Voya E A Caixa De Pandora. escrita por Yumekun


Capítulo 9
Passado e Segredos.


Notas iniciais do capítulo

Eu queria só fazer uma pequena observação antes da leitura. Este capítulo conta a infância do Anyo e da Chloe, mais focando o Anyo, e nos diálogos aparecerão constantes aspas que significa que ele está lembrando daqueles momentos e tal. Boa leitura !



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– “Você devia ter me deixado para trás.” -Disse o menino.
– “Bobo, não desista tão fácil assim, senão você nunca irá crescer!”- Colocou as mãos no rosto do guri.- “Sorria quando puder, sorrir faz bem! Quando crescer seremos grandes, fortes e bonitos e protegeremos quem nós amamos!”
– “Amar?”
– “Sim!”- Se apoio nos braços do garoto.- “ Vamos falar com o Dante, ele talvez tenha algumas frutas para nos dar.”
Os dois seguiram para o fundo da loja que estavam e a menina falou.
– “ Senhor Dante tem algo que possa nos dar hoje? Ele não tem forças para andar.”
Um homem de cabelos castanhos longos apareceu deveria ter na faixa dos quarenta e poucos anos mas era forte.
– “Chloe eu tenho alguns pães de ontem e água, será que dá pra ele e você?”
– “Só quero para ele mesmo senhor!”
– “Está bem mas lembre que você tem que comer.”- Alisou o cabelo da menina.
– “Obrigada.”
O menino comia um tanto quanto desesperado, já fazia algum tempo que só sentia fome e não podia fazer nada pois não tinha como conseguir comida.
– “Coma direitinho!”-Disse sorrindo.
Seu sorriso encantou o miúdo que estava um pouco envergonhado.
– “Daí vamos ser fortes e vamos proteger uns aos outros.”
A menina se empolgava e transmitia o calor de sua essência para todos que falava, parecia não viver na miséria ou nas guerras e sim no paraíso.
– “Eu...”
– “Fale alto! Você fala muito baixo!”
– “Eu quero te proteger.”
A guria corou e por um instante apenas olhou para o pequeno e disse.
– “Quando a gente crescer vamos proteger um ao outro, e isso é uma promessa.”
Criança não mente, criança fala e naquela hora dava para ver que estava para ser criado um vinculo entre aqueles dois.
O tempo passou um pouco mais depressa e logo os dois deveriam ter dez anos, continuavam na rua mas a Chloe aprendia o que podia, de cozinhar a costurar ela se dedicava ao máximo.
– “Você não cria jeito não é?”
– “Eles queriam brigar comigo!”-Disse o menino todo machucado.
– “Deveria ter falado que não queria.”- Ela olhou para ele e riu.- “Tudo bem, só não quero que você se meta em coisa errada.”
Ela realmente não tirava seu sorriso do rosto, em nenhum momento. Apareceu um moço de cabelos ruivos que iam até o final do pescoço e ele tinha asas no lugar das orelhas.
– “Machiori!”-Falou Dante
Era um conhecido que estava mais para um tipo de afilhado e atrás dele havia uma garotinha com a cor do cabelo azul escuro como a água que caía da cachoeira.
– “Eu e a pequena poderíamos ficar aqui? Ultimamente não se há paz em Splide parece que querem investir em armas!”
– “Não seja bobo de perguntar! Pegue suas malas e escolha algum aposento!”
Os dois pobres estão na cozinha escutando, eles não moravam mais na rua, residiam com a Felicia e com Dante que os acolheram como filhos.
– “Vocês dois peguem as malas deles para levar lá para cima.”- Disse a mulher.
A miúda assim que olhou para a menor não hesitou em abraçá-la e dizer.
– “Como você é fofinha, por favor me deixe te ajudar no que eu puder!”
O menino olhou e riu enquanto tentava pegar umas três malas ao mesmo tempo.
– “Eu não vou deixar você levar tudo.”- Disse o rapaz.
O garoto sentiu uma sensação calorosa como ele sentia com a Chloe mas não tão intensa, era a amizade que brotava naquele momento. Depois que ajudou os três mais novos desceram e foram brincar.
– “Eu vou lutar com os outros meninos!”
– “Vai acabar se ferindo novamente.” -Disse a mais madura das meninas.
– “Mas eu preciso ficar forte.”
Um homem surgiu por de trás do garoto colocando a mão na em sua cabeça.
– “Que tal você brigar comigo? Eu posso lhe ensinar algumas coisas.” -Era o Machiori que ria da situação.
– “Vamos agora!”
O menino sem nenhum estratégia avançou no maior que simplesmente esquivava.
– “Você não faz nada assim não tem graça alguma!”- Reclamava o pequeno.
– “A culpa não é minha mas é você que não sabe lutar.”- O rapaz atrás do menino segurou os braços.- “Você tem que me atacar dessa forma e não pode deixar aberturas senão eu posso acabar lhe machucando, eu vou lhe treinar mas não é para você comprar briga, ouviu?”
– “Mas se eles vierem...”-Antes que terminasse foi interrompido.
– “Promete?”
– “Tudo bem.”
Eles treinavam de manhã até a tarde e por incrível que pareça o menino adorava passar o dia todo naqueles rígidos e infatigáveis treinamento era bem mais interessante do que ficar carregando comida para o senhor Dante. Foram longos meses de treinamento e o garoto não desistia, queria ficar mais forte para salvar sua adorada Chloe e os seus outros amigos.
– “Você gosta daquela menininha de cabelos rosados ,não é?”- Disse enquanto meditavam na cachoeira.
– “Como assim?”-Estranhou o menino.
– “Você ama ela.”- Afagou a cabeça do garoto.-“Dá para ver que você não olha ela como as outras pessoas.”
– “M-mas é claro!”-Balbuciou.- “Senão fosse ela eu poderia ter morrido.”
– “Vou manter em segredo.” -Sorriu.
O guri saiu envergonhado em direção a cidade que vivia, estava tendo algum tipo de invasão mas parecia que só estava tendo uma pequena confusão e naquele meio ele viu a sua amiga.
– “O que está havendo Chloe?”
– “Ainda bem que você chegou, cadê o Marchiori?”
– “Ele ficou na cachoeira.”
– “ Um grupo estranho chegou aqui e veio saquear algumas lojas e desde então alguns moradores estão pedindo os produtos roubados só que eles estão negando as acusações mesmo que os moradores tenham avisado que viram.”
– “Malditos.”
Um homem apareceu no meio da multidão que do nada empurrou a menina.
– “Saia da frente sua pirralha idiota.”- Disse o moço.
– “Não faça isso seu idiota!”- Gritou o menino tentando proteger a menor.
– “Tenha mais respeito seu atrevido!”- Tentou surrar o miúdo mas ele defendeu facilmente.
– “É você que deve ter respeito.”
O homem e o garoto começaram a lutar, apesar das esquivadas que o mais novo dava ainda assim o mais velho conseguia acertar às vezes ferindo muito já que o pequeno não tinha tanta força ou resistência mas com certeza o rapaz estava também machucado pelos ataques do menor.
– “É hora de chamar mais gente.”
Alguns homens mais fortes se aproximaram e foram logo tentando bater no garoto.
– “Anyo por favor pare de lutar!”- Disse a menina puxando o braço ensanguentado do menino.
– “Eu vou proteger quem eu amo e não vou parar até ter certeza que não vai vim mais ninguém.”
A garota ficou surpresa com a resposta e logo ele seguiu em direção aquele grupo estava esperando um briga com o moleque.
– “Podem vim!”-Gritou.
Os mais fracos avançaram e logo foram abatidos pelo garoto, então sobrou apenas dois e fortes e aquele que tinha originado a briga. Foram atacando sem parar e já sem forças o menino tentou dar um ataque final naqueles dois mas falhou.
– “Você vai morrer pivete.”- Falou um dos homens.
Antes que batessem no menino apareceu um vulto que aparentemente tinha derrotado todos rapazes tão rapidamente que nem os olhos do menino acompanharam.
– “O que eu disse sobre as brigas?”- Era o moreno que ainda molhado da água da cachoeira defendeu aquele pequeno garoto.- “Não faça mais isso.”
O moço abraçou o moleque que começou a tremer, talvez tivesse ficado chocado naquele momento. Foi quando ele cuspiu sangue.
– “Marchiori?!”- O menino se assustou.
Foi quando começou escorrer sangue pela mão que tampava a boca do rapaz.
– “Marchiori? Sabia que você deveria estar aqui.” -Disse um dos homens.-“Sua cabeça vale um dinheiro bom e é ela que vou pegar agora!”
O rapaz virou de costas onde tinha uma faca enfiada perto do ombro esquerdo.
– “Maldição...”- Disse tirando o objeto do corpo e jogando no chão.
 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam desse capítulo? A chegada do Marchiori ainda vai explicar algumas coisas que talvez esteja em "branco". Obrigada por acompanhar!



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