Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 78
Capítulo 78


Notas iniciais do capítulo

Olá Mishamigos, essa semana tive tempo de escrever e vou postar mais uns capítulos para vocês. Obrigada pela paciência e boa leitura.



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Nina
Não sei há quanto tempo estou aqui, mas por um lado isso não importa tanto. Estou cada vez mais forte e letal, com os anjos eu aprendi muita coisa mas parece que nunca iria conseguir alcançar meu objetivo, agora com os demônios eu vejo que posso sim alcançar meu objetivo proteger quem amo e salvar o mundo. É estranho pensar assim.
Meus poderes estão bem mais afiados tanto que consegui ter uma visão rápida de Dean, ele estava dormindo e acordou de repente, pelo menos sei que ele está bem. Às vezes penso em considerar o pacto e ficar aqui durante um ano, mas de onde veio essa ideia louca? Tem alguém me esperando, alguém que eu amo e é por ele e por todos meus amigos que eu tenho que achar um jeito de sair daqui.
Não sei mais o que pensar, uma hora quero sair correndo daqui, na outro quero ficar aqui. Meu Deus o que esta acontecendo comigo?
A segurança que fica em volta de mim é pesada, tudo para que eu não consiga escapar, mas vou dar meu jeito tudo tem uma brecha.
– Nina. – chama-me meu pai.
– Sim?
– Esta tão quieta o que houve?
– Nada.
– Resposta errada, me diga o que houve.
Hesito, mas falo.
– Estou pensando em Dean. Estou com saudades.
– Por que esta pensando nisso?
– Porque eu tive uma visão com ele. Por que não me contou que deu tudo certo?
Mais o que? Eu não deveria estar falando sobre isso com ele, por que contei? Por que chamei ele de pai?
– Não te disse por que não queria que você se distraísse do seu foco.
– Você viu a agonia que eu passei durante esse tempo e não disse nada.
– Shh fique calma, ele esta bem não é? Beba.
Ele corta o pulso e me oferece, sem hesitar sugo o quente e delicioso sangue.
– Isso boa garota. – acaricia meus cabelos enquanto me recosto dele. – Tenho uma surpresa para você. Acabou de chegar um pedófilo aqui, quentinho.
– Isso é ótimo!
Limpo a boca, retiro minha adaga da cintura e caminho até a sala de Crowley.
– Olá querida, estava esperando por você.
– Certo, me deixe sozinha com ele.
– Irei assistir de longe se importa?
– Fique ao lado de meu pai.
Ambos estão parados na soleira da porta com um brilho negro nos olhos.
– Essa garota tem seus olhos Luci. – diz Crowley.
– Então você gosta de garotinha não é? – digo.
– E-eu não sei do que você esta falando, e-eu só queria dinheiro.
Hesito. Olho confusa para meu pai.
– Ignore querida, eles sempre falam a mesma coisa.
– Não vou cair nas suas mentiras. – digo ao pedófilo.
– Eu juro, eu juro.
Então começo a tortura, primeiro arranco-lhe um dedo.
– Por favor, por favor, não acredite neles eu sou inocente eu juro.
– Inocentes eram as crianças que você estuprou.
Jogo, ao poucos, ácido em seu rosto.
– Eu já fui estuprada, eu senti o que elas sentiram... Você não merece viver, foi ótimo você ter vindo pra cá.
Coloco o soco inglês e soco seu rosto e o estômago.
– Não perca a consciência verme insolente!
Jogo mais ácido e ele continua gritando.
Satã aparece ao meu lado segurando uma madeira.
– Lembro-me de quando aqueles caras tentaram te estuprar, você pegou um galho e enfiou no rabo deles. – ele ri. – Me diverti muito com aquilo.
– Como sabe disso?
– Eu tinha tv na jaula.
– Só uma coisa – pego a adaga. – Você não vai mais precisar disso aqui em baixo.
Dissipo seu pênis.
– Nossa que garotinha fria, eu nunca fiz isso. – fala Crowley. – Impressionante.
Pego a madeira, enquanto Crowley o desamarra e o vira de costas amarrando-o novamente. Coloco a madeira com força e o homem grita.
– Por favor, por favor.
– Ahhh nem é tão grande e grossa assim, papai foi bondoso em trazer uma desse tamanho. Isso aqui é pra você sentir a dor e o desespero que as pobres criancinhas sentiam.
Em poucos minutos perde a consciência.
– Meu trabalho aqui acabou.
Seco o sangue da adaga com um pano e ela volta para minha cintura.
– Essa garota tem futuro.
– Bom trabalho meu anjinho negro, agora descanse. – Papai beija minha testa.
A caminho do Forte reencontro o demônio que disse que eu poderia salvar Dean. Outros demônios estão tentando pega-lo, mas ele luta muito bem até ser atingido e não levantar mais.
– Saiam de cima dele! – berro.
E eles somem.
– Nossa você tem o respeito deles.
– Talvez pela minha bela performance quando transformei todos em cinzas. Modéstia a parte. – ele se levanta, da primeira vez que o vi estava bem melhor que agora. – Você está horrível. – uma parte do rosto esta na carne viva. – Qual seu nome?
– Tobias, mas pode me chamar de Tobi.
– Certo Tobi, eu sou... Você já sabe quem eu sou. Como sabia que eu poderia salvar Dean?
– Eu escuto coisas.
– Hm e você tem permissão para subir?
– Tinha até ter te dado à dica, depois disso seu pai me torturou por horas e tirou esse direito de mim.
– Merda! Por que me disse aquilo?
– Porque eu queria algo em troca.
– Queria?
– Ainda quero, mas com você aqui embaixo é inútil.
– E o que seria?
– Uma passagem de ida para o Céu.
– Eu não posso fazer isso. Mesmo porque se você está aqui em baixo é porque mereceu.
– Eu não mereci coisa nenhuma – ele berra. – tudo o que eu fiz... Não adianta explicar você não vai acreditar em mim.
Ele começa a andar.
– Hei espera. – pego seu braço. – Tente me contar, talvez eu acredite.
– Certo, antes vamos a um lugar.
Caminhamos por alguns minutos, era um lugar totalmente novo.
– Entre aqui. – diz me ajudando a descer as escadas do porão.
Havia luzes vermelhas por todo o caminho, mas aquilo não ajudava muita à iluminação continuava pouca.
– Para onde está me levando?
– Você logo vai ver. – dobramos em um corredor, agora ambos os lados tinham celas com dois ou três demônios devorando algo. – Esse é o lugar para onde os Especiais são mandados, eles ficam um tempo aqui para serem torturados e devorados, depois são mandados lá pro Campo de Mutilação onde o restante dos demônios os devoram pela eternidade.
– Dean ficou aqui? – minha voz vacila.
– Por um dia. Depois Crowley quis tortura-lo pessoalmente.
– Você o viu?
– Sim. Sinto muito. – engulo em seco. – Chegamos. – ele abre a porta. – Entra rápido.
– Que lugar é esse?
Uma sala vazia cheia de símbolos.
– Esse lugar é secreto, deveria ser conhecido só pelos da “Realeza” se assim podemos chamar.
– Lúcifer e sua corja?
– Exato. Agora preciso da sua ajuda, eu não posso entrar ai se não viro cinzas, vá até o terceiro símbolo e faça uma brecha.
Assim faço e ele entra.
– Ótimo. – ele corta a mão e passa o sangue em um dos símbolos. – Pronto isso vai nos permitir ter uma conversa privada. Esse símbolo foi criado por Natasha significa que podemos falar sobre qualquer coisa e ninguém nos ouvirá.
– E os outros?
– O ultimo você já sabe, queima qualquer demônio que não seja da corja de satã e você meio que... – ele procura uma palavra certa. – É da corja de satã. – reviro os olhos. – O do meio é muito antigo ele é a ponte do Inferno para a Terra e vise e versa.
Meu coração se enche de esperança.
– Então quer dizer que eu posso voltar antes do previsto?
– Pode, mas não é tão simples. Qualquer um que entra ou sai automaticamente vai um aviso para os poderosos, imagina o que eles vão fazer quando descobrirem que você passou pelo portal.
– Como eu faço para passar e não ser descoberta?
– Talvez uma magia de bloqueio ou se você pegar carona com algum demônio que vá para a Terra em alguma missão.
– Recrutar mais almas... – uma ideia me vem à mente.
– Como?
– Nada. – lembro que não posso confiar totalmente nele, embora tenha me ajudado com Dean e agora com isso, ele ainda é um demônio.
– Você pode confiar em mim Nina, estou fazendo isso para te ajudar e mais ainda para que você me ajude, eu já fiquei tempo de mais aqui...
Vejo sinceridade naqueles olhos verdes, mas não posso me deixar enganar.
– Conte-me sua historia.
– Acho que faz vinte anos, não sei ao certo, minha mãe era jovem e bonita, sempre alegre e de bem com a vida até descobrir que estava com câncer em um estagio que não se podia mais fazer nada só esperar pela morte. Todo aquele sorriso lindo desapareceu e ela entrou em um profundo estado de tristeza, eu não aguentava vê-la daquele jeito. Foi então que um dos demônios da encruzilhada me veio com um pacto e eu aceitei sem pensar, o contrato inicial eram dez anos, quando minha mãe viu que estava curada o sorriso lindo voltou, três meses depois vieram me buscar e ainda mataram minha mãe na minha frente. E desde então estou preso aqui.
– Eu lamento tanto Tobias, sinto muito mesmo de verdade.
– E o pior é que eles me buscaram mais cedo por nada, não havia guerra para que quisessem que eu lutasse Crowley simplesmente queria que eu sofresse mais cedo, só isso. Crowley foi o rei durante um tempo, quando Lúcifer estava preso.
– Olha, se você me ajudar e for fiel eu prometo te ajudar também, mas antes eu preciso de um favor.
– E qual seria?
– Você é esperto, dê um jeito de passar pelo portal e vê como Dean está e me conte, só tive uma visão com ele e não foi grande coisa. Quero saber tudo o que você puder descobrir.
– Tudo bem. Negocio fechado? – ele estende a mão.
– Fechado. – aperto, saímos da sala o mais rápido que pudemos.


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