Voya E A Caixa De Pandora. escrita por Yumekun


Capítulo 12
Beijo e Surpresa.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi um pouco complicado mas eu gostei bastante dele, acho que eu foi um dos que me empolgou bastante na continuação. Para que sabe da mitologia grega será cada vez mais interesse, pelo menos eu presumo. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371520/chapter/12

– Acho que isso é suficiente para você entender um pouco da nossa vida.
– Então quer dizer que você realmente gosta da Chloe?-Disse o menino rindo.
– Cala a boca pirralho!-Falou o homem dando um cascudo.
Ele deu aquele sorriso travesso de garoto, mas notou uma coisa.
– Você não me falou o segredo da Thea.
– Tinha esquecido este detalhe. - Disse um pouco surpreso.
Alguém estava descendo as escadas o que interrompeu a conversa dos dois, era a menina com uma roupa mais apropriada, apesar de ainda está de manhã e está em casa.
– Seu pirralho idiota. - Disse com seu rosto vermelhado. - Da próxima vez eu lhe mato.
– Desculpe, mas foi por uma boa causa.
– Eu já entendi. –Falou a garota em um tom arrogante.
O homem olhou diretamente para o garoto e disse:
– O que exatamente você viu naquela hora?
– Era um vulto estranho e um pouco baixo...
A menina interrompeu.
– Quanta besteira! Deve ter sido o cocheiro em uma de suas caminhadas! Vamos deixar esse “blábláblá” de lado!
– O que você sugere então?- Disse o rapaz.
– Que tal a gente se divertir mais um dia? Amanhã partiremos cedo para Sylverim, temos alguns assuntos a serem discutidos.
Uma outra pessoa desceu as escadas, era a Chloe com um lindo vestido amarelo com uma cesta de palha.
– Vamos fazer um piquenique!
– Acho uma ótima ideia! Você topam?
– Fazer o que... Vamos!- Falou o homem.
Foram todos em um campo, era calmo e dava para ver de longe pequenas fazendas e um mercadinho.
– Aqui está bom!- Falou o garoto.
Os fracos raios de sol batiam levemente no rosto do moleque era nove horas da manhã e era uma sensação agradável.
Todos se sentaram no chão e ficaram próximos a uma sombra de uma árvore de porte médio. A mais nova enfiou a mão na cesta retirando dois sanduíches e os devorou na hora.
– Que delícia! –Falava com as bochechas cheias de migalhas.
– Pirralha gulosa.
– Cala boca Anyo!
Todos riram exceto ela que continuava a implicar com o moço. Era engraçada a guerra entre aqueles dois para quem estava de fora.
– Enquanto se servem, eu vou comprar algumas coisas no mercado. –Falou a mulher se levantando. - Voya venha comigo e me ajude com as compras.
– Me deixe ir com vocês! Eu me recuso a ficar com este inútil aqui. –Falou a garota mimada apontando para o moço.
– Como se eu quisesse ficar com essa fedelha.
A mulher balançou a cabeça fazendo um sinal negativo.
– Não, apenas eu e o garoto.
Os dois ainda reclamaram e insistiram para ir, porém não adiantou de nada. Os dois foram andando pelo campo onde a relva era um pouco alta encostando-se aos seus joelhos.
– Será uma boa ideia deixar aqueles dois lá?- Disse o menino olhando para trás.
– Eles vão ficar bem.- Disse a empregada sorrindo.
– Afinal o que vamos fazer?
– Eu quero comprar algumas coisas que serão de nossa necessidade quando formos para Sylverim.
– Que tipos de coisas?
– Barras de prata, outros utensílios para a fabricação de armas, tecidos e algumas roupas. - Olhou para o garoto e continuou. - Você está com poucas vestimentas não é?
– Talvez esteja faltando algumas. –Riu enquanto coçava a cabeça com o rosto um pouco corado.
O menino acompanhou a moça em suas compras que por sinal foram muitas! Ele carregava umas cinco sacolas que estava um pouco pesadas. Depois de uns vinte minutos chegaram aqueles dois abusados reclamando um do outro.
– Me deixe que eu carregue algumas. - Falou a garota arrancando praticamente as bolsas.
– Se não for incomodar eu também quero. - Disse o homem coçando a bochecha com o rosto um pouco corado.
Eles entregaram quase todas as sacolas que carregavam na hora para os outros dois.
– Vão para casa, vocês precisam ler e organizar alguns papéis para amanhã.- Disse a mulher.
– Podemos fazer isso mais tarde!- Falaram os dois sacerdotes ao mesmo tempo.
– Deixem disso! Vão logo!- Falou o menino com o rosto um pouco corado.
Eles saíram reclamando do local. O menino sentiu seu batimento cada vez mais forte foi quando surgiu uma chuva. Todos fecharam a barraca rapidamente e correram para suas respectivas casas, a chuva piorou e ficou muito forte de uma hora para outra foi quando o menino sentiu sendo puxado por alguém, não dava para entender direito o que falava a chuva , era incrivelmente barulhenta também, a mão da pessoa era quente e bem delicada.
– É você Chloe?!- O menino gritou o mais forte que pode.
Escutou uma voz abafada, mas conseguiu entender claramente que era ela.
– Vamos encontrar algum lugar para ficar!- Disse a mulher.
A chuva piorava cada vez mais, era necessário algum lugar seguro para ficar. A casa estava bastante longe, não teria como voltar para lá com aquela chuva, foi no momento que eles entraram numa espécie de mata.
– Já estamos chegando!
A mulher levou o garoto para uma pequena caverna.
– Que lugar é este?- Perguntou o menino.
– Aqui era um pequeno esconderijo onde eu e Anyo ficávamos quando íamos brincar, nessa época a princesa não tinha chegado.
O menino olhou para as paredes do local e viu os desenhos feitos com tintas ,os desenhos coloridos feitos com um tipo de lápis, os papeis que estavam jogados no chão, sujos pelo tempo.
– São tantas lembranças, algumas passadas por causa das mágoas...- Disse a mulher com os olhos lacrimejando sem parar.- Desculpa...
O moleque se aproximou e limpou os olhos da mulher com os dedos.
– Você não combina com lágrimas no rosto, mas combina um belo sorriso.- O garoto sorriu e continuou.- Não deixe o fardo do passado arruinar sua felicidade do presente.
Ela abraçou o pequeno, suas lágrimas ainda caiam mas agora era de alívio e não de dor, o menino correspondeu o abraço e falou.
– Sente e descanse um pouco, quando a chuva parar eu aviso.
A mulher se escorou no muro, enquanto ele ficava sentado em frente a entrada da caverna. Passaram algumas horas e continuava o tempo ruim o menino já estava cansado de olhar aquilo foi quando se deparou com uma bela vista, a moça era mais linda dormindo, seus lábios levemente avermelhados, suas pernas brancas e lisas, seus braços delicados, as bochechas rosadas. O menino se aproximou da moça, parecia que estava sendo enfeitiçado por tal deslumbre, seu rosto estava o suficientemente próximo para um beijo.
– Marchiori... -A dama sussurrou o que assustou o miúdo fazendo com que afastasse dela.
Apesar do susto, o garoto se aproximou mais uma vez dando um suave beijo na bochecha direita da mulher. Voltou para sua posição de vigia o que só durou uns quinze minutos antes de cair no cochilo.
Uma sensação boa o atacou enquanto dormia fazendo que acordasse instantaneamente, a chuva tinha passado e agora já estava amanhecendo e aqueles doces raios já estavam surgindo aos poucos. Olhou para trás pensando em acordar a moça, mas ela já não estava mais lá foi quando escutou.
– Voya, já acordou?
Virou e viu a mulher em cima de uma árvore sentada observando a paisagem, com um pulo leve ela desceu delicadamente.
– Temos que ir já, a princesa logo estará partindo. –Disse enquanto pegava nas mãos do menor.
– Tudo bem vamos!
Os dois saíram correndo o mais rápido que podiam, avistaram a carruagem saindo da casa provavelmente estariam atrasados caso não saíssem naquela hora.
– Segure na minha mão o mais forte que puder e tente não tropeçar. - Falou a jovem estendendo a mão.
Ao segurar naquela pequena mão, o pobre Voya foi arrastado numa velocidade incrível seguido de um grande salto que os levou direto para cima do automóvel.
– Surpresa!- Disse a mulher entrando na carruagem. - Espero não ter atrasados vocês.
– Você me deu um baita de um susto sua tonta!- Disse a menina abraçando a moça.
– Cadê o garoto?- Falou o homem, foi quando todos ouviram alguém provavelmente vomitando na traseira. –Deixa para lá.
– Acho que não quero mais saber onde ele está.
Todos riram enquanto o garoto passava mal graças a grande velocidade e ao pulo inesperado, depois que se recuperou um pouco do seu enjoo o moleque entrou na carruagem.
– Está bem pirralho? Se não estiver é bom ficar bem longe de nós! –Disse a arrogante.
– Só para seu conhecimento, eu nunca passei por isso.
– De onde você é?
– Deixa para outro dia, agora vou tentar descansar senão eu vou vomitar na sua cara.
– É bom que durma! Seu inútil!
– Ta, ta...- Falou virando o rosto.
Passou algumas horas e eles chegaram na ilha de Sylverim que estava atualmente um pouco triste por causa da missão falhada, mas ninguém estava totalmente abalado, todos que tinham sobrevivido estavam lutando para dá a volta por cima do acontecido. Algumas pessoas acenaram como se dissessem: “Bem vindo ao seu lar!”, porque querendo ou não ali também era uma moradia que todos se orgulhavam afinal.
– Garoto. –Falou o homem bagunçando os cabelos roxeados do pequeno. –Já chegamos.
Ele abriu os olhos lentamente e viu um grande quartel militar, aparentemente seria o “castelo” da província, ao entrar três militares estavam parados em frente a porta.
– Seja bem recebido senhor!
– Dispensados, mas antes traga o meu braço direito.
– Sim senhor!
Os três militares saíram correndo, enquanto Anyo mostrou os lugares onde cada um iria dormir.
– Os quartos são simples porque não temos necessidades de luxos aqui, cada quarto tem duas camas, uma mesa e um pequeno armário.
– Que sem graça!
– Eu não esbanjo dos luxos como você, idiota.
A garota se irritou, porém ficou calada, foi quando o trio chegou falando.
– Foi recusado o convite senhor!
– Pessoal eu já volto, parece que certa pessoa está atrapalhando, enquanto isso vão para o meu escritório.
A menina assim que entrou na sala se sentou no largo sofá vermelho que tinha e colocou os pés na mesinha que tinha lá, enquanto os outros dois se sentaram no outro móvel que ficava de frente para aquele. O menino ficou com o rosto rosado, lembrou do dia anterior quando beijo a delicada face da Chloe, ela estava do seu lado e seu coração batia rápido.
– Você aprontou o que pirralho? Seu rosto parece uma pimenta. –Encarou o pequeno com uma cara desconfiada.
– Cala boca sua tagarela!- Gritou.
– Vem calar otário!
– Vamos parar com isso, não aconteceu nada! Não é Voya?-Falou a moça sorrindo.
O garoto apenas balançou a cabeça concordando com a mulher ainda com vergonha. Alguns minutos de conversa furada chega o Anyo.
– Venha logo, sem você não podemos nos reunir.- Ele saiu e disse entrando de novo na sala. –Não tem problema em quebrar a porta.
A porta e uma parte próxima quebraram também.
– Pessoal essa é a minha braço direito, comprimente Alícia.
Todos olharam chocados era uma menina gigante, ela tinha uns dois metros e meio e por incrível que pareça ela aparentava ter dez anos de idade e havia algo mais peculiar na grande...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Voya E A Caixa De Pandora." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.