Voya E A Caixa De Pandora. escrita por Yumekun


Capítulo 3
Adeus e Olá


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi um dos qual eu mais me empolguei e espero que gostem. Mil desculpas pela demora não estava com tempo para fazer ele.
Boa leitura.



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Uma nuvem cinza apareceu no céu daquele dia, o garoto despediu do túmulo do Senhor August e foi andando lentamente até em casa, sem a proteção da chuva, a sua roupa estava encharcada e seus cabelos molhados. Quando chegou em casa, lá estava Anna sentada à mesa como se estivesse esperando o pobre menino, a jovem correu em sua direção e o abraçou.
– Eu sei que está sofrendo agora, mas ele morreu pensando em você, cuidando e te amando .-Falava enquanto suas lágrimas caíam lentamente.
O pequeno abraçou a moça chorando.
– Eu sei...
Dois anos após aquilo, o garoto se esforçava cada vez mais para que se sentisse preparado para o teste do professor amado, ninguém da cidade sabia da existência daquela caixa, pelo menos era que o moleque de quase quinze anos pensava. Ele continuara na casa com a empregada porém, a sua curiosidade aumentava, como ele ainda estava lá? Era estranho o governo não ter tomado nenhuma providência em sua relação mas, também aquilo não era a única coisa que o inquietava, e aquele cubo?
– Cheguei em casa!- Gritou a empregada que acabara de chegar da feira.
– Anna? Você comprou os livros que eu pedir?-Falou guardando as compras.
– Estão aqui!-Falou entregando ao menino.
Agradeceu a mulher e subia correndo ao seu quarto. Estava cada vez mais animado e ansioso para saber do desafio do mestre mas, ele não se sentia muito preparado ainda foi por causa disto que havia pedido para que a empregada comprasse o livro.
– “A caixa mágica.”-Leu o nome da obra.- Espero que você me der uma perspectiva dessa maldita coisa.
O garoto leu em poucas horas aquilo, e parecia que não havia nada á mais para acrescentar no que já sabia, um recipiente cheio das piores desgraças que homem poderia ter. O coração batia cada vez mais forte, o mundo poderia cair em caos se aquela fosse a verdadeira Caixa de Pandora mas, talvez fosse uma das brincadeiras do seu falecido tutor porém, não era uma opção.
Estava a noitecendo e o adolescente desceu do cômodo até a sala para ver se a comida já estava pronta.
– Anna já está tudo pronto?
– Sim ,sim. -Falou sorrindo enquanto levava a comida ainda na panela.
Depois do jantar, já cheio Voya levantou para deixar os pratos no cozinha foi quando ela falou.
– Eu quero conversar com você, não se preocupe, eu vou retirar tudo sozinha.- Séria continuou.- Quando o patrão morreu ele deixou algumas coisas comigo, inclusive aquele estojo, eu sei que ainda não há umas coisas incompreendidas. Querido, eu não li nada que tinha aqui mas, na última conversa que tive que o Senhor August já previa que não havia tempo para ficar aqui no mundo, e foi por isso que ele ajeitou tudo antes de nós.- Estendeu as mãos com a caixa maior, onde estava tudo guardado.
Ele pegou, correu pro quarto e ficou na cama coberto com lençol e pegou a primeira carta.

“ Doze de janeiro de mil setecentos e cinco.

Querido Remmi,

Sinto falta de suas brincadeiras, aqui não tem nada em comparação o que já tive aí, quero voltar para de te ver o mais rápido possível, comprei o livro que você queria. Acho que não se lembra de mim mas, falta pouco tempo para que eu apareça novamente na sua vida, até a próxima! “

Não eram simples cartas, eram cartas de amor da esposa do Senhor August! Ele lia e via o quão perfeita sua escrita e sua forma era, desejava ter conhecido tal mulher, depois de ler todas não havia como não dizer que estava pronto, no outro dia após o almoço. Anna não sabia de nada espera que ele a comunicasse quando fosse abrir, ela fora avisada do que ia acontecer e por isso precisava saber mas, apesar disso ela não falou com ele. Às onze e meia da manhã almoçaram, arrumado e já com seus melhores vestes foi para o quarto do mestre, e deixou a porta entreaberta .
– Espero que tudo ocorra bem.- Pegou aquela caixa que tinha detalhes índigo.
– Onde você está Voya! ?
Ela olhou para o quarto e viu ele dentro quase abrindo o recipiente, correu para impedi-lo.
– Espere!
– Anna!- Sem querer abriu a caixa.
A empregada tropeçou e não conseguiu impedir, um brilho envolveu o garoto e logo não estava mais ali.
A empregada olhou e viu apenas a caixa fechada sem nenhuma cor nos seus detalhes.
– Adeus Voya, volte logo.- Foi a última coisa que conseguiu dizer antes de chorar.

Enquanto isso o garoto escutou as últimas palavras da moça e logo depois acordou num lugar estranho, onde ele estaria?
– Onde diabos estou?!- Parecia assustado, ele não tinha ideia onde estava.

Se levantou e tirou a sujeira que estava naquela roupa que vestia, foi quando reparou que existia uma bolsa de couro escondida debaixo dos arbustos. Verificou se não havia ninguém por perto, pegou e abriu a bolsa, onde tinha algumas frutas estranhas, moedas com símbolos esquisitos, um cubo de madeira e a pulseira que tinha ganhado do seu mestre. Espera! Como a pulseira estava ali? Ficou surpreso pois achava que havia deixado cair antes do clarão que o encobriu.
– Oque você está fazendo aqui? -Falou enquanto pegava a pulseira e amarrava no seu pulso.
Pegou a bolsa e saiu cautelosamente do local, onde que estava mais para uma floresta sombria sem nenhum contato. As árvores eram enormes e estava escuro, sua respiração cada vez mais ofegante aumentava a tensão do lugar, escutava sons estranhos mas, ao invés de ir na direção daquilo preferia se afastar, isso o inquietava cada vez mais, foi quando escutou um gemido.
– Isso não parece ser um animal! –Correu na direção que pensava ter escutado.
Afastava os galhos das árvores que atrapalhava sua visão, tentando não esbarrar nos obstáculos que surgira no caminho, quando encontrou o que procurava, um garoto que devia ser uns três anos mais velho.
– Por favor! Me ajude senão vamos acabar morrendo aqui, logo chegarão!- Ele não fazia nenhuma ideia do que o rapaz falava, mas não hesitou em ajudar.- Pegue aquele isqueiro.
–O garoto encostou o rapaz de cabelos brancos de olhos incrivelmente azuis numa das árvores que estava ali perto, pegou e entregou ao homem que começou a falar um monte de coisas estranhas, não tinha como entender nenhuma palavra se quer do que falava.
– Menino se segure firme em mim, vai ser complicado chegar lá em cima.
– Do que o senhor está falando?- Falou assustado.
Não teve nem tempo de escutar o que o homem respondeu, com um piscar de olhos estavam em um quarto e não mais naquela floresta úmida e diferente. O homem mesmo mancando pegou suas coisas e botou numa escrivaninha que tinha no cômodo.
– Onde estamos?!- Estava realmente intrigando ele que nunca tinha visto nada daquele tipo de coisa.
– Estamos no quartel da cidade de Syvelrim.- Sentou numa das camas que tinha no lugar.- Desculpa não ter me apresentado mas, as bestas logo chegariam. Meu nome é Anyo.
– O meu nome é Voya.- Disse o garoto estendendo a mão pra cumprimentar o rapaz.- Eu não sei onde estou, não tenho ideia como vim parar aqui mas, eu preciso voltar para minha terra.
– Garoto, eu não tenho condições de lhe ajudar agora mas por hora, deite na cama e descanse eu vou fazer uns curativos.
– Eu lhe ajudo.

O moleque tirou casaco, e esquentou na água quente a gaze os panos que tinha lá, não havia ninguém naquele quartel o que enchia cada vez mais de perguntas. Uma das únicas coisas que reparou era que a cozinha era semelhantes as de onde morava por isso não teve dificuldade ao manusear o fogão que tinha lá.
Depois de ter esquentado as bandagens levou para o quarto e começou a fazer os curativos no homem.
– Nunca tinha visto alguém confiar no estranho que encontrou e o ajudar sem muitas perguntas.- Disse com um sorriso irônico no rosto.
– Eu não tenho escolhas não é? Você me salvou e não tenho com que retribuir além de meus serviços de emergência. Senhor Anyo se tivesse me abandonado lá? Não iria durar muito.
– Não ia mesmo.- Falou rindo.
– Quando estiver disposto à me contar tudo vai falar tudo, não tenho porque me preocupar com isso, só espero que o senhor descanse o suficiente para responder depois.
– Gostei de você Voya.- Falou dando um soco leve no ombro do menino.
Os dois riram e depois foram descansar, no cômodo havia duas camas onde descasaram. Apesar que o garoto apenas estava deitado pensando no que teria acontecido, como ele estava ali? Por que o homem estava todo machucado? E como eles estavam no quartel? As perguntas iam se acumulando fazendo com que o menino ficasse feliz em ter novas perguntas, por ter a quem perguntar novamente, aquilo deixava ele bastante animado.


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