Voya E A Caixa De Pandora. escrita por Yumekun


Capítulo 1
Mestre e discípulo.


Notas iniciais do capítulo

Estou bastante animada para escrever essa fic,o assunto principal ainda não apareceu mas, isso não passa apenas de algumas apresentações do que estar para vir.



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Tudo começou apenas com um abandono de uma criança na porta do senhor August Remmi, sábio ou até filósofo muito respeitado em seu país. A criança que devia ter até poucas semanas de vida chorava em frente a porta do senhor August, ele não era capaz de deixar aquela pobre criança que quase congelava na neve do chão, o adulto que deveria ter uns trinta para quarenta anos, não hesitou ao acolher aquele pequeno bebê . O senhor cuidou e criou aquela criança como se fosse seu filho.
Doze anos depois, Voya Apolinaire, o tal bebê daquele dia de inverno, discípulo do senhor August estava em sua cama quando a empregada da casa foi acordá-lo pra cumprir suas metas diárias.
– Voya acorde já esta na sua hora de acordar!-Falou Anna abrindo as janelas. Anna é a empregada da casa, mulher linda e jovem de vinte e dois anos adorava trabalhar na casa do senhor August ,era a única empregada.- Voya! Voya!- Gritou tirando o lençol do corpo do menino.
– Hãn?!- Falou o garoto com uma voz de espanto, e continuou. -Que horas são? E não precisava gritar Anna eu estou acordado.- Disse sonolento.
– São sete e meia da manhã, você deveria ter se acordado à duas horas atrás Voya!- Disse como se tivesse irritada.
– Me esquece Anna! Eu vou dormi mais!- Falou despreocupado cobrindo o rosto com o travesseiro.
Depois de algumas reclamações e gritarias, Voya tomou coragem e desceu do seu quarto que ficava no último andar da casa, era o único cômodo que ficava no segundo andar da casa.
– Vá direto para o banho!- Falou Anna apontando para o banheiro.
– Eu não estou afim!- Resmungou ainda com sono.
Enquanto isso o senhor August ,lia mais um exemplar do seu acervo particular em um dos cômodos da casa, quando escutou a confusão.
– Não tem um mais um dia que possua sossego nessa casa !?- Falou furioso.
O loiro de cabelos longos que usava óculos era um homem simples, bonito ,educado e de pequenos luxos. Era um dos maiores estudiosos da época todos ficavam admirados com seus trabalhos, apesar disso tudo era viúvo mas, ninguém falava naquele assunto parecia um segredo. Voya no entanto era um menino travesso e relaxado, de cabelo lilás quase branco curto e bagunçado. O pobre senhor sempre perdia a sua paciência com seu menino, por causa de seu comportamento indisciplinado contudo, eles acabavam se divertindo também. Desde sempre os dois estudavam juntos, o seu mestre ensinava tudo que tinha aprendido à ele, com doze anos o menino já tinha aprendido mais do que muitos adultos. Por causa desse fato Voya queria sair para viajar com seu mestre, e obter a maturidade e respeito.
– Não. -Disse claramente sem hesitar.
– Por que não?- Falou o garoto indignado com a resposta pois achava que seu mestre apoiaria em sua decisão.
– Há coisas que você ainda desconhece, descobrimos coisas novas dia após dia, não há como você saber de “tudo”.- Continuou o mestre. – E também você é muito novo não deve ter pressa criança!
– Mas eu sei bem mais que os garotos da minha idade que ficam numa escola tediosa o dia inteiro fazendo divisão de fração!- Dizia cada vez mais irritado.
– Seu idiota sossegue falta oito anos para sua maturidade, ficar querendo aparecer não vai lhe ajudar em nada. -Falou rindo.
Aquilo o frustrava bastante, ele queria mostrar que era diferente de todos, capaz suficientemente para impressionar seu tutor.
Como sempre, o senhor August adorava ir à tarde no mercado para comprar livros e material para as aulas que o Voya tinha com ele.
– Você vai ficar aí emburrado ou vai querer ir na cidade ajudar nas minhas compras?
O menino adorava sair de casa para as compras, sempre compravam coisas interessantes e muitas vezes vistas como inútil pela sociedade arrogante mas, sempre que descobriam algo ele ficava cada vez mais entusiasmado para novas descobertas.
– Eu vou lhe ajudar com as compras.- Olhou para o lado como se ainda não estivesse satisfeito com a decisão.
O Voya lembrava de cada momento especial com seu mestre, desde que ele era pequeno ,ele e o senhor August iam pra cidade, para passear ,aprender, fazer as compras, ele sempre foi feliz, ele gostava de estudar principalmente no inverno, era a época que ele mais adorava por algum motivo estranho. Depois de alguns compras e besteiras dos dois, ele chegaram em casa com o chá da tarde já pronto como de costume, e logo se recolheram para estudar no quarto de experiências.
Já relaxado ,decidiu compensar com alguma coisa que representaria um simples “desculpa” à ele. Resolveu passar a madrugada fazendo um presente para seu professor, de metal e de alguns outros materiais o Voya acabara de fazer um colar de formato redondo.
No outro dia bem cedo, saiu correndo para o quarto do mestre, ninguém estava acordado, animado para dar o presente que estava em uma caixinha azul mas, quando abriu o quarto do mestre deparou com uma cena terrível, seu amado tutor no chão tentando se levantar apoiado numa cadeira perto do criado-mudo. Seus óculos estavam quebrados e tinha sangue pelo chão, o senhor August vira o rosto surpreso e disse rindo.
– O que deu em você Voya? Não é do seu costume acordar tão cedo assim.
Ele não parava de tossir sangue, a criança estava em total estado de choque quando realmente se tocou no que se passava correu para ajudar seu mestre.
– Mestre August o que aconteceu?!- Falava tão assustado que seus braços e pernas tremiam vendo seu tutor daquele jeito.
– Deve ser um doença boba, por favor fale a Anna o que está se passando e peça para ela chamar um médico.- Falava quase desmaiando.
Correu para o quarto de Anna que estava apenas de vestimenta íntima amarrando seus cabelos dourados, aparentemente estava arrumando para o longo dia de trabalho que normalmente teria. O Voya ficou vermelho na hora, afinal era apenas um menino de doze vendo pela primeira vez uma mulher só com aquelas peças de roupa. Virou a cabeça de lado fechando os olhos e disse.
– Anna chame o mais rápido para um médico! O mestre August não está bem.- As lágrimas do seu rosto envergonhado desciam.
Anna chamou o médico, e arrumou o quarto do patrão, ela era apenas uma empregada naquela mas, tinha apego pelo senhor e o moleque, ela não morava com a família, porque sempre abusavam de sua beleza e energia para trabalho, Anna chorava e sorria que era para disfarçar todo o medo que possuía de perder o chefe e ser obrigada a voltar para a antiga. Porém ela não se preocupava tanto com ela e sim com o garoto que provavelmente iria para algum orfanato que o governo decidisse.
– Anna, não chore, és tão nova.- Falou o senhor que estava deitado na cama.
– Eu me preocupo com o Voya senhor, ele terá que ir para algum abrigo de crianças e isso me dá medo, não quero ver aquele menino tão promissor num lugar em que ninguém dará o valor que ele merece. Também temo em voltar para casa de onde vim, provavelmente iram pedir que trabalhe em alguma casa de rico e que a noite venda meu corpo à homens.- Falava enxugando as lágrimas que não paravam de cair.
– Anna não se preocupe, eu tenho tempo suficiente para resolver tudo, mais tarde quando o Voya sair, venha até aqui e nós conversaremos.- Falava de modo tão tranquilo que acalmou a mulher desesperada.
Enquanto que no quarto do garoto estudava descontroladamente procurando nos livros de biologia o problema do senhor August, chorava com medo, nunca pensou que perderia seu mestre daquela forma.
Após uma hora de espera o médico apressado chegara, a Anna o acompanhou até o quarto do senhor e depois subiu até o quarto e falou:
– Vá na cidade comprar esses chás e essas frutas.- Estendeu a mão com um papel com a lista da compra.
– Anna, eu quero lhe perguntar uma coisa.- Falou de cabeça baixa com os olhos inflamados de tanto chorar.
– Fale .-Disse um pouco preocupada.
– O mestre vai ficar bem?
– O médico está o examinando mas, não se preocupe tanto. Compre essas coisas, elas vão fazer o patrão melhorar.- Falou sorrindo.
Um pouco feliz o Voya saiu correndo para o mercado. O médico saiu, e o senhor August chamou a empregada para conversar.


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