Um Amor Arranjado escrita por Summer Deschanel


Capítulo 7
Incomum


Notas iniciais do capítulo

Oi, voltei, hahaha. Queria pedir desculpa pela demora, mas com as minhas provas e com toda essa mobilização que está havendo no Brasil, tornou complicado eu ficar em frente ao computador. Bem, gostaria de ressaltar a importância de lutar pelos seus direitos, de lutarmos por um Brasil melhor. Sim, fui ás ruas, mesmo com o pé quebrado (meu amigo me levou no colo KKKK, fui a bolsa de costas dele o tempo todo), meu pé tá doendo muito KKK, espero não precisar amputar hahahaha. Porém, eu como cidadã, farei minha parte sim, mesmo que isso me custe hematomas, feridas, cicatrizes, meu sangue. Vamos revolucionar o Brasil, vamos mudá-lo, vamos entrar para a história e acabar com a palhaçada que estão fazendo com o nosso dinheiro. " Vem pra rua, porque a rua tem a maior arquibancada do Brasil". Vamos lá, geração coca-cola!



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Shaoran suspirou pesadamente, enquanto aceitava a recaída de suas pálpebras. Embalou-se para o outro lado de sua cama, tentando ocupá-la por inteiro. Inesperadamente, chocou-se com um corpo desconhecido, arregalando os olhos com grande espanto. Observou atentamente o corpo á sua frente, logo reconhecendo as formas de sua mulher e os leves suspiros que saiam de seus lábios. Esquecera-se por completo da jovem a sua frente, esquecera que agora pertencia a uma mulher e esta mulher pertencia ao chinês. Estremeceu com tal pensamento. A união o assustava, assustava-se com o fato de ter que lidar com os seus sentimentos, com sentimentos de seres ao seu redor. Relaxou em seu posto, virando-se de costas para a jovem Sakura.

Nas belas janelas do quarto encontravam-se cortinas brancas, que impediam a passagem da luz solar para o quarto obscuro. Shaoran encontrava-se sentado em sua cama. Seus olhos âmbares fitavam uma flor indefesa. Seus movimentos eram delicados, seus suspiros eram doces melodias, seu leve ronco era curioso e divertido. Em certas situações, brotavam-se belos sorrisos nos lábios cheios da pequena cerejeira, o que deixou o rapaz intrigado. “O que se passa em seus sonhos?” Questionou-se em pensamento. Tudo era de fato diferente, era estranho, era incomum em seu mundo. Era admirável. Sakura remexeu-se para outro lado da cama, se espreguiçando. Shaoran manteve-se estático, se pôs apenas a observar, enquanto a flor abria seus olhos esverdeados com dificuldade. Observou o teto, acostumando-se com o seu despertar. Galgou com seus olhos para o lado, deparando-se com um rapaz de cabelos castanhos e rebeldes fitando-a com uma grande atenção. Sakura sentou-se rapidamente, esfregando os olhos, questionando a si se tal situação era real. – Algum problema, senhor Li?

Shaoran balançou sua cabeça, retirando-se de seus devaneios. Olhou novamente para a flor, reparando a transparência do espanto em seus olhos esverdeados. – Não. – Respondeu curto e firme. A jovem flor abaixou a cabeça, sentindo o rubor preencher suas bochechas. O jovem chinês riu por dentro, aliás, tudo aquilo era encantadoramente incomum.

Sakura levantou seu rosto, observando atentamente seu marido. O mesmo encontrava-se em um estado de puro cansaço. Suas vestes desabotoadas de forma desajeitada, seus olhos vermelhos de tamanho o sono e sua respiração pesada. A flor poderia sentir-se enojada pelo ser á sua frente, porém sua bondade era tanta que provocara grande preocupação pelo marido.

– Estás bem? – Questionou insegura. Shaoran a observou espantado. Raras as vezes que faziam tal pergunta para o jovem rapaz. Porém esta fora a primeira vez que sentiu a sinceridade estampada em pequenas e tão significativas palavras. Fincou seus olhos âmbares nos belos olhos esverdeados como se tentasse se comunicar com a alma da garota á sua frente. Passara longos segundos desta forma, apenas apreciando a comunicação em um silêncio total. – Estou bem. – Sussurrou.

Sakura sorrio com a resposta do marido, demonstrando seu apoio. De alguma forma, a ação da jovem proporcionou certo êxtase no confuso coração de Shaoran. Pigarreou desconfortável, retirando-se do quarto sem se pronunciar. – Por que o senhor Li sempre faz isso? – Questionou-se Sakura em um tom zombeteiro.

A flor vestiu-se de forma simples, porém bela. Recolheu seu livro, e dirigiu-se para a sala principal. Sentou-se no sofá, admirando a beleza do livro em suas mãos. Abriu o mesmo, afogando-se nas belas palavras, nas frases, nas situações citadas. Era um mundo melhor. – Sakura-chan, não queres fazer o desjejum? - Questionou Chun, se aproximando. Sakura sorrio, acenando um “sim” com sua cabeça. – Já está posto á mesa, senhorita.

Sakura fechou seu livro delicadamente, indo em direção da mesa. Sentou-se em qualquer cadeira, observando a quantidade de comida posta. “Isto tudo é necessário?” Perguntou a si mesma. – Bom dia, Chun-san. – Cumprimentou o chinês, aproximando-se da mesa. Sua aparência ainda estava em estado de fatiga, porém suas vestes eram outras. – Bom dia, senhor Li.

Sakura o observou. Deparou-se com um sorriso torto nos lábios do jovem chinês. – Bom dia, senhorita Sakura.

– Bom dia. – Sussurrou. Shaoran sentou-se em frente à flor, observando-a curioso. – Chun, sente-se, por favor. – Propôs a jovem. Chun hesitou em ditar alguma palavra, mas logo fora interrompida pelo jovem Li.

– Não, senhorita Sakura. Ela não deve sentar conosco, ela trabalha para nós. – A cerejeira o fitou irritada.

– Quanta bobagem. Venha Chun-san, sente-se. – Revidou Sakura levantando-se e oferecendo sua cadeira. – Já me pronunciei senhorita. Ela não deve. – Contrapôs Shaoran. A flor sentira seu sangue subir ás bochechas de tamanha irritação. Como ele pôde dizer estas palavras? Com toda certeza a Chun era de fato, mais humana do que o próprio Li.

– Sente-se, Chun-san. – Disse entredentes. Shaoran se levantou com uma postura superior aos demais que se encontravam na sala.

– Não me faça repetir novamente, senhorita Kinomoto. – Falou Shaoran autoritário. Sakura bufou, retirou-se do local com passos largos e fortes. “Desumano” Pensou.

Pegou o seu livro, o espremendo em seu peito. Fora de imediato em direção ao jardim da mansão. Suspirou com a beleza das flores ao seu redor. Caminhou mais um pouco, logo se deparou com uma enorme cerejeira á sua frente. – Oh meu Deus, como é bela.

Sentou-se embaixo de sua nova ‘amiga’, abrindo seu livro. As horas voaram de forma assustadora, porém a jovem nem reparara. A ventania a acalmava, assim como as cantigas dos pássaros. Sakura caiu em sono profundo.


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