The Best Of Both Worlds escrita por Carol Howard Stark, Liran Rabbit


Capítulo 7
Isso não é um seriado de ficção cientifica


Notas iniciais do capítulo

Eu atrasei meio século essa fic, também, não tinha noção do que fazer x.x
Espero que perdoem o atraso até... Ou não, mas aproveitem a leitura
#peideisai



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Elena 

 

A visão de uma pessoa leiga em física quântica e leis da física sempre é boa, pois como a pessoa que escuta não entende nada, eu que sou irmã de uma cientista e um tio maluco que trabalha com uma empresa mega importante que não apenas revolucionou, mas ajudou no estrago que o mundo foi a alguns meses. Einstein ficaria orgulhoso, muito orgulhoso. 

Lembro pouco do estrago que os nanites fizeram, mas sempre passava pelo noticiário pessoas que se tornaram monstros ou até mesmo criaturas que antes eram tão harmônica com a natureza se transformarem em bestas, agora eu ouvia do meu próprio tio que minha mãe tinha feito algo comigo quando pequena. 

Como eu sei disso, o bom e velho truque do copo na janela, sempre funciona, mas não sejam idiotas a ponto de usarem o copo d' vidro, pode ser mais eficiente, mas é um perigo para quem estar com presa. 

Deveria estar dormindo, mas estava procrastinando, típico. 

Será que tia Alana concordava com toda aquela maluquice? Seria melhor ela ter uma conversa séria com tio James enquanto eu mesma converso com Carmen, a coisa que chamo de irmã e é um desastre ambulante. Einstein não ficaria tão orgulhoso dela. 

Os passos dentro de casa ecoava depois do barulho que teve a instantes atrás e como os vizinhos mantinham distancia da nossa casa, tipo, em terreno e distancia social, talvez as chamadas da policias seriam discadas quando de manhã e quando eu já estaria dentro da sala de aula e Carmen na faculdade. 

Me joguei na cama e me cobri quando a passos ecoaram do corredores e alguém abriu a porta do meu quarto, fingi o máximo possível estar dormindo até a porta novamente ser fechada e eu martelar na cabeça o que tinha acontecido.  

No dia seguinte acordei cedo para poder me arrumar melhor, faria algo que não iria esperar fazer que seria conversar com aquele novato, o cachorrinho Rex e seus maravilhosos nanites. Perguntas perigosas seriam feitas, mas o que era a vida sem o perigo? 

Tia Alana estranhou minha ansiedade para ir logo a escola e a ausência do tio James me fez indagar brevemente para Carmen o que realmente tinha acontecido, mas recebi obviamente a resposta mais vaga possível. 

Teria que usar comida como meio de suborno e com um porte do maravilhosos bolo caseiro de cenoura de tia Alana, material guardado na mochila e segurando as chaves do incrível Impala 67, pedi carinhosamente para minha irmã me levar até a escola e o estranho foi que ela não recusou, aceito de maneira tão tranquila que poderia chover mais tarde. 

Os alunos vinham aos poucos e com presa, sai do carro e olhei até que minha irmã tivesse sumido do meu campo de visão, podendo assim ir dentro da escola e caçar um ser que ainda tinha muito o que explicar para mim. 

E quem diria, o encontrei conversando, ou melhor, sendo ameaçado e caindo dentro das provocações de Jay. Aquele irritante. 

— Parece que o exercício de manhã não é treinar para o time de basquete e sim irritar os outros — Zombei, me aproximando e ficando entre ambos que soltavam farpas — Qual é gente, são sete da matina, não vamos gastar energias com algo tão estressante do que soltar veneno — E parecia, só parecia que eu estava sendo ignorada, o que eu não me deixava nem um pouco contente. 

— Você e os seus amiguinhos acabaram com o que conhecemos — Jay resmungou e rolei o olhar. 

— Que lindo, Jay, mas saiba que foi esse carinha maravilhoso que ele voltou as eixos, caso você não assista televisão e que se não ela tenha queimado seus neurónios, Rex acabou com o caos que o mundo estava e se alguém que deveria ter vergonha na cara é você não é? — Zombei, sorrindo de canto e puxando Rex pelo braço — Você vem comigo, Romeo. 

Com presa, sabia que logo tocaria o sinal para a primeira aula e que não teria muito como falar com ele, tínhamos apenas algumas aulas juntos e entre elas estava física, o que chegava a ser irónico. 

— Vou fazer uma pergunta idiota, como todas as pessoa pegaram os nanites mesmo? — Indaguei, sendo direta de uma vez e vendo o cenho franzido dele. 

— Bem, é uma história complicada, mas uma explosão acarretou em transferir os nanites a qualquer ser vivo do planeta... — Coçava a nuca, nervosos — Por que a pergunta? — Perguntou desconfiado, mas também curioso. 

— E isso acontecia como? Pela transferência sangue ou pelo ar, tipo uma gripe?  

— É pelo ar, mas por que essas perguntas? Agora tem preconceito comigo também Elena? — Indagou, cruzando os braços e sorri nervosa, puxando a mochila para frente e tirando a pote com o bolo que tia Alana fez, entregando a Rex — Tem veneno? 

— Sem gracinhas, é de cenoura e tem chocolate e eu até explicaria, mas isso não é um seriado de ficção cientifica onde explico os meus planos malignos e onde você me salvara do inevitável trágico fim — Fim certo drama, pondo a mão na testa. 

— Você é louca — Concluiu, rindo. 

— É eu sei — Sorri, dando de ombros. 

Assim que o sinal tocou e acabamos nos despedindo até chegar o intervalo, meu sorriso de antes morreu assim que virei de costas para Rex. Passado pelo ar. As pessoas tinham se livrado de qualquer meio de ter um nanite ligado ao DNA e mudanças genéticas não aconteciam mais por conta disso, tínhamos apenas a evolução natural. 

Agora eu queria sair gritando pela escola, mas seria suspensa e ninguém lá em casa gostaria que isso acontecesse. Eu era tão estranha que era a segunda portadora de nanites do mundo todo, ou melhor, a transmissora. 

Calma, respira fundo Elena, não tem nada de errado além disso, quase nada.  

Só nem ter sentindo o tempo passar já me deixava nervosa, até Rex estranhou quando me ofereceu um pedaço do bolo, tentando puxar algum assunto. Tentei ser breve e sorria quando podia. 

Até a última aula que tivemos juntos que foi física, o professor pediu um trabalho um tanto diferente, era sobre viagens dimensionais e no tempo, querendo não uma explicação chupada da internet, mas algo que nós compreendêssemos e tentássemos explicar diante da sala inteira. Aquilo seria interessante, tão interessante que se passaram apenas dois segundos depois daquilo que Rex sentou do meu lado, já ansioso.  

Trocamos nossos números de celular e caminhamos para fora da escola, alguns olhares sempre mostravam o quão as pessoas desconfiavam dele ainda, era até triste. 

— Sabe, esse negócio de dimensões me lembrou um jogo, sabe, que fica nos céus e tem uma garota que abre portais — Comentou e eu franzi o cenho. 

— Não sou muito de jogar vídeo games... 

— Um dia eu lhe faço jogar, mas tem uma frase legal até, que uma pessoa que viaja entre dimensões não se lembra de quem foi e o cérebro faz de tudo que ela negue ou então que tem um universo igual ao nosso, mas que podem ter detalhes que diferenciam nossos mundos — Comentou e arregalei o olhar, surpresa. 

— Nossa, nunca pensei que você fosse inteligente, soou até inteligente de você. Einstein teria orgulho — Deu tapinhas no seu ombro e rindo. 

Claro que ele não deixou barato e fez uma piada idiota para mim também, quase poderia ter entrado no tapa com Rex se um furgão antigo não tivesse freado com tudo na rua, quase atropelando a nós dois. 

Me puxando para trás, Rex parecia em modo de ataque e para não ficar sem nada, puxei uma tesoura da mochila. O quê? Alguém como eu tem que se defender. 

— Vocês dois, entrem já — Um cara falara do banco da frente e antes mesmo que eu respondesse com ignorância, Rex o fez. 

— O que você faz aqui César? — Preocupação e raiva eram visíveis do Salazar. 

— Esse é o seu irmão? — Indaguei, o encarando e vendo que ele era idêntico ao Rex, só que mais velho. 

— Você é Elena, certo? Irmã da Carmen? 

— Sim? — Cruzei os braços e franzi o cenho, claramente confusa. 

— Ela 'tá lá trás, ela pediu para que pegássemos você e o meu irmão, é um assunto muito urgente — Explicou, abrindo a porta do furgão — Entrem! 

— Quanta gentileza... — Resmunguei. 

O tal César parecia não estar mentindo, abri a janelinha que poderia mostrar os fundos e vi Carmen mexer em algumas máquinas pequenas ali. Nem dando tempo de que eu indagasse algo, César deu partida e quase cai. 

Poderia repetir quantas vezes quisesse que aquilo não era um seriado de ficção cientifica, mas aquele estilo que estávamos indo parecia que eramos mais os caça-fantasmas com toda aquela presa. 


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