Ate que ela falou com a voz séria

–Soltem ela agora!

Meu paraíso voltou, e a cabra também, ao longe eu a vi saltitando, o que me fez pensar que ela havia me guiado para ser salva pelo garoto de preto, veja como eu sou sem noção!

Os vagabundos riram e um deles falou

– o garotão quer salvar a mocinha para comer ela sozinho né? Mas não vai rola.

Fiquei que nem um tomate de vergonha e de raiva.

O garoto de preto falou irritado

–já mandei vocês se afastarem dela!

Um dos caras zombou do gato de preto

– você acha o que garoto...

ele nem terminou de falar, porque uma broca abriu o chão pertinho de mim e dos vagabundos, que correram gritando que o menino era um macumbeiro do mal.

Depois que os vagabundos foram embora o menino me olhou, e eu senti minhas bochechas ficarem quentes.

Ele tirou a jaqueta e me deu. Meu vestido estava todo rasgado.

Eu coloquei a jaqueta e fechei o zíper, ficou do tamanho de um vestido de periguete.

Ele perguntou

– você quer que eu te leve para o hospital?

Eu ainda estava hipnotizada pelos olhos negros e cabelo o bagunçado.

–hã... não, eu vou para casa

depois que me acalmei um pouco senti o sangue quente descendo de minha testa.

Ele perguntou

Como é o seu nome?

Eu respondi limpando o sangue

– Sky

Ele sorriu de canto

– seu nome é céu? Hum então Sky, acho melhor levar você para o hospital, você não está nada bem.

Ele me ajudou a andar

Quando saímos da capela a cabra apareceu se deliciando com o capim que nascia entre o concreto.

Eu surtei, sabe o eu disse?

–Obrigada cabra brilhante!

O Garoto Morte me olhou como se eu fosse maluca, então perguntou algo que não tinha nada haver

–você conhece seu pai e sua mãe?

Eu me lembrei do canalha e falei rancorosa

–meu pai me abandonou e minha mãe morreu quando deu a luz a mim e ao meu irmão.

Ele segurou minha mão e começou a andar mais rápido olhando para todos os lados, como se estivéssemos sendo seguidos.

Eu perguntei

– o que foi?

Ele perguntou

– onde você mora? Seu irmão mora com você?

Eu falei

– eu moro na Barra, rua Raul Drummond, edifício Vendaval, apartamento 202. Meu irmão mora comigo, por que?

Eu sei, sou loca de dar o endereço a um estranho, mas eu acho que o menino morte não iria me matar , ou roubar minha casa.

Ele perguntou mudando de assunto de novo

– assim...também acontecem coisas estranhas sem explicação com sua família?

Eu falei

– com a sua também? Mas a minha deve ser pior... Hoje um monstro com cabeça de leão e de cabra, que cuspia fogo e tinha uma cobra como rabo, com duas mulheres verdes com pernas de cobras apareceram na minha casa.

Ele murmurou

–A quimera e 2 dracaenae.

Eu falei

– então você também acredita em series mitológicos?

Ele riu (hoooo quase infetei)

– então você acha que isso é de brincadeira...?

Ele me pegou pela cintura, e de repente parecia que tínhamos entrado em uma fenda no espaço-tempo Escutei gritos abafados, sussurros do além.Como andar a milhões de quilômetros por hora pela escuridão sem fim.

No segundo seguinte estávamos no meu quarto( e de meu irmão).

Fiquei uns 10 minutos paralisada

Depois eu falei

Legal, da para fazer de novo?

Ele me olhou cético e perguntou

–não achou sinistro? Não ficou com medo?

Eu falei

– não, foi massa! Eu não tenho medo de escuro, tenho medo de sapo e aranha. E já me acostumei com a idéia de que existe series estranhos na Terra.

Meu irmão entrou no quarto e deu um breve escândalo

– quem é ele? O que ele esta fazendo aqui?

Bom eu ainda não sabia nem o nome do garoto morte, então deixei ele se apresentar

– eu sou Nico Di Ângelo, eu... Eu o interrompi

– ele me salvou de ser estuprada por 7 vagabundos

Meu irmão ficou preocupado

– como assim? Ninguém mandou você sair sozinha!

Eu contei a historia para ele, incluindo a cabra.

Ele agradeceu a Nico, e depois me chamou no canto

– ele é um cara legal.

Eu assenti

Voltando para a sala Nico perguntou

– vocês moram sozinhos?

Resumindo...

Nos chamamos minha avó e ele teve um papo estranho com ela.

Depois disso,minha, nossa vida, virou uma loucura