iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi. Espero realmente que você gostem. Tive essa ideia e comecei a escrevê-la. Os capítulos são pequenos mas eu vou ver se consigo estende-los com o tempo. Te vejo lá embaixo :)



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Inglaterra,1678

O sol brilhava intensamente na colônia de Hampshire. Enquanto isso, gritos histéricos ecoavam nas frias paredes do castelo.

– Não, não e não. De forma alguma eu me casaria com... Com ELE! Mãe, como você pôde?

– Filha, - Pamella sentou-se na cama ao lado da filha , que já se encontrava com rosto já vermelho – primeiro, uma princesa deve sacrificar-se por seu reino. E segundo, não fui eu, foi seu pai. Não se deve desacatar as ordens de um rei.

– Eu sei. Mas eu não o amo! Como posso conviver a minha vida toda com alguém que não suporto?

– Você convive com seus irmãos – Pam brincou com o intuito de fazê-la rir. Funcionou.

–Mas eles são meus irmãos.- fungou, derrotada - São minha família.

– E logo, logo, ele será seu esposo. Desculpe-me filha, mas nossa situação não é uma das melhores. Estamos muito endividados, o reino está quase entrando em guerra e você já tem 18 anos. Já estava na hora de casar-se com alguém.

– E eu me casaria. Casaria-me com qualquer um, menos com Freddward Benson! Eu até me casaria com aquele duque feio, sem os...

–Já chega! – Pamella gritou, pondo um ponto final em todo aquele drama. – Você se casará com o rei Freddward, quer queira, quer não. Está decidido. Então trate de por um sorriso nesse rosto e esforce-se para ser uma boa esposa. Afinal, eu quero meus netinhos logo – falou maliciosamente, enquanto se retirava do quarto.

–Mãe, você não quer que eu... – ela fechou a porta, deixando a filha atônita no quarto. Já do lado de fora suspirou. Dirigiu-se para a Sala Real, onde seu marido, e seu futuro genro esperavam-na.

No caminho, não conseguia deixar de pensar na birra da filha. Afinal, ela nunca tinha conhecido o Freddie antes. Bem , eles se conheceram uma vez, mas eram muito pequenos para se lembrar de um evento que passou tão rápido. Então, por que todo aquele drama? Sam nunca fora uma filha perfeita e muito menos amorosa, mas sempre fora racional e fiel quando se tratava de seu reino. Até que então, caiu a ficha para a rainha.

Era isso.

Sam estava apaixonada. “Mas eu não o amo!”, lembrou-se das palavras da filha. Era de partir seu coração, mas era o correto a se fazer. Sam já era adulta o suficiente para saber de suas obrigações como princesa. Mesmo que isso a deixasse infeliz, não havia nada que Pamella pudesse fazer.

Quando chegou à sala, seu marido e o rei da Espanha encontravam-se muito ocupados discutindo sobre os preparativos do casamento que estava para acontecer. Ela, junto ao seu marido, o rei John Puckett V, fizeram uma aposta cujo perdedor teria que dar a noticia a Sam. Claro que ela tinha que ficar com a parte mais difícil, enquanto ele deleitava-se preparando um grande evento que sua filha mais velha e noiva com certeza, não aprovaria. Varreu a sala com os olhos, procurando o príncipe.

A sala era uma biblioteca muito vasta, repleta de livros com diversos formatos e tamanhos e capas coloridas, e com armaduras pratas, postas em cada canto da sala. Ao fundo, uma enorme janela, que proporcionava a vista para o centro do reino, iluminava brandamente o local. Sorriu ao ver a cena que se seguia. Freddie estava parado, com os braços cruzados atrás do corpo, admirando a pintura de Sam, feita há poucos meses. Sam foi obrigada a pousar para o quadro, mas divertiu-se muito enquanto o pintor pedia insistentemente para que ela ficasse parada. Seu vestido azul com rendas finamente bordadas nas mangas em um tom mais escuro, realçavam a beleza de seus olhos, que eram emoldurados pelos belos cachinhos dourados que lhes caía pelos ombros. Ele parecia estar hipnotizado e isso a agradou de certo modo. Ao menos haveria paixão de um dos lados. Aproximou-se delicadamente e pôs-se a admirar também.

–Ela é linda, não é?- perguntou ao príncipe, sem tirar os olhos do quadro.

–É – suspirou pesadamente – é sim. Desculpe-me a pergunta vossa Majestade, mas, é essa que será a minha esposa?

– Sim, – Pamella o encarou – esta é a Samantha, sua futura esposa.

– Que bom. Eu já a conheci, não foi? Pelo menos, ela é bonita. E tem os seus olhos. –sorriu. Contudo, a tristeza era visível em seus olhinhos castanhos.

– Não está feliz, meu jovem? – questionou a rainha já sabendo da resposta.

–É claro que sim, Majestade. Sua filha é muito bonita e com certeza, serei invejado por muitos por tê-la como esposa. Mas é que... - pensou um pouco antes de falar, encarando o chão.

Sam costumava brincar dizendo que Pam era uma bruxa, que tinha o poder de fazer as pessoas falar o que elas estão sentindo com ela. Porém, Freddie ainda não sabia disso.

–Não tenha medo. Pode falar – pediu docemente.

– É que... Eu queria me casar com alguém que eu amasse, entende? Não algo forçado, algo espontâneo e que fosse da vontade de ambos. Acho que ela nunca vai gostar de mim. – falou, sentindo que um grande peso havia sido retirado de seus ombros. A rainha ouviu tudo, e logo pensou em algo:

–Freddie,- iniciou, olhando diretamente em seus olhos, enquanto o conduzia para fora do castelo - posso chamá-lo assim? Quando eu me casei com John, eu também não o amava. Na verdade eu o odiava. A primeira vez que vim para minha nova casa, pus na cabeça que iria fazer da vida do meu esposo um inferno.

– Sério?- perguntou sorrindo, incrédulo.

–Sério – a rainha sorriu e prosseguiu – mas não deu tempo pra isso. Tudo o que consegui foi recusar a passar minha noite de núpcias com o rei. No outro dia, ele pôs uma cesta de flores com as mais belas rosas que eu já tinha visto na porta de meu quarto, com um pequeno bilhete. Fiquei surpresa, entretanto decidi seguir com o meu plano.

–Mesmo depois deste pequeno gesto? – Freddie perguntou, sentindo-se como uma criança que ouve uma boa história.

–Foi. - Pam ficou feliz por ver que Freddie estava realmente interessado.- Tanto é que, uma vez, tinha uma reunião importantíssima na qual eu deveria acompanhar o rei. Eu não apareci só por birra. John ficou envergonhadíssimo. Mesmo assim, ele continuava com seus gestos amorosos. Flores, lindos vestidos, piqueniques, poesias, bilhetes, tudo que se tem direito. John é como a Sam: quando colocam uma coisa na cabeça, eles têm que ir até o final. E foi assim, que aos poucos ele foi amolecendo meu coração, até que um dia eu me encontrei perdidamente apaixonada por ele.

–E isso durou quanto tempo?

– Sei lá, acho que uns dois meses. Afinal, Freddie, eu sou uma mulher. Qual é a mulher que não gosta de um pouco de romantismo?- brincou, levantando-se do banco em que se encontravam.

–É isso que eu vou fazer: vou conquistar sua filha, custe o que custar! – Freddie afirmou para sua sogra.

– Que bom saber disto Freddie – Pamella gentilmente tomou as mãos dele nas suas – Se quer saber como conquistar a Sam, comece pelo estômago. Ela nunca rejeita comida. Principalmente bacon – lançou-lhe uma piscadela cúmplice e saiu.

Freddie estava decidido. Iria conquistar sua mulher e não mediria esforços pra isso. Afinal, ele podia. E ele iria.


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Notas finais do capítulo

E aí?Será que o Freddie vai conseguir ?