A Canção escrita por Myuky


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Olá, essa é minha segunda fic SasuHina como protagonistas, essa fic deveria ser original, mas decidi mudar e aqui estou. O título é meio nada ver, mas vamos ao que interessa!! Espero que gostem!!

Boa leitura =)



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A Canção

Por Myuky



O relógio já gritava meia noite, alguns estabelecimentos começavam a fechar e outros passariam a noite em claro afinal, era sexta-feira e o dia para muitos ainda iria começar. Alguns acreditavam que não iria haver movimento, pois os meteorologistas diziam que Konoha teria a madrugada mais fria do ano com previsão de neve, no entanto isso não impedia que muitas pessoas andassem nas ruas.

Em meio á várias pessoas que saiam ou chegavam aos barzinhos, um jovem alto, pele clara, cabelos escuros e olhos da mesma cor, tentava se esquivar. O dia havia sido puxado para aquele homem, andara de um lado ao outro resolvendo milhões de coisas, apenas queria beber um gole de Whisky em seu bar favorito e ir para casa dormir.

Quando finalmente chegou sentiu uma grande nostalgia, fazia tempo que não ia naquele lugar e aquilo o fez reviver lembranças inimagináveis. Sentou em um banco, e esperou alguém ir atendê-lo e para sua surpresa Kai ainda trabalhava ali, o dois conversaram um pouco, mas algo chamou sua atenção. Do outro lado havia um palco, onde alguém sempre se apresentava, antigamente ele e seus amigos tocavam e faziam a alegria de todos, agora tinha uma pessoa ali na verdade uma garota não devia ter mais de 20 anos, seus cabelos eram preto azulado e liso, sua pele branca e seus olhos perolados o que deixava qualquer um hipnotizado.

– Essa, como todos sabem é a minha favorita e também a última dessa noite, espero que gostem – as pessoas começaram a aplaudir e outros já bêbados gritavam ao fundo.

– CASA COMIGO HINATA! – disse alguém tomando um gole de cerveja, a jovem apenas riu da situação e começou a cantar.

A música fez todos ficarem mais calmos e para acompanhar o som, os espectadores passaram a bater palmas. Ainda no bar sentado, o homem olhava para menina, sua voz e sua beleza eram estonteantes, aquilo o deixou estático. Mas não era apenas isso, ouvir aquela música fez com que lembranças viessem na sua mente e tudo o que havia feito naquele dia, o piti que dera mais cedo, as coisas que havia falado, pegou o celular e discou alguns números, falou com alguém e no decorrer da canção fez mais três ligações. Depois disso sentiu um grande peso sair de suas costas, a discussão com seus amigos, agora fazia parte do passado e se tudo desse certo estariam viajando nos próximos dias.

Quando a canção acabou viu a menina levantar e conversar com Sayuri, a dona do lugar, enquanto isso as pessoas iam se retirando, assim que o papo acabou foi falar com a mulher que ficou feliz ao vê-lo. A coversa durou mais tempo do que precisava e quando percebeu a moça já estava se despedindo dos funcionários, rapidamente livrou-se da mulher e foi atrás dela.

– Você cantou muito bem – elogiou o homem, fazendo a jovem virar para ele.

– Obrigada

– Olha, desculpa minha impertinência, mas o que faz aqui? – indagou, ela logo entendeu que seu sotaque a entregara, ela era do País da Água e morava na cidade há quase dois anos, terminaria seus estudos em alguns meses.

– Eu estou estudando e você? O que faz aqui? Não tem shows para fazer em outra cidade? – perguntou deixando o homem surpreso, ela sabia quem ele era, e nesse momento tudo pareceu obvio.

– Bom, é meu dia de folga – respondeu sorrindo amarelo – não sabia que me reconheceria, gosta do meu trabalho? – perguntou curioso.

– Não necessariamente, curto uma música aqui e outra ali, mas não me considero fã – ele não esperava pela resposta dela – Preciso ir, nos esbarramos por aí – disse se afastando até ouvir a voz de Sayuri.

– Hinata, o Sasuke mora perto da república – falou a mulher aparecendo do nada – Certo Sasuke? Você ainda mora lá, não é? – confirmou.

– Sim, moro – disse balançando a cabeça – se quiser posso te levar – avisou.

– Tudo bem, vou com você - disse antes que sua chefe tentasse insistir, e ela sabia que se isso acontecesse seria praticamente obrigada a ir.

– Que bom, é ruim andar sozinha essa hora da noite – falou Sayuri preocupada.

“Mas, eu sempre volto de taxi, por que isso agora?” – pensou Hinata, fingindo que ouvia. Enquanto isso Sasuke pega seu casaco que estava pendurado na cadeira que há pouco sentara.

– Vamos? – perguntou fazendo a menina sair de seus devaneios. Ela apenas meneou a cabeça e o seguiu, saindo do estabelecimento.

– Meu carro está a mais ou menos duas quadras daqui, se importa em andar um pouco? – perguntou preocupado.

– Não – respondeu. Depois disso um breve silêncio se estabeleceu entre eles, até que Sasuke decide conversar.

– Então Hinata, você faz o quê?

– Faço faculdade de fotografia, consegui uma vaga e me mudei para cá.

– Sério? Esse curso é legal, tenho um amigo que tem seu próprio estúdio e outro que trabalha para uma revista, os caras adoram esse trabalho – disse animado.

– É muito bacana mesmo, adoro essa profissão o que era apenas um hobbie se tonou meu sonho. Mas e você o que fazia no bar, parecia ser conhecido?!

– Sim eu sou, antes de ficar famoso eu e os caras tocávamos lá, todos nós gostávamos do lugar, mas o sucesso não permitiu que frequentássemos sempre que quiséssemos. Mas às vezes sinto a necessidade de ir, e hoje foi um dia desses. O que achou de Konoha?

– Um lugar magnífico, mas sinto falta da hospitalidade não são todos que conservam isso, mas com o tempo você aprende a se virar. Mas, voltando ao que disse você parecia triste ao entrar no bar – Touché! Ela havia reparado nele e mexido em uma ferida, apesar de achar um golpe à quase pergunta o fez sorrir.

– Ah! – suspirou - Então você percebeu? – ele a viu balançar a cabeça afirmativamente e continuou – bom aconteceram coisas ruins hoje, destratei meus amigos quase saindo da banda, o fato é que eu havia esquecido que não éramos apenas uma banda, mas amigos e consequentemente uma família. Conheço aqueles caras desde o jardim de infância, e nesses últimos anos eu esqueci tudo isso e passei de uma pessoa simples, para um ser arrogante e desprezível. Mas, quando vi você tocar aquela música, entendi o que deveria fazer – Ele terminou de falar, no entanto não entendia o porquê de contar tudo para aquela menina.

– Fico feliz em ter ajudado, mas a música é de vocês, aliás, quem a compôs foi você!

– Eu sei, mas sabe há quanto tempo não a escuto? – Hinata respondeu que não com a cabeça – já faz um bom tempo – continuou – E escutar me fez perceber as bobagens que fiz, chegamos meu carro é aquele – disse apontando para uma BMW na cor preta, ele abriu a porta do passageiro para ela entrar e foi para o volante.

– Mas, voltando Hinata há quanto tempo toca?

– Desde os 8 anos. Comecei com teclado e passei para o violão, participei de alguns concursos, mas nunca considerei uma profissão, até chegar aqui.

– Como assim? – perguntou sem entender.

– Bom, apesar de meus pais me mandarem dinheiro, não é suficiente, roupa, moradia, comida, passagem e afins, por isso precisava de um emprego, passei em vários lugares até conhecer Sayuri em um parque, ela me viu com o violão e perguntou se queria um emprego, acabei aceitando e agora trabalho lá.

– Sayuri é uma boa pessoa, a conheço desde meus 15 anos, e foi mais ou menos dessa forma que eu e os garotos começamos a tocar lá.

– Nossa, ela sabe encontrar bons músicos, acho que essa é minha deixa – disse ao ver que já estava prestes a estacionar em frente à república – Foi um prazer conhecer você, obrigada pela carona – disse no ímpeto de abrir a porta.

– Eu abro – antes que ela o questionasse, ele já havia descido do carro – Tenha uma boa noite, e não foi nada – respondeu, ela sorriu e entrou, e ele? Ele foi embora.


ALGUNS MESES DEPOIS


– Nossa! Aonde vai toda arrumada? – indagou uma garota loira.

– Vou sair Ino – respondeu Hinata rindo.

– Isso explica muita coisa. Então... Quando você irão admitir que estão juntos? Ou vai me dizer que essa produção não é pro Sasuke? – perguntou divertida. Hinata achou que não iria conseguir responder, no entanto, em questão de segundos já estava normal.

– Sim, irei encontra-lo e não, nós não temos nada – falou por fim olhando para o espelho.

– Sei, sei e nunca rolou nada? – perguntou Tenten, que apareceu no quarto em questão de segundos.

– Até você? – fingiu-se indignada e depois riu da própria piada – Não aconteceu nada estou falando sério.

– Tudo bem, ficaremos quietas – Ino cruzou os dedos fazendo Tenten rir.

– Vocês são muito bobas, eu estou indo, tentem não colocar fogo na casa. Tchau – acenou e saiu do quarto escutando elas se despedirem.

Logo a perderam de vista escutando a porta se fechar. Hinata desceu as escadas e por um momento achou que tinha exagerado na roupa, mas já era tarde e não voltaria. Andou calmamente pelas ruas pensando no que faria, suas aulas havia acabado naquele dia e se não achasse um emprego logo teria que voltar pra casa, aquilo era bom e ruim ao mesmo tempo, não estava preparada para voltar, pois acreditava que sua profissão, não seria muito valorizada. E pensando nisso chegou ao lugar sem perceber, na frente do restaurante estava um segurança alto e forte, discretamente posicionado para impedir a entrada de estranhos, ao seu lado uma mulher com uma prancheta em mãos, a jovem disse seu nome e o cara alto deu passagem.

Ao entrar se deparou com uma mesa grande, onde muitas pessoas conversavam distraídas, ela avistou alguém e sorriu, indo até lá.

– Feliz aniversário Naruto – abraçou o homem.

– Obrigado, sinta-se a vontade – e a deixou indo cumprimentar outras pessoas.

Naruto era o baterista da banda, eles se conheceram algum tempo depois do incidente no bar da Sayuri, desde então estavam sempre conversando com ele e os outros garotos, acabaram que todos se tornaram amigos. A jovem deixou a bolsa em uma das cadeiras dispostas há mesa, pegou sua câmera e começou a fotografar, enquanto isso dizia “oi” aos conhecidos, e era apresentada aos outros.

Passara-se meia hora desde que chegara e já tinha fotos para montar vários álbuns, mas ainda chegava gente, a família do baterista estava em peso no lugar e crianças corriam de um lado a outro, o que fez a jovem se distrair por alguns segundos.

– BUU!! – alguém falou em seu ouvido fazendo-a pular.

– Tinha que ser você – colocou uma das mãos no coração e começou a rir.

– Podia ter me esperado – indignou-se Sasuke.

– Desculpa majestade, mas fui convidada e contratada pra tirar fotos, não podia chegar muito tarde – disse ironicamente.

– Tudo bem, não falarei mais nada – e sumiu.

A festa acabou tarde, Hinata como sempre foi a ultima sair, despediu-se de Naruto e de sua esposa, eles entraram no carro e partiram, ela seguiu a pé por alguns segundos até ver um carro parar, ela apenas abriu a porta e entrou.

– Achei que teria de ficar dentro do carro por mais tempo – falou brincando.

– E, eu que você tinha me abandonado – os dois riram – Estou prestes a surtar, não quero voltar pra casa – desabafou, e o garoto ficou sério sabia bem do que ela estava falando.

– Olha pra você, é dedicada ao que faz e acredito que se suas amigas conseguiram você consegue, fala com seus pais, pede mais tempo para ficar aqui aposto que eles vão deixar.

– Eu duvido, eles nunca colocaram fé nisso! – respondeu chateada, encostando a cabeça no vidro do automóvel – Se eu não conseguir nada até o fim desse mês terei de voltar, foi o que eles falaram quando liguei.

– Já que é assim, eu converso com os meninos e poderá trabalhar pra gente até encontrar algo melhor, seremos bem generosos com seu pagamento – sorriu divertido. Ela o observou não acreditando no que ouvira, só não lhe abraçou, pois isso poderia causar um acidente.

– Você é a melhor pessoa que existe – ele riu – é sério eu não estou brincando, irei tirar as melhores fotos que alguém já viu – falou se animando com a notícia.

– Eu sei que vai, a banda tem uma reunião ao meio dia e meio amanhã e seria bom que você estivesse presente, nos encontraremos no restaurante de sempre – ela escutou atentamente e quando ele terminou de falar ficaram em silêncio.

Lembrou-se da conversa mais cedo com suas amigas, o conhecia fazia meses se davam bem e tinham ideias, sonhos, gostos parecidos, ele era bonito, simples apesar de tudo e principalmente a entendia. Já tivera outros namorados, mas a conexão entre os dois ia além do que estava acostumada, às vezes achava tudo surreal como se em um passe de mágica fosse sumir, suspirou fundo afundando no banco, ele se virou observou a jovem sentada ao seu lado e um sorriso titubeou em seus lábios ao vê-la colocar os cabelos para trás.

Ele gostava daquela menina desde o dia em que a vira cantar, não suportaria tê-la longe e estudou a ideia cuidadosamente até aquele momento, a verdade é que ao contrário do que disse todos já sabiam de sua proposta e concordaram com ela, assim ganharia mais tempo para se decidir sobre o que fazer em relação aos seus sentimentos. No fundo sentia-se um adolescente confuso com o primeiro amor, sim, ele a amava e sabia disso, demorou muito tempo para acreditar, mas aconteceu. Submerso em seus pensamentos chegaram ao prédio da república, Hinata se despediu e entrou.

Na manhã seguinte acordou cedo suas amigas já tinham saído, organizou a casa e por volta de quinze para o meio dia já estava saindo, usava calça jeans, blusa regata na cor laranja, jaqueta, sapatilhas pretas com detalhes de laço, cabelos presos em rabo de cavalo, maquiagem leve e o colar que sua mãe lhe dera quando fora morar em Konoha. Em poucos minutos já estava na frente do lugar, nem acreditou que conseguira ir tão rápido, havia calculado mal o tempo e chegara cedo, entrou no estabelecimento que já começava a ficar movimentado, avisou quem iria encontrar e a atende levou-a para o lugar reservado, agradeceu e esperou.

– Licença – disse alguém atrás de si com um sotaque diferente, Hinata se virou e encontrou uma mulher aparentemente de quarenta anos e bem vestida.

– Oi – respondeu – posso ajuda-la?

– Hyuuga Hinata?

– Sim! – disse convicta.

– Chamo-me Hashimoto Keiko, posso me sentar? – indagou, a menina apenas acenou afirmativamente com a cabeça e a mulher sentou-se a sua frente – Sei que é estranho, mas serei breve. Vim a Konoha para ver os desfiles e como andam as vendas dos produtos de minha empresa, a desculpe não falei sou presidente da Neon na Vila da Areia, conheci seus trabalhos ao acaso na internet e gostei, pretendia entrar em contato hoje, e olha o que o destino nos proporcionou – Hinata se estivesse comendo teria engasgado, sorriu e seus olhos brilharam quase não acreditou.

– Bom isso é algo interessante e estranho, mas não entendi ainda o que quer – respondeu.

– Estou te oferecendo um emprego como fotografa na maior empresa de moda, e se bobear pode até trabalhar no edital da revista, sei que você sabe bastante coisa sobre o assunto.

– Sério? Mas quando eu vou? Como irei me instalar lá?

– Calma menina, eu quero a resposta até sexta-feira, se disser sim as passagens e as instalações são por nossa conta.

– Meu Deus é muita informação para absorver – falou quase se levantando para abraçar a mulher.

– Pense bem e entre em contato comigo – a mulher se levantou e entregou um cartão – Até mais minha jovem – despediu-se e saiu. Em cinco minutos todos chegaram e Hinata continuava nas nuvens, a reunião se iniciou e não disse uma palavra, dentro de duas horas tudo havia acabado os garotos tinham um show mais tarde e Sasuke não podia levá-la para casa, despediu-se e voltou para apartamento. Em meio aos pensamentos a proposta da senhora ficara em sua mente, era definitivamente irrecusável, mas e seus amigos? Sua família? Sasuke? Não chorava havia algum tempo, mas naquele instante uma lágrima desceu solitária e como uma luz no fim do túnel seu celular vibrou.

“Oi Hina, você estava muito distraída hoje, o que aconteceu?
Se precisar conversar é só ligar.
Beijos Sasuke”.

Sorriu ao ver e respondeu.

“Quando voltar te aviso o que houve!
Nesse momento apenas preciso refletir.
Beijos Hinata”

Não teve resposta, mas continuou com suas ideias de fato precisava falar e explicar a situação para alguém, suas amigas chegaram praticamente juntas e quando sentaram para jantar ela descarregou a novidade, as duas ficaram felizes até ver os olhos tristes da jovem.

– Complicado, mas é a chance de sua vida, conversa com ele e se a opinião dele valer de algo para você faça sua escolha – orientou Ino.

– Você tem razão, falarei com ele amanhã, obrigada meninas – abraçou as duas e foi dormir.

...

– Neon? Sério? – indagou surpreso, ela balançou a cabeça afirmativamente – Uau, agora estou impressionado, vai aceitar? – a pergunta chave fora feita, sentiu um nó na garganta.

– Não sei – sussurrou.

– Isso fará sua carreira decolar Hinata, sinceramente deveria aceitar, além de que seus pais vão parar de te irritar – ela ficou perplexa por dentro, não esperava aquela opinião dele, mas se era isso ela aceitaria e manteria contato por emails e redes sociais.

– Bom, preciso falar com eles não sei como irão reagir.

– E quando vai?

– Não sei, fiquei de ligar para ela até sexta!

– Então não demore, mas por enquanto vamos aproveitar minha folga de hoje, pois as próximas semanas serão shows atrás de shows – disse divertido.

Na mente de Hinata, Sasuke parecia não se importar com a decisão, ou melhor, apenas ligava para sua carreira, o que ela não imaginava é que por dentro ele estava destruído, mas sabia que essa decisão era a melhor a ser tomada naquele momento. O dia transcorreu sem grandes mudanças se divertiram como duas crianças, de noite avisou para seus pais sua decisão e para as amigas, na manhã seguinte ligou para Keiko e aceitou a proposta, na segunda da semana seguinte embarcou para Vila da Areia e Sasuke? Ele não mentira sobre os shows, não vira Hinata partir, mas guardou as melhores lembranças em sua mente.


DOIS ANOS DEPOIS...


Ela arrumou a gola do casaco e saiu do elevador, andou vagarosamente pela rua sem prestar atenção, até se deparar com um lugar conhecido hesitou, mas continuou, entrou devagar tentando não chamar atenção, ninguém a notou. Sentou-se em um banco como outros dispostos na frente do balcão, pediu uma bebida e logo foi servida, o barmen não era o mesmo de sua época, mas foi simpático. Ficou distraída até ouvir vozes ao fundo, onde se encontrava um grupo de amigos que naquele instante começava a cantar parabéns, viu o aniversariante mentalizar algo soprando as velas em seguida; a moça viu a cena com um sorriso nos lábios, então lembrou-se que havia deixado o presente no apartamento depois de tanto procurar o homem.

Chegara à cidade naquela manhã e o procurara o dia todo, tentou contato com suas amigas, mas não deu em nada e para sua surpresa Ino estava lá abraçada ao baixista Gaara, ficou impressionada com o que via. Voltou seus olhos para o aniversariante Sasuke, estava lindo como sempre fora, fazia tempo que não se falavam, principalmente depois da discussão que tiveram por causa de ciúmes, queria se desculpar, mas não tinha coragem, levantou-se e saiu do bar.

Como se o pedido ao soprar as velas tivesse sido atendido viu uma silhueta familiar, pensou ser uma vertigem, mas foi atrás deixando seus amigos confusos, olhou para os lados e não viu ninguém até ouvir aquela voz.

– Gomenasai Sasu-kun – pediu incerta, viu o rapaz vir em sua direção, seus braços a envolveram em um forte abraço.

– Senti sua falta – Sasuke falou ainda abraçando-a – Gomen Hina – pediu.

Tanjoubi Omedetou*, mas infelizmente seu presente ficou no meu apartamento - explicou-se.

– Você está aqui isso basta, acho melhor nós entrarmos quero saber as novidades e está frio – aconselhou Sasuke enquanto, virava-se para entrar.

– Sim, vamos entrar, mas antes o mais importante – ele virou-se novamente – eu estou aqui para ficar – um sorriso apareceu nos lábios do rapaz.

– Já que é assim, tenho algo para dizer também – ela o olhou confusa – eu impliquei com você naquela época, pois estava com saudades e ciúmes, aquele cara parecia te fazer feliz, sabia que te perderia então surtei – desabafou – gosto de você desde o dia em que te conheci, só incentivei sua ida para lá, pois achei ser o melhor para você, mas não sabia o efeito que traria para mim – os olhos de Hinata se encheram de lágrimas, ela o abraçou novamente e sussurrou em seu ouvido.

– Só tentei algo com ele por que queria te esquecer – ele sorriu – Sasuke, não me deixe ir de novo, onegai – suplicou.

– Não vou deixar, pode ter certeza – respondeu, eles se olharam, Sasuke segurou seu rosto e a beijou, sem medo ela retribuiu, tudo ficou para trás. O beijo sessou ao sentirem um floco de neve cair – melhor entrarmos – concluiu.

– Claro, quero saber as novidades, principalmente o que a Ino estava fazendo agarrada ao Gaara – os dois riram e entraram no bar, agora era só deixar o tempo agir!

Glossário*

Tanjoubi Omedetou = Feliz Aniversário


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, espero que tenha gostado!! Beijos Myu



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