Elementary escrita por Juliana Moreira, Anne


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sexta do Tédio / Só que não


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem flores da minha vida!A roupa da Lucy ta bem aqui! http://www.polyvore.com/roupa_da_lucy/set?id=83868744



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371622/chapter/2

Cap. 2 – Sexta-feira do Tédio/Só que não

Cheguei em casa e fui direto ao meu quarto. Meu pai não estava em casa e eu não tinha fome, o que eu mais queria era me jogar na cama e passar ali o dia todo dormindo. Ao entrar no meu quarto senti uma paz interior. Ele era todo adornado de enfeites azuis, roupa de cama e claro, a cortina. Meu papel de parede era rosa clarinho, quase branco. Joguei a mochila num canto e me deitei na cama ainda de uniforme. O sono era grande. Sabe quando dá a impressão que você passou semanas sem dormir, mas na verdade só enfrentou duas aulas seguidas de matemática? É, é exatamente isso que estou sentindo.

Fechei os olhos e tentei dormir. Dez. vinte... trinta minutos e nada. Desisti e me levantei entrando no banho. A água gelada percorria meu corpo pra me acordar do meu “sono psicológico”, o que realmente funcionou. Assim que saí do Box e me sequei eu parecia mais acordada, mais animada para o resto do dia. Coloquei uma roupa e peguei as chaves abrindo a porta. Resolvi ir à casa do Tyler, meu melhor amigo também, irmão da Mary.

Tyler tem cabelo castanho claro e olhos tão verdes quanto... Bem, o verde. Ele e Mary moram numa casa que eu considero grande. Atravessei a rua e já pude avistar a casa do Ventera. Sempre me perguntei de onde raios tiraram esse sobrenome. Ventera. É muito estranho.

Vi um carro vermelho na frente da casa e parei no mesmo instante. Tyler, apesar de menor de idade – olha o exemplo pra sociedade – tinha um carro preto... E aquele caro me parecia o do... Ah não... Droga. Ryan.

Toquei a campainha já esperando Tyler. Quando o mesmo atendeu, eu já fui o cortando.

– A desgraça ruiva está aí né?

– Desculpa Lucy... Mas você não avisou que viria então eu...

– Tudo bem. – Eu disse suspirando. Era só um dia. Eu poderia aguentar. – Posso entrar?

– Claro claro. – Ele falou sorrindo.

– Ora, ora... A olhos de gelo está aqui... – Disse o ruivo deitado no sofá jogando videogame.

– Ora, ora não é que a desgraça ruiva está aqui mesmo?

– Não me chame de desgraça, sua desgraçada.

– Eu chamo do que quiser. – Falei estreitando os olhos.

– Ahn... Calma gente...

– Tyler, cala a boca. Essa idiota precisa aprender a respeitar os outros.

– Vai fazer o quê? Vai me bater vai?

– Um...dois...três... – Ele disse se segurando pra não “estourar”. Agora essa, ele virou balão para estourar.

– Olha só... O bebezinho sabe contar, quem diria.

– JÁ CHEGA! – Gritou Tyler – Não aguento mais! É só juntar os dois no mesmo cômodo que sai briga. Um pode estar dormindo que o outro vai arranjar um defeito pra brigar! Dai-me paciência! Parecem mais é fogo e. água...

Ryan olhou para Tyler com cara de que iria matar o castanho mais cedo ou mais tarde.

– Ela não. – Foi a única coisa que disse antes de sair bufando pra cozinha.

– Lucy... É melhor ir agora. Mas quero que volte aqui amanhã.

Assenti com a cabeça meio confusa indo em direção a porta. Por que Ryan ficou daquele jeito? Ele realmente ficou... Assustado. Acho que essa seria a palavra certa para a expressão estampada em seu rosto. Suspirei e fui andando até a porta. A fechei e dei de cara com Mary, que não ficou lá muito feliz a me ver.

– Pra ir ao shopping comigo não vai, mas pra vir na minha casa... Quer pegar meu irmão, é?

– Claro que não. – Eu ri – Seu irmão é fofinho, mas não é meu tipo.

– Ahã, então qual... – Ela parou de falar assim que ouvimos um barulho vindo de dentro da casa. Entramos correndo pra ver o que tinha causado. Era da cozinha.

Fomos andando até lá. Assim que eu vi... Eu... Empaquei.

Ryan estava furioso batendo a mão na mesa. Só que... A mão dele estava... Completamente em chamas. Mas a mesa não queimava o cabelo dele estava meio flutuando parecendo fogo de verdade e o Tyler estava do outro lado da mesa de braços cruzado com um tipo de escudo feito de plantas, como se o Ryan o tivesse atacado.

O que eu não duvido.

– Mas... O que é isso? – Murmurei ainda sem reação.

– Acho melhor pararem. – Disse Mary olhando duramente para os dois – Ou realmente querem um furacão bem aqui? – Olhei para ela e a vi fazendo um mini furacão com o dedo os fazendo parar. O que está acontecendo aqui?! – Ótimo.

– V-você... Eles... Você... Eles... Você... WHAT?! Eu to tendo alucinações... O que comi hoje no lanche?

– Lucy, isso é real. – Disse Tyler num suspiro.

– Vem, vamos ao meu quarto. Deixe-os aí. – Ela então começou a subir as escadas.

Apesar da confusão em minha mente, parei para pensar um pouco... Eu nunca havia ido ao quarto da Mary, ela nunca tinha deixado eu sequer chegar perto da porta dela. O que teria ali dentro? Ao abrir a porta e entrar eu realmente entendi. Suas coisas flutuavam, parecia um quarto daqueles filmes de animação da Disney ou coisas do tipo. Sua cama flutuava levemente, enquanto o resto permanecia no chão. Menos seus livros que pareciam dançar pelo quarto e sua caneta, que estava escrevendo sozinha o dever de casa que passam para as férias.

– Quero uma caneta dessas... – Brinquei tentando tirar o clima pesado.

– Pode se sentar. – Ela disse sorrindo e se sentando na cama. Sentei-me na frente dela. – Presumo que tenha algumas perguntas... Só irei responder uma hoje. Precisa... Processar muita informação.

– O que... Vocês são?

– O que nós somos.

– Nós?

– É claro que você também é uma Elementary. – Olhei pra ela com cara de “o que raios é essa droga?” – Controlamos os elementos. Ryan o fogo, Tyler a terra, eu o ar e... Bem, já deve imaginar você.

– Não controlo a água.

– Do mesmo modo que não faz água de copos levitarem? – Ela disse erguendo uma sobrancelha.

– Tá... Se, por um acaso, eu estiver ponderando a ideia de que isso tudo não é uma pegadinha muito bem feita, o que vou fazer? Não sei controlar meus supostos poderes.

– Por isso temos o acampamento Elementary. – ela disse sorrindo – Todos nós aprendemos cada vez mais lá, e pra sua sorte nos reunimos todas as férias. E com certeza deve ter uma vaga pra você.

– Não sei Mary...

– Pense um pouco. Se quiser ir, esteja em frente à escola depois de amanhã às sete horas. Creio que não vai se arrepender.

– Okay. Mary vou indo pra casa.

**

Ao me deitar fiquei olhando para o teto. Isso... Realmente está acontecendo? E tudo tão surreal. É como se eu fosse acordar daqui a cinco minutos com tudo de volta ao normal. Sem mãos pegando fogo ou quartos com coisas que flutuam. Mas... Parte de mim quer que seja verdade. Isso tudo explicaria as coisas que acontecem comigo.

Quer saber. Eu vou dar uma chance. Eu vou, e ninguém nesse mundo vai me impedir.

"(...)e sua caneta, que estava escrevendo sozinha o dever de casa que passam para as férias."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o próximo é com vc ana!

~~

Cap reescrito dia 19/11/2014



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elementary" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.