Hérois Do Olimpo - Fic Interativa escrita por Juliana Carla Chase Valdez


Capítulo 32
Capitulo 18 - Chegamos e somos saqueados


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite Raios de Luz.Como estão?
A fic está chegando ao fim.Após ela ser terminada eu irei escrever outra.Ainda não defini o tema..Boa leitura! A pedidos,eu vou deixar o capitulo maior e mais Povs



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**********Mary (Raposa) POV

Uma adaga simplificava o que eu estava vivendo nesse momento, um calafrio que percorria minha coluna e fazia minha cauda abanar como um cachorro feliz, mas não, eu não estava feliz... Na verdade eu sempre fui essa coisa melancólica e amaldiçoada de sempre, um turbilhão desastroso percorria minha mente, um garoto comprometido quase havia me beijado, era culpa das sereias, sei disso... Mas me sinto mal, eu vi o horror percorrer os olhos dele ao recuperar a razão, não o culpo, ele é comprometido, mas ainda sim ver o horror transparecer por sua culpa... É horrível, sem mais.

Uma sereia apertou meu pescoço com aquela mão pegajosa, sorri e fechei os olhos, não, eu não queria morrer, é que aquilo me distrai das escolhas e dos problemas... Dor... Dei um giro, mas a sereia apertou ainda mais meu pescoço e fincou suas garras nele, a outra mão tentava agarrar minha adaga. Em meu bolso, o camundongo se encolhia, ultimamente ele tem dito que pareço um brinquedo quebrado, talvez eu esteja mesmo parecida... Mas isso não importa, o que conta é que eu olhei bem para a sereia, olhei dentro de seus olhos e vi o vazio, acho que me identifiquei:

–Todos temos um fim triste não é?- Perguntei com o que me restava de voz e sanidade, a sereia pareceu ponderar aquilo, ou estava só pensando em como me matar, não importa, usei minha mão para apertar o pescoço da criatura e, com a outra mão, cortar sua garganta profundamente

O guincho que ela soltou foi deplorável, eu via a vida esvair daquelas orbes antes assassinas, seu sangue caiu em mim, misturou-se com o meu que brotava minimamente dos cortes pequenos que eu havia sofrido e não exagero ao falar que praticamente havia tomado banho com aquele sangue, o cheiro me enlouquecia:

–Respire Lucy- O camundongo branco falava guinchando, ele sabia quando eu perdia o controle

Eu não respondi, salivava e mostrava os caninos, virei a cabeça para o céu, meus olhos também refletiam as estrelas, mas pelo jeito só as outras meninas são notadas por isso, rosnei talvez alto demais e coloquei minhas mãos em meus ombros, sentia meus olhos arderem de segurar lágrimas, enfiei as garras na minha pele e o sangue não demorou a brotar lentamente, todos estavam ocupados, então seria a oportunidade perfeita:

–Você não pode realmente fazer isso- O camundongo falou sorrindo, ele parecia sempre amar minha desgraça, gani impotente e ele pareceu ficar mais feliz- Sabe, todos os semideuses já tiveram algum reconhecimento de seus parentes olimpianos, mas você... Ignorada, deixada ao relento e ainda amaldiçoada pela própria mãe e por Ártemis

–E você acha que eu não sei disso?- Gritei em resposta, mas ninguém pareceu perceber- Eu cansei, a tal da Melaine está em apuros? Que pena, ela tem uma horda, um exército dedicado pra ela, mas eu?! Eu fico com a pena dos outros, sou o mascote da cruzada, um peso morto

–Exatamente- O camundongo não tentava me consolar, só piorava tudo, por quê?

–Você não deveria me consolar?- Perguntei já começando a chorar

–Não, eu ofereço caminhos, sabe, você que escolhe qual vai tomar- Ele respondeu enigmático

Ignorei aquele roedor inútil, sempre comigo, escalei o mastro do navio, minha cauda balançava e minhas orelhas estavam agitadas, eu só era a menina raposa, não era Mary Flinty, a filha de Nêmesis, era só a garota meio raposa que tenta se matar de vez em quando enquanto tenta ser útil, a madeira lá em cima era lisa, mas eu avançava para uma das pontas, aquele azul imenso abaixo de mim era aterrador, mas atraente, ele sacudia violentamente, incessantemente.

Parei um momento, já estava na ponta, era só mais um passinho, olhei para o convés embaixo de mim, eles pareciam estar contando os feridos e se livrando das últimas pestes, senti inveja deles, claro que não uma inveja ruim, mas uma inveja meio orgulhosa de ter de certa forma conhecido todos eles. As lágrimas desciam ininterruptas, senti uma corrente de ar frio balançar meus cabelos, fechei os olhos e respirei fundo, era agora, sem mais olhares estranhos, sem mais exclusão, sem mais horror alheio, seria só algo flutuando e...

–O que você está fazendo aqui?- Uma voz perguntou às minhas costas, praguejei mentalmente, virei-me e vi um garoto pouco mais alto que eu, os cabelos cacheados e negros, pele pálida em contraste com os olhos da mesma cor dos cabelos, mas com um certo brilho misterioso.

–Eu...- Avancei um pouco mais para a borda e senti meu pé quase escorregar, minha cauda estava abaixada, minhas orelhas também, provavelmente eu deveria estar parecendo aqueles cachorrinhos pegos no flagra de uma travessura, no meu caso a última travessura

–Você- Ele falou me incentivando a continuar, sua voz soou rouca, corei imediatamente, amava uma voz rouca

–Sei o que está fazendo- Tentei parecer confiante, mas acho que sooei amedrontada já que ele se aproximou lentamente, foi então que notei, ele estava com medo de cair- Você tem medo...

–Eu? Digamos que estar tão a mercê não é muito agradável para mim

–Mas é o mais perto que eu chego da minha mãe- Pensei alto, ele pareceu arquear as sobrancelhas e eu respirei tentando me acalmar, uma conversa amigável enquanto tenta não morrer é estranho, acreditem

–Sua mãe... Er... Que olimpiano desafia a morte?- Ele parecia fofo confuso, mas eu tinha que manter a concentração

–Não se trata de desafiar, é a possibilidade- Expliquei o melhor que pude- Quando você está em uma situação de risco, uma que custe sua vida, nessa hora você percebe o equilíbrio entre a vida e a morte, a linha tênue e frágil, minha mãe cuida do equilíbrio

–E sua mãe é?- Ele perguntou como se não tivesse prestado atenção, rosnei e ele subitamente se assustou

–Nêmesis- Poderia muito bem completar com um "uma deusa menor que você ignoram, a deusa da vingança e do equilíbrio", mas eu simplesmente mordi meu lábio com força

–Ah- Ele parecia se esforçar para buscar assunto, senti uma ponta de remorso -Hã...sabe quem sou não é?

–Não sei...não me lembro muito bem

–Sou Castiel.Sou filho de Hades...agora se lembra? -Fiz que sim com a cabeça

Eu sei que quem visse a cena iria pensar que ele estava tentando impedir meu suicídio, mas eu não ia me matar, eu só ia colocar minha vida em risco, como já disse, essa é melhor forma de sentir Nêmesis, de talvez fazer minha mãe prestar atenção em mim, mas aquele menino ficava me atrapalhando! Falando nisso ele parecia desesperado, como se a ideia de me perder fosse horrrivel... Mas é claro que esse é o ponto de vista de uma garota problemática que tem que quase morrer para talvez receber atenção da mãe.

******Cassie POV

Henrique estava em péssimas condições.Estava apavorado e tenho certeza que ele precisava de ajuda.Serei a nova amiga dele a partir de agora.Beh,se levantou de um dos baris e me estendeu a mão esquerda,para que pudesse me arrumar.

Meus amigos poderiam me ajudar com isso.Armei meu arco e coloquei uma flecha.As mais pontudas.Uma sereia tentava agarrar a mão de Amy.Mas Sean cortou a mão da criatura e ela caiu no mar.

Muitas delas estavam espalhadas por volta do navio todo.Pareciam manadas de bisões correndo de um leão selvagem.Seus rostos eram viscosos,horríveis.Seus olhos eram todos claros.Tinham garras afiadas.Atirei uma das minhas flechas em uma delas,que tentava machucar Mary a raposa.

Beh usou uma de minhas facas e atirava sem parar.A cada uma que matamos vinha em dobro.Mentalizei tubarões,baleias,Orcas.Animais marinhos de tamanho grande.Eles poderiam me ajudar.

Focalizei naquele pensamento. Posicionei minhas mãos para frente olhando fixamente para o mar.Pude sentir uma forte coisa se aproximando.Meu corpo se estremeceu.Sentia uma sensação ainda mais forte.

Quando pude ver.Ergui as mãos para cima,no mesmo instante Tubarões espada,tubarão branco,tubarão tigre e outros tipos mordia cada uma das sereias.As mastigando como se fossem brinquedinhos.Das mãos de Beh,sua corrente com um caduce no meio se transformou em uma espada.Ambos ficamos atacando elas,meus amigos animais me ajudavam.Pensava em minha cabeça seus movimentos.Para o lado,para esquerda,abocanhar.

*******Amy POV

Escutei muitos barulhos vindo lá de cima.As coisas estavam ruins pelo jeito.Cutuquei o ombro de Sean,que cochilava ao meu lado.Em um sofá de 5 lugares em que tentamos descansar.

–Amor,acorde.Tem algo estranho acontecendo lá em cima

–Oque? -Ele se levantou resmungando,limpando a remela que estava em seus olhos.

Quando ele me olhou foi um momento engraçado.Seu cabelo estava completamente bagunçado.Seu sorriso ficou gozado,como o de um bebe quando sorri para sua mãe.Comecei a rir devagar.Ele não entendeu o porque até dizer que estava parecendo um morto vivo.

–Vamos zumbi.A coisa está preta

–Sim..mestra! -Ele disse incredulo.Tentando emitir som de zumbi

Corremos para cima e vimos que todos estavam lutando contra sereias.Nunca as vira,foi uma visão estranha,uma coisa esquisita.Imaginava que fossem lindas,mas eram horríveis.Olhei para meu pai,Apolo.Que estava atirando flechas douradas na nuca delas.Elas emitiam gritos semelhantes como gemidos e ciam para o fundo do mar.

Ativei meu escudo e peguei um pedaço de madeira mole que encontrei espalhado.Atacava as sereias junto com Sean,que estava a meu lado com sua espada.Cortava as cabeças e mãos.Eu furava os olhos.Elas começaram a diminuir.Meu pai foi para o timão e virou para a esquerda.As poucas que ainda restavam conseguimos deter.

–Todos se segurem! -Apolo gritou.Ele estralou seus dedos e uma harpa apareceu em minha mão -Vamos Amy,toque isso.Vai as deixar surdas.Meus instrumentos musicais são fortes demais para suas orelhas

Assenti e comecei a tocar.As mesmas colocaram as mãos nas orelhas e começaram a resmungar de dor.Apolo acelerou o navio para ir para frente o mais rápido que pode.

Logo fomos se distanciando.Os corpos das sereias boiavam e os tubarões os devoravam devagar.Em minhas mãos eu tinha um instrumento precioso.Sean sorriu e beijou meu pescoço.Será que ele lia mentes?

–Seu presente da mochila filha.Chegou a hora de lhe presentear um pouco certo?

–Obrigado.Papai -Meus olhos brilhavam e todos bateram palmas.Sean me pegou pela cintura e me girou no vento


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Notas finais do capítulo

Oque acharam?Melhorou?