Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 4
Capítulo 4 - Afterlife


Notas iniciais do capítulo

Ah, meu Merlin, Aslam, Deus e vários outros!! Eu estou amando os comentários, msm que n sejam mtos! Afinal, na primeira temporada tenho 50 leitores, mas nessa ainda sao apenas 28. Então, quero agradecer a todos, principalmente a quem deixou uma recomendação na primeira temporada. Msm que n acompanhe essa, eu dedico esse cap a vcs: Sakura_Rin, Manga Albina, Carol Mol, Bruna, Millena Ferreira, Jigglepuff, Rachel Price e Anne Pevensie! Adorei todas as recomendações e sempre espero mais!! Espero q vcs me ajudem nisso!



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Like walking into a dream,
So unlike what you've seen
So unsure but it seems, 'cause we've been waiting for you
Fallen into this place, just giving you a small taste
Of your afterlife here so stay,
You'll be back here soon anyway

Capítulo 4 - Afterlife

Edmundo acordou sentindo falta de alguma coisa. Revirou na cama duas ou três vezes até que viu que não estava em seu próprio quarto. Estava no quarto de Lena. Mas onde ela estava? Ele tentou revirar a memória da noite anterior, mas conseguiu lembrar a mãe de sua namorada o havia ofendido. Namorada?! E então ele se lembrou do que acontecera antes do encontro com Brenda. Fora um pedido de namoro estranho e fora do comum, mas nada do que já não estivesse acostumado. Afinal, era Lena. A sua Lena. E com certeza, nada do que vinha era algo normal. Mas estava feliz e percebera que ela estava feliz. E era isso o que importava.

Revirou-se mais uma vez na cama, sentindo o cheiro adocicado do perfume de Lena ao seu redor. Estava impregnado em todos os lugares. Nos lençois ao seu redor, no travesseiro ao seu lado e, por mais que não tivesse acontecido nada, ele podia sentir o cheiro de cerejas em sua camisa. Ela havia dormido sobre seu peitoral. Olhou para o travesseiro dela e viu ali um pedaço de pergaminho. Bem pequeno e continha um bilhete.

Eddie, eu fui cavalgar. Não precisa se preocupar, volto em algumas horas. Preciso pensar. – Lena

No brilhete dizia que ela iria cavalgar, então por que ele sentia um aperto no peito?! O moreno balançou a cabeça, tentando ignorar. Não queria pensar em nada do que pudesse ter acontecido, afinal, era apenas uma cavalgada, não? O que poderia ter acontecido? Edmundo bufou, levantando-se da cama. Ele tinha que parar de ser tão paranóico! Não poderia ter acontecido nada com a sua baixinha, ela sabia se cuidar muito bem. Ele saiu do quarto dela e foi em direção ao seu para tomar um banho relaxante e colocar uma nova muda de roupas.

Desceu as escadas em direção ao salão de jantar e encontrou ali apenas Lúcia.

– Bom dia, Lú. - cumprimentou a irmã, indo até ela e dando-lhe um beijo suave na bochecha.

– Bom dia, Ed.

– Você viu a Lena? - perguntou ele, fingindo estar despreocupado.

– Eu... - a pequena foi interrompida.

– Ela acabou de sair. - Pedro disse, entrando na cozinha. Edmundo assentiu antes do loiro continuar. - Saiu daqui furiosa depois de ler um bilhete que chegou para ela.

– Que bilhete? - perguntaram Edmundo e Lúcia, curiosos e preocupados.

– Eu não li. - Pedro levantou as mão em sinal de rendição. - Deve estar na cozinha ainda.

E então os três foram para lá. Edmundo olhou ao redor, extremamente preocupado, à procura de algo que pudesse ajudar. E achou. Como diz o ditado: quem procura, acha. Mas Edmundo ficou indeciso se ele queria realmente ter procurado, pois sua descoberta era desanimadora. O bilhete? Era da mãe dela.

O que não lhe trazia boas lembranças, pois depois que conheceu a sogra, soube que ela faria qualquer coisa para que pudesse separá-los. Mas de certo modo, ele sabia que não era ela. Não era a mesma mulher que ele sempre via cuidando da filha. A mulher que vira cuidando de sua namorada era boa e carinhosa. Além de que ele já a vira conversando com ela sobre namorados. Tudo bem que a menina ainda não tinha nem dez anos, mas desde cedo ela já era madura o suficiente para imaginar como seria o namorado perfeito.

E a mãe a aconcelhara. Acredite quando digo, Edmundo jamais vira melhor conselheira do que ela. Disse à filha para não ficar se amarrando nisso, pois um dia o cara certo para ela chegaria. E que não deveria jamais deixá-lo ir embora. Deveria correr atrás do cara que ama e que seria o único a fazê-la feliz. Por isso Edmundo ficara tão feliz quando soube que Lena fora até a Inglaterra para tentar encontrá-lo. Era a prova de que ele era o cara que ela achava ser o certo.

– O que diz o bilhete? - ele ouviu a voz da irmã mais nova acordando-o dos devaneios.

– Diz que eu tenho que ir atrás daquela cabeça dura. - ele respondeu enigmaticamente, dobrando o pergaminho e guardando no bolso. Sabia que não poderia ninguém vê-lo. Ao menos por enquanto.

– O que você vai fazer, cara?! - perguntou Pedro, exasperado.

– Vou atrás dela. - respondeu ele, correndo até os estábulos, sem olhar para os irmãos, que o seguiram.

– Eu vou com você! - exclamou Pedro, fazendo o moreno parar no meio do ato de contar seu cavalo.

– Não, Pedro, desta vez eu vou sozinho. - disse Edmundo, embainhando sua espada e terminando de montar.

– Não, Ed, Lena é sua namorada, mas é minha amiga. Se ela está correndo perigo, eu vou ajudar a trazê-la de volta. - disse o loiro decididamente, montando seu próprio cavalo.

Edmundo suspirou, derrotado, mas assentiu. Sabia que talvez não conseguiria sozinho. Apenas talvez, pois ele ainda tinha orgulho de não admitir em voz alta.

– Eu quero ir também! - implorou Lúcia.

– Não! - respondeu ambos os Pevensie.

– Mas Lena também é minha amiga! É a irmã que eu não terei aqui! - ela insistiu, dizendo algo que sabia ser o ponto fraco de seus irmãos. Sabia que o fato de nunca mais poderem ver Susana era um choque que ainda não foi superado.

E para ambos saberem que Lúcia considerava a quinta rainha como uma irmã, talvez até mais do que a irmã que renegou Nárnia, era algo que realmente mexia com eles. Mas ainda assim era perigoso demais para colocarem a irmã caçula em perigo. Pois se nessa Nárnia havia algo perigoso, era por que realmente era algo extremamente grave.

– Não, Lú, não vamos colocar você em perigo. - disse Pedro.

– Mas eu quero ajudar minha amiga! - insistiu a menina, batendo o pé.

– Você pode ajudar... - começou Edmundo, e quando viu os olhos da pequena brilhando, sabia que deveria continuar. - Avise Caspian sobre isso, ele é o melhor amigo de Lena, precisa saber. Ajude-o aqui no que puder, provavelmente ele mandará uma equipe de busca caso demoremos. Caso mande, aí você poderá ir junto.

Lúcia assentiu, derrotada, mas sabia que era o certo. Além disso, ela poderia dar uma força para Caspian, se aproximando mais dele.

– Está bem, mas por favor, tragam-na de volta. - ela pediu, com os olhos marejados, e Edmundo viu o quanto sua namorada era especial para todos ali.

Lúcia se afastou dos cavalos, dando-lhes espaço. E assim, Pedro e Edmundo cavalgaram o mais rápido possível para encontrar a tão amada Rainha Lena, A Guerreira.

~*~

Cerca de uma hora depois, Edmundo já estava desesperado. Mais até do que antes, quando vira o bilhete. Jamais tinha imaginado que uma menina faria isso com ele.

– Edmundo, respira, assim não vai conseguir achá-la nem na China! - disse Pedro, querendo fazer uma piadinha, mas sem muito sucesso. Ele também estava assim, afinal, Lena era uma grande amiga dele. Não só dele, todos adoravam a menina.

– Pedro, não estou com clima para piadas. - Edmundo resmungou, mas respirou fundo, sabendo que ficar estressado não adiantaria muita coisa. - Preciso encontrá-la, Pedro! - ele soltou depois de um tempo de silêncio desconfortável, ouvindo apenas os cascos dos cavalos a toda velocidade.

Pedro virou-se para o irmão ao ouvir a voz falha do moreno e encontrou algo que jamais imaginou ver em toda a sua vida. Edmundo estava chorando silenciosamente. O loiro jamais imaginou que o irmão iria algum dia chorar na sua frente. Ele pareceu sempre tão forte, tinha orgulho dele. Nem mesmo quando retornaram de Nárnia ele imaginou vê-lo assim, pois de algum modo Aslam tinha dado esperanças de um dia se reencontrarem. E aconteceu. Mas agora, se algo fatal acontecesse com Lena era definitivo e ambos sabiam disso. Pedro se questionou exasperadamente quão grave é o perigo que a menina corre.

– Ed, vamos achá-la. - o loiro disse, tentando transmitir esperanças ao irmão.

– Devíamos ter vindo com alguém da segurança. Um minotauro que talvez seguisse o cheiro dela, sei lá! Nesse passo nunca a acharemos.

– Ed, não tínhamos muito o que fazer. Estamos os dois loucos para achá-la, seria meio perda de tempo.

– Eu preciso encontrá-la. - Edmundo repetiu para si mesmo, como um mantra especial.

Dito e feito. Alguns metros à frente, estava Lena jogada entre as folhas no chão. Estava desacordada. Edmundo e Pedro pularam de seus cavalos e correram ao encontro de Lena, encontrando Gemma, o cavalo dela, mexendo levemente seus cachos. Edmundo agachou-se ao seu lado e amparou sua cabeça sobre suas pernas.

– Lena, acorde. - ele pediu, tentando se recuperar das lágrimas que insistiam em cair.

– Edmundo precisamos levá-la urgentemente para saber se tem algo quebrado. - disse Pedro, analisando o estado que seu irmão se encontrava ao ver a fragilidade da namorada. Percebeu que ele realmente a amava. Um amor que talvez ele jamais iria experimentar.

– Ela não parece ferida. - o moreno disse, ainda entre lágrimas, analisando-a rapidamente.

– Mas...

Ele foi interrompido por um resmungo. De Lena - ela estava acordando.

– Lena, por favor, Lena, acorde! - pedia Edmundo.

A menina abriu os olhos, e Edmundo e Pedro ficaram confusos. Não havia ali o brilho apaixonado que estava presente desde que ela percebera que amava Edmundo. E então, algo mais os suspreenderam. Lena disse em uma voz dura e autoritária, exatamente como se dirigira a Edmundo, no dia em que se conheceram no trem em Londres.

– Quem são vocês?


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