Purpúreo escrita por ohthisishardcore


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Vamos começar dizendo que quando eu escrevi isso, estava indignadíssima com toda a história entre o Draco e Hermione! Eu acho que eles ficariam muito bem juntos, ao mesmo tempo que, não, não ficariam nada bem juntos, de jeito nenhum. Quis explicar a minha opinião sobre o motivo disso, e está aí! Espero que gostem e deixem reviews ♥



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Lembrou-se de quando eram pequenos ainda. Ele escondia-se por entre as estantes empoeiradas, observando Hermione Granger ler seus livros. Desfrutava o tempo silencioso para perder-se em seus cachos castanhos. Vez ou outra, ela levantava o olhar firme até Draco e ele se escondia ainda mais. Toda a noite lamentava por saber que nunca a teria. Porém, ao dia nascer, corria dos amigos para procurar por ela.

Recordou também de Ronald Weasley, principalmente quando seus cabelos cor de fogo misturaram-se aos de Granger. Então ela se virou de um abraço longo e encontrou um Malfoy com careta, que também a olhava. E o momento havia durado o mesmo que horas, ou assim parecia. Ele pensou ter visto um brilho nos olhos dela, mas quando todo o mundo girou em promessas de olhares intensos, ela voltara aos fios de fogo. Tinha lágrimas discretas vagando por seu rosto. Quando pretendia ir dormir, passava a noite inteira olhando para o céu noturno, a lua e estrelas brilhantes. Tinha certeza que tudo que ali brilhava era ela. Enquanto ele era o negrume rodeando-a melancólico. Por que ela tivera de nascer entre trouxas? Seus pais nunca permitiriam qualquer "oi" gentil para ela. Acreditava também que sequer sua honra cederia a tal. Mas teria tanta importância sua honra enquanto todos os brilhos do mundo eram ela? Merecia todo o brilho do mundo quando não lutara por ela em momento algum? Quando tudo que tinha dela era seus próprios meros segredos? Suas lembranças que nunca existiriam. Ela era ela, e tudo que ela era, ele não poderia ter. Ela nunca o perdoaria por tamanhas ofensas, contra ela ou seus amigos. Ele nunca pediria perdão.

Agora o castelo de Hogwarts resplandecia em uma guerra vil. Cores misturavam-se ali e aqui —borrões de magias e fios de cabelos ao vento. Draco procurava instintivamente por um par de olhos que sempre lhe haviam provocado lampejos de cobiça. Procurava com um medo convulsivo, não queria os encontrar no chão duro de mármore. Mas seus temores confirmaram-se. Ali estava a garota com quem sempre sonhara, mas estava imóvel. Uma estátua de água e ossos. Ao redor ele percebera um borbulhar de choros e lamúrias vindas dos próximos dela. Seus olhos tinham um último brilho. O mesmo brilho que lhe enganara com promessas. Tudo virara um borrão —exceto ela. Então seu rosto frágil girou com meiguice e ela olhou para Weasley. Presenteou-lhe com um último sorriso e parou. Parou tão de repente que Draco mal acreditou. Ele não chorou. Não sentiu nada. Sequer entendeu. Não fora capaz de mover qualquer músculo. Não seria capaz de aceitar nunca. Prometeu-lhe em silêncio se lembrar de hoje e de ontem. Prometeu-lhe amar até seus últimos suspiros, como ela o fizera. Ela sabia dos dias na biblioteca —Sempre soube. Prometeu-lhe morrer para a encontrar.


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