas são mais forte do que pensam. Elas só esquecem-se de acreditar algumas vezes.

Você já entrou em uma situação que já sabia exatamente o que ia acontecer? Mas você entra assim mesmo... Então quando seus temores vêm à tona... Você se tortura, porque já sabia? Mas isso é quem você é, e você fica se punindo por isso.

O meu segredo de hoje, que algo vai acontecer...

Aquele homem que vemos nós meus sonhos irá aparecer, que o mundo irá mudar que a nossa história, mas eu sinto medo mama dele... Dos seus olhos, de como ele me olhar e de como chorar. Ele chorar mama, todos os dias em meus sonhos e pesadelos.

Com amor e carinho de sua filha,

Raisu Sasaki.

x

Sensação era a mesma de antes.

Mesma dos seus pesadelos, sonhos e desejos. Um desejo intenso de encontrar um sentindo para a sua vida.

Vazio. Vácuo. Um recipiente sem conteúdo algum, ninguém entenderia aquele vazio existencial, nem mesmo ela mesma – era como ela sempre sentiu, enquanto era observada por todos os lados, mas ignorou aquilo – sentiu as primeiras gotas de chuva caia sobre a sua capa de chuva. Aliviava a tensão que emanava dos corpos em movimento.

Estava frio.

Enquanto a chuva caia torrencialmente sobre a floresta – dando um ar mais tranquilo à mesma, o som dos trovões ressoou alto o suficiente para sentir que nunca pertencia a nenhum lugar, sorrio triste com isso – enquanto os animais estavam se protegendo da chuva.

Eles se moviam como sombras.

Seus passos eram precisos, enquanto a chuva molhava cada vez mais as suas vestes. Os passos eram frenéticos, pressa visível em seus olhos – enquanto a corrida aumentava – suas respirações aceleradas, desviando de galhos e troncos de arvores, nenhum som era ouvido por ele a não ser animais, enquanto os passos se aceleravam cada vez mais.

–Estamos com presa, Yuu! Ande mais depressa! – um deles rosnou.

O homem de cabelos verdes apenas lançou um olhar sério ao homem que falava a sua frente, seus olhos cor de mel apenas se estreitaram para o homem a sua frente que apenas sorriu irônico – os cabelos eram de um tom claro de azul, os olhos tão intensos quanto o mar, cheios de ira e raiva – enquanto apenas suspirou com aquilo.

Não era algo que ele esperasse dele.

–Ora, Tetsuya! O que queria? – lamuriou-se para o mais velho – Não sou como você, nem mesmo a nossa pequena mulher aqui...

Ela estava alheia isso, enquanto lançou um olhar irritado para o esverdeado.

–Não me chame de pequena mulher! – resmungou sua voz lenta e irritada com tais palavras – Seu grande idiota!

Yuu apenas olhou os cabelos ruivos – um tom intenso e olho visível fixo em si, enquanto o tapa-olho encobria o olho esquerdo, escondido por uma franja, com raiva evidente no mesmo, um sorriso trocista brincava nos lábios do esverdeado que apenas recebeu um olhar fuzilante – ela e muito pequena, mas tem um orgulho igual ao maldito do Tetsuya, pensou o esverdeado com um meio suspiro.

–Chuva está engrossando! Temos que correr mais rápido... – alertou o azulado lançado um olhar aos dois – Melhor apressamos o passo, temos que chegar a tal vila até o meio-dia de amanhã... Faça o reconhecimento, pequena?

Ouviu-se um bufar. A garota o ignorou a palavra pequena, enquanto apenas correu a frente, seus passos eram mais precisos e rápidos – acelerado o passo, sendo observada pelos dois – retirou a luva negra que encobria a sua mão esquerda, enquanto levantou o tapa-olho, um estranho brilho avermelhado tomou o seu olho...

–Estou vendo, se fomos por uma rota a quinhentos de nossa posição inicial... – informou apenas olhando ao redor com cautela – Ora, ora... Avisou que estamos chegando... Não é, sensei?

Mas sua voz falhou – enquanto apenas sentiu sua cabeça latejavam fortemente, novamente aqueles olhos, vermelhos como sangue estava ali em sua cabeça, apenas grunhiu com isso – enquanto concentrou-se em expulsa essa vaga lembrança, sentiu os olhos em si.

–Está tudo bem?

–Está sim, sensei, só um pressentimento ruim... – comentou baixo – Vamos, sensei e Yuu-san... Aposta, quem perder pagar a conta do restaurante...

–Feito! – animou-se o esverdeado.

–Vocês são mesmo muito crianças... – resmungou o mais velho.

Ela apenas revirou os olhos, enquanto acelerou o passo...

Mas uma vez aqueles olhos a perturbavam.

x

Estava frio.

A mulher apenas olhava pela janela – a vila estava quieta – enquanto um suspiro saiu dos seus lábios, será que estava fazendo algo certo com a entrada deles?

–Tsunade-sama?

A voz a tirou de seus devaneios, apenas voltou-se para a outra – a rosada estava ali, sem eles – enquanto um sorriso brincou nos lábios da mais velha.

–Sakura? Você veio...

–Mandou me chamar... – diz receosa – Algum problema?

–Muitos, mas um deles pode ser resolvido pacificamente... – sorriu de canto – Uns visitantes chegaram em breve...

–Visitantes?

–Sim, eles são velhos amigos meus... – pior que devo uma bela quantia a um deles – E possivelmente eles se instalem na Vila...

–Ahãn?

Tsunade apenas sorriu com isso.

–Sim, uns velhos amigos... – passou a mão pelo queixo – Mas não se preocupe você irá gostar deles...

Sakura apenas olhou séria, enquanto deu um meio sorriso.

–Se a senhora diz...

Continuar.