Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 22
Capítulo 22




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                         Dean Winchester

 Eu estava revoltado comigo mesmo por tê-la deixado partir, por ter dito aquelas coisas horríveis. A forma como ela lamentou, como ela chorou e implorou para que eu voltasse com ela, mas não tinha outra opção, comigo ela nunca estaria segura, embora tivesse o sangue do demônio ela não é imortal o metamorfo quase a matou, e se fosse algo muito mais maligno, mais poderoso? Eu nunca iria me perdoar. Estava deitado na cama com meia dúzia de cervejas a meu lado, me lamentando, chorando, lembrando-me de como ela me fez feliz e de como do lado dela eu poderia ser eu mesmo sem precisar ser forte o tempo todo, porque mesmo quando eu tentava ela sabia que eu estava mentindo eu me abria com ela e no final tudo acabava bem. O jeito forte e independente dela me encantava, mas logo se percebia que por traz de tudo aquilo, havia uma garotinha sensível e assusta gritando por ajuda, mas sem obter resposta, até o dia em que eu apareci. A forma como eu a amo é inexplicável, nunca senti antes por ninguém e sei que ela me ama do mesmo jeito, mas infelizmente nosso amor foi interrompido por tem indeterminado. Meu celular tocou arrancando-me de minhas lamentações e lembranças.

 - Oi Sammy. – pigarreei, tentando fazer a voz parecer normal.

 - Por favor, diga que Nina que está ai com você. – disse apressado.

 - Como sabe que ela esteve aqui?

 - Esteve? – repetiu ele. – Você a deixou ir embora? – sua voz agora estava irritada.

 - Sim a deixei ir, não... – tentei falar, mas ele me interrompeu.

 - Pega o carro e vem agora para a rodovia.

 - Por quê? O que houve?

 - Houve um acidente muito grave aqui, a Ferrari está destruída, mas nem sinal do corpo.

 - E dai Sammy? – tomei outro gole de cerveja.

 - Nina estava dirigindo uma Ferrari, estava do lado do Impala.

 - Esta querendo dizer que...

 - É isso mesmo Dean, espero estar errado. Vem logo pra cá, a gente conversa melhor quando você chegar.

 Peguei as chaves do carro e sai correndo até chegar ao estacionamento. Minutos depois estacionei o carro perto de onde havia acontecido o acidente, havia vários carros de policia, um guincho e uma ambulância. Sam veio ao meu encontro.

 - O que aconteceu Sam?

 - A Ferrari estava em alta velocidade, provavelmente ao ver a curva Nina freou bruscamente, a Ferrari rodou na pista – ele apontou para as marcas no chão. – e desceu penhasco a baixo.

 - Como sabe que é Nina? Já acharam o corpo? O que ela estava fazendo com uma Ferrari?

 - Sei que é ela porque quando estava saindo do motel eu a vi chegando e falei o numero do quarto onde você estava e ela me disse que Pet emprestou uma Ferrari para ela vir atrás de você.

 - E se for outra pessoa com outra Ferrai? Você não devia tê-la deixado subir.

 - Muita coincidência não acha? E também acho que isso não importa muito agora, o importante é saber se ela esta viva.

 - E se realmente era ela no carro.

 - Era ela sim, eu estava num bar e ela me ligou, mas não escutei o telefone tocar por causa do barulho. Quando vi a ligação dela uma imagem da Ferrari, em 120 km/h, e ela chorando veio em minha mente. Sai do bar com uma impressão estranha procurando alguma coisa mais eu não sabia o que era, foi quando senti uma vibração muito forte do lado oposto da pista e quando cheguei outra imagem da Ferrari caindo veio em minha mente olhei para baixo e vi os destroços, foi quando chamei a policia.

 - Temos que encontra-la.

 Falei desnorteado.

 - Policial, encontrou alguma coisa? – perguntou ele.

 - Nada ainda a chuva esta dificultando as coisas ainda mais, infelizmente vamos ter que parar a procura, mas voltaremos amanha bem cedo.

 - Amanha? – falei irritado. – E se ela não sobreviver até amanha? Não sabemos a gravidade dos ferimentos.

 - Dean acalme-se. – pediu Sam.

 - É um risco que infelizmente temos que correr. – disse o policial. – Sinto muito, sei que é uma situação difícil, mas vá para casa descanse.

 - Não vou descansar até encontra-la.

 - Tudo bem, mas no momento não podemos fazer nada. Poderia nos ajudar na investigação e contar se sabe onde ela esteve antes do acidente.

 Engoli seco.

- Ela estava comigo, nós discutimos feio ela saiu chorando. – fiz uma pausa. – Mas vocês já sabem se era ela mesmo que estava dirigindo a Ferrari?

 - Bem sinto muito informar, mas dentro do carro achamos uma coisa. Acompanhem-me.

 E assim fizemos, havia uma mochila dentro de um saco plástico lacrado, ele a abriu e meus medos se confirmaram. Uma foto minha com ela e Sammy.

 - Não acredito! – respirei fundo, e as lágrimas rolaram.

 - Dean calma – pediu Sammy. – vamos encontra-la.

 Uma hora depois de os policias terem saído do local, Sammy e eu estacionamos o Impala no meio das árvores, pegamos algumas armas e lanternas e saímos mata adentro. Gritávamos o nome dela, mas não havia nenhuma resposta, nenhum sinal de que ela estava ali.

 - Talvez ela tenha conseguido pedir ajuda. – falei.

 - Assim espero. – respondeu Sammy.

 Mais uma hora se passou e ainda não tínhamos tido nenhum sinal de que Nina pudesse estar ali, o que aumentava mais a minha esperança de ela estar viva. Voltamos para onde a policia havia achado os restos da Ferrari e dessa olhamos com o máximo de cuidado possível, mas só havia cacos de vidro pelo chão. Meia hora depois, Sammy achou um galho quebrado com muito sangue. Andamos mais um pouco por um caminho que ainda não tínhamos feito, até que avistei algo, um corpo jogado no chão perto de uma árvore. Meus músculos se enrijeceram e meu coração bateu mais forte. Saímos correndo em direção ao corpo e ao chegar ao local uma poça enorme de sangue estava formada em volta do corpo, hesitei por um momento. O corpo claramente era de uma mulher, as roupas também, eram as mesmas que Nina estava usando quando me encontrou no motel.

 - Anjo? – falei com a voz tremula, ajoelhando-me ao lado do corpo sem conseguir conter as lágrimas.

 Sammy estava de pé o corpo rígido, como se tentasse se mover mais não conseguisse. E ao virar o corpo minha certeza se confirmou, era Nina e estava morta.

 - Não, não anjo. Por favor, não! – falei chorando.

 - Dean eu... – Sammy tentou falar.

 - Temos que tira-la daqui.

 - Claro vou ligar para as autoridades.

 - Não, tem que haver um jeito de ela voltar.

 - Não tem jeito Dean, você tem que aceitar.

 - Nem que eu tenha que vender minha alma, mas não vou deixa-la morrer.

 - Então é isso? – falou ele irritado. – Você estraga sua única oportunidade de ser feliz e agora quer vender a alma para trazê-la de volta? Sinceramente eu não te entendo.

 - Tentei protege-la, mas não consegui agora vou fazer de tudo para trazê-la de volta.

 - E você acha que ela iria gostar de saber que você vendeu sua alma?

 Não respondi.

 - Eu vou consertar tudo o que fiz anjo, eu prometo.

 Disse por fim encostando levemente meus lábios nos dela. Levei o corpo para dentro do carro e fiquei com ela no banco de trás, enquanto Sammy dirigia na direção do motel. O corpo dela estava estranho, não senti a coluna, abri um pouco o zíper da jaqueta e pude ver onde a coluna havia parado, ela tinha sido quebrada em duas partes obviamente perfurou o coração e outros órgãos.


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