A morte sempre foi encarada com um medo. Mas, oposto ao que se pensa, é viva e apenas espera o dia o em que possa tocar-lhe, tentando absorver a sua energia e devolvê-la ao planeta que a originou.

O ciclo continuará enquanto houver morte, e assim a normalidade se mantém. A morte é mais antiga que as estrelas. Estrelas sobre o céu, tão antigas quanto esse mundo. Continuam a vagar, esperando encontrar uma que as complete.

As estrelas caem do amplo celestial em busca de sua própria estrela e brilho. Muitas vivem entre os humanos e são chamados de crianças. Com o tempo perdem seu brilho e ganham a aparência dos homens e assimilando seus métodos existenciais.

Mas, no fim, as estrelas lembram de sua época no patamar celestial e buscam seu caminho de volta. Morrem e renascem no céu. Deixam o pesado casulo de carne para trás, para o planeta que as recebeu e voltam com fervor onde serão felizes, afinal.

Medo, raiva, ódio, tristeza, pesar, angústia... Sentimentos como esses eram deixados para trás quando a alma volta às origens puras. Só retorna consigo boas memórias, bons sentimentos e sua estrela-gêmea. As evoluções não são só externas, como internas. As estrelas que caem, apenas retornam quando tem a certeza da existência de sua Gêmea. Jamais retornam, mas mandam seus frutos.

O vínculo céu-terra assim foi estabelecido. E assim durará até o Fim dos Tempos.