Cartas Jogadas escrita por Juliana Moreira, Nise Andredy Damasceno


Capítulo 3
Capítulo 3 - Controlando Minha Raiva


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora viu?!



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P.O.V. Mônica.

– Há! Fala careca!

– Já falei pra não me chamar de careca. E quem é essa daí?

– Meu nome é Mônica. – Falei exigindo um respeito melhor do que “essa daí”.

– Humpf, vou querer dois copos de suco de suco de uva. – Falou ele deduzindo que eu era uma empregada pelas minhas vestes.

– Não sou tua... – Esqueci que minha irmã quer que eu trabalhe no castelo para me redimir. Respirei fundo e continuei. – Só sou sua conselheira, não uma camareira.

– Tanto faz. É uma serva.

– Dá um desconto pra moça Cebola.

– Pff... Cebola? – Eu disse começando a rir muito.

– Cale-se serva. – Ele falou cheio de si. - Vamos para o meu quarto Cascão e “conselheira”

– É Mônica. – Falei trincando os dentes – Aprenda o meu nome Príncipe das Cebolas.

– Te chamo do jeito que eu quiser.

Esse garoto está me enchendo de raiva, mas antes que pudéssemos dar um passo, um monte de gente veio correndo em nossa direção.

– SALVE-SE QUEM PUDER! – Disse uma menina de cabelos longos e pretos.

– O que aconteceu? – Perguntei para a menina.

– O vulcão aqui perto está ameaçando explodir!

– Fique aqui!

Não podia acontecer de novo, saí correndo, eu tinha que ir para um lugar tranquilo longe do Cebola, se não eu ia ficar mais irritada ainda. Não posso ficar com raiva, tenho que saber me controlar.

Saí correndo, mais do que tudo, eu estava com medo, muito medo, “Eu não posso ficar com raiva”, “Eu não posso ficar com raiva”. Essa frase martelava em minha mente, logo vi um riacho a minha frente, aquele lugar me acalmava. Mas eu sabia que não podia ficar mais tempo aqui, corro perigo, eu sei disso. Conheço minha irmã e sei que ela não vai me “Perdoar” tão fácil. OK, eu não fiz nada, ela que fingiu estar morrendo, mas me prendeu e agora me solta! Estou tão confusa!

Não dá para sacar aquele sonho. Mas e se ele for algum tipo de aviso, até porque eu já estou repleta de mudanças estranhas desde que tinha seis anos. É tão difícil conviver com isso em mim, é como se eu fosse um furacão que apenas com a presença, causasse diversos problemas. Mas eu nunca pensei em fugir, a menos que, isso se mostre relevante, ou saísse do controle. Já posso ver o fim do mundo por causa desse garoto! O que estou dizendo? Como se aquela coisa leguminosa fosse se abater como um problema meu. Aliás, ele é o noivinho da minha amável irmã. Logo, logo eles vão sair desse castelo e viver a vida deles, certo? Bom, vou até a cozinha real comer alguma coisa, esse mimadinho me faz ter repulsa, e quase me fez arruinar o casamento com o vulcão avassalando a festa! Sei que sou sua ''empregada'' mas enquanto ele tiver longe eu vou estar mais longe, para evitar uma desgraça se me entende. Acho melhor esquecer isso, vou começar a me irritar e lá vem.

Fui para a cozinha visitar Sandra, minha única amiga fielmente, como Magali. Aquelas delícias que ela prepara faz qualquer um ficar contente. Ou levar uma ceia de Natal para casa, esse é o casa da Magali.

Na cozinha, ali estava minha segunda mãe, Sandra. Sempre carinhosa e me defendia contra Penha, que sempre teve a cobertura do papai depois que armava para mim. Resolvi saldar, ou melhor, contemplar todas as maravilhas que ela fez para a festa.

– Olá, querida! Sua irmã passou aqui procurando por você! – Ela disse pegando uma taça de açucara, e colocando em uma massa que eu suponho ser do bolo.

– Hã? Mas a gente estava vendo seu vestido de casamento agora pouco e... Ela disse o que queria? – Perguntei.

– Não, mas ela também perguntou por seu noivo! Soube pelos outros serviçais que você vai ajudar o príncipe a se habituar aqui no castelo, é verdade? – Ela perguntou.

– Infelizmente sim! Eu até... – Eu iria terminar minha frase, quando a campainha toca.

– Eu atendo. Fique aqui olhando o bolo, Mônica! – Disse Sandra saindo da cozinha.

Logo, entra na cozinha acompanhada de Sandra, quem menos que Magali? Xi, a festa tá acabada! Isso é o sinal de que o bolo nem vai sair da cozinha.

– Amiga! – Ela corre e me abraça.

– O-oi Magali! – Disse sem ar.

– Parabéns! Espero que você seja muito feliz em seu casamento! Aqui seu presente, cadê o noivo? – Ela diz me entregando uma caixa enfeitada, ou melhor, bordada com lindos tecidos cor vermelha. O presente era tão meigo, já devia imaginar isso da Magali e... Para o mundo que eu quero descer. Mas o presente nem é meu, que ideia é essa de noivo?

– Magali, o aniversário não é meu! Nem o casamento. – Disse. Só minha irmã para fazer duas festas no mesmo dia.

– Ué! Então quem é? – Ela perguntou.

– Minha irmã! Ou seja, a Penha. Vamos colocar o presente no quarto dela! Vem. – Disse, puxando ela para o quarto da Penha.

Percorremos o salão todo, acho que Magali quase que se ajoelha pra mim, só para pegar alguns doces, que uma empregada trazia. Ao chegarmos ela não estava lá! Será que está procurando o legume?

– Coloca aí em cima da cama, Maga! Tenho que te mostrar como tudo está lindo lá fora. – Ela deixou o presente sobre a cama e saímos do quarto.


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Notas finais do capítulo

até a próxima