O Que Não Tem Remédio... escrita por Finchelouca


Capítulo 10
Em coração de Hudson sempre cabe mais um


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o último capítulo dessa fic que me deu tanto prazer e espero tenha dado também a vocês.

Quero dedicá-lo à ViviDaNat, que foi uma fofa, recomendando essa história. Muito obrigada!! Significa realmente demais pra mim receber recomendações, comentários, etc.

Mas também quero presentear antecipadamente a Dani, que de uma de minhas mais carinhosas leitoras, se tornou, nos últimos tempos, uma super amiga, sem a qual eu não teria enfrentado do mesmo modo o último mês...

Obrigada por tudo, Danizinha!! Love you ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372317/chapter/10

Rachel estava deitada em uma das espreguiçadeiras do quintal da casa dos avós paternos de Finn, onde parte da família Hudson estava reunida para um churrasco tipicamente americano, destes que consistem em assar hambúrgueres na grelha ao ar livre.

Naquele momento, a avó de Finn terminava de cozinhar alguns acompanhamentos para a carne, tendo rejeitado ajuda tanto da própria nora quanto da esposa do neto, o avô de Finn lia um jornal, enquanto o pai do rapaz estava responsável pela churrasqueira, e a mãe dele voltava para o jardim e ocupava outra espreguiçadeira ao lado da dela, depois de ter saído de dentro da casa, aonde fora, mais uma vez, oferecer auxílio em vão.

"Ela não quer mesmo ajuda." Informou à mais nova das senhoras Hudson presentes. "Disse que as receitas são segredo de família, e que da louça a Terah dá conta." Falou, referindo-se à moça que ajudava nos serviços da casa havia alguns anos, porque a mais velha Hudson viva já não aguentava realizar certas tarefas.

"Também tentei ajudar. Fico sem graça de ficar aqui, só de preguiça." Riu, encabulada.

"Nada mais justo, querida. Nem vale a pena você ficar de pé, com essa barrigona de quase oito meses."

"Isso é verdade. Minhas pernas estão um pouco inchadas." Comentou, fazendo careta.

"Mas você está ótima!" A sogra assegurou, fazendo um carinho no braço dela, como sempre fazia, e as duas sorriram. "Finn me falou que a ultra dessa semana também mostrou que está tudo ótimo com o bebê e que inclusive ele, finalmente, deixou sabermos o sexo, não é?"

"Pois é." Sorriu largamente, alisando a barriga. "É um menino."

"Você parece bem contente com isso, hum?"

"Ah! Não vou esconder que prefiro um menino. Normalmente, eles são mais apegados às mães e as meninas aos pais." Confessou.

"Eu não sei disso, não, minha querida." Riu. "Só tive filhos homens, então não poderia saber." Observou suas duas "crias", que estavam um pouco afastadas. Finn estava dentro da piscina e o irmão dele deitado em uma rede, lendo um livro. "Aliás, você também não pode saber, já que tem dois pais e, infelizmente, nunca conviveu com sua mãe." Lembrou, mas de forma simpática e não rude.

"Realmente não sei, mas é o que todo mundo diz." Rachel deu de ombros. "O que eu sei é que a Ariel, que já está grandinha e não precisa tanto dos meus cuidados, é totalmente menininha do papai. Se pudesse viveria pendurada no Finn." Comentou, se fazendo de enciumada, mas, no fundo, ela adorava ver como pai e filha agiam um com o outro, o quanto eram parecidos, e sabia que eles tinham por ela o mesmo amor incondicional que tinham um pelo outro.

"Outro argumento inválido." Sorriu, brincalhona. "Todas as crianças, se pudessem, viveriam grudadas no Finny." Sentenciou, novamente tirando os olhos da nora para observar o seu mais velho, que tinha quatro crianças, com suas roupas de banho, brinquedos e boias de braço muito coloridos, em volta dele e disputando sua atenção.

"Tudo bem. Você me pegou." Levantou os braços para o alto, como se estivesse se rendendo. "Acho que na verdade eu quero muitas reproduções do meu Finn à minha volta." Confessou, sorridente.

"E por isso eu não te culpo." A sogra deu dois tapinhas carinhosos em sua perna, também com um sorriso que quase não cabia em seu rosto. "Qual vai ser o nome?"

"Ainda não chegamos a uma conclusão sobre isso, infelizmente." Disse, um pouco aborrecida. "A Ari quer Clark ou Bruce, porque ela tá nessa fase de super-heróis, e o Superman e o Batman são os favoritos dela. É mais um fruto desse grude todo com o pai, e o pior é que ele acha graça e não me ajuda a convencê-la de que os personagens são legais, mas os nomes, não." Suspirou. "Foi tão melhor quando o Philip nasceu, e ela achava que ele tinha que ter nome de príncipe pra ser importante."

"Quem sabe se vocês procurarem outro super-herói? Peter, por exemplo, não é um mau nome." Referiu-se ao Homem-Aranha.

"Eu queria Adam. Quando o Phil nasceu, ia ser Adam, mas ela teve um sonho em que era amiga da Bela Adormecida e pediu pra gente mudar." Revirou os olhos. "Agora que ela vai fazer seis anos, a gente precisa parar de achar tudo engraçadinho e não fazer todas as vontades, mas o Finn não colabora nem um pouco nisso."

"Com o que eu não colaboro?" Ele perguntou, se aproximando, sem que elas tivessem percebido que ele tinha saído da água, com o mais novo Hudson, de pouco mais de um ano e meio, que foi logo esticando os braços na direção da mãe.

"Você mima a Ariel." Rachel respondeu, se ajeitando, para colocar o filho no colo, enquanto a dita garotinha se agarrava em uma das pernas do pai e Chloe à outra.

"De novo isso?" Ele questionou, passando a mão no rosto.

"A gente tava conversando sobre o nome do bebê e eu tava dizendo pra Rachel que gostaria que fosse Adam." A mãe de Finn interviu, tentando ajudar a nora de algum modo.

"Vovó, não tem nenhum super-herói com o nome Adam, sabia?" Arie deu a informação, que julgava de suma importância, sentando no colo da avó, enquanto Finn ocupava a ponta da espreguiçadeira de sua mulher, colocando Chloe sobre as pernas.

"Na verdade, tem sim, meu amor." A avó disse, fazendo carinho no cabelo molhado da neta. "Existe um super-herói muito poderoso chamado Capitão Átomo, que tem o nome humano de Adam Allen. É bem melhor que Bruce ou Clark, porque eles dois são só nomes de super-herói e Adam é nome de super-herói e de príncipe... que são duas coisas de que você gosta, não?" Perguntou e a neta a olhou, curiosa, mas balançou a cabeça. "Ótimo, então vamos nos secar, pra comer, ok?" Levantou-se com Arie e fez sinal para que Chloe também fosse com ela.

"Eu gosto de Adam." Arie afirmou, antes de se afastar com a avó. "Mas eu não sei, não. Eu não conheço esse super-herói." Cruzou os braços na frente do corpo, andando na direção da casa, e fazendo com que a mãe revirasse os olhos pelo seu gênio forte.

"Seu pai te mostra depois." O casal ainda escutou a mãe dele dizer, antes de fazer sinal para que Arthur saísse da piscina e entrasse com as meninas.

"Isso é coisa sua e não da minha mãe, né?" Finn se aproximou, roubando um beijo rápido de Rachel, sorridente.

"Bruce pra mim é nome de gato, Finn. E Clark... sei lá. Eu não gosto." Reclamou. "Até porque depois vai passar essa febre de super-heróis e virão outras, mas vai ser o nosso mais novo quem vai ficar com o nome pra sempre."

"É, você tem razão, amor." Falou, pegando uma roupa seca e se preparando para ir ao banheiro trocar a sunga por ela. "Vai que daqui a um tempo ela resolve assistir Avatar com o Sam e gosta de Neytiri ou Tsu'Tey... ou Guerra nas Estrelas com o Puck e se apaixona pelo Anakin ou a Padmé, e resolve que o próximo irmãozinho devia ter um nome doido desses." Brincou e os dois riram. "É melhor colocar Adam agora... e continuar escolhendo nomes normais."

"Como assim, Finn? É impressão minha ou você tá falando sério?" Questionou, assustada. "Vai ser nosso terceiro filho, ele nem saiu de dentro de mim ainda e você já tá falando em outro?"

"Ah, eu gosto de família grande, amor. Você não?" Levantou a sobrancelha.

"Família grande é ótimo, mas não é você quem fica pesado, feio, enjoado nos primeiros meses, indo ao banheiro toda hora, tendo desejos estranhos." Observou.

"Desculpa, Rach." Disse, agachando-se ao lado dela e fazendo carinho em seu rosto. "É que eles vão crescendo e... é tão bom quando chega mais um, pequenininho e com o mundo inteiro pra descobrir, que eu esqueci que não é só felicidade." Disse, sincero. "Eu teria sido feliz com um só, sou feliz com dois e vou ser feliz com três, se você preferir parar por aí." Assegurou, beijando a testa dela e levantando. "Vou trocar de roupa, porque os velhos já chamaram." Apontou com a cabeça o avô e o pai, que tinham convocado todos para comer, havia alguns segundos.

"Eu te amo, Finn." Ela disse, quando ele ia saindo e ele se virou, dando um sorriso que era só dela.

"Eu também amo você, babe. Muito!" Declarou-se, indo em direção à porta dos fundos.

Ela se levantou, caminhando até a mesa onde comeriam, e começou a conversar com os outros membros da família, que já estavam em volta desta. Era uma família amorosa e animada, e todos amavam crianças, tanto que ninguém hesitou em passar a tarde com Chloe e Arthur, quando Ariel pediu para os primos serem levados ao churrasco também.

No fundo, sabia que cederia e teria mais filhos com Finn, se a natureza quisesse. Era bom demais olhar para Ari e Phil, e ver características do homem que ela amava tanto, além de algumas qualidades suas das quais tinha muito orgulho.

Além disso, amor é uma coisa tão boa e rara! Por que não aproveitar que no coração de um Hudson sempre exista lugar para mais um?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, gente! Com um misto de tristeza pela saudade e alegria pelo dever cumprido, me despeço de mais uma fic Finchel.

Não esqueçam que há três em andamento e que outras virão. Por favor, continuem lendo e, se gostarem, comentem, porque é muito importante saber.

Para quem gostava muito dessa fic por ela ter as crianças, não deixe de ler Momentos Chave de Nossas Vidas, porque teremos capítulos com fofurices infantis nela, ok?

Bjo e muito amor, força e esperança pra todos vocês!! =D