Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 2
Capítulo 2 - Together


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap da fic! Não ficou mto bom, mas foi o melhor que consegui fazer! Obg a todos os reviews, mas ainda sim jah tem leitores fantasmas. Pelo menos metade deles. Quero meus reviews y.yEnfim, boa leitora e espero que gostem XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372270/chapter/2

Something just isn't right
I can feel it inside
The truth isn't far behind me
You can't deny

When I turn the lights out
When I close my eyes
Reality overcomes me
I'm living a lie

Capítulo 2 - Together

Lena olhou raivosa para a mãe.

– O que faz aqui?! – perguntou firme e rudemente, assustando tanto Edmundo quanto a própria mãe, mas esta não deixou transparecer.

Até Lena havia se assustado consigo mesma, mas não era para menos. Como uma humana comum havia ido parar naquela Nárnia?! Simplesmente não era possível.

– Então é assim que a mocinha recebe a própria mãe?! – ironizou a mais velha, sem tirar o sorriso sádico do rosto.

Lena simplesmente adorava ver aquele sorriso nos lábios de Edmundo, segundos antes de ele entrar em algum tipo de batalha ou luta, como se já soubesse desde o início as técnicas utilizadas pelo oponente. Ou quando ele simplesmente pensava em algo completamente infalível, já que este ficava encarregado das estratégias em batalha.

Mas ali agora, aquele sorriso que tanto admirou no rosto do moreno, estava a enojando no rosto da mãe.

Pois aquela não era sua mãe. Primeiramente porque não seria possível que após a morte, ela pudesse regressar naquela Nárnia quando não era uma narniana chamada por Aslan. Mas também havia o segundo motivo, que era exatamente aquele que mais lhe assustava. Sua mãe sempre foi uma pessoa alegre e bondosa, pensando nos outros em primeiro plano – e fora por isso que sofrera tanto com a morte dela. Mas sua mãe jamais colocaria um sorriso daquele estampado no rosto ou teria um brilho tão cruel nos olhos.

Queria dar um passo atrás para poder proteger o corpo de Edmundo com o seu, receosa do que aquele projeto não identificado da mãe poderia fazer. Mas sabia que, além de ser bem menor do que o moreno, não poderia dar a entender que estava amedrontada com a situação.

– Digo e repito: o que faz aqui?

Lena olhou com tamanha dureza para a mãe, e isso fez com que Edmundo percebesse o perigo que havia ali. Ele passara anos vigiando a menina e simpatizara com a mãe da mesma. Mais até com sua própria mãe. Não haveria como estar cruel desse jeito. Era teoricamente impossível.

Mas logicamente provável.

E sabia que Lena estava com todas as engrenagens do cérebro a mil. Quase podia vê-las funcionando.

A mãe andou a passos lentos e arrogantes até a filha, parando em frente a ela. E foi então que Lena percebeu o brilho cruel e completamente diferente em seus olhos, tornando-os momentaneamente brancos, cor do gelo. Percebeu que a alma que a habitava o corpo da mãe não era o mesmo de antes de sua morte.

Era algo tortuoso e obscuro.

– Vim fazer-lhe uma visitinha, querida filha. – disse a mãe sarcasticamente, segurando-lhe o queixo e analisando o rosto maduro da filha.

Lena meneou a cabeça, afastando seu queixo das mãos da mãe.

– E claro, dizer que nada disso eu aprovo.

Lena sabia exatamente o que a mãe falava, mas preferiu se fazer de desentendida.

– O que, exatamente, mamãe? – perguntou cinicamente.

A mulher se afastou e sorriu. Um sorriso cruel e sádico, completamente irritadiço e superiormente arrogante.

– Esse namorico idiota que, vai por mim, não durará muito. – disse a mãe. – Não o aprovo e pode ter certeza que não deixarei assim.

– Quem é você? – questionou Lena desconfiadamente, inclinando a cabeça levemente de lado. – Minha verdadeira mãe jamais questionaria uma decisão minha. Principalmente uma dessas.

A mãe sorriu.

Um sorriso maquiavélico, enraivecido e irônico.

– Podemos dizer que não continuo a mesma Brenda de antes. Não sou mais a mesma mamãe de antes, pode registrar!

A raiva foi se juntando no peito de Lena e ela finalmente percebeu que aquela não poderia jamais ser a sua mãe.

– Então não preciso mais considerá-la minha mãe? – perguntou Lena, apenas para ter certeza.

– Não. – respondeu simplesmente.

– Então não me responsabilizarei por isto! – afirmou a mais nova, dando um passo atrás e segurando a mão de Edmundo, que apenas observava até então.

– Isto o que? – perguntou Brenda.

– Isto! – exclamou Lena.

Seus olhos castanho-esverdeados tornaram-se azul claro e Brenda rapidamente deu um passo atrás, ciente do que exatamente sua filha era capaz de fazer. Lena levantou sua mão livre, modelando o ar entre mãe e filha. Brenda, assim que viu a menina fechando o punho, sentiu seu corpo voando para trás e transpassando o vidro da janela. Lena viu o corpo da mãe voando pela janela com um grande pesar no coração, mas sabia que aquela não seria mais sua mãe.

Não mais. Assim que sentiu que a mãe fugira, carregou os cacos, utilizando o ar, de volta até a moldura da janela e utilizou fogo para conectá-los. Depois, desmaiou nos braços de Edmundo, completamente exausta dessa luta interna que lutara para não machucar a mãe ainda mais.

^-^

– Lena.. Lena, por favor acorde!

Lena foi acordando aos poucos, ainda um pouco tonta e percebeu que estava deitada em uma cama. Abriu os olhos aos poucos, um pouco receosa sobre a claridade e viu um rosto conhecido próximo ao seu. Analisou as sardas claras e os olhos negros preocupados.

E então se lembrou do que acontecera.

De como sua mãe estava mudada. De como o brilho cruel mudara totalmente sua fisionomia antes calma. De como a mãe a ameaçara. De como sua mãe mudara totalmente em respeito às suas próprias escolhas.

De como aquela não era mais sua mãe.

Sentiu os olhos arderem levemente, mas não queria chorar na frente de Edmundo. Esperaria até que ele se retirasse para desabafar tudo o que precisava.

Edmundo, vendo uma expressão confusa e dolorosa no rosto de Lena, ajudou-a a se sentar e entregou-lhe um copo de água que havia na cômoda ao lado da cama. Queria muito saber o que se passava na mente dela, mas como sempre, apenas analisar sua expressão não estava funcionando. Lena sempre lhe foi um mistério e não seria agora que isso iria mudar.

Disso tinha certeza.

Sentou-se ao seu lado na cama e ficou a observá-la.

– Como está se sentindo? – perguntou, enquanto acariciava seus cabelos negros e curtos.

Lena pensou em uma resposta boa o suficiente que estivesse demonstrando como se sentia e ao mesmo tempo sem preocupá-lo completamente. Mas ela sabia que isso era impossível, só de olhar nos olhos dele.

– Eu não sei... – respondeu, com a voz meio embargada enquanto as lágrimas que lutava para mantê-las onde deviam, despencavam copiosamente sobre sua face, causando-lhe fortes soluços.

Edmundo, vendo aquela cena nunca presenciada pessoalmente – já a vira chorando pela pintura mágica, mas não podia fazer nada contra aquilo – não sabia como agir. Então agiu por instinto, deitando ao lado de Lena e puxando-a para junto de si. Deitou a cabeça dela sobre seu peitoral e sentiu as lágrimas quentes já mancharem sua camisa. Enquanto acariciava os cabelos negros da menina, ouvia os soluços da menina, mas nada disse, temendo piorar a situação delicada de sua namorada.

Namorada, pensou.

Era estranho como soava aos seus ouvidos. Era uma palavra simples e pequena, mas com um significado tão impactante para ele, que fazia seu coração palpitar rápida e freneticamente, apenas à menção dela. Era forte e sublime, fazendo sua mente girar em torno e obrigando-o a relembrar tudo pelo que passou para que essa palavra viesse a fazer parte de sua vida e cotidiano. Não foram poucas coisas, disso se lembrava. Mas foram essenciais para que conseguisse estar junto da menina mais imperfeita que já conheceu.

Sim, imperfeita.

Perfeição não existe e ele sabia disso. Jamais quis alguém perfeito ao seu lado. Queria apenas alguém que o fizesse se sentir diferente, especial e feliz apenas sendo ela mesma. E Angelina conseguiu, mesmo sem ter total consciência disso, fazer isso e muito mais. E sem deixar que a opinião de terceiros interferissem em sua personalidade. Ela era destemida e esperta, com uma forte personalidade e completamente imutável.

De repente, pode escutar o silêncio impenetrável que se instalou no quarto e, à medida que se deu conta de que Lena já dormia, sentiu seus olhos pesarem e entrar na escuridão do irreal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wanted You More" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.