Supernatural: Eternal Flame escrita por Kamila Winchester


Capítulo 5
Senhora Encrenca




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– Eu tenho uma proposta irrecusável. Entreguem as garotas e ninguém precisa usar violência, o que será uma pena já que é minha parte favorita - disse Alaster.

Logo senti um par de braços me agarrarem por trás. Droga, mais um daqueles desgraçados. Tentei me soltar, mas era mais forte. Odeio ser a indefesa, ou pelo menos passei a odiar nesse momento.

O demônio murmurou algo no meu ouvido, e então eu consegui me soltar. Ele pareceu meio distraído por alguns segundos, e isso bastou para que eu pegasse uma barra de ferro no chão e batesse nele. O rosto dele começou a queimar.

–Nossa - fiquei espantada - acho que intendi a ligação...ferro e sal?

– I-isso - ouvi Dean tentar dizer.

Aproveitando que Alaster estava no chão, Castiel pôs as mãos nos outros demônios e eles queimaram, ficando sem olhos. Aquilo era apavorante. Mas... se Anna é um anjo também, por que ela não fez o mesmo? Bem, deve ter algo a ver com a queda dela.

Depois do massacre, só restara Alaster, que não tinha a menor chance contra todos nós juntos. Bem, acho que eu não conto, porque não sirvo para nada mesmo a não ser correr perigo.

Bom, resumindo, eles conseguiram capturar o demônio. Notei que Sam e Dean checavam os pulsos das ''pessoas'' caídas, e só ai me lembrei que aquelas eram pessoas, pessoas inocentes, possuídas por demônios malditos.

–E-eles estão mortos? - perguntei.

–Quando um Demônio possui um corpo ele usa e abusa. Já deviam estar mortos há meses...Desgraçados. - disse Dean.

Castiel me trouxe para casa. Já estava super tarde, ainda mais quando tenho escola amanhã cedo. Estava tão exausta que não fui nem tomar banho, só mudar de roupa e dormir.

Coloquei o celular para despertar, apesar de sempre ficar morrendo de raiva quando ele desperta. Vai entender.

Como o tempo voa, desci correndo as escadas pra fazer o café, e enquanto a água fervia, subi para me trocar.

Castiel estava lá.

–Então, como foi com Alaster? - perguntei enquanto ficava olhando pro meu guarda roupas, apenas encarando-o, como se a roupa fosse si escolher sozinha

–Ele se recusa a falar.

–Falar o quê, afinal? - perguntei em quanto fechava os olhos e agarrava a primeira roupa à minha frente.

– Como e quem está matando os anjos - ele disse.

–A-anjos? Morrendo? I-isso não deveria ser impossível?

–Não somos invencíveis, Carter.

–Tome cuidado - disse entrando no banheiro para pentear meu cabelo e me trocar.

Quando saí de lá, Castiel ainda estava no meu quarto. Admirei-o por alguns segundos até que lembrei.

–Ah, droga, a água no fogo.

– O quê? - perguntou o anjo, sem resposta.

Desci correndo antes que acontecesse alguma besteira, desliguei o fogão e passei o café. Ouvi a voz de Castiel atrás de mim.

–Você é um perigo pra si mesma.

Eu apenas sorri, perguntando se ele queria café. Ele recusou. Tomei o líquido amargo em quatro goles e peguei a minha bolsa. Antes de sair, me despedi de Castiel.

–Tchau, anjo.

–Não quer que eu lhe faça companhia? - perguntou ele.

–Não precisa. - disse

–Se precisar de algo, reze por mim - disse ele desaparecendo.

Tranquei a casa e fui pro ponto de ônibus. Dessa vez haviam algumas pessoas na rua e o ônibus não estava totalmente vazio, lá estavam as mesmas pessoas de sempre que costumavam ir trabalhar cedo.

Cheguei na escola e como sempre o sinal já havia tocado. Sentei na ultima carteira olhei para carteira de Ster, vazia. Será que ela está mesmo bem?

Notei que Josh estava sentado à minha frente me olhando dos pés a cabeça. Arqueei uma das sobrancelhas, aquilo incomodava.

–Tô vendo que seu anjinho consertou você - disse ele.

–Notou pelo que? Por eu estar caminhando normal ou porque eu tirei o gesso? - disse meio que zombando.

Ele sabia que eu estava só brincando. Eu não tô me entendendo, por que estou feliz? Com tudo que está acontecendo, de onde eu tiro forças pra fazer brincadeiras?

Ster apareceu ali na porta com o cabelo meio revirado. Bom, está melhor do que ontem. Pelo visto ela caiu da cama e teve que ficar de fora as duas primeiras aulas, pois se atrasou demais e não pôde entrar na aula de física.

Hoje o tempo parecia estar passando mais rápido. Me vi na mesa sentada comendo uma barrinha de cereal antes que o esperado. Ster não comia nada, Josh comia pela segunda vez.

– Carter, soube que seu pai foi cremado - disse... Victória? Lá vem bomba - e você nem me convidou para o churrasco.

Nesse momento uma onda de raiva tomou conta do meu corpo. Ela não tem direito de fazer isso, de falar dos meus pais, da minha família, grana parte da minha vida. Aturei suas atitudes esnobes, mas nesse momento foi longe demais.

Coloquei a cabeça dela em um prato de comida ela veio para cima de mim. Ela só sabe pegar nos cabelos?

Senti a unha dela arranhar meu rosto, logo estávamos no chão batendo uma na outra e ninguém movia um dedo para separar, só olhavam quietos. Até que alguém interrompeu nos afastando com as mãos.

Era o Castiel.

–Carter... - ele ia dizer alguma coisa mais e interrompi.

–Desculpe... - eu me senti uma idiota por esquecer do meus pais por um dia, ainda mas fazendo apenas três dias que meu pai se foi.

A Victória iria dar continuidade à briga, mas Castiel a segurou pelo pulso e encarou-a sério.

– Pare de ser tão mesquinha e mimada - a voz dele permanecia calma, Victória nos olhava com raiva.

Castiel me trouxe mais cedo para casa, então sentei no sofá e o anjo me trouxe água.

–Então, Carter, não é mesmo? - ouvi uma voz de perto da porta

– Mas que diabos... não sabem bater na porta?

– Arrombar é mais divertido - disse o loiro

– Pena que eu não acho o mesmo. Espera, você arrombou minha porta? - perguntei

– O Sam não deixou - disse ele

– Ainda bem que um de vocês é totalmente são.

–Pois então, Senhorita encrenca, viemos falar de outra coisa - abri a boca para protestar mas Sam foi mais rápido:

– Porque um dos figurões do inferno está atrás de você? O que você aprontou?

– Sabe, eu também queria saber - falei olhando para Castiel

–Ela não fez nada! - disse Castiel

–Bom, então parece que você vai nos contar uma historinha - falou Dean

– Como já lhe disse antes não lhe devo satisfações - retrucou o anjo

–Mais deve satisfações a mim, é a minha vida que está em jogo aqui, eu quero explicações - exigi.

– Carter, já falamos sobre isso... - disse Castiel.

–Mas anjo, quando vai poder me dizer o que esta acontecendo? - perguntei um pouco impaciente.

–Não sou eu quem vai contar isso a você.


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