Cartas Para Julieta. escrita por nobodys hero


Capítulo 26
Capítulo 26 -




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– Claro que pode, pega o quê você quiser.- disse e me esperou pegar o sorvete para pagar a conta. Peguei um pote de flocos e uma colher. Fui para perto de todos e ofereci, como sempre, só Zacky comeu o sorvete comigo. Voltamos novamente para o ônibus e ficamos jogando e/ou assistindo.
Estava tudo ótimo, realmente, mas sempre tinha uma recaída e lembrava de Jason. Isso estava acabando comigo. Já havia se passado uma semana e a cada show que tentavam me apresentar eu tinha essa recaída. Eu não subia no palco por puro medo, pois sabia que, se eu entrasse... Poderia me jogar do palco. Sim, tudo o que eu mais queria era me encontrar novamente com Jason e eu ainda sinto uma ligação forte com ele. Sei um número do qual lembro, mas não sei de quem é. Já tentei ligar mas sempre estava fora de área.
Hoje eu tomei coragem e vou entrar sim. Estava com o meu cabelo seco naturalmente. Ele estava liso e cheio, meio ondulado. E gosto dele assim. Uma blusa do Vengeance, calça jeans clara e um coturno. Estava em “Welcome to the family” A voz de shadows era impressionante. E não consigo o chamar muito de pai, apenas Valery de mãe. Evan e o pessoal do BVB e SWS estavam comigo me apoiando, eu estava de mãos dadas com Evan. Quando acabou “Welcome to the family” Shadows me olhou e sorriu.
– Bom, hoje quero apresentar uma pessoa que ficou muito tempo longe de mim. E me arrependo muito de ter a deixado ir. Quero que vocês digam “Welcome to the family” a minha filha do meio. Julieta! – disse Shadows e sorriu, Zacky e Syn me puxaram rindo, e eu entrei. Começaram a gritar e eu sorri. – Filha, o que você tem a dizer?
– Uou – disse olhando tudo a minha volta. Tudo era enorme, tinha MUITAS pessoas mesmo. Sorri. Sim, sorri. Aquilo era maravilhoso. – Tem... muita gente aqui! – disse e ri. Muitos riram comigo.

– Sim, bastante gente. – disse Matt. Todos me encaravam surpresos. Não seria para menos, não é. – Eu queria te convidar para cantar Dear God comigo. E não aceito “Não” como resposta – disse rindo. Syn trouxe um violão e um microfone para mim. Eu não acreditava naquilo. Trouxeram um banquinho e eu me sentei, e ajeitei o violão no meu colo. Matt também se sentou e pegou o microfone. Comecei a tocar a introdução junto dos meninos enquanto Matt começou.

– A lonely road crossed another cold state line. Miles away from those I Love purpose hard to find – começou Matt.

– While I recall all the words you spoke to me, Can’t help, but wish that I was there. Back where I’d Love to be oh, yeah – continuei

– Dear God, the only thing I ask of you is to hold her when i’m not around. When I’m much too far away, we all need that person Who can be true to you. But I left her when I found her. And now, I wish I’d staved. Cause I’m lonely and I’m tired – Eu e Matt cantamos juntos. Senti um arrepio pelo meu corpo. Meus olhos se encheram de lágrimas, imagens de Jason e eu em um baile. Ele cantando essa música e me pedindo em namoro. Meus beijos com ele. Um soluço se formou na minha garganta e eu não consegui continuar. Matt continuou e me olhou. Levantei do banco correndo e deixei o violão com qualquer pessoa. Evan me olhou preocupado e correu para me abraçar. Chorei como se o mundo fosse acabar. Meus soluços doem meu corpo, minha mente não está processando nada. Eu já não agüento mais... Eu quero a minha vida do coma comigo, presente, aqui. Eu quero ele aqui, o abraço dele aqui. Estava chorando como uma criança perdida. Mas na verdade, eu estava perdida. Sem Jay, eu era uma garota perdida. E eu tinha certeza disso.

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Não sei quantos dias depois disso havia se passado, mas, eu tinha certeza. A certeza de que eu estava perdida. Não saia do quarto para nada, não ia para o colégio e não ia ser hoje que eu iria. Todos faziam de tudo para me tirar daquela “solidão” daquilo que eu estava criando. Meu corpo doía. Doía por demais. Me sentei na cama e fiquei tonta, eu não levantava a um bom tempo, além de andar até o banheiro. Isto estava cansativo, a única pessoa que conseguia me fazer sorrir era Owen e Evan. Apenas. Sim, estou grudada até demais com Evan, e sim, sinto muitíssima falta do meu outro irmão, do meu outro pai e da minha avó principalmente. Meu cabelo já não era mais vermelho e sim preto como carvão, a cor que sempre foi. Com algumas mechas azul. Meus olhos estavam um castanho misturado com verde sem vida. Minha boca e minhas bochechas que antes era vermelhas ou rosas, agora são apenas brancas. Estou totalmente desnutrida, isso não importa.

– Bom dia flor do dia! – disse Evan entrando com Owen em suas costas. O olhei e revirei os olhos. – quanto humor pela manhã, maninha.

– Super, uhul. – disse me deitando novamente. – o que querem?

– Vamos sair, vamos para a escola. – disse colocando Owen no chão e me pegando no colo, me levando até o banheiro. O mesmo me colocou em pé. - Te espero na cozinha, quero você lá daqui 30 minutos. – disse e me deu um selinho. Isso me assustava, mas já deveria estar acostumada. Não, não somos namorados. Mas ele me trata assim, por mais que eu já pedi para ele parar. Retirei toda a minha roupa entrando no box e ligando na água mais quente. Tomei meu banho lavando o cabelo e o sequei logo depois, passei um rímel e um batom roxo escuro. Isso destacava um tanto meu rosto quando minha boca carnuda. Coloquei uma calça jeans grossa preta, um vans azul marinho e um moletom cinza do SWS. Sabia que Kellin iria amar ver meu moletom. Fiz meu cabelo em uma trança fraca e a franja solta. Passei meu perfume preferido e peguei minha mochila. Evan realmente estava me esperando com várias comidas. Meu estomago revirou só de olhar. Eu não queria comer. Falei que não queria comer, saí de casa de mãos dadas com Evan indo até o colégio. Sim, ele era o mais popular do colégio. Não duvidava disso, mas ficava no meu canto, não fica junto dele. Não sei porque. Enfim, a primeira aula era todos me desejando melhoras e tentando falar comigo. Quanto mais as aulas se passavam, mais eu desejava ir para casa. No intervalo fiquei com Evan, pois ele insistiu demais. Todos foram legais comigo, mas preferia o meu canto.


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