Lembranças escrita por Myh


Capítulo 1
Capitulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Esta será apenas uma One!!
Espero que gostem!!
Apreciem sem moderações!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371123/chapter/1

Capitulo 1 - Saudades

 Já estava anoitecendo quando Stefan e Damon decidiram parar um pouco com as torturas, elas não estavam adiantando em nada e Elena continuava bloqueando sua humanidade. Eles deixaram Elena trancada no porão, como estavam fazendo há dias e subiram. Damon foi direto pegar uma bebida, esse dia tinha sido estressante e falho, já Stefan foi direto pras escadas, ele precisava de um banho e um pouco de descanso.
- Já vai subir? - Damon perguntou se sentando
- Sim, estou cansado.
- Precisamos pensar no que vamos fazer, já que nossos planos estão falhando.
- Penso em algo amanha, hoje estou cansado.
- Como? - Damon levantou do sofá sorrindo - Cadê aquele Stefan determinado a recuperar a antiga Elena?
- Continua aqui, mas ele está um pouco cansado. - Stefan respondeu, não querendo entrar nas provocações do irmão.
- É, fazer a coisa certa, às vezes, cansa. - Damon continuou a provocar, mas isso era para apenas descontrair.
- Não vou cair na suas provocações. - Stefan deu as costas e continuou a subir
- E nem eu quero que você caia, apenas estou descontraindo. - Damon disse se sentando e sorrindo
 Ele acompanhou com o olhar seu irmão subir e depois decidiu sair, ele também precisava espairecer um pouco, todo aquele trabalho e preocupação com Elena, estava deixando-o acabado.
 Stefan chegou ao seu quarto e fechou a porta, foi tirando a roupa pelo o caminho e seguindo para o banheiro. Depois de meia hora de baixo da água fria, de pensar em um novo plano e não chegar a lugar algum, Stefan decidiu sair, se enrolou em uma toalha e foi ate o guarda-roupa, pegar uma roupa limpa. Quando já estava vestido, ele foi ate sua mesa e sentou, pegou seu diário e começou a escrever. Já fazia um bom tempo que ele não escrevia, impedir que Elena matasse a cidade e tortura-la estava acabando com o seu tempo, deixando-o cansado e sem energia ate mesmo pra escrever, mas hoje era diferente, mesmo cansado, ele sentiu vontade de escrever.
 Naquele dia ele relatou em como estava sendo difícil cuidar de Elena, como estava sua relação com Damon, em como os dois estavam lidando com tudo isso, sem falar na nova ameaça que surgiu em Mistic Falls. Ao terminar de escrever, ele fechou o diário e olhou para a estante em sua frente, ficou encarando-a por um tempo, ate que um diário com o ano de 1980 chamou sua atenção, ele não sabia o que era, apenas  ficou com vontade de lê-lo.
 Stefan andou ate a estante e pegou o diário, caminhou ate sua cama e deitou, abriu o diário em uma pagina qualquer e um nome saltou em sua frente, era um nome que ele não ouvia ou pensava há muito tempo e ele tinha boas recordações daquele nome, tão boa que ele se deixou levar pelas as lembranças.
 Lembranças que estavam gravadas naquele diário, lembranças que ele nunca esqueceria. Era lembranças da época em que ele se sentia bem vivendo como vampiro, onde ele não precisava se preocupar com o seu lado estripador, com seu irmão prometendo séculos de sofrimento ou tendo que se preocupar com alguém, alem dele mesmo.
 E no meio daquelas paginas, Stefan se recordou da pessoa que fez daquele ano, um ano bom. Um ano para ser recordado, ele se lembrou de Hannah Alves.

##### Flashback on #####

 Stefan tinha acabado de se instalar em St. Louis, Missouri. Era uma cidade que Stefan ainda não conhecia e ele decidiu passar um tempo por lá. A cidade não era grande e nem pequena, para um vampiro era a cidade perfeita. Os habitantes dali, já de inicio pareceram bem acolhedor e cético para muitas coisas, então permanecer nessa cidade não iria ser um problema. Stefan alugou uma casa bem no centro da cidade, a casa não era grande, mas bem acolhedora e seria ali que ele passaria a morar.
 Como Stefan tinha chegado pela manha, ele resolveu conhecer a cidade e se habituar ao lugar, conhecer as pessoas e quem sabe fazer alguma amizade, mesmo ele sabendo que não duraria, pelo simples fato de guardar um segredo e esse segredo não permitindo que ele fique por muito tempo em uma cidade.
 Já na primeira rua que ele entrará, deu de cara com um café e pela a fachada, era um café bem simples e agradável, seria ali que ele faria suas refeições matinais. Mais algumas ruas e ele já conhecia metade do centro, já sabia onde tinha um restaurante, uma loja de roupas e sapatos, onde tinha uma escola e também onde tinha um centro policial.
 Quando deu a hora do almoço, Stefan se encaminhou para um restaurante que tinha lhe agradado, era simples e pouco movimentado, ideal para alguém que não queria chamar atenção. Quando entrou, seguiu para uma mesa no canto e se sentou, esperando a garçonete vir anotar seu pedido, o que não demorou muito.
 Enquanto esperava seu pedido, Stefan ouviu o sino da porta soar e seu olhar foi pra aquela direção, uma garota de cabelos castanho escuros, compridos e ondulados entrava com um sorriso no rosto, ela se encaminhou para o balcão e sentou em umas das cadeiras, no mesmo instante uma garçonete que estava do outro lado do balcão parou em sua frente, ela também sorria e pelo o jeito que se cumprimentaram, as duas se conheciam. Stefan ficou um tempo encarando a moça, ele não sabia o que era, mas algo chamou sua atenção nela, ele não sabia o que era, se era seus olhos cor de mel ou seu jeito bom-humorado de falar com a garçonete, podia ate ser seu jeito divertido de falar ou agir, não importando o que era, Stefan ficou encantado por aquela garota, mas ele sabia que não ia passar disso. Seria apenas ele encantando e ela longe, para o bem dela, seria bom ela permanecer bem longe dele.
 Stefan só parou de olhar quando a garçonete veio trazer seu pedido, mas isso não impediu que os olhos dos dois se encontrasse e um sorriso fosse trocado, mas foi um sorriso curto, logo Stefan cortou e abaixou sua cabeça, comendo a comida que tinha pedido.
 Por alguns momentos Stefan sentiu que alguém lhe encarava, mas quando ia levantar a cabeça, não encontrava olhar nenhum, apenas pessoas entretidas com suas coisas. Quando o almoço terminou, Stefan pediu a conta e nesse momento ele procurou pela a garota, mas não a encontrou em lugar algum e acabou ficando desapontado, gostaria de vê-la antes de partir.
 Depois de pagar a conta, Stefan foi pra sua nova casa. No dia seguinte, se saber o que fazer para passar o tempo, Stefan foi ate a escola, ele ia aproveitar que ficaria na cidade para começar mais um ano na escola. Ele já tinha ate perdido a conta de quantas fezes estudará, mas era uma coisa que não cansava ele. Cada ano era diferente, era uma nova experiência e nesse momento ele se lembrou de Damon, do que ele falaria vendo Stefan entrar numa escola para se matricular.
- Isso é coisa para idiotas, Stefan. Você poderia ter o que quisesse, mas prefere passar sua eternidade fingindo que é um humano e o pior do ser humano, fingindo que é um adolescente patético. - a voz de Damon soou em sua cabeça e com isso Stefan acabou rindo
 Stefan entrou na escola e seguiu para a secretaria e quando entrou, acabou chamando atenção de uma senhora, que estava ao telefone.
- Só um segundo, rapaz.
 Ele assentiu e sentou, esperando a senhora se desocupar.
 Alguns minutos depois, ela o chamou e ele foi ate lá.
- O que deseja?
- Vim me matricular
- Claro, só preciso que preencha esse formulário.
- Okey.
 Stefan voltou a se sentar, enquanto preenchia o formulário. Ele estava tão concentrado na folha, que não percebeu que alguém entrava naquela sala, só foi perceber quando a senhora falou:
- O que foi dessa vez, senhorita Alves?
- O professor de Historia que adora pegar no meu pé. - a garota falou seria
- O professor? Tem certeza?
- Claro. O que acha que eu fiz? Sou uma garota inocente.
- Quem te conhece, que te compre. - a senhora disse sorrindo - A diretora já vai falar com você.
- Okey - ela cantarolou
 A voz que falava, era tão doce e inocente, que Stefan sentiu-se tentado a levantar a cabeça pra ver a quem pertencia, mas resolveu terminar de anotar seus dados no formulário e quando levantou pra entregar o papel a senhora, aproveitou para ver quem era a garota.
 Ao olhar para aquela pela clara, tão clara quanto o papel em sua mão, aqueles olhos cor de mel, aquele cabelo castanho escuro ondulado, para aquela garota, ele paralisou. Era a garota que estava no restaurante, aquela que tinha deixado-o encantado. E quando seus olhos encontraram novamente, ele sentiu um choque passar pelo o seu corpo e ele ficar todo quente. A garota sorriu e o cumprimentou com um aceno de cabeça e quando Stefan continuou parado, ela riu e tombou a cabeça de lado, achando fofo o jeito dele.
- Senhor? Hei. - a senhora chamava pelo o Stefan
- Ela está te chamando - a garota disse apontando para a secretaria e foi só ai que Stefan acordou
- Ah, desculpe. - ele sorriu envergonhado e entregou o papel a secretaria
- Certo, só vou precisar dos seus registros anteriores. - a secretaria falava enquanto mexia nos papeis
- Okey. - Stefan concordou, mas já pensando em como faria para passar sem isso. Ele não podia entregar os registros de muitos anos atrás.
Stefan deu uma olhadinha de lado e pode ver a garota lhe encarar, ela continuava com o sorriso e era um sorriso encantador. Quando ele levantou seus olhos, para perguntar ou falar com a garota, uma voz o impede.
- Senhorita Alves?
- Tenho que ir. - ela disse para Stefan, entrando na sala da diretora.
 Ele acompanhou com os olhos a garota sumir pela a porta, depois voltou sua atenção para a secretaria. Ela falou sobre ele começar amanha e trazer sem falta os papeis que precisava, ele concordou e saiu dali.
 O período da manha, Stefan ficou vagando pela a cidade, ate dar o horário de saída dos alunos da escola. Stefan ficou pensando na garota durante toda manha, ele queria vê-la novamente e quando o sinal tocou, ele estava lá. Ficou num canto escondido, só esperando ela sair e não demorou muito, ela saia com algumas garotas, elas conversavam e da onde ele estava, pode escutar sobre o que era.
- Serio. Ele é muito fofo. - ela falou para as duas garotas que a acompanhava
- E ele vai começar aqui? - uma ruiva perguntou
- Sim. Ele estava na secretaria, quando o professor de Historia me mandou pra lá.
 Quando ela disse isso, Stefan se perguntou se era dele que ela falava e por um momento se sentiu muito feliz. Ele tinha mexido com ela, como ela tinha mexido com ele. Mas no fundo ele sabia que era errado, ele era um vampiro e ela apenas uma humana. Com esses pensamentos, Stefan acabou se distraindo e quando voltou seu olhar para onde minutos atrás estava sua garota, ela não estava mais lá, apenas as duas garotas. Stefan ficou procurando por ela por um tempo, ele olhava para todos os lados e nada da garota, ate tentou ouvi-la, mas nada.
- O que faz aqui? - uma voz soou atrás dele, fazendo-o pular de susto.
- Nossa. - ele encarou a garota de olhos cor de mel, que sorria.
- Desculpa ai. - ela pediu percebendo que ele se assustará
- Não, tudo bem. - Stefan foi se acalmando, mas uma coisa não saia de sua cabeça: Como ela tinha surgindo sem que ele percebesse
- Mas e ai? O que faz escondido aqui?
- Como me achou aqui? - ele resolveu fazer outra pergunta
- Perguntei primeiro. - ela sorriu ainda mais
- Eu não estava escondido. Apenas parei aqui.
- Sei. - ela disse não acreditando - Você estava de olho em alguém. Quem?
- Em ninguém. Sou novo aqui, como poderia estar de olho em alguém?!
- Sei lá. Vai que você viu alguém dessa escola em outro lugar e ficou interessado?! - a maneira que ela falou, fez Stefan pensar se era uma referencia a ela mesma
- Não. - ele disse serio - Apenas parei aqui mesmo.
- Okey.
- E você? Como me achou aqui?
- Estava passando e vi o arbusto se mexer e vim conferir o que era.
- Ah, entendi. - mas Stefan não tinha acreditando muito.
 Os dois ficaram se encarando por um tempo, ate que a garota volta a sorrir e estende sua mão.
- Me chamo Hannah.
- Stefan - ele sorriu aceitando a mão estendida dela
- Então Stefan, quer comer algo?
- Claro.
 Os dois saíram de trás dos arbusto e foram andando para o restaurante que se viram pela a primeira vez, no caminho conversaram sobre a cidade e a escola. Quando entraram no restaurante, eles se encaminharam para uma mesa, mas antes de sentar Hannah cumprimentou a mesma garota do dia anterior.
- Parente? - Stefan perguntou
- Não. Vizinhas de apartamento.
- Há quanto tempo está aqui?
- Dois anos. E você? Por que veio pra cá?
- Mudança de ares.
- Legal, vai gostar da cidade.
- Já estou gostando. - ele sorriu
 Uma garçonete veio atendê-los e depois se retirou, a conversa retornou.
- Família? - Hannah perguntou encarando fundo os olhos dele
- Apenas um irmão.
- E onde ele está?
- Em algum lugar do país. - ele sorriu de lado e ela enrugou a testa
- Não se dão bem?
- Por ai. E você?
- Família morta em um incêndio. - ela fez careta e deu de ombros
 Nessa hora Stefan se lembrou de Katherine e de como ela chegou em sua vida. A desculpa que ela tinha usado era que tinha perdido a família num incêndio e por um momento Stefan ficou pensando se o que Hannah dissera foi apenas uma desculpa, mas pra isso ela teria que ser uma vampira ou por que ela mentiria? Stefan acabou se perdendo nesses pensamentos e nem dando atenção para Hannah, que teve que chacoalhar ele para voltar a si.
- Desculpe
- Não, tudo bem. - ela sorriu - Você faz muito isso.
- Isso o que?
- Ficar perdido em pensamentos.
- Apenas algumas lembranças.
- Sabia que escrever num diário ajudar com as lembranças?!
- Diário? - ele perguntou encarando-a com a testa enrugada
- É, eu tenho um. É bom.
- Sei que é, também tenho um.
 Os dois sorriram e novamente Stefan se perdeu em pensamentos, mas dessa vez Hannah não se importou, pois ela também estava perdida em pensamentos. Stefan pensava no tanto de coincidências que eles tinham, no tanto que eles se pareciam, mas no fim viu que nem tudo era igual, ele era um monstro e ela uma humana, que tinha uma vida plena para viver.
 O silencio era a única coisa que tinha entre eles agora, Stefan encarava os olhos de Hannah e sentia algo bom neles, uma coisa quase inocente e isso agradava Stefan, o trazia pra mais perto do ser humano que ele já fora um dia. Só que ao mesmo tempo que isso era bom, também era ruim e seus dias como estripador vieram em sua mente e sem aviso algum, Stefan se levantou e saiu andando do restaurante, deixando Hannah pra trás a chamar o seu nome.
 Stefan foi pra floresta e ficou a vagar por lá, ele precisava colocar seu pensamento no lugar e ver o que era o certo a se fazer. Fazia tempo que ele não ficava perto de uma humana e não sabia o que poderia fazer com ela, sempre que pensava em humano, vinha o pensamento do doce sabor do sangue que corria pela as veias deles e a enorme vontade de que Stefan tinha de provar novamente.
 Quando percebeu, Stefan já estava transformado, seus olhos escureceram, as veias de baixo dos olhos saltaram e suas presas saíram da gengiva e ele salivava por sangue, ele precisava tomar sangue. Stefan correu floresta adentro e de repente parou, fechou os olhos e escutou, quando localizou algo que pudesse aplacar sua sede, correu ate lá e em um minuto um cervo e três coelhos estavam mortos, sem sangue algum.
 Stefan sentou na raiz de uma arvore e ficou a pensar, levar pra longe tudo o que tirava seu controle e uma dessas coisas era Hannah. Quando seus pensamentos estavam mais claros e sua sede já não incomodava mais, Stefan tomou uma decisão. Ele ia aproveitar que nem tinha começado na escola, que não tinha feito amizade com ninguém e partiria, iria embora para uma nova cidade e se manteria longe de tudo, ate mesmo das pessoas. Ele sentia que estava perto de perde seu controle, ele precisava se reabilitar novamente e passar um tempo com Lexi podia ajudar. Então Stefan levantou e voltou a andar, ele ia voltar pros eu apartamento, pegar suas coisas e partir imediatamente. Ele estava andando tranquilamente, quando ouviu um barulho e aguçou seu ouvido, procurou pelo o barulho, mas não encontrou nada, só que isso não desarmou Stefan, ele sabia que tinha alguém ali e quando se virou pra trás, viu ela.
- O que faz aqui? - Stefan perguntou encarando Hannah
- Você saiu correndo, nem se despediu. Segui-te, pra ver se precisava de ajuda.
- Como me achou? - aquilo estava bem estranho.
 Ninguém normal conseguiria seguir Stefan e muito menos saber onde ele estava. Ele era um vampiro, tinha usado sua velocidade para chegar onde estava e não tinha como ninguém segui-lo.
- Eu sou boa em encontrar as pessoas. - ela sorriu de lado, visivelmente nervosa.
- Você está escondendo algo. O que é? - Stefan não estava gostando desse mistério
- Acho que não sou a única, certo? - o nervosismo de Hannah tinha passado e agora ela falava bem calma, ate com um certo divertimento
- Desde quando está me seguindo?
- Quer saber o que eu descobri? - ele se manteve serio, sem responder - Não descobri nada, apenas vi você sentando em baixo de uma arvore e bem pensativo. - Stefan não ia acreditar, ate ver nos olhos de Hannah que ela falava a verdade
- Eu ainda quero saber como me encontrou. - ele relaxou um pouco
- E eu quero saber o que te fez sair correndo e o que você está fazendo na floresta. E também como chegou tão longe em pouco tempo.
- Você quer saber demais, não acha?! - ele respondeu divertido
- E você guardar um segredo. - ela rebateu divertida também
- Acho que não sou o único, certo? - Stefan usou as mesma palavras dela a minutos atrás
- Touché.
- Vai contar?
- Só se você contar o seu?
 Stefan encarou Hannah por um tempo, pensando se contava ou não e por fim decidiu que contaria sim, se desse problema era só ele apagar a mente dela, seria fácil. Mas essa decisão não era apenas por causa de confiança, mas sim por causa da curiosidade, ele queria saber o que Hannah realmente era.
 Stefan voltou a andar, passou por Hannah e a olhou de canto, depois virou sua cabeça pra frente e seguiu o caminho que levava a sua casa, Hannah não precisou perguntar, apenas seguiu Stefan. Por todo o caminho, os dois se mantiveram em alerta, eles não sabiam o que era, apenas sabiam que por enquanto não podiam confiar um no outro. Quando chegaram na rua, Hannah perguntou:
- Pra onde vamos?
- Pra minha casa. - e nessa mesma hora ela travou
- Não. Eu não vou lá com você. - Stefan se virou e encarou a garota, seus olhos tentavam transmitir segurança e força, mas no fundo ele viu medo.
 Hannah podia ser uma vampira de 171 anos, mas por tanta coisa que ela passou e teve que enfrentar, que acabou criando uma alta defesa, onde ela desconfiava de tudo ate que se provasse que não tinha perigo, ela podia ser forte e ágil, mas sabia que podia estar em desvantagem se o oponente fosse mais forte e ágil que ela. Isso ela tinha aprendido com seu mentor, aquele que lhe ensinara varias coisas, um vampiro que era extremante forte, ate mesmo imortal dos imortais.
- Okey. - Stefan se rendeu, vendo que a cada minuto o medo dela crescia - Você escolhe o lugar pra conversarmos.
 Por um momento Stefan se perguntou se devia realmente temer aquela garota, o medo nos olhos dela mostrava que ela era apenas uma garota frágil, mas ate onde essa fragilidade ia? Ela podia ser perigosa sim e estar apenas com medo do desconhecido.
- Tem um lugar. Vamos. - ela virou pro outro lado e Stefan a seguiu
 Depois de uma meia hora andando, eles chegaram num bar. Pela a fachada, aquele bar parecia abandonado, mas quando entraram, Stefan viu varias pessoas bebendo, jogando e conversando. Hannah se encaminhou pros fundo daquele bar, passaram por dois grandalhões que cumprimentaram Hannah e continuaram seguindo, ate chegar numa sala, onde tinha uma mesa com cadeira, um sofá e ate mesmo uma cama.
- De quem é isso?
- Meu.
- Seu? Como...
 Stefan ia perguntar em como uma garota tinha um escritório nos fundo de um bar velho, mas desistiu. Ele não sabia nada sobre ela e fazer aquela pergunta seria desnecessário, daqui a pouco ele saberia toda a verdade. Stefan se sentou no sofá e Hannah foi ate uma mesinha no canto, pegou dois copos e encheu com uísque, levou os copos ate o sofá e entregou um a Stefan.
- Presumo que você beba. - Hannah sorria de lado
- Sim. Bebo. - Stefan assentiu
 Eles ficaram bebendo o uísque em silencio, apenas se encarando, ate que Hannah quebrou o silencio.
- Como vamos decidir quem vai falar primeiro?!
- Que tal falarmos juntos.
- Por mim tudo bem. No três?
- É. 1
- 2
- Sou uma vampira
- Sou um vampiro
 Os dois disseram juntos, ficaram um tempo se encarando e depois caíram na gargalhada. O clima tenso tinha passado e agora nenhum dos dois estava nervoso, relaxaram totalmente e Hannah foi encher mais o copo com uísque, enquanto eles conversavam.
- A ultima coisa que passou por minha cabeça, era que você seria um vampiro.
- Eu cheguei a desconfiar no começo, mas foi uma desconfia bem pequena.
- Serio? E por quê?
- Você disse que perdeu sua família num incêndio e eu achei que era apenas uma desculpa.
- E por que achou isso?
- Minha criadora, chegou na minha vida usando essa desculpa.
- Ah. - Hannah balançou a cabeça - Mas no meu caso é verdade, meus pais e meu irmão morreram num incêndio.
- Quando foi isso?
- Em 1809.
- Nossa, quanto tempo.
- E você? Quando se transformou?
- Em 1864.
- Quer saber da minha historia?
- Quero sim.
 Hannah levantou, encheu mais uma vez seu copo e começou a contar sua historia.
- Eu morava num vilarejo com os meus pais e meu irmão de 10 anos. Tinha acabado de completar 17 anos e estava noiva, dali quatro meses seria o meu casamento e eu estava muito feliz, estava noiva do homem que amava e teria a vida que sempre sonhei. Era sábado e eu fui dar uma volta com o meu noivo, já estava no fim de tarde e voltávamos pra casa, conversávamos e riamos, mas isso mudou quando eu cheguei à minha rua e vi a minha casa em chamas. Metade da casa já estava consumida pelo o fogo, os vizinhos tentavam apagar, mas de nada adiantava. Em desesperei pra saber se tinha alguém lá dentro, eu queria saber onde estavam os meus pais e meu irmão, e quando soube que eles estavam lá dentro, corri pra salva-los, mas meu noivo me segurou, não me deixando entrar no meio das chamas. Quando o fogo apagou, conseguiram encontrar os corpos da minha família e foi a pior coisa em minha vida, ter que enterra-los. O enterro foi àquela noite mesmo e depois eu fui pra casa do meu noivo, ele me deu um calmante e ficou comigo ate que eu pegasse no sono, demorou um pouco, mas consegui. Só que no meio da noite acabei acordando, por causa de um pesadelo, eu sonhava com a minha família e o incêndio e acabei acordando chorando e pra não acordar ninguém da casa, me encolhi na cama e tentei engolir o choro. Estava tudo bem ate ai, ate que escuto a porta do meu quarto se abrindo e eu pensei que fosse meu noivo, vindo me ver, mas não era. Quando tirei a coberta da cabeça, apenas tive tempo de ver alguém avançando em mim e tampando a minha boca, mas o medo foi tão grande que desmaiei. Quando acordei eu estava num lugar escuro, sentada em algo macio e antes que eu pudesse pensar no que tinha acontecido, a porta foi aberta e uma pessoa entrou, ela falou comigo, mas manteve a luz apagada, disse que iríamos ficar juntos pra sempre, mas que antes disso ele teria que fazer algo e quando ele chegou perto de mim, fez eu beber do seu pulso, depois senti uma dor no pescoço e tudo se apagou. Quando acordei novamente estava num quarto com claridade, olhei ao redor e não consegui identificar onde era, a porta foi aberta novamente e eu consegui ver quem tinha me pegado. Fiquei tão espantada em ver o melhor amigo do meu noivo ali, ele estava com uma expressão diferente da que ele tinha normalmente, era tipo uma cara de assassino. Ele me contou o que tinha feito, o que eu era agora. Ele contou que tinha matado a minha família, que só assim pra ficarmos juntos e que agora todos do vilarejo achavam que eu estava morta, que eu tinha me matado e eu ate me recusei a completar a transição, mas ele acabou ameaçando o meu noivo e eu não tive escolha, mas eu usei essa transformação para me vingar. Com a transformação nossos sentimentos ficam elevados e a minha emoção naquele momento era de raiva e foi isso que eu usei para acabar com ele, foi fácil.
 Depois que Hannah terminou seu relato, em como ela tinha se tornado vampira, foi a vez do Stefan e ele contou tudo também, em como Katherine manipulou ele e seu irmão, em tudo o que ela fez e o fim que ela teve.
 Aquele foi o inicio de uma grande amizade, Stefan e Hannah estavam sempre juntos. Iam pra escola juntos, ficavam na hora do intervalo juntos e faziam tudo juntos. Hannah mostrou toda a cidade para Stefan, tanto de dia como de noite, levou-o para conhecer seus lugares preferidos e estratégicos, mostrou em como viva na cidade sem chamar atenção e como se alimentava, quando Stefan contou que ele se mantinha apenas de sangue de animal, Hannah não acreditou:
- Como isso? - ela estava indignada
- Eu tenho problema com sangue humano, sempre perco o controle e o sangue de animal não me deixa assim.
- Eu poderia te ensinar a se controlar, sou boa nisso. Tive um ótimo professor.
- Você não fala muito disso, em como aprendeu a ser uma vampira.
- Eu prometi ao meu mentor que nunca diria nada sobre ele a ninguém, por isso não falo nada.
- Certo, também não vou insistir. - Stefan sorriu de lado
- Mas não muda de assunto, quer que eu te ajude ou não??
- Eu já tentei, mas não tem jeito.
- Tem sim, eu posso te ensinar.
 Stefan ainda relutou muito em aceitar a ajuda de Hannah, mas no fim foi vencido pelo o jeitinho irresistível dela e aceitou. A partir daquele dia, Hannah montou um esquema e passou a ajudar Stefan em seu controle. Os dois sempre saiam a noite para as aulas de controle, iam a um bar longe da cidade e passavam duas horas lá, Hannah ensinando e Stefan aprendendo. No começo era apenas teórico, Hannah falava e conversava com Stefan, dava dicas e conselhos e quando viu que ele estava pronto, passou pra pratica. Na primeira aula pratica Stefan não se saiu muito bem, quase matou a moça e Hannah teve que interferir, tendo ate que usar toda a sua força, mas aos poucos Stefan ai aprendendo e conseguindo se controlar. Já tinha se passado dois meses, Stefan e Hannah tinham mudado de bar, eles estavam sentando numa mesa conversando, quando Hannah fala:
- Tenho uma garota te dando mole ali no balcão, acho ela perfeita para a prova final. Que tal?
 Stefan olhou de canto para a garota e acho-a muito bonita, ele inspirou o ar e conseguiu sentir o aroma dela, o cheiro doce que vinha de suas veias, no mesmo momento ele sentiu sua gengiva coçar, suas presas queriam sair e ele não ia recuar, levantou da mesa e foi ate a garota, alguns minutos depois os dois saiam.
 Hannah ficou mais um pouco dentro do bar, procurou por alguém que pudesse ser seu alimento, mas não encontrou ninguém interessante, então resolveu sair e ver como Stefan estava. Quando passou pela a porta e seguiu para o beco ao lado, pode escutar a respiração da garota que estava falha, mas não ao ponto de quase morrer, Hannah parou e encostou na parede, só olhando Stefan se alimentar e quando achou que ele não ia parar, Stefan se afastou, limpou a boca e hipnotizou a garota, quando virou-se e encontrou Hannah, sorriu e seguiu ate ela.
- Como foi?
- Nota dez. Você foi incrível, conseguiu parar na hora certa.
 Stefan se aproximou de Hannah e abraço-a, ela foi pega de surpresa, mas retribuiu o abraço. Fazia um tempo que Hannah estava se sentindo diferente com Stefan, se no começo era apenas amizade, agora ela não sabia dizer se continuava assim. Ela gostava de ficar perto de Stefan, sentir seus cuidados, seu toque e ver o jeito doce que ele falava com ela, em como ele era atencioso e carinhoso. Quando se afastaram do abraço, Hannah decidiu se arriscar, voltou a se aproximar e passando o braço pelo o pescoço dele, beijo-o como a muito tempo queria beijar.
 Stefan não se surpreendeu com esse beijo, pois era algo que ele queria a muito tempo, ele se surpreendeu com a atitude de Hannah, ele achava que ia ter que tomar a iniciativa, mas viu que não. Os dois ficaram um bom tempo se beijando, mostrando os sentimentos que não era falado e quando se afastaram, acabaram ficando com vergonha.
- Bom... - Stefan disse depois de um tempo
- Desculpa...
- Não precisa de desculpa. - ele a cortou - Eu queria tanto quanto você.
 Então Hannah deu de ombros e voltou a beijar Stefan, que sorriu e retribuiu o beijo.
 Depois daquele dia, Stefan e Hannah se tornaram ainda mais unidos. Na escola foi o primeiro lugar que perceberam isso, já que agora eles viviam se beijando, se abraçando e andando de mãos dadas. Hannah se sentia nas nuvens junto de Stefan, ele era tudo o que ela procurava e fazia muito tempo que ela não tinha alguém assim, que se preocupasse com ela. E para Stefan não era diferente, Hannah tinha sido a primeira depois de Katherine e estava sendo tão diferente, que Stefan acreditava que fosse a vida lhe dando outra oportunidade no amor.
 E essa vida boa que Stefan estava levando durou um mês, foi amor para todo o lado, ele se entregou a Hannah se medo e sem limite, viveu o que queria viver, sua vida com sangue humano estava indo bem e quando achou que nada pudesse atrapalhar, alguém chegou a cidade para mostrar que nada tinha melhorado.
 Stefan e Hannah estavam saindo da escola, os dois conversavam e riam, em alguns momentos se beijavam e se abraçavam, algumas pessoas passaram por eles e se despediram, Stefan as vezes olhava para os lados e foi num desses momentos que ele o viu. Ele estava parado a alguns metros de distancia, braços cruzados, roupa preta e um sorriso malicioso, quando Stefan viu ele, se afastou de Hannah e seguiu rapidamente ate o rapaz, mas antes de atravessar a rua, o rapaz sumiu, deixando Stefan furioso.
- Stefan. - Hannah chamou de longe - O que houve?
- Nada. - ele virou para encarar Hannah
- Como nada? Eu vi você mudar de humor de uma hora pra outra, saiu andando sem me dar satisfação.
- Eu só vi alguém.
- Quem?
- Deixa pra lá, eu posso ter confundido.
 Stefan voltou a sorrir e se acalmar, abraçou Hannah e saiu dali com ela. Eles foram ate o restaurante que iam todos os dias, pediram algo pra comer e voltaram a uma conversa tranqüila, em nenhum momento Stefan falou ou pensou na pessoa que vira minutos atrás.
 Antes de ir embora, Hannah foi ao banheiro, Stefan ficou pagando a conta no balcão, quando o viu novamente. Ele estava parado do outro lado da rua, do mesmo jeito de antes, braços cruzados e um sorriso. Stefan saiu do restaurante rapidamente, atravessou a rua e parou em frente ao rapaz de cabelos escuros e olhos claros, que dessa vez não fugiu.
- Damon! - a voz de Stefan saiu grossa, raivosa.
- Olá Stefan. - Damon apenas sorriu
- Como me encontrou?
- Oh irmãozinho, eu nunca perdi você de vista.
- Então faz o que aqui?
- Senti saudades, vim te visitar. - Damon dizia ironicamente
- Como se eu acreditasse em você. - Stefan ficou ainda mais bravo - O que faz exatamente aqui, Damon?
- Acho que você sabe a resposta.
- Eu não quero brincadeira. Estou farto dos seus joginhos.
- Sabe, minha nova cunhadinha podia ensinar você a levar as coisas mais na brincadeira.
- O que sabe sobre ela? - Stefan avançou pra mais perto de Damon, ficando a centímetros do irmão
- Tanto quanto você. - Damon sorriu de lado
- Se você fizer alguma coisa com ela, você irá se ver comigo.
- Sabe que não tenho medo de você, não sabe?!
- Antes você tinha vantagem sobre mim, mas agora não tem mais.
- Eu sei, eu sei. Você está falando do sangue humano. Eu sei que você tem se alimentado de sangue humano. - Damon sorriu ainda mais. - Você encontrou uma nova amiguinha ou quer dizer namorada. Lexi sabe que ela perdeu o lugar de 'professora de alto controle'? Se bem que essa sua nova professora é muito melhor que a outra, sua namorada te ensina a enfrentar o problema, já Lexi ensinava você a fugir. Por isso gostei tanto da minha cunhadinha. Ela é inteligente, bonita, esperta... Acertou dessa vez em, irmãozinho. - Damon deu um tapinha nas costas de Stefan
- O. Que. Você. Quer? - Stefan perdeu o controle e segurou Damon pela a gola da camisa, sem chamar muita atenção.
- Ora Stefan, já se esqueceu - Damon não se abalou, mesmo notando a nova força de Stefan - Não lembra o que te prometi quando nos transformamos?
- Uma eternidade se sofrimento - Stefan sussurrou e soltou Damon
- Pois é, irmãozinho. Você anda muito feliz e isso não é o que eu chamo de sofrimento.
- E pensa em fazer o que? Matar Hannah? Se sabe o que ela é, sabe que será uma tafera difícil.
- Sim, eu sei. Agora você me pegou, eu realmente não sei o que fazer... Mas sua namoradinha é como qualquer vampira, pode morrer com uma estaca no coração. - Damon terminou a frase sorrindo, se afastou mais ainda de Stefan e antes de partir disse:  - Diga um olá para a minha cunhadinha.
 Stefan olhou pra trás e viu Hannah se aproximar, quando olhou pra frente novamente Damon já não estava mais lá.
- Hei - Hannah falou ao lado de Stefan
- Oi - ele ainda procurava por Damon
- Que era aquela cara?
- Não...
- Nem vem me dizer que não era ninguém - Hannah cortou Stefan - Já é a segunda vez que você me deixa no escuro, eu não gosto disso Stefan. Não confia em mim?
- Confio, claro que confio. - ele ficou de frente pra ela - Aquele era o Damon.
- Seu irmão?
- Ele mesmo.
- E o que ele faz aqui?
- O de sempre.
- E o que é o de sempre?
- Cumprir o que me prometeu.
- A eternidade de sofrimento? - Stefan assentiu - Ele realmente está levando isso a serio?
- Sim e ele sabe muito bem como fazer isso. Por isso eu tenho que partir.
- Como? - Hannah ficou confusa
- Eu não quero que ninguém se machuque, inclusive você, por isso tenho que partir. Ir pra bem longe, me afastar de tudo, ate Damon esquecer isso de me fazer sofrer.
- Ta louco Stefan? Eu não tenho medo do Damon, sou mais velha que ele, posso muito bem acabar com ele em um estralar de dedos.
- Damon é esperto, inteligente e frio. Ele faz o possível e o impossível para ter o que quer.
- Mesmo assim, ele não me poe medo.
- Mas ainda assim é perigoso, não pra você, mas para as pessoas ao meu redor. Vai ter banho de sangue, isso eu garanto.
- Nossa vamos dar um jeito nisso. Juntos. - Hannah se aproximou mais de Stefan e o beijou
 Stefan apenas concordou com a cabeça, mesmo não acreditando que teria uma saída. Ele já tinha visto seu irmão em ação, Damon quando queria uma coisa, faria o que fosse necessário, ate mesmo acabar com uma cidade inteira.
 Naquela noite mesmo, Stefan viu que Damon não estava pra brincadeira e que veio para acabar com a vida dele. Ele estava na casa de Hannah, os dois assistiam a um filme, quando o boletim urgente interrompeu o filme, o repórter falava de algo que tinha acontecido em um bar.
- Não é aquele bar que sempre vamos? - Stefan perguntou para Hannah
- É ele mesmo. - então os dois prestaram atenção ao que tinha acontecido
- A policia acabou de ser chamada, o que era uma noite de bebedeira em um bar, se transformou em uma noite de desastre. Todas as pessoas que estavam no bar, foram encontradas mortas. O lugar está um mar de sangue e corpos. A policia ainda não sabe o que aconteceu, nem quem o fez. Seria um ataque de serial Killer? Voltamos em breve com mais noticias.
- Hannah, você ouviu isso? - Stefan levantou com tudo - Foi ele. Foi o Damon. Ele está fazendo isso para me atingir e conseguiu.
- Calma Stefan. - Hannah levantou para tentar conte-lo
- Não tem calma. Isso é apenas o começo e eu não posso deixá-lo terminar. Eu vou embora.
- você não pode ficar fugindo da sua felicidade sempre que o Damon aparece.
- Mas é o que eu irei fazer. Enquanto eu não souber como para-lo, vou fazer o que sei.
- Não é o certo. - Hannah falou mais alto
- Eu sei, mas faço isso pelo os outros.
- Eu não quero te perder.
- Sinto muito. - Stefan disse de cabeça baixa e antes que ela falasse algo a mais, ele foi embora.
 Stefan correu pro seu apartamento, arrumou tudo e se jogou em sua cama, mesmo se segurando, ele chorou. Chorou de raiva, de ódio e de tristeza. No meio do choro, dormiu.
 Na manha seguinte, Stefan já estava com suas malas prontas, mas ele não ia embora sem se despedir de Hannah. Ele foi ate o apartamento dela, depois de bater, esperou ela vir abrir.
- Stefan - ela tinha os olhos vermelhos, ele sabia que ela estava chorando
 Se falar nada, Stefan entrou e abraço-a, levando ela ate o sofá e se sentando, fazendo com que ela se sentasse em seu colo. Eles ficaram um tempo abraçados em silencio, apenas aproveitando os últimos momentos juntos.
- Eu não queria fazer isso, mas...
- Você tem, eu sei. - Stefan estranhou um pouco ela aceitando tão fácil - Eu pensei muito ontem, passei a noite pensando e entendi o que você está fazendo. Não aceitou, mas entendi. - Stefan balançou a cabeça, entendendo como ela aceitará.
- Podemos nos encontrar ainda. Vamos nos encontrar.
- É, quem sabe.
 Hannah levantou do colo de Stefan e foi pra perto de sua janela, olhando a rua. Stefan percebeu que Hannah estava estranha, ela tinha mudado da noite pro dia e ele ia saber o porquê.
- O que aconteceu ontem depois que sai?
- Nada Stefan, por quê?
- Você está estranha. Você aceitou em partir sem brigar, está fugindo de mim e parece que não quer mais me ver.
- Não. Claro que eu quero te ver novamente. Stefan, eu te amo.
- Eu também te amo Hannah, mas você está diferente, está distante.
- Eu só não quero sofrer mais. Sua partida já está sendo difícil, não quero ter mais motivo para sofrer.
- Desculpe. - Stefan se sentiu culpado
- Não é sua culpa e sim do seu irmão. Mas quem sabe não era pra ser assim, eu sou uma mulher fardada a viver sozinha, já aceitei isso.
- Eu que trouxe isso para a sua vida, você poderia estar feliz agora, mas eu cheguei e estraguei tudo.
- Não Stefan, nunca. Você mudou a minha vida pra melhor. Agradeço todos os dias você ter surgindo em minha vida. Você me ensinou tantas coisas, me ensinou a se abrir mais, me mostrou que a vida não é apenas me alimentar e matar, é muito mais que isso.
- Você também me ensinou muito, me ensinou o mais importante, a me controlar.
- Espero que você consiga se manter assim, que nunca mais perca o controle, mas se um dia isso acontecer, pense em mim e em tudo o que lhe ensinei.
- Pensarei.
 Stefan puxou Hannah para seus braços e a beijou. Um beijo longo e cheio de amor e carinho, um beijo com gosto de saudade. Depois desse beijo, Hannah levou Stefan ate a rua, eles se despediram mais uma vez e Stefan partiu. Hannah olhava para aquele que trouxera felicidade em sua vida, para o rapaz que ela nunca esqueceria e que um dia ela ainda voltaria a vê-lo, seus olhos encheu de água, mas ela não chorou, deixa-lo partir estava sendo difícil, não era do feitio dela deixar alguém ir sem lutar, mas para a segurança dele e de quem ele amava, era melhor assim. Ela tinha muita coisa mal resolvida em sua vida e sabia que ter Stefan nela, só seria pior.
 Stefan olhou pra trás mais uma vez, mas logo voltou a olhar pra frente. Quando passou perto de uma rua, uma voz soou de lá:
- Está fazendo o certo.
- Está feliz agora, Damon?!
- Muito irmãozinho.
- Então suma da minha vida.
- Com o maior prazer. Mas ainda voltaremos a nos ver.
 Antes que Stefan pudesse dar alguma resposta, Damon sumiu. Stefan bufou irritado e foi embora, pra longe daquela cidade e de Hannah.

##### Flasbach Off #####

- Acordado irmãozinho? - a voz de Damon soou ao longe
- Não. O que quer? - Stefan abriu o olho e viu Damon parado no batente da porta
- Tive uma idéia para trazer a humanidade de Elena de volta.
- Okey, já estou descendo.
 Stefan levantou da cama, foi ate a estante guardou o diário e desceu, seguindo Damon.
- Estava lembrando o passado? - Damon perguntou com um sorriso
- As vezes da saudade de algumas épocas.
- Qual foi dessa vez?
- 1980.
- St. Louis?
- Exatamente.
 Falar daquelas épocas agora, não trazia sentimento nenhum entre os irmãos. Eram coisas do passado, onde nenhum dos dois fazia coisas boas, mas também eram épocas que traziam saudades e um pouco de lamento. Damon suspirou e Stefan assentiu, eles sabiam o que passava na cabeça um do outro.
 Ao chegar na sala, Stefan encontrou Caroline e suspirou, estava na hora de voltar para a realidade.

                                                                                         

                                                             Fim....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam???? Gostaram? Não??
Deixem reviews para eu saber!!!
Quem sabe eu não volto com uma outra One!!
Beijos'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lembranças" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.